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Índice
1. Apresentação; 02
2. Perfil Histórico das Localidades do Lote 03 03
2.1. Campos dos Goytacazes - RJ; 03
2.2. São João da Barra – RJ; 20
3. Fontes 29
Anexo I – Clipping Campos dos Goytacazes – RJ 30
Anexo II – Clipping São João da Barra – RJ 46
1. Apresentação
O Projeto Ligação Minas Rio, fruto do acordo entre a Ferrovia Centro Atlântica (FCA)
e a LLX Logística, compreende uma ligação ferroviária entre os estados de Minas Gerais e Rio
de Janeiro para o escoamento de cargas por meio do Porto de Açu (São João da Barra – RJ).
O empreendimento está em estudo de viabilidade, trabalho que apontará as principais
ameaças e oportunidades para a implantação do Projeto, contribuindo para a definição do
traçado e estratégias para realização das obras.
Ao traçar o perfil dos municípios do Lote 03 (Campos dos Goytacazes/ São João da
Barra – RJ) este trabalho pretende contribuir para estes estudos, sobretudo para a elaboração
das estratégias de relacionamento e articulação com os municípios.
Deve-se ressaltar, no entanto, que todos os dados foram colhidos a partir de fontes
secundárias. Não se tratando, dessa forma, de informações conclusivas sobre as localidades,
mas indicativos para o desenvolvimento de um trabalho mais aprofundado de mapeamento e
diagnóstico sócio cultural, levantamento de stakeholders e elaboração de um programa de
comunicação.
Para o Lote 03 do Projeto está prevista a construção de um ramal ferroviário com
41Km de extensão ligando Campos dos Goytacazes a Recreio, além de uma alça de ligação
entre o ramal e a linha existente da FCA em Campos, estabelecendo um acesso para a oficina
e o pátio de manobras existentes no município. Desta forma, procuramos traçar o perfil e
levantar os principais atores presentes nas referidas cidades, como forma de promover um
reconhecimento prévio da realidade local.
História: A ocupação no local foi iniciada por Miguel Aires Maldonado, na primeira
metade do século XVII. Na época, a principal atividade econômica da região era a pecuária,
que atendia sobretudo o mercado do Rio de Janeiro. No século XVIII, a atividade açucareira
consolidou-se e desenvolveu-se, tanto em grandes latifúndios como em pequenas
propriedades, expandindo-se, no século XIX, inicialmente nos engenhos e, mais tarde, em
usinas.
Campos dos Goytacazes teve muita importância no século XIX pela sua poderosa
aristocracia agrária, surgida através da atividade açucareira, influindo enormemente na política
e no poder do Império. Elevada à Cidade em 1835, abandonou o absoleto porto de São João
da Barra, passando a utilizar o de Imbetiba. Com a inauguração da ferrovia Campos-Macaé e a
construção de rodovias, expandiu-se a indústria açucareira e a cultura do café.
Em 1974, foi descoberto amplo lençol petrolífero no campo de Garoupa, na
plataforma continental da Bacia de Campos, o que contribui significativamente, com pagamento
de royalties em sua receita municipal. (IBGE)
construção civil e a pesca. O município ainda é beneficiado pela extração de petróleo e gás na
Bacia de Campos através do recebimento de royalties, a região é hoje responsável por 80% da
produção de petróleo nacional, sendo conhecida como a “capital brasileira do petróleo”.
Toda a arrecadação obtida pela cidade por conta da extração, no entanto, não reflete
em sua estrutura sócioeconômica que ainda é marcada por fortes índices de desemprego e
situações de vulnerabilidade social, considerando os aspectos das desigualdades sociais, dos
níveis de pobreza e das condições de trabalho.
1
BORBA E STERLET. Campos dos Goytacazes: cidade dos contrastes – um estudo da paradoxa realidade
socioeconômica do município fluminense. XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais – Caxambu - MG, 29
de setembro a 30 de outubro de 2008.
Poder público:
• Prefeita: Rosangela Rosinha Garotinho Barros Assed Matheus de Oliveira
(PMDB);
• Vice-Prefeito: Francisco Arthur de Souza Oliveira (PP);
Legislação Municipal:
• Lei Orgânica e códigos municipais disponíveis em:
http://www.campos.rj.gov.br/leismunicipais.php
Datas comemorativas:
• Aniversário da Cidade: 28 de março
• Janeiro: Festa do Padroeiro Santo Amaro; Festival de Verão no Farol de São
Thomé
• Março: Eco Aventura (Passeio ao Imbé)
• Abril: FEPE (Feira de Preços Especiais - Fundação rural de Campos;
TurisCampos
• Maio: Rally do Petróleo; Top Norte - Semana da Indústria; Conferência Distrital
do Rotary; Cavalgada ( Rio Preto Pousada Olho d`agua)
• Junho: Passeio Trilhas de Campos; Campeonato Estadual de Asa Delta
(Morro Itaóca); Cavalgada (Serras e Rio Preto); Bienal do Livro de Campos;
Exposição Agropecuária e Industrial Norte Fluminense
• Julho: Festival Inverno Quente, Exposição Agropecuária, Industrial e
Comercial, Encontro Nacional de Motociclistas, Femúsica - Festival de Música
de Inverno
• Agosto: Festa do Padroeiro Santíssimo Salvador
• Setembro: Feira Multi Setorial, Festival da Primavera
• Outubro: Festa de Santo Eduardo
• Novembro: Festa da Colônia Árabe
• Data Móvel: Carnaval; Encontro de Carros Antigos data móvel
Organizações sócio-culturais:
• Organização dos Municípios Produtores de Petróleo
• Presidente: Rosinha Garotinho
• Fundação Municipal Zumbi de Palmares
• Presidente: Jorge Luiz dos Santos
• Federação das Associações de Moradores e Amigos de Campos – FAMAC
• Associação dos Voluntários da Cidadania de Campos dos Goytacazes
• Associação dos Moradores da Localidade do Espírito Santo de Campos
• Associação de Proteção à Infância de Campos
• Associação Beneficente Menino de Jesus
• Associação Filantrópica Nova Esperança
• Associação Filantrópica Maranata
• APAE – Campos
• Centro Comunitário Travessão
• Associação Comunitária da Baixada Santista
• Associação dos Pescadores Tradicionais de Coroa Grande
• Associação Beneficente ao Pé da Cruz
• Associação Reunida de Mulheres Lar Coração Materno
• Associação SaletAndrade de Carvalho
Meios de Comunicação:
• Jornal Folha da Manhã
Circulação: Campos dos Goytacazes, Arraial do Cabo, Barra de São João,
Bom Jesus do Itabapoana, Búzios, Cabo Frio, Cambuci, Cardoso Moreira, Carapebus,
Casimiro de Abreu, Conceição de Macabu, Guarapari, Italva, Itaperuna, Macaé,
Natividade, Porciúncula, Quissamã, Rio das Ostras, Santo Antônio de Pádua, São
Fidélis, São Francisco de Itabapoana, São João da Barra, São Pedro da Aldeia e Varre
Sai.
Sede Rua Carlos de Lacerda, 75 - Centro - Campos - RJ - CEP: 28010-241.
Tel/fax.: (21) 2726-8558- Celular: (21) 9989-5970
Comunidade acadêmica:
• UENF – Universidade Estadual do Norte Fluminense.Tel: 2726-1500 (Cursos:
Engenharia de Produção, Agronomia, Ciência da Educação, Ciências
Biológicas, Ciências Sociais, Engenharia Civil, Engenharia Metalúrgica,
Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo, Medicina Veterinária,
Zootecnia e as licenciaturas em Biologia, Física, Matemática e Química.)
• CEFET – Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos.Tel: (22)
2733-3255 (Cursos: Informática/Desenvolvimento de software, Automação
industrial, Automação elétrica e Gerência de manutenção industrial,
Histórico Cidadania nos Trilhos: O Programa Cidadania nos Trilhos foi iniciado no
município em 2005, com a implantação do eixo cultural e do eixo pedagógico. Apesar de
convidadas, as escolas municipais não participaram do primeiro ano do Programa por questões
políticas da Secretaria Municipal de Educação
Escolas participantes:
Projetos 2007:
Em agosto de 2007, com a suspensão do transporte de carga no município, as
escolas foram convidadas a realizarem projetos sobre a história de Campos, pesquisada sob
dois períodos históricos: a chegada da ferrovia na cidade e outro, marcado pela saída da
ferrovia. Em duas escolas (E. E. Professora Eleonora da Silva Pinto Viana e E. E. Nossa
Senhora Aparecida), a parceria foi suspensa por iniciativa das próprias instituições.
Por estar inserida em uma região com forte tradição na extração de petróleo, Campos
dos Goytacazes recebe ainda alguns investimentos e patrocínios da Petrobrás para o
desenvolvimento de projetos sociais, culturais e ambientais.
Análise
Oportunidades Ameaças
• Poder Público Municipal vê com bons • A interrupção do transporte de carga
olhos a construção do Porto de Açu e no município causou insatisfação de
a ligação ferroviária que será diversos setores e foi atribuída, em
construída no local; grande parte, somente à ferrovia;
• Prefeitura municipal pleiteia a volta do • Problemas com a manutenção da via
trem de passageiros; permanente (necessidade de capina,
• Bom relacionamento entre a FCA e o sujeira e invasões) dificultam o
poder público municipal em virtude do relacionamento com a ferrovia;
trem de passageiros e do Programa • Necessidade de retomada de um
Cidadania nos Trilhos; processo educativo junto à população
• Articulação com escolas públicas para adaptá-la ao aumento do fluxo de
municipais e estaduais em virtude do trens após a ativação da alça;
Programa Cidadania nos Trilhos, que • Manifestações de antigos empregados
obteve resultados significativos no demonstram a insatisfação em relação
município. a interrupção do transporte de carga.
seria fundada a Vila de São João da Praia, fora doada, em 1627, a Antônio Pacheco Caldeira,
Antônio de Andrade e Domingos Pacheco; dessa distribuição resultou o novo surto de
prosperidade.
A partir dessa época, verificou-se maior afluxo de colonos, estenderam-se as áreas
exploradas, surgiram novas plantações, principalmente de cana-de-açúcar. Os autores
divergem em relação à data da emancipação do Município, opinando uns pelo ano de 1674 e
outros pelo de 1676.
Topônimo do município é igualmente objeto de dúvida, afirmando alguns haver sido
criado com a atual denominação, assegurando outros ser São João da Praia a designação
oficialmente adotada. Fato é que o ritmo de progresso recebeu grande impulso, até que, por
Decreto de 1º de junho de 1753, o Município foi anexado à Capitania do Espírito Santo, da qual
só veio a separar-se para integrar a Província Fluminense, por força de Lei ou Carta de Doação
de 31 de agosto de 1832. (IBGE)
Poder público:
• Prefeita: Carla Maria Machado dos Santos (Eleita em 2004 e Reeleita em
2008 pelo PMDB, já foi vereadora e presidente da Câmara Municipal de São João da
Barra, além de Secretária de Educação entre os anos de 1989 e 1992).
• Vice Prefeito: Dodozinho Mendonça (PMDB);
• Gabinete: Christiane Assis da Silva Mello - (22)2741-7878 - Ramal 304
• Procuradoria Geral: Adahir Cristina Moll Quitete de Moraes - (22)2741-7878
Ramal: 337;
• Secretaria de Administração: Luiz Augusto Bomgosto Da Cunha - (22)2741-
7878 - Ramal 206;
Legislação Municipal:
Datas comemorativas:
• Janeiro: Jogos de Verão;
• Fevereiro: Carnaval;
• Março: Campeonato Nacional de Surf;
• 23/04 – Festa de Nossa Senhora Aparecida;
• 17/06 – Aniversário da Cidade;
• 24/06 – Festa do Padroeiro (São João Batista);
Comunidade Acadêmica:
• Universidade Cândido Mendes (Apoio no desenvolvimento de Projetos no
Município);
• AMPLA
• Associação Sanjoanense de Olericultores (Assol);
• Associação de Produtores Rurais de São João da Barra;
• Sindicato dos Professores de Campos e São João da Barra, (22) 2735-2762;
Organizações sócio-culturais:
• APAE-Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - Av Rotary, 139 - São
João da Barra - (0xx)22 2741-1260;
• Associação de Moradores de Açu – Coordenadora: Romarilda Lança – Rua
Manoel Francisco 57 – Centro Açu;
• Estação de Artes São João da Barra – Coordenadora: Vânia Pantoja;
• Colônia de Pescadores Z-2 de Atafona – Presidente William Ferreira;
• ONG COCIDAMA – Comitê de Cidadania e Meio Ambiente;
• ONG SOS Atafona;
• AMUSA – Associação de Mulheres Sanjoanenses – Coordenadora: Marina
Esteves;
• Associação dos Moradores do Cajueiro;
• ASES – Associação dos Estudantes – Representante: Maicon Cunha;
• Associação dos Moradores da Chatuba
• Associação dos Moradores de Cazumbá;
• Rotary Club Internacional de São João da Barra, Coordenador:Alcides da Silva
Santos;
• Moto Clube de São João da Barra;
Meios de Comunicação:
Oportunidades Ameaças
• Possibilidade de articulação e • Investimentos maciços da LLX no
diálogo junto às entidades desenvolvimento local podem pautar o
representativas da comunidade; entendimento da população quanto ao
• Aparente abertura da Prefeitura relacionamento com a FCA
Municipal para investimentos que (expectativa de investimentos de porte
possibilitem o desenvolvimento semelhante);
econômico do município. • Inexistência de linha férrea no
município, o que aponta para a
necessidade de educação da
população para o estabelecimento de
uma relação harmônica entre a
comunidade e a ferrovia;
3. Fontes:
Arquivos FCA
http://www.abi.org.br/primeirapagina.asp?id=2643
http://www.governo.rj.gov.br/municipal.asp?M=21
http://www.ivt-rj.net/ivt/indice.aspx?pag=n&id=6836&cat=
www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docspdf/ABEP2008_1330.pdf
www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_TN_STO_075_531_10809.pdf
www.campos.rj.gov.br/UserFiles/File/24julho.pdf
www.llx.com.br
www.petrobras.com.br
www.sescmg.com.br
www.upea.cefetcampos.br/eventos/i-encontro-agro-ambiental-integra-comunidades-rurais-de-
campos-e-sao-joao-da-barra-no-entorno-da-upea-cefet-campos
Com a desativação desse ramal, imaginem os senhores como irá aumentar o trafego de
caminhões pesados na Rodovia da Morte, a BR-101. Isso mexe também com toda a logística
de escoamento de produção. A indústria Schulz, por exemplo, que está sendo inaugurada hoje,
não mais poderá escoar sua produção de tubos de aço por via ferroviária.
Outra questão muito séria que ainda não mencionei diz respeito ao desemprego que
será gerado no setor.
Por isso, solicito a esta Casa que seja marcada uma reunião com o Ministro Alfredo
Nascimento, dos Transportes, e com o Diretor-Presidente da Ferrovia Centro-Atlântica, Sr.
Marcelo Spinelli, para que esse problema que vai afetar Campos dos Goytacazes, Macaé e
Cachoeiro do Itapemirim seja solucionado de forma positiva.
(Redação - InvestNews)
Data: 13/08/08
Veículo: Gazeta Mercantil – SP
Data: 13/08/08
Veículo: DCI – SP
Laycer Tomaz
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de
Data: 08/01/09
Veículo: Folha da Manhã
Fonte: www.fmanha.com.br
Paulo S. Pinheiro
Previsto para entrar em funcionamento em 2010, o Porto do Açu está mudando a rotina
de São João da Barra. O empreendimento da empresa LLX - que vai investir um total de
US$1,6 bilhão no terminal portuário com o objetivo de exportar 63,3 milhões de toneladas de
minério de ferro por ano - prevê a instalação de indústrias na região, o que, além de aumentar
a densidade populacional da cidade, contribuirá para elevar a oferta local de empregos. Parte
dessa captação já pode ser vista nas obras, iniciadas em abril deste ano. Dos 1.500 que
compõem a força de trabalho, 51% são moradores da região que passaram por programas de
qualificação.
Com área total de 7.800 hectares e 18,5 metros de profundidade, o espaço poderá
receber navios de grande porte, com até 220 mil toneladas. O porto vai viabilizar ainda o
escoamento de cargas de Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, conforme o perfil das
empresas que se fixarem no local.
Para Fernando Aguiar, vice-presidente da Regional Norte da Federação das Indústrias
do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o empreendimento é de grande importância para a região:
Data: 29/01/09
Veículo: Folha da Manhã
Fonte: www.fmanha.com.br
Paulo S. Pinheiro
OBRAS - Porto do Açu deve ser concluído em 2011 e empreendimento está previsto
para entrar em operação no mesmo ano
A LLX Minas-Rio, uma subsidiária da LLX Logística e que constrói o Complexo Portuário
e Industrial do Açu, no município de São João da Barra, assinou os contratos de financiamento
com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os bancos
Unibanco e Itaú, num total de R$1,321 bilhão. Segundo informou a diretora de operações da
empresa, Eliane Lustosa, os recursos garantem a conclusão do projeto, avaliado em cerca de
R$ 1 bilhão, e a construção de um ramal ferroviário de 45 quilômetros, ligando o porto ao ramal
da Ferrovia Centro Atlântica (FCL), permitindo o escoamento do minério de ferro extraído pela
Anglo American, em Minas Gerais.
Em comunicado ao mercado, a LLX Minas-Rio explicou que o BNDES será responsável
por 50% dos recursos. O pagamento terá um prazo de 12 anos, com carência de dois anos e
meio. No tipo de crédito acordado entre a empresa e os bancos, os dois lados assumem os
riscos do empreendimento, já que o financiamento é pago pelo fluxo de caixa, após o início das
operações.
A missão da LLX Minas-Rio é construir e operar o Porto do Açu, além do ramal
ferroviário. O Porto de Açu foi projetado para escoar 6,5 milhões de toneladas anuais de
minério de ferro, 9,7 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos, além de carvão, cimento,
granéis líquidos e cargas em geral. A previsão é que as obras sejam concluídas em 2011 e o
porto do Açu entre em operação já no segundo semestre do mesmo ano.
A empresa LLX aguarda agora a avaliação, pelo BNDES, de dois outros empréstimos:
um deles para preparar o Porto do Açu para outras atividades, como embarques de carvão ou
cargas gerais, e outro para o Porto do Sudeste, terminal de minério de ferro em Itaguaí, região
metropolitana do Rio.
Em maio do ano passado, a Anglo American - um dos maiores grupos do mundo na
área de mineração e recursos naturais - pagou US$ 5,5 bilhões por 49% de participação na
LLX Logística. Mas no início deste ano, a mineradora britânica adiouum dos projetos ligados ao
porto, por causa da crise financeira mundial: a construção do mineroduto de 525 quilômetros,
que ligaria o porto às minas de minério em Minas Gerais.
Renato Wanderley - renatowanderley@fmanha.com.br
Data: 09/02/2009
Data: 03/04/2009
Veículo: Folha da Manhã (Campos)
Fonte: www.fmanha.com.br
Secom/Divulgação
que diz respeito a essa área de desenvolvimento. Outro ponto levantado pela prefeita diz
respeito à desapropriação de áreas para o Distrito Industrial feita pelo Estado.
- Queremos o desenvolvimento, mas o cidadão não pode sair lesado. Precisamos de
uma definição. Podemos estudar a possibilidade da criação de um Plano de Compensação
Sócio-Econômico - ressalta.
Luiz Otávio de Amorim, gerente de Engenharia da LLX, informou que já está em fase de
discussão com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) o ligamento da linha férrea de Campos ao
Açu. "Essa linha vai passar pelo corredor logístico que vamos criar. Além disso, também temos
estudos de macro drenagem levando em conta a área de expansão", analisa.
O advogado Júlio Horta, da empresa Andrade & Fichtner, enfocou a edição dos decretos do
Distrito Industrial e defende uma ampla discussão para a criação de um modelo de marco
regulatório objetivando uma sinergia com o condomínio ecológico.
A LLX, empresa responsável pela logística do porto do Açu, a prefeitura de São João da
Barra e a Universidade Cândido Mendes inauguraram nesta quarta-feira (30), na Colônia de
Pescadores Z-2 de Atafona, um programa de Odontologia, um Inclusão Digital e outro de
Pesquisa Marítima. O projeto irá beneficiar diretamente os pescadores do município. O evento
contou com a presença da prefeita Carla Machado, do presidente da Colônia, William Pereira,
do gerente do porto, Romeu Rodrigues, do representante da Universidade Cândido Mendes,
João Batista da Silva, além de pescadores e população em geral.
De acordo com Romeu Rodrigues, gerente de operações do Porto, esse é mais um
trabalho de compensação da empresa que desde o início das audiências públicas mostrou
transparência e seriedade. “É mais um passo dentro desse propósito de compensar os
impactos oriundos do empreendimento que no final de 2009 e início de 2010 já estará
exportando minério”, frisa Rodrigues.
O programa de odontologia visa ações de controle, diagnóstico, tratamento e prevenção
de doenças, cuja finalidade é oferecer a comunidade pesqueira uma melhor qualidade de vida
ambientais das obras e das condicionantes previstas na licença de instalação, concedida pelo
órgão ambiental responsável pelo licenciamento ambiental do porto, a Feema.
“Como parte dos programas de Desenvolvimento Social e Relacionamento com a
Comunidade, associados às obras de construção do Porto do Açu, pela LLX, concluímos a
etapa de diagnóstico mais detalhado dos aspectos da organização do município, das ações e
projetos implantados, pelo poder público e pelas entidades civis, bem como da situação da
educação”, explicou a representante do Programa de Comunicação Social/Ecologus
Engenharia Consultiva, Dinah Frotté.
O evento que contará com a presença dos representantes do poder público, lideranças
locais e formadores de opinião, será uma oportunidade para colher mais informações sobre as
características do empreendimento.
Se em Peruíbe a instalação do Porto Brasil parece a cada dia mais difícil (leia Liminar
suspende audiência pública sobre Porto Brasil), a situação do Porto do Açu, outro investimento
bilionário da empresa LLX no setor portuário, é completamente diferente. As obras prosseguem
em ritmo acelerado e a maior prova disso são as imagens divulgadas pela própria empresa.
Elas mostram que a construção em São João da Barra (RJ) não sofre nenhum tipo de atraso e,
se tudo correr dentro do previsto, a obra será entregue no primeiro semestre de 2010.
Com as fotos que o leitor do PortoGente pode conferir nesta reportagem, fica mais fácil
entender a decisão do diretor-presidente da LLX, Ricardo Antunes, que na semana passada
anunciou ao mercado financeiro a suspensão por tempo indeterminado dos investimentos no
Porto Brasil e a concentração dos recursos do grupo no Porto do Açu e no Porto Sudeste, pois
ambos estão em fases mais adiantadas de execução dos trabalhos.
Imagem disponiblizada pela LLX projeta o formato do Porto Açu após o término da instalação
dos equipamentos
Política
No cenário político, tudo indica que o Porto do Açu terá toda a estrutura necessária do
Poder Público para entrar em operação. A atual prefeita de São João da Barra, Carla Machado
(PMDB), venceu as eleições municipais do dia 5, com 62% dos votos válidos. Carla teve
14.172 votos, contra 8.312 do segundo colocado nas urnas, Betinho Dauaire (PDT).
Açu. “Essa linha vai passar pelo corredor logístico que vamos criar. Além disso, também temos
estudos de macro drenagem levando em conta a área de expansão”, analisa.
O advogado Júlio Horta, da empresa Andrade & Fichtner, enfocou a edição dos
decretos do Distrito Industrial e defende uma ampla discussão para a criação de um modelo de
marco regulatório objetivando uma sinergia com o condomínio ecológico. “Do ponto jurídico
tudo é complexo, mas precisamos criar instrumentos já que irão grandes empresas para o Açu.
As regras devem estar amarradas, principalmente na questão ambiental”, argumenta.
Data: 09/04/09
Fonte: www.portogente.com.br/texto.php?cod=21994
A LLX, empresa do Grupo EBX, será uma das expositoras da Intermodal South America
2009. No evento, que acontece de 14 a 16 de abril no Transamérica Expo Center, em São
Paulo, a empresa apresentará informações sobre seus empreendimentos.
No stand B19, os visitantes poderão conhecer detalhes do Super Porto do Açu, terminal
portuário em construção em São João da Barra (RJ) e do Porto Sudeste, terminal portuário
dedicado a minério de ferro que será instalado em Itaguaí (RJ) e está em fase de licenciamento
ambiental.
Os projetos da empresa se destacam por serem terminais portuários privativos com
localização estratégica e operações de baixo custo, áreas contíguas para instalação de
complexos industriais, contratos de longo prazo e sinergia dentro do Grupo EBX.
Conheça LLX
A LLX, empresa do Grupo EBX, foi criada em março de 2007 com o propósito de prover
o país com infraestrutura e competências logísticas, principalmente no setor portuário. Seus
projetos possuem localização estratégica e profundidade adequada aos maiores navios, além
de utilizarem a mais moderna tecnologia portuária. Esse conjunto resulta em operações
eficientes e de baixo custo.
Atualmente a empresa desenvolve dois projetos. Um deles é o Super Porto do Açu, que
está em construção desde outubro de 2007 em São João da Barra (RJ). Com investimento de
US$ 1,6 bilhão, este Terminal terá área total de 7,8 mil hectares, profundidade de 18,5 metros e
uma estrutura offshore com 10 berços para movimentação de produtos como minério de ferro,
produtos siderúrgicos, carvão, granéis líquidos e carga geral. Projetado com base no moderno
conceito porto-indústria, o Super Porto do Açu deverá movimentar cerca de 63 milhões de
toneladas de minério de ferro por ano, além de 30 milhões de toneladas por ano de outros
produtos, principalmente siderúrgicos, carvão e granéis líquidos e sólidos.
Outro projeto é o Porto Sudeste, um Terminal Portuário Privativo de Uso Misto dedicado
a movimentação de minério de ferro. Instalado em Itaguaí em uma área de 52 hectares, o Porto
Sudeste terá profundidade de 20 metros. O licenciamento ambiental, já iniciado, prevê a
instalação de dois berços para atracação de navios de grande porte, que movimentarão 50
milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Com operação prevista para o segundo
semestre de 2011, o Porto Sudeste irá viabilizar o escoamento da produção de mineradores do
Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais que atualmente não exportam por falta de opção
logística.
Intermodal
Consagrada como a mais importante feira da América Latina, a 15ª edição da
Intermodal reúne, em três dias de realização, os principais players do setor de logística,
comércio exterior e transporte mundial.
A Intermodal South America é composta por duas partes: a exposição de produtos e
serviços, e o JoC South America Logiport Conference, que é um evento integrado à feira. As
conferências apresentarão temas atuais como transporte de carga de projeto, etanol, carga
refrigerada, entre outros.
PortoGente - Como estão as obras do Porto do Açu? Numa escala de 0 a 10, quanto os
trabalhos já evoluíram?
Ricardo Antunes – O que chamamos de Super Porto do Açu está em construção desde outubro
de 2007 em São João da Barra e terá estrutura offshore com 10 berços para movimentação de
produtos como minério de ferro, produtos siderúrgicos, carvão, granéis líquidos e sólidos e
carga geral. Uma ponte com três quilômetros de extensão ligará o continente aos píeres. Em
março deste ano, cerca de 40% da ponte já estava concluída. Outro trabalho que também está
em andamento é a dragagem do canal de acesso e da baía de evolução.
PortoGente - Como está se desenrolando esta dragagem, justamente num momento em que
faltam dragas no mercado?
Ricardo Antunes - A LLX contratou a draga chinesa Xin Ha Hu, da Companhia de Dragagem de
Xangai. O trabalho foi iniciado em junho de 2008 e a previsão é que seja concluído no primeiro
semestre de 2010. O novo canal terá profundidade de 21 metros e 13 km de extensão, o
suficiente para receber navios com capacidade para transportar mais de 200 mil toneladas por
viagem. É importante ressaltar que para a construção do terminal de minério e da estrutura
offshore, a empresa já possui 100% dos recursos necessários, incluindo um financiamento de
R$ 1,321 bilhão contratado junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento).
PortoGente - Com o cenário de crise global, algo mudou nos planos da LLX para o Porto do
Açu?
Ricardo Antunes - O Porto do Açu é um condomínio porto-indústria, inédito no Brasil e que irá
conferir uma excepcional competitividade às empresas que ali se instalarem. Hoje, a LLX
possui 66 MOUs (memorandos de intenção) assinados com empresas que querem se instalar
ou movimentar cargas no porto. Nenhum deles foi cancelado em razão da crise. Isso mostra
que essas empresas acreditam no crescimento do Brasil. A previsão é que no Porto do Açu
seja investido US$ 1,6 bilhão (R$ 3,5 bilhões), sendo US$ 900 milhões para LLX Minas-Rio
(responsável pela implantação do terminal portuário dedicado ao minério de ferro) e US$ 700
milhões para LLX Açu (responsável pela operação das demais cargas como produtos
siderúrgicos, carvão, granéis líquidos e granito).
PortoGente – Então haverá a mesma quantidade de cargas prevista antes para escoar por ele?
Quando o Porto entrará em operação?
Ricardo Antunes - Também não houve alteração na movimentação prevista para o Porto do
Açu. O terminal deverá movimentar cerca de 63 milhões de toneladas de minério de ferro por
ano, além de 30 milhões de toneladas por ano de outros produtos, principalmente siderúrgicos,
carvão e granéis líquidos e sólidos. A previsão é que o complexo inicie sua operação no final
de 2011.
Ricardo Antunes – Felizmente, a empresa possui um acordo com a ferrovia FCA para
instalação de um ramal com 45 km de extensão, que ligará a linha tronco, em Campos, ao
Porto do Açu. No acesso rodoviário, duas medidas já foram tomadas pelos governos federal e
estadual: a duplicação da BR 101 e a construção do Arco Metropolitano, que atenderá ao
tráfego das regiões Sul e Sudeste em direção às regiões Norte e Nordeste do País e conectará
cinco rodovias federais. Paralelo a isso, a LLX já solicitou autorização ao DNIT (Departamento
Nacional de Infraestrutura) para construir uma estrada de acesso ao Porto do Açu, ligada a
Campos.
PortoGente - O que deu certo em São João da Barra e o que faltou em Peruíbe, no projeto
Porto Brasil?
Ricardo Antunes – Posso dizer que, em outubro de 2008, seguindo o princípio de uma rigorosa
disciplina financeira e ajustando o seu plano de negócios a um cenário mais recessivo, a LLX
decidiu suspender o Porto Brasil. Este projeto encontrava-se ainda em fase inicial e não havia
demandado investimento de recursos significativos. E até o momento, não há nenhuma
alteração nessa suspensão do projeto, nem novos planos da empresa para a área.
Com duração de quatro meses, o projeto prevê a exibição de 44 filmes em seis cidades
do estado do Rio. Todos os filmes apresentados são produções brasileiras ou realizadas por
profissionais brasileiros, como é o caso do desenho animado ‘A Era do Gelo 2’. O projeto
sociocultural é desenvolvido pela T. Brasil Produções e patrocinado pelo Grupo EBX, com o
incentivo da Lei Rouanet, buscando valorizar o cinema nacional também através da oferta de
entretenimento para comunidades. Por isso, a seleção filmes contempla trabalhos recentes e
mais antigos, mas que tiveram uma boa repercussão na crítica.
O projeto também leva documentários educativos ao público está, exibidos num grande
telão inflável com as medidas de 13 x 8m (considerado o maior do país deste material), e a
com equipamentos digitais de última geração necessários para a projeção, sonorização,
iluminação e documentação, instalados no Caminhão - Estúdio, além de 200 cadeiras
preferencialmente para idosos e portadores de deficiências.
Entre os filmes que serão exibidos estão ainda: ‘Lisbela e o Prisioneiro’, ‘O Auto da
Compadecida’, ‘2 Filhos de Francisco’, ‘O Grilo Feliz’ e ‘Didi – o caçador de tesouro’. Além dos
eventos em praças públicas, o projeto prevê a apresentação de documentários para públicos
específicos da comunidade local como, por exemplo, alunos de escolas públicas. Essa é uma
ação voltada para a abertura de diálogos com a comunidade e a construção de conhecimento
regional sobre temas de relevância global como drogas, uso consciente da água, aquecimento
global, trabalho, violência contra a mulher, entre outros.
No total serão realizadas 26 apresentações em São João da Barra, em vários distritos.
A primeira exibição será do filme ‘Se Eu Fosse Você’ e acontece às 19h, no Calçadão da Beira
Rio, Centro de São João da Barra. Dependendo das condições climáticas, a sessão será
transferida para o Ginásio de Eventos Esportivos e Culturais Arlindo Aquino, também no
Centro.
A comédia ‘Se Eu Fosse Você’ foi lançada em 2006 e tem como protagonistas Tony
Ramos, como Cláudio, e Glória Pires, como Helena. No filme, Cláudio é um publicitário bem
sucedido, que é casado com Helena, uma professora de música que cuida de um coral infantil.
Em meio a uma briga conjugal, algo inusitado acontece: eles trocam de corpos. Apavorado, o
casal tenta conviver com essa mudança, que gera várias situações inusitadas.
Antes do início de cada sessão será exibido um documentário sobre os 60 anos dos
Direitos do Homem, produzido pelas Organizações das Nações Unidas (ONU), com a narração
de Paulo Coelho. Também será exibido o curta de animação Tá Limpo, de Marcos Magalhães.
Além do depoimento gravado do ator Ricardo Blat, sobre a importância do cinema nacional e
dos projetos voltados a ampliar o acesso à cultura, também veiculado antes de cada
apresentação.