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PLANO DE WORKSHOP
1. Designação do Workshop: Modelo de Auto-avaliação da Biblioteca Escolar – caminhar para o sucesso
2. Formadora
Anabela da Conceição Costa anabelacosta2@hotmail.com
(Professora Bibliotecária da Escola Básica 2,3 de Condeixa-a-Nova – Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-
Nova)
4. Fundamentos do Workshop
A partir do século XX, a par e como consequência da acelerada mutação aos mais diversos níveis na
sociedade ocidental, assistiu-se a uma crescente solicitação de resposta aos sistemas educativos. Na verdade,
como afirma Estrela, (1999, p. 9) é nos “momentos de crise que as sociedades tomam maior consciência da
importância da educação como factor de desenvolvimento e equilíbrio sociais”. Nessa medida, a atenção recai
sobre os professores como os grandes promotores da qualidade de ensino.
No entanto, a qualidade do ensino não é um conceito fácil de definir, uma vez que encerra diversas tensões
entre “valores, interesses e posturas epistemológicas”(Estrela, 1999, p. 10), que atravessam os tempos e
“modas”. Tem-se assistido, ao nível das Ciências da Educação, a uma discussão em torno dos referenciais ou
critérios de qualidade do ensino que possibilitem orientar o desempenho docente e, em consequência,
sustentar a sua apreciação, tendo como objectivo final benefícios para a aprendizagem dos discentes. Esta
discussão fez emergir, nem sempre numa linha de continuidade, diversos modelos ou paradigmas.
Hoje em dia, situados numa amálgama de paradigmas educacionais que se confundem e de pluralismos de
todas as naturezas, vive-se um campo fértil para o debate, que apesar de poder seguir vários percursos,
Berliner (1988) considera imprescindível, que nele não se perca de vista, como não raras vezes acontece, o
“What works?” (o que funciona para que os alunos aprendam), apontando a importância dos professores
conseguirem adequar as técnicas que dominam às situações concretas em que se estão inseridos. Nesta
perspectiva, torna-se premente que as escolas apliquem mecanismos de auto-avaliação que lhe permitam
regular a acção educativa das escolas e das suas estruturas pedagógicas.
Falar de qualidade do ensino, no presente, não pode deixar de lado a importância da missão da Biblioteca
escolar e consequentes reflexos da mesma nas modificações positivas (…) nas atitudes, valores e conhecimento
dos utilizadores (texto base da sessão 3, p. 4). Desta maneira e tal como demonstram diversos estudos
internacionais, avaliar os serviços prestados pela BE é também crucial, pois a monitorização sistemática,
através da recolha de evidências, evidence based practice, permitirá delinear planos de acção, que potenciando
os pontos fortes e corrigindo as fragilidades na sua actuação, contribuam para tornar a Biblioteca Escolar o
Centro de aprendizagem e de promoção de sucesso que se deseja.
Foi nesse sentido que a RBE lançou o Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares. Este instrumento de
gestão, procura clarificar os parâmetros de avaliação da qualidade da Biblioteca Escolar, apoiada em
evidências a dar a conhecer à comunidade educativa, numa tentativa de promover a reflexão partilhada do
que é a BE e o que se pretende que esta seja.
5. Objectivos do Workshop
Domínio Afectivo Domínio Cognitivo
1. Disponibilizar-se para pensar o ensino e a missão 1. Consciencializar-se da necessidade de
da Biblioteca escolar a partir de diferentes implementar nas escolas uma gestão baseada na
documentos e realidades; melhoria contínua, através da aplicação de
2. Interagir, dentro do grupo de formação, na dispositivos eficazes de auto-avaliação;
discussão de saberes e de práticas; 2. Reflectir sobre o conceito e a missão da biblioteca
3. Envolver-se na mudança de práticas. escolar, no contexto social e educacional presente;
3. Reconhecer a importância da auto-avaliação da
BE;
4. Adquirir conhecimentos essenciais à aplicação do
modelo de auto-avaliação das BE;
5. Reflectir sobre as oportunidades e
constrangimentos na aplicação do modelo de auto-
avaliação das BEs, na realidade do Agrupamento;
6. Envolver-se na aplicação do modelo de auto-
avaliação das Bibliotecas Escolares, numa
perspectiva de gestão participada.
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6. Conteúdos do Workshop
O Workshop terá a duração de cinco horas, distribuídas por três módulos. Incidirá sobre os seguintes
conteúdos:
Módulo I – A auto-avaliação nas escolas:
1.1. Conceptualização;
1.2. A avaliação enquanto instrumento de melhoria das práticas.
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8. Recursos:
- Sala com mesas para trabalho de grupo
- Exemplar do Modelo de Auto-Avaliação;
- Apresentação em Powerpoint;
- Computadores e videoprojector;
- Grelhas de registo (níveis de participação da comunidade na aplicação do modelo);
- Documento de Trabalho com grelha tipo para calendarização da aplicação;
- Questionário para avaliação do workshop.
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9. Calendarização: (total: 5 horas)
Sessão Presencial: 5 Horas (uma tarde de 4ª feira, a desenvolver das 14:00 horas às 19:00 horas)
• 14:00 h. - 15 h. - Apresentação do workshop; inscrição dos participantes na disciplina da Biblioteca
Escolar, disponível na plataforma de blended learning Moodle do Agrupamento; breve exemplificação prática
do modo de trabalho na plataforma do Agrupamento e abordagem da 1ª parte do Módulo I – (A auto-
avaliação nas escolas: pontos 1.1; 1.2);
• 15:00 h. – 16:30 – Abordagem do Módulo II– (O modelo de auto-avaliação da Biblioteca Escolar:
pontos 2.1 a 2.7);
• 16:30 h. – 17:00 h. - Pausa para café;
• 17:00 h. – 18:00 h. – Abordagem do Módulo III – (Níveis de participação da escola na aplicação do
Modelo) – Prática reflexiva em pequeno grupo acerca dos níveis de participação esperada de cada membro
da comunidade, com vista à implementação da mudança prevista no modelo de Auto-Avaliação;
• 18:00 h. – 19: 00 h. – Apresentação dos trabalhos de grupo e pequeno debate, visando a delineação de
soluções para ultrapassar os constrangimentos detectados e aferição de calendário de implementação do
modelo. Avaliação do trabalho desenvolvido ao longo do Workshop.
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12. Bibliografia
1. Bibliografia constante do projecto
Berliner, D. C. (1998). Implications of studies of expertise in pedagogy for teacher education and evaluation.
In: The 1988 ETS Invitational Conference. Directions for Teacher Assessment: proceedings of
Princeton. New Jersey: Educational Testing Service, 39-67.
Estrela, M. T. (1999). Da (im)possibilidade actual de definir critérios de qualidade da formação de professores.
Psicologia, Educação e Cultura, vol III, nº 1, 9-30.
Texto da sessão 3. (2009). O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: problemáticas e conceitos implicados.
<http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt/course/view.php?id=91> [06/11/2009]