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Normas Internacionais de Contabilidade – IFRS

Introdução
As Normas Internacionais de Contabilidade (International Accounting Standards –
IAS), atualmente conhecidas como International Financial Reporting Standards
(IFRS), são pronunciamentos contábeis internacionais publicados pelo International
Accounting Standards Board (IASB), os quais se baseiam em princípios e não em
regras específicas.

Estas normas são de alta qualidade, compreensíveis e aplicáveis, que proporcionam


transparência e comparabilidade das informações nas demonstrações financeiras e
em outros relatórios contábeis, facilitando o entendimento entre os participantes do
mercado de capitais do mundo e outros usuários da contabilidade, na tomada de
decisões econômicas.

O processo de convergência às normas internacionais de contabilidade tornou-se


importante em virtude das profundas transformações verificadas nos últimos anos no
cenário econômico mundial, representadas,
notadamente, pelo acelerado processo de globalização da economia.

As normas em IFRS foram adotadas pelos países da União Européia a partir de 31 de


dezembro de 2005
com o objetivo de convergir as demonstrações financeiras consolidadas elaboradas
pelas suas empresas. A iniciativa foi internacionalmente acolhida pela comunidade
financeira. Atualmente, além dos países que já estão adotando as normas
internacionais, muitos outros têm projetos oficiais de convergência das normas
contábeis locais para as normas em IFRS, inclusive o Brasil.

Histórico da Criação das Normas Internacionais de Contabilidade (IAS/IFRS)


Em 1973, foi criado o comitê de pronunciamentos contábil internacional denominado
International Accounting Standards Committee (IASC) pelos organismos profissionais
de contabilidade da Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos da América,
França, Irlanda, Japão, México, Holanda e Reino Unido. A nova entidade foi criada
com o objetivo de formular e publicar, de modo totalmente independente, um novo
padrão de normas contábeis internacionais que pudesse ser mundialmente aceito. O
IASC é uma fundação
independente sem fins lucrativos e com recursos próprios procedentes das
contribuições de vários organismos internacionais, assim como das principais
empresas de auditoria. Os primeiros pronunciamentos contábeis publicados pelo IASC
foram chamados de IAS. Muitas normas do IAS continuam vigentes atualmente,
apesar de terem sofrido alterações ao longo do tempo.

Em 1997, foi criado o Standing Interpretations Committee (SIC), que é um comitê


técnico dentro da estrutura do IASC responsável pelas publicações de interpretações
contábeis, também denominadas SIC, cujo objetivo é esclarecer as dúvidas dos
usuários.
Em 2001, foi criado o IASB para assumir as responsabilidades técnicas do IASC e
com o objetivo de melhorar a estrutura técnica de formulação e validação dos novos
pronunciamentos contábeis internacionais a serem emitidos, os quais foram
denominados IFRS. O novo nome que foi escolhido pelo IASB demonstrou o interesse
do Comitê em transformar, progressivamente, os antigos pronunciamentos contábeis
em novos padrões internacionalmente aceitos de relatórios financeiros com o objetivo
de atender às expectativas crescentes dos usuários da informação financeira
(analistas,investidores, instituições etc.). Em dezembro de
2001, o nome do SIC foi alterado para International Financial Reporting Interpretations
Committee (IFRIC). Este Comitê passou a ser responsável pela publicação, a partir de
2002, de todas as interpretações sobre o conjunto de normas internacionais,
denominadas IFRIC.

Em março de 2004, muitas normas IAS/IFRS foram publicadas pelo IASB, incluindo o
IFRS 1, o qual definiu os princípios a serem observados pelas empresas no processo
de conversão e a primeira publicação de demonstrações financeiras em IFRS.

Em 2005, todas as empresas européias abertas passaram a adotar obrigatoriamente


as normas em IFRS para a publicação de suas demonstrações financeiras
consolidadas.

Estrutura Organizacional do IASC

A Fundação IASC é uma organização independente com dois constituintes principais:


o Conselho Consultivo e o IASB. Também faz parte da sua estrutura o Standards
Advisory Council (SAC) e o IFRIC.

As normas internacionais são um conjunto de pronunciamentos técnicos compostos


por:
• IAS: são os primeiros pronunciamentos emitidos pelo IASC.
• SIC: são as primeiras interpretações emitidas pelo IASC.
• IFRS: são os mais recentes pronunciamentos emitidos pelo IASB.
• IFRIC: são as mais recentes interpretações emitidas pelo IASB.

Framework (Estrutura Conceitual)

A estrutura conceitual de preparação e apresentação das demonstrações financeiras


internacionais é
A Fundação IASC nomeia os membros do IASB e providencia os recursos
necessários. Contudo, é o IASB que tem a responsabilidade exclusiva de elaborar as
normas contábeis internacionais detalhadas no Framework for the Preparation and
Presentation of Financial Statements.

O Framework não é uma norma internacional de contabilidade e sim uma descrição


dos conceitos básicos que devem ser respeitados na preparação e apresentação das
demonstrações financeiras internacionais. Ele define o espírito intrínseco e a filosofia
geral das normas internacionais e tem como objetivos: (i) auxiliar o IASB e o IFRIC no
desenvolvimento e interpretação das normas internacionais de contabilidade; (ii)
orientar os
usuários da contabilidade na elaboração das demonstrações financeiras; e (iii) ajudar
os auditores na formação de suas opiniões.
Obs.: todos os pronunciamentos internacionais são publicados pelo IASB na língua
inglesa.

A Composição das Demonstrações Financeiras

• Balanço Patrimonial
• Demonstração de Resultado
• Demonstração de Fluxo de Caixa
• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
• Notas Explicativas
Benefícios da Convergência às Normas Internacionais de Contabilidade

• Fornecer informações contábeis de alta qualidade, compreensíveis, transparentes e


comparáveis, independentemente do país de origem.
• Fortalecer a credibilidade da informação tanto pelos investidores internos quanto
pelos externos.
• Participar dos mercados de capitais globalizados.
• Facilitar o acompanhamento e a comparação da situação econômico-financeira e do
desempenho
das Instituições.

• Otimizar a alocação de capitais e contribuir para a redução de custos de captação.


• Eliminar a necessidade de elaboração, por parte das Instituições com atuação
internacional, de múltiplos conjuntos de demonstrações financeiras, contribuindo para
a redução de custos operacionais.
• Reduzir o custo regulatório.
• Centralizar a emissão de normas de contabilidade

Panorama Mundial

Atualmente, mais de 100 países requerem, permitem o uso, ou têm uma política de
convergência de suas
práticas contábeis para o IFRS.

Desde 2005, por meio do compromisso assumido pelos diversos países do mundo
para adotar as Normas Internacionais de Contabilidade, progressos significativos têm
sido alcançados pelo IASB em direção à convergência global. Vale destacar que nos
Estados Unidos, a U.S. Securities and Exchange Commission (SEC) aprovou, em 15
de novembro de 2007, procedimento para que as empresas estrangeiras possam
arquivar as suas demonstrações financeiras, já a partir de 2008, de acordo com os
IFRSs, sem a necessidade de reconciliação do resultado e do patrimônio líquido.

A apresentação de demonstrações financeiras em IFRS é internacionalmente


reconhecida como boa prática de governança corporativa e foi referendada pelo
Fórum de Estabilidade Financeira (Financial Stability Forum – FSF), organização
formada pelos bancos centrais e ministérios de finanças dos países mais
industrializados do mundo, dentre eles os do chamado “G7”, bem como pelo Fundo
Monetário Internacional (FMI), Banco undial, Organização Internacional das
Comissões de Valores Mobiliários (Iosco). A apresentação de demonstrações
financeiras em IFRS também está incluída entre os princípios de governança
corporativa recomendados pela Organização de Cooperação e de Desenvolvimento
Econômico (OCDE).

IFRS no Brasil

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), por meio da Resolução CFC no 1.055,


de 7.10.2005, criou o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) com o objetivo de
estudar, preparar e emitir pronunciamentos técnicos sobre procedimentos de
contabilidade internacional para permitir a emissão de normas pela entidade
reguladora brasileira, visando à centralização e à uniformização do seu processo de
produção, levando-se sempre em consideração a convergência do padrão contábil
brasileiro aos padrões internacionais. São membros
do CPC:
1) Associação Brasileira de Companhias Abertas (Abrasca);
2) Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais
(Apimec Nacional);
3) Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa);
4) Conselho Federal de Contabilidade (CFC);
5) Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi); e
6) Instituto dos Auditores Independentes (Ibracon).
Além das seis entidades que compõem o CPC, serão sempre convidados a participar
dos trabalhos
representantes dos seguintes orgãos: Bacen, CVM, Susep, e Secretaria da Receita
Federal do Brasil.
Outras entidades ou especialistas poderão ser convidados.

O Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Resolução CFC no 1.103, de


28.9.2007, criou,
também, o Comitê Gestor da Convergência no Brasil. O Comitê é composto pelo
próprio CFC, pelo
Ibracon, pela CVM e pelo Bacen e tem como principal objetivo viabilizar maior
transparência das
informações financeiras para o mercado por meio de reformas contábil e de auditoria,
considerando
sempre a harmonização com as normas internacionais de contabilidade.

O Banco Central do Brasil, por meio do Comunicado no 14.259, de 10.3.2006, tornou


obrigatória a elaboração e publicação de Demonstrações Financeiras Consolidadas
em IFRS, para as Instituições Financeiras, a partir de 31.12.2010.
A Comissão e Valores Mobiliários (CVM) expediu, em 13.7.2007, a Instrução CVM no
457, tornando obrigatória a elaboração e publicação de Demonstrações Financeiras
Consolidadas em IFRS
para as Companhias Abertas Brasileiras, a partir de 31.12.2010.

Por sua vez, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) emitiu a Circular Susep
no 357, de 26.12.2007, exigindo a preparação e publicação de Demonstrações
Financeiras Consolidadas em IFRS, a partir de 31.12.2010.

A convergência para IFRS é considerada uma das maiores mudanças na estrutura da


contabilidade brasileira desde 1976, ano da publicação da então Lei das S.As. (Lei no
6.404). O Presidente da República sancionou, em 28 de dezembro de 2007, a Lei no
11.638, a nova lei contábil que introduziu certos princípios de IFRS na contabilidade
brasileira. A nova Lei no 11.638/2007 foi criada a partir do Projeto de Lei no
3.741/2000, alterando e revogando certos dispositivos da Lei no 6.404/1976. Há cerca
de oito anos, a CVM constituiu um grupo de trabalho composto por representantes das
diversas entidades que tratam de demonstrações financeiras (companhias, auditores,
analistas, investidores, usuários, fiscalizadores e pesquisadores), denominado
Comissão Consultiva para Assuntos Contábeis. O grupo preparou a primeira proposta
de revisão da antiga Lei
no 6.404/1976. A Lei no 11.638/2007 introduziu artigos que dão poderes ao CPC para
elaborar normativos contábeis visando à convergência com as normas internacionais
de contabilidade. A Lei já é válida desde 1o de janeiro de 2008.
Numa tendência mundial, entendemos que a importância dada à contabilidade é
crescente e tem levado à busca da internacionalização das normas contábeis. Isto
requer uma harmonização interna e um inevitável alinhamento com o
desenvolvimento contábil que ocorre no mundo, como decorrência, em especial, da
necessidade de se obter maior credibilidade nos princípios contábeis brasileiros. O
Conselho Federal de Contabilidade acompanhou e participou ativamente da evolução
desse projeto e busca alinhar a contabilidade brasileira às IFRS.
Adicionalmente, o Comunicado do Bacen no 16.669, de 20.3.2008 (em consonância
com a Instrução CVM no 459) divulgou um cronograma visando ao atendimento da Lei
no 11.638, com a previsão de emissão de diversas regras contábeis durante o ano de
2008, a saber:

Mudança Requerida pela Lei no 11.638/2007

1. Inclusão da Demonstração de Fluxos de Caixa (DFC) em substituição à


Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) - Julho/2008

2. Criação de subgrupo no Ativo Permanente para registro de Ativos Intangíveis -


Julho/2008

3. Adequação do conceito e da composição das Reservas de Capital - Julho/2008

4. Adequação do conceito e da composição das Reservas de Lucros, com a inclusão


da Reserva de Incentivos Fiscais e da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados -
Julho/2008.

5. Exame dos aspectos relacionados à reavaliação de imobilizados de uso -


Julho/2008

6. Avaliação e registro do valor recuperável de ativos - Julho/2008

7. Adequação do conceito e das contas que compõem o subgrupo Ativo Diferido -


Setembro/2008

8. Adequação do conceito e das contas que compõem o subgrupo Ativo Imobilizado -


Setembro/2008

9. Operações de incorporação, fusão e cisão de empresas - Setembro/2008.

10. Avaliação de investimentos em coligadas e controladas - Setembro/2008

11. Exame dos aspectos relacionados aos ajustes de avaliação patrimonial -


Setembro/2008

12. Contabilização das operações de arrendamento mercantil financeiro -


Setembro/2008

13. Atualização de ativos e passivos de longo prazo - Setembro/2008

Como podemos observar, o Brasil é um dos países que assumiu o compromisso de


alinhar suas práticas contábeis com as do IFRS e o seu processo de convergência
avança rapidamente.

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