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caracterização e
crítica do eduquês
All characters appearing in this work are fictitious. Any resemblance to real
persons, living or dead, is purely coincidental.
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Definição, caracterização e crítica do… D
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ou seja, na própria função de ajudar os alunos a
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aprender de forma autónoma e responsável.
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Sobre o eduquês. A caracterização do eduquês… D
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regulamentos de visitas de estudo, estatuto dos alunos,
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normas para a avaliação intercalar, avaliação intercalar
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e do 1º, 2º e 3º períodos e para exames, regulamentos
do Departamento, do Conselho Pedagógico e de Turma,
Projecto Educativo, Projecto curricular de Agrupa-
mento, de Escola, de Turma, fichas e mais fichas, etc.,
etc.
Wegie
Foto: O editor do ProfBlog em frente de uma pintura
mural. Berliner Mauer, 2009
Notícias diárias de educação
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Para uma crítica do eduquês. Uma
lista de recursos para compreender
melhor o fenómeno
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Definição, caracterização e crítica do… D
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Mas, penso que, uma vez que todo o trabalho pedagó-
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gico e educativo se faz numa língua e recorre à lin-
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guagem, o grande problema está no domínio da língua
e da linguagem. Ou seja, o sucesso/insucesso, quer
dizer, a eficácia/ineficácia do ensinar e do aprender
tem que ter em consideração o domínio da língua e da
linguagem em que se ensina e se aprende. Mas também
acho que George Steiner tem razão quando diz que,
mesmo que os alunos não percebam tudo o que o pro-
fessor diz, se recorrer a conhecimentos rigorosos e
saberes importantes o efeito neles provocado é sempre
muito importante para os alunos.
Jad
Para saber mais
• O eduquês desmascarado
• Os erros do eduquês
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Para uma crítica do eduquês. Uma lista… D
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Os dez pecados mortais do eduquês.
Como uma falsa ideologia
pedagógica está a comprometer o
futuro das nossas crianças
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Definição, caracterização e crítica do… D
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7. Defesa da ideia falsa de que as crianças só com-
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preendem o que lhes está próximo e o que é concreto e
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manipulável.
• Os erros do eduquês
• O formalista
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Os dez pecados mortais do eduquês. Como… D
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O eduquês e a ideologia das
competências. Um texto crítico do
Wegie
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Definição, caracterização e crítica do… D
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Le Boterf (2001) estabelece um paralelismo entre esta
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visão do trabalho em série e a corrente pedagógica
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dominante na época. Minder (1977) definia a educação
como uma “empresa de modificação de comporta-
mentos”.
A escola por seu turno não pode negar que pela organi-
zação sequencial das tarefas e aprendizagens se
inscreve num quadro global de taylorismo, isto é no
âmbito organizacional do trabalho em empresa. A
Escola demonstra, no mínimo, a sua cedência ao tay-
lorismo e comportamentalismo, lógicas dominantes no
mundo capitalista numa perspectiva de rentabilidade.
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O eduquês e a ideologia das competências… D
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uma equação do 2º grau é uma competência, mas saber
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resolver um problema não é uma competência, é uma
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palavra vazia, uma especulação de psicólogos (Rey,
2005).
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Definição, caracterização e crítica do… D
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• Definição de competência por Guy Le Boterf
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• Definição e caracterização do eduquês: Colec-
tânea de textos do ProfBlog
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Eduquês e novilíngua. Elementos
para a sua caracterização
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Definição, caracterização e crítica do… D
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Ana Laura M. Valadares de Araújo
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Foto: Museu Pergamon, Berlim 2009. A maior colecção
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mundial de arte da Mesopotâmia e Assíria
Para saber mais
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Mais uma brasa para a fogueira do
eduquês, atirada pelo jad
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Definição, caracterização e crítica do… D
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sociologia lhe tinha colado à pele e contribuir para que
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as crianças e adolescentes não fossem impedidas no
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seu desenvolvimento através da escola.
É aqui que nascem os equívocos à volta do sentido da
educação. Foi assim que se percorreram caminhos tão
diversos. Mas, acima de tudo, foi assim que se deslocou
a educação do ensino para a aprendizagem. Foi assim
que se deslocou o centro do dever de ensinar e de
aprender para o direito ao sucesso. Foi também assim
que se foi desvalorizando o conhecimento em detri-
mento do bem-estar pessoal, de acordo com as capaci-
dades de cada um, não para as estimular mas para que
aprendessem apenas o que, supostamente seriam
capazes de aprender. No limite seriam as crianças e
adolescentes a decidir o que deviam aprender.
É óbvio que esta é a mais perversa e imoral descrimi-
nação social e humana: sob a capa da igualdade de
oportunidades, apenas os filhos das famílias cultural-
mente desenvolvidas estão em condições de com-
preender a importância do saber.
Ora, creio que é nestes equívocos que assenta o cha-
mado eduquês. Mas, cuidado, facilmente se passa da
crítica a este teorizar equívoco para um cientismo que
em nada contribui para a compreensão da realidade. É
que perder o sentido de que todo o conhecimento, seja
ele qual for, é uma construção humana e, por conse-
guinte, é limitado e contingente é cair num dogma-
tismo que se alimenta justamente dos mesmos limites
do cepticismo: a crença de que apenas as suas concep-
ções são válidas (mesmo, como no caso do cepticismo,
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Mais uma brasa para a fogueira do eduquês… D
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se defende a impossibilidade do conhecimento uni-
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versal), apenas o que a ciência diz que é verdade é ver-
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dade (como também sabemos todos, se assim fosse
nem à construção da ciência tínhamos chegado).
E não foi Bachelard, filósofo e matemático, que disse
que não existem factos brutos?
Não foi Poincaré, matemático, que disse que existem
teorias matemáticas que não têm qualquer interesse?
Não foi Prigogine, químico, que disse que o cientista é
como o poeta: interpreta a realidade?
Portanto, a superação do eduquês não está na crença
numa verdade que apenas as ciências não sociais e
humanas dominam porque corresponderia à substi-
tuição do eduquês pelo cientismo. A superação está no
questionamento rigoroso do sentido do ensinar e do
aprender, centrados nos saberes fundantes do modo de
ser, pensar, dizer e fazer que nos identifica como
homens e como cultura.
E aqui, acendo a minha brasa, será impossível fazê-lo à
margem daquilo que nos faz homens: o falar, a lin-
guagem?
Jad
Imagem: Varanda
Para saber mais
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Definição, caracterização e crítica do… D
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Notícias diárias de educação
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Sobre o eduquês e outros eses que
acorrentam o Homem
contemporâneo. Um texto de Ana
Laura de Araújo
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Definição, caracterização e crítica do… D
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meditação sobre o perigo que ameaça a língua. Ora
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uma tal meditação revelaria ao mesmo tempo a
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dimensão salvadora que se abriga no segredo da língua,
na medida em que é ela que sempre nos conduz de um
só golpe à proximidade do inefável e do inexprimível.”
in Língua de Tradição e Língua Técnica (1999). Lisboa:
Vega, 2ª ed., pp.41-42.
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Sobre o eduquês e outros eses que acorrentam… D
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