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O documento descreve um projeto de aterro sanitário em superfície em União da Vitória, PR. Ele inclui informações sobre a localização, operação, resíduos a serem dispostos, concepção do projeto e detalhes sobre o sistema de drenagem, remoção e tratamento de percolado. A engenheira responsável pelo projeto é Else Elly de Souza.
O documento descreve um projeto de aterro sanitário em superfície em União da Vitória, PR. Ele inclui informações sobre a localização, operação, resíduos a serem dispostos, concepção do projeto e detalhes sobre o sistema de drenagem, remoção e tratamento de percolado. A engenheira responsável pelo projeto é Else Elly de Souza.
O documento descreve um projeto de aterro sanitário em superfície em União da Vitória, PR. Ele inclui informações sobre a localização, operação, resíduos a serem dispostos, concepção do projeto e detalhes sobre o sistema de drenagem, remoção e tratamento de percolado. A engenheira responsável pelo projeto é Else Elly de Souza.
DISCIPLINA DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS II PROFESSORA LISANDRA KAMINSKI 29 NOV. 2013
CHAYENNE DE SOUZA, ELSE ELLY DE SOUZA, NICOLI NICOLUZZI, SIMONE SALANTI ZIEGMANN
PROJETO DE ATERRO SANITRIO EM SUPERFCIE
UNIO DA VITRIA - PR 2013
MEMORIAL DESCRITIVO
5.1.2 Informaes Cadastrais O Aterro de Saramandaia encontra-se sob responsabilidade de uma empresa terceirizada pela Prefeitura Municipal. A Garbage Solutions, responsvel pelas atividades do aterro sanitrio, localiza-se em Saramandaia, prestando os servios necessrios para uma correta e eficiente operao do aterro. Desde o incio das operaes, so atribuies da Garbage Solutions realizar no somente a operao mas tambm a manuteno do que for necessrio no local. Assim como determina a Constituio Brasileira em seu artigo 30 inciso I, ... atribuio municipal legislar sobre assuntos de interesse local, especialmente quanto organizao de seus servios pblicos... (BRASIL,1988). Dessa forma, a terceirizao dos servios de modo algum isenta a responsabilidade da Prefeitura Municipal quanto ao aterro; cabe a mesma realizar a fiscalizao constante, a fim de verificar e garantir a qualidade e o cumprimento das normas quanto aos servios prestados. O projeto do aterro sanitrio foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, tendo como profissional responsvel a Engenheira Ambiental Else Elly de Souza, portadora do CREA 437281-7.
5.1.3 Informaes sobre os resduos a serem dispostos no aterro sanitrio O aterro sanitrio est apto a receber resduos de Classe II A, enquadrados como no-inertes. Esses resduos sero provenientes principalmente dos domiclios, mas tambm de comrcio e servio (que se assemelhem com os resduos domiciliares em sua composio), e dos Servios de Limpeza Pblica. Esses resduos subdividem-se em: - Resduos Domiciliares (contendo frao orgnica, reciclvel e rejeitos); - Resduos de varrio, poda e capina. A quantidade de resduos a ser recebida no aterro de 63750 kg/dia e de 1912500 kg/ms, considerando a populao do municpio de 75.000 habitantes e a gerao per capita de 0,850kg/hab.d. O recebimento de material a ser disposto no aterro est ligado freqncia da coleta no municpio. A mesma acontece duas vezes ao dia na regio central e uma vez por dia nos demais bairros. Na regio central, sendo uma no perodo da manh e outra no perodo noturno, e nos demais bairros apenas pelo perodo da manh; importante ressaltar que essa freqncia diz respeito ao dias da semana que vo de segunda-feira sbado, pois no domingo no ocorre coleta. Sendo assim, o resduo recebido no aterro duas vezes ao dia, considerando o perodo de segunda-feira sbado. Pela manh, recebido entre 11h00min e 11h30min; noite, recebido de madrugada, entre 01h30min e 02h30min. O transporte utilizado para coleta e que encaminha os resduos para o aterro um caminho do tipo ba, que j no momento da coleta faz a prensagem da massa de lixo, promovendo dessa forma uma compactao do material a ser disposto. Ao chegar ao aterro, os resduos so dispostos na clula, e passam mais uma vez por um processo de compactao com o auxlio de um trator de esteira. Assim, promove-se uma compactao maior ainda. A massa especfica dos resduos foi obtida atravs da tcnica de quarteamento. Nesse procedimento, primeiramente faz-se a descarga dos resduos, para ento promover o revolvimento da pilha e abertura das sacolas para que haja mxima homogeneizao. O quarteamento propriamente dito caracteriza-se pela retirada de uma amostra dos resduos que represente sua real composio. Para isso, alguns passos devem ser seguidos. Inicia-se com a diviso do montante de resduos em quatro partes aparentemente iguais e tomam-se duas partes opostas em diagonal, descartando as duas restantes. Na amostra resultante, repete-se a tcnica do quarteamento, coletando novamente duas partes opostas em diagonal e descartando as demais. O processo de quarteamento finalizado quando o volume de cada uma das partes for equivalente a aproximadamente 1 m 3 (ANBT, 2004). A amostra resultante ento disposta em recipientes de volumes conhecidos, geralmente cinco tambores de 200 litros para a pesagem e definio do peso especfico. Seguindo esses procedimentos, obteve-se como resultado uma massa especfica de 250kg/m.
5.1.5 Concepo e justificativa de projeto A metodologia foi baseada na anlise de normas tcnicas e referncias bibliogrficas. A principal norma utilizada foi a NBR 8419 - Apresentao de projetos de aterros sanitrios de resduos slidos urbanos. Foi escolhido o aterro em superfcie, visto que sua configurao em clulas possibilita a implantao em etapas, possibilitando um cronograma fsico e financeiro compatvel com o tamanho da cidade. O fato de a cidade possuir 75.000 habitantes foi um dos fatores determinantes para a escolha do tipo de aterro a ser utilizado, considerando que essa metodologia recomendada para cidades a partir de 30.000 habitantes.
5.1.6 Descrio e especificao dos elementos de projeto 5.1.6.1 Sistema de drenagem superficial 5.1.6.1.2 Contedo mnimo Em caso de uma grande quantidade de gua durante a fase de construo do aterro, a compactao e a cobertura dos resduos podem ser prejudicadas, pois impedir os veculos de chegarem at o local. Aps o encerramento do aterro, caso no sejam tomadas medidas preventivas, h risco da ocorrncia de eroses. Desta forma, para que isto no ocorra, de extrema importncia instalar drenos de guas pluviais, pois estes iro impedir que a gua infiltre no interior do aterro. A drenagem ser feita em forma de valetas com meia cana de concreto perfurado, com declive de 1% para as laterais do aterro, pra desviar da rea de operao as guas pluviais que podem provocar transtornos e o aumento da produo de lquido percolado, a cobertura ser de aproximadamente 50 cm de terra compactada com declividade uniforme da superfcie de 1 a 2 cm, para permitir os escoamento das guas pluviais. O drenos devem sempre estar desobstrudos para desta forma evitar a entrada de gua no aterro. O momento em que ser necessria um maior cuidado ser nas pocas de chuvas intensas, onde as mesmas devem ser encaminhadas para cursos dgua desde que no sofram contaminao durante o caminho.
5.1.6.2 Sistema de drenagem e remoo de percolado A base do aterro sanitrio constituda por um sistema de drenagem de percolados, o qual fica acima de uma camada impermevel de polietileno de alta densidade - PEAD, sobre uma camada de solo compactado para evitar o vazamento do lquido para o solo, evitando assim a contaminao de lenis freticos.
A drenagem do percolado do tipo espinha de peixe, conduzindo o liquido percolado ao dreno principal e em seguida para uma caixa coletora, sendo ento direcionada por gravidade para o sistema de tratamento. Este sistema de drenagem ir coletar e reduzir o lquido percolado, reduzindo as presses destes sobre a massa de lixo e, tambm, minimizando o potencial de migrao para o subsolo. Outro motivo para se drenar o percolado impedir que ele ataque as estruturas do aterro.Esse sistema ser constitudo de drenos de material filtrante com tubo perfurado. O sistema de drenagem do percolado ser construdo em todos os patamares de lixo. Os drenos so constitudos por linhas de canaletas escavadas diretamente no solo, ou sobre a camada de aterro impermeabilizante, e preenchidas com material filtrante.
5.1.6.3 Sistema de tratamento do percolado O tratamento do percolado de extrema importncia para o meio ambiente, pois se este tratamento no ocorrer, o percolado poder atingir o lenol fretico e os rios, contaminando assim as suas guas. Com isso, peixes se contaminam e caso esta gua seja usada na agricultura, os alimentos tambm podero ser contaminados. O percolado apresenta grande quantidade de matria orgnica, o qual poder causar doenas ao ser humano. A coleta do percolado feita na base do aterro, onde ser captado atravs de drenos. Aps ser coletado, seguir para o sistema de tratamento antes de ser descartado ou at mesmo reutilizado, o qual ser feito de forma biolgica, composto por uma lagoa anaerbia, seguida por uma aerbia e por fim passando por uma lagoa de estabilizao. Na primeira unidade, o chorume fica em tratamento anaerbico por 7 dias. Depois passar para a lagoa aerbica, onde receber oxigenao forada. Nesta lagoa o chorume fica de 3 a 5 dias. A prxima etapa o decantador, onde h formao de lodo. Esse lodo vai para o leito de secagem, que possui um filtro de areia. Depois de seco, o lodo retornar para o aterro. O chorume tratado pode ser lanado no corpo hdrico sem risco de contaminao. O tratamento feito no mesmo local onde o material foi coletado.
O tratamento Biolgico muito eficiente, simples e apresenta baixo custo. O tratamento ocorre atravs da estabilizao da matria orgnica.
5.1.6.4 Impermeabilizao da base A impermeabilizao da base deve impedir a contaminao do solo e do lenol fretico atravs de infiltrao de percolados. Existem dois mtodos para impermeabilizao da base: Solo argiloso de baixa permeabilidade; ou geomembrana sinttica. 5.1.6.4.1 Tipo de impermeabilizao adotado Foi escolhido o mtodo por geomembrana, onde acima do solo compactado ser colocada uma camada de geomembrana de PEAD (Polietileno de alta densidade) 2 mm. 5.1.6.4.2 Materiais empregados na impermeabilizao necessrio que haja equipamentos de apoio para a colocao da geomembrana, pois devido dimenso dos rolos estes podem chegar a at duas toneladas. Dentre os materiais esto: Uma mquina retroescavadeira, responsvel pelo armazenamento, transporte e apoio instalao da geomembrana; Um gerador e extenses eltricas, para a alimentao eltrica dos equipamentos; Um cortador de lmina curva, para acertos e cortes na geomembrana; Uma garra, para puxar e colocar a geomembrana no local correto; Uma mquina de solda, para fazer a juno das partes da geomembrana e; P e sacos de fibra, para segurar provisoriamente o PEAD. 5.1.6.5 Sistema de drenagem de gs A drenagem de gases tem como objetivo drenar os gases resultantes da decomposio da matria orgnica, fazendo com que o mesmo no saia atravs dos meios porosos do subsolo, o qual pode se acumular nas redes de esgoto, fossas e poos. O gs mais presente nos aterros o gs metano, e quando este fica em ambiente fechado, com uma concentrao igual ou superior a 5%, necessrio que este seja liberado o mais rpido possvel, pois se isto no ocorrer, poder desencadear uma exploso no local, tornando-se necessria a instalao de drenos de gases. Os drenos so tubos ou canos que sero colocados no subsolo e que tem a mesma funo dos chamins, servindo para liberar o gs para a atmosfera. Estes sero dispostos sobre os drenos do percolado, no sentido vertical interligados aos drenos horizontais de percolado com uma instalao de queimadores de gases, estes atravessando o aterro desde o solo at a camada superior. Nas extremidades sero instalados queimadores de gases, com a finalidade de evitar maus odores e a reduo de gases para a camada de oznio. Estes drenos, so conformados com manilhas drenantes de concreto armado, perfuradas com 20 cm de dimetro. Devido a baixa gerao, so previstos queimadores de gases, dispostos nas extremidades superiores das chamins, os quais possibilitam a queima controlada dos gases. 5.1.7 Operao do aterro sanitrio 5.1.7.1 Acessos e isolamento da rea do aterro sanitrio O isolamento da rea do aterro sanitrio ser composto por duas partes, sendo elas um isolamento fsico composto por cercas e um isolamento visual composto por uma cortina arbrea. Estas formas de isolamento visam evitar possveis entradas de pessoas no autorizadas e tambm de animais que possam vir a infectar-se com os resduos e/ou prejudicar o funcionamento do processo do aterro.
Isolamento fsico cercas e portes Para o isolamento fsico devero ser utilizadospalanques de concreto com aproximadamente de altura contando a partir da superfcie do solo. Os palanques estaro a uma distancia de 3m uns dos outros ao redor de toda a rea que compreende o aterro.A cerca ser de arame farpado com 14 fios distantes 15cm um do outro. Por toda a extenso do aterro. O porto ser na entrada de acesso ao aterro com uma altura de 1,80m e 3 fios de arame farpado acima do porto. O comprimento total do porto de acesso ser de 6m com fechamento no meio. Ao lado do porto deve ter uma guarita de fiscalizao, onde ficar uma pessoa responsvel pela fiscalizao de entrada e sada de caminhes e operrios. Isolamento visual barreira vegetal Visando ao isolamento visual do empreendimento bem como contribuindo para o isolamento de acesso de animais e pessoas no autorizadas, ser feito o plantio de um cinturo verde, composto de arbustos e rvores em todo o permetro do terreno. A cultura utilizada ser eucalipto. Acesso Os acessos internos e externos ao aterro tm a funo de garantir a chegada dos resduos at as frentes de descarga e a adequada operao das mesmas. Essas estradas devem suportar o trnsito de veculos, mesmo durante os perodos de chuva e, por isso, devem ser mantidas nas melhores condies de operao. As estradas de acesso tero uma largura mnima de 6m a fim de garantir o espao de passagem para os caminhes. Tambm devero ser feitos refgios para casos de problemas com os transportes a cada 500m. Devero ser realizadas inspees semanais ao longo das vias de acesso a rea do aterro a fim detectar possveis danos que possam prejudicar o processo de funcionamento do aterro. Dever ser prevista uma reserva de materiais para a manuteno e recuperao imediata das vias. Durante perodos chuvosos a inspeo dever ser intensificada. 5.1.7.2 Preparo do local de disposio Na preparao da rea so realizados, basicamente, a impermeabilizao e o nivelamento do terreno, as obras de drenagem para captao do chorume (ou percolado) para conduzi-lo ao tratamento, alm das vias de circulao. O solo dever estar limpo e livre de qualquer resduo slido, principalmente pedras. A compactao dever ser feita por partes para garantir que o solo fique totalmente compactado. Aps essa etapa, ser disposta a geomembrana.
5.1.7.3 Transporte e disposio dos resduos slidos 5.1.7.3.1 Forma de controle da quantidade e qualidade dos resduos slidos muito importante que haja um controle da quantidade de resduos que chegam ao aterro sanitrio. Assim, possvel ter uma estimativa do crescimento da gerao possibilitando um melhor gerenciamento, que permanentemente se adeque as necessidades que surgem. Para isso, deve ser instalada uma balana para pesagem dos resduos. Essa pesagem deve ocorrer com todos os caminhes que chegam ao aterro para que haja um controle adequado. Durante todo o dia e tambm no perodo da noite o aterro estar em funcionamento. Os resduos chegaro durante a manh e tambm noite, e nesse perodo haver operadores de mquinas e demais trabalhadores no local. Porm, em tempo integral haver um responsvel trabalhando no aterro, que ir controlar a entrada de pessoas e os procedimentos que ali ocorrem. 5.1.7.3.2 Forma de transporte e disposio no aterro sanitrio Por ser um municpio pequeno, no aterro de Saramandaia no h horrios de pico considerveis ao longo das operaes dirias. Sabe-se os horrios de coleta e, portanto os horrios de recebimento de material no aterro. Os resduos so transportados em um caminho ba, que ao chegarem ao aterro passam inicialmente pela pesagem em balana prpria, e ento so dispostos na clula, sendo compactados e cobertos. Diariamente, recebida uma quantidade de 63750 kg no aterro sanitrio. 5.1.7.3.3 Mtodo de operao a sequncia de preenchimento do aterro sanitrio Como j citado anteriormente, ao chegar ao aterro sanitrio a primeira etapa fazer a pesagem dos resduos que esto sendo recebidos. Ao realizar a pesagem, os valores so registrados para que desse modo acontea o controle da gerao e recebimento de resduos slidos. O segundo passo efetuar o descarregamento dos resduos no local apropriado, que nesse caso, considerando o aterro como sendo de superfcie, a clula. Os resduos sero ali depositados, e com o auxlio de um trator de esteira, sero compactados. O trator de esteira repetir o processo por cinco vezes, a fim de promover uma boa compactao. Os montes formados diariamente tero uma altura equivalente a trs metros. Esse procedimento se repetir at que se complete a primeira clula, que ter dimenses de 260m (largura) x 260m (comprimento). A cada monte formado, ser disposta sobre o mesmo uma cobertura intermediria, para que a massa de resduos no fique exposta a ao dos ventos, e tambm para evitar a atrao de animais. Ao final da formao de uma clula, dever ser feita a cobertura final da mesma. 5.1.7.3.4 Equipamentos utilizados na operao do aterro sanitrio Sero utilizados os seguintes equipamentos durante as operaes: balana para pesagem; trator de esteira para compactao com p carregadeira para transporte dos resduos; ps para algum possvel trabalho manual. 5.1.7.3.5 Espessura das camadas de resduos slidos e das camadas de cobertura dos taludes A cada descarregamento do caminho, sero formados montes de 3 metros de altura, que necessitam de compactao e de uma cobertura intermediria. A cobertura intermediria dos taludes importante para que os resduos no fiquem expostos a ao dos ventos e nem atraiam a presena de animais. Sendo assim, deve-se respeitar uma cobertura intermediria de 20 (vinte) %, o que representa um valor aproximado entre 10 e 15 cm para cobertura diria. Essa no deve ter um volume muito grande para que no reduza a vida til do aterro sanitrio. J a cobertura final do talude, que se dar ao encerramento de uma clula, representa uma quantidade um pouco maior que a intermediria. O valor para cobertura final ser de 50cm. Cada talude ter uma altura de 3 (trs) metros; sendo neste projeto 8 (oito) taludes, a altura final de todas as clulas ser equivalente a 24 (vinte e quatro) metros.
5.1.7.5 Controle tecnolgico 5.1.7.5.2 Plano de inspeo e manuteno dos sistemas de drenagem impermeabilizao, tratamento e outros Devero ser feitos durante sua operao e aps seu encerramento do aterro sanitrio, monitoramentos. um mtodo importante para a deteco de desconformidades e para reduzir eventuais danos ambientais, bem como os custos com intervenes necessrias. As inspees podem ser feitas de forma visual e por instrumentos de monitoramento, sendo estabelecida uma rotina de inspeo em cada um dos instrumentos de monitoramento de acordo com as necessidades de cada um. No monitoramento visual primeiramente necessria uma capacitao de todos os funcionrios pra que contribuam para o monitoramento. A inspeo dever ocorrer a cada quinze dias por toda a extenso do aterro, para identificar eventuais problemas, de forma a evitar o seu agravamento, bem como efetuar prontamente as medidas corretivas necessrias. Nestas inspees devero ser observados os seguintes itens na rea: a) Condio das vias de acesso; b) Processos erosivos; c) Rebaixamento da camada superior do aterro (recalques); d) Existncia e adequao da cobertura operacional; e) Condio operacional da frente de trabalho; f) Condio operacional do tratamento de efluentes; g) Existncia e adequao da cobertura vegetal; h) Condio operacional dos sistemas de drenagem; i) Carregamento de resduos pelo vento; j) Percepo de odores; k) Presena de vetores e animais intrusos.
5.1.7.6 Plano de encerramento do aterro e cuidados posteriores A vida til aproximada do aterro sanitrio de 20 anos. Seu encerramento dar-se- ao fim da ltima clula, ao preencher o volume total previsto. Dever ento ser feita uma cobertura final de 50 cm na ltima clula (bem como se deu nas anteriores). Aps o encerramento das atividades, necessrio um acompanhamento peridico, a fim de monitorar a qualidade do solo, gua, verificar a eficincia do sistema de drenagem de percolado, do tratamento de efluentes, entre outros parmetros. Tambm preciso verificar a situao da cobertura das clulas, para que os resduos no fiquem expostos e no haja atrao de vetores.
MEMORIAL TECNICO
5.2.2 Prazo de operao do Aterro Sanitrio a) Quantidade de Resduos Slidos a ser Disposta (diria e mensal) - Populao do municpio=75.000 habitantes - Gerao per capita=0,850kg/hab.d. Considerando esses dados, a quantidade de resduos a ser recebida no aterro diariamente de 63750 kg, e mensalmente de 1912500 kg. b) Peso especfico adotado Atravs da tcnica de quarteamento, obteve-se como resultado um peso especfico de 250kg/m. c) Capacidade prevista para a rea A rea licenciada para funcionamento do aterro de 217300m (530m de comprimento x 410m de largura). A quantidade de clulas projetadas (oito) se deve ao fato da reduzida rea disponvel. Sendo assim, no h possibilidade de uma grande expanso horizontal; o aterro crescer verticalmente. d) Prazo de operao do Aterro Sanitrio Clculo do volume a ser aterrado Populao x gerao per capita 75.000 habitantes x 0,850kg/habitantes.d = 63.750kg/d Deve se considerar uma vida til de 20 anos. Portanto: 360 x 20 x 63.750 = 4,59x10 8 kg/20 anos Densidade= peso/volume 650kg/m= 4,59x108 kg/20 anos / volume V=706153,85m/20 anos 20% de cobertura final e intermediria (706153,85 x 0,2) + 706153,85 V=847384,62m/20 anos
Clculo das Clulas Para os volumes laterais, ser utilizado: [(a x b / 2) x c] x 4 d
a a Para o volume central: V = d x dx h
Considerando a relao base e altura de 2:1 nas laterais, a diferena entre a e d ser = 6:3. Clula 1 Volume lateral = [ (3x6/2) . 260 ] x 4= 9360 m Volume central = 184512 m Volume total=193872 m
c b d d Clula 2= Volume lateral = [ (3x6/2) . 240 ] x 4= 8640 m Volume central = 155952 m Volume total= 164592 m
Clula 3= Volume lateral = [ (3x6/2) . 220 ] x 4= 7920 m Volume central = 129792 m Volume total= 137712 m
Clula 4= Volume lateral = [ (3x6/2) . 200 ] x 4= 7200 m Volume central = 106032 m Volume total= 113232 m
Clula 5= Volume lateral = [ (3x6/2) . 180 ] x 4= 6480 m Volume central = 84672 m Volume total=91152 m
Clula 6= Volume lateral = [ (3x6/2) . 160 ] x 4= 5760 m Volume central = 65712 m Volume total= 71472 m
Clula 7= Volume lateral = [ (3x6/2) . 140 ] x 4= 5040 m Volume central = 49152 m Volume total=54192 m
Clula 8= Volume lateral = [ (3x6/2) . 120 ] x 4= 4320 m Volume central = 34992 m Volume total= 39312 m
VOLUME TOTAL= 865,536 m
Volume calculado inicialmente = 847384,62 m/20 anos 847384,62 m - 20 anos 865,532 m - x x = 20,4 VIDA TIL ~ 20 ANOS E CINCO MESES.
Resíduos Sólidos: uma perspectiva sobre os desafios da aplicabilidade da Lei 12.305/10, seus avanços e a influência sociocultural na implantação da política no município de Naviraí