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UNESP – Universidade Estadual Paulista : Projeto da Disciplina de PDPM

(Pesquisa e Desenvolvimento de Processamento de Materiais)

Metalografia do aço com


efeito “Bake Hardening” –
BH
Departamento de Engenharia de Materiais

Por: Priscila Folkl

Orientador: Professor Marcelo dos Santos Pereira

FEG
2009
UNESP – Universidade Estadual Paulista : Projeto da Disciplina de PDPM
(Pesquisa e Desenvolvimento de Processamento de Materiais)

1
Metalografia do aço “bake hardening”

Apresentação da monografia à Universidade


Estadual Paulista como requisito parcial para
obtenção de nota para a disciplina de PDPM

Resumo

O projeto ULSAB foi o responsável pelo desenvolvimento de novos aços


mais leves e com as mesmas ou melhores propriedades mecânicas que os

2
aços antigos. Isso levou a um menor consumo de combustível, o que hoje é
imprescindível devido aos grandes problemas ambientais que estamos
enfrentando. O aço, com efeito, “bake hardening” foi um destes materiais
desenvolvidos pelo projeto ULSAB. Este aço tem alta capacidade de
conformação antes do forno de pintura em automóveis e após o forno
aumentam significantemente suas propriedades mecânicas. Sua alta
conformabilidade leva estes aços a serem usados em portas, tetos e capôs.
Seu endurecimento em forno é feito através de envelhecimento do material a
temperaturas baixas (aproximadamente 170°C). O aço usado foi doado pela
montadora de automóveis Renault para a nossa Universidade. Os corpos de
prova foram feito pelo corte da amostra em 3 pedaços: um corte longitudinal,
um transversal e um superficial. Após corte as amostras foram embutidas,
lixadas e polidas, para então ser feito o ataque das peças e revelar, por
microscopia, as microestruturas presentes.

Abstract
The ULSAB Project had been responsible for the development of news
steels that should be more lights and with the same or better mechanics
properties of old steels. That make the automobiles uses less fuel, and today
that is essential due to the big environmental problems that we are facing. The
steel, with effect of bake hardening, is one of the materials developed is ULSAB
project. This steel has high capacity conformation before paint oven in cars, and
after paint oven, their mechanicals properties get higher. Its high formability
makes those steels be used in doors, roofs and roods. Its bake hardening effect
is made by aging at low temperature (about 170°C). This steels was donated by
the carmaker Renault to our University. The specimens were made by cutting 3
samples, one of the cuts was transversal, the other was longitudinal, and the
other was superficial. After cutting, the samples were built, sanded, polished
and attacked, then to be made of microscopic phases.

Sumário
1. Lista de Figuras 5
2.Introdução 5
2.1.Metalografia 5
2.2.O Projeto ULSAB 6

3
2.3.Aços 6
2.4.Aços com efeito “Bake Hardening” (BH) 7
3.Materiais e métodos 8
3.1.Materiais e Equipamentos 8
3.2.Métodos 9
4.Resultados e Discussões 9
5.Conclusão 13
6.Bibliografia 13

1. Lista de Figuras e Tabelas


1.1. Figuras
Figura 1: diagrama ferro carbono
Figura 2: Precipitação após estampagem e forno; e mudança
na resistência mecânica após ativar o efeito BH e após deformação
de 2% (estampagem).

4
Figura 3: corte longitudinal com 500 vezes de aumento
Figura 4: corte longitudinal com 500 vezes de aumento
Figura 5: corte longitudinal com 1000 vezes de aumento
Figura 6: corte longitudinal com 1000 vezes de aumento
Figura 7: corte transversal com 200 vezes de aumento
Figura 8: corte transversal com 200 vezes de aumento
Figura 9: corte transversal com 200 vezes de aumento
Figura 10: corte transversal com 500 vezes de aumento

1.2. Tabelas
Tabela 1: Elementos de liga e sua porcentagem máxima em
um aço BH.
Tabela 2: composição química do material estudado

1. Introdução
2.1. Metalografia
A metalografia consiste em, após ataque, analisar
microscopicamente a amostra para então analisar as
microestruturas presentes no material. Essas microestruturas estão
diretamente ligadas às propriedades mecânicas do material. [1] [12]
A metalografia é feita da seguinte maneira: primeiramente se
faz o embutimento da amostra em baquelite, então se faz o
lixamento da amostra já embutida com as lixas 100, 300, 600,
1000, 1500 e 2000. Após este processo é necessário fazer o
polimento da peça com um abrasivo indicado, o polimento deve
retirar todos os riscos feito pelas lixas, para isso, usa-se uma
microscópio de baixa resolução para observar. Assim que o
polimento estiver completo, faz-se o ataque, indicado para o tipo de
material. Este ataque será capaz de certas revelar as fases
presentes na microestrutura do material. [1] [12]

2.2. O Projeto ULSAB


O projeto “Ultralight Steel Autobody” (ULSAB) foi feito pela
comunidade siderúrgica mundial, com inicio em 1994. Ele envolve
mais de 35 produtores de aço, de 18 países diferentes. Seu
objetivo era buscar soluções globais para a indústria
automobilística, tendo o aço como componente principal para a
fabricação de autopeças. [2]
Esta iniciativa foi feita para que a indústria do aço continuasse
inovadora e competitiva em termos mundiais. Os estudos forma
feito para que se obtivessem novos aços que fossem mais leves e
com mesmas, ou melhores, propriedades mecânicas dos aços
antigos, desde que viáveis economicamente. [2]
O resultado do projeto foi uma carcaça 36% mais leve, com
rigidez em torção de 80% maior e em dobramento 56% maior que

5
das carcaças antigas. Ensaios de impacto deram bons resultados,
e seu preço foi menor que a das antigas. [2]

2.3. Aços
Aços são ligas de ferro com carbono, onde o teor de carbono
varia entre 0,008% à 2,1%, além de elementos de liga residuais
dos processos de fabricação. [3]
O teor de 0,008% corresponde a máxima solubilidade do
carbono do ferro à temperatura ambiente, enquanto o 2,1%
corresponde ao teor máximo de carbono que se dissolve à
temperatura de 1148°C, sendo que esta quantidade máxima varia
de acordo com os outros elementos de liga, neste ultimo caso,
chamam-se estes aços de aços liga, e não aço carbono apenas. [3]
Para verificar o tipo de aço formado e como é a formação de
fases durante o resfriamento, usa-se o diagrama Fe-C:

Figura 1

As microestuturas comuns em aço são: ferrita (pobre em


carbono, ductil), martensita (rica em carbono, frágil e muito dura),
cementita (rica em carbono, dura), perlita (lamelas de ferrita e
cementita), bainita (ferrita acicular e cementita) e austenita retida
(austenita que se solidifica antes de se transformar em outras
fases). [3]
Os aços podem ser classificados como: HSLA (aços de alta
resistência e baixa liga), IF (intersticial free), BH (Bake Hardening),
TRIP (Transformação plástica induzida) e CP (Fases Complexas) e
DP (Dual Phases)

2.4. Aços, com efeito, “Bake Hardening” (BH)


Os aços BH são aços tratados para serem dúcteis e, após
forno de pintura, obterem um aumento significativo em sua
resistência mecânica. Estes aços possuem baixo teor de carbono,

6
pois o alto teor de carbono pode aumentar o efeito bake hardening,
mas isso também pode provocar envelhecimento ao natural muito
mais rápido que o previsto, provocando a fratura da peça, ou sua
completa inutilização. [5] [9]
A estufa (forno) de pintura deve ter uma temperatura media de
170°C, e o aço deve permanecer a esta temperatura entre 20 a 30
minutos, para assim obter o efeito Bake Hardening. [5] [9]
O aço endurece devido ao seu envelhecimento à temperatura
de forno de pintura, isso ocorre porque os carbonos se precipitam
na forma de carbetos, perto das discordâncias, diminuindo o
espaço para elas se movimentarem. [5]
A tabela a seguir mostra alguns elementos de ligas que podem
ter os aços BH e a porcentagem de alguns deles:

Elemento de N C Al P Mn S
liga
Porcentagem 0,003 0,002 0,04 0,02 0,2 0,01
máxima (%)
Tabela 1

A porcentagem de nióbio é a seguinte:


0,5≤Nb%atC%at≤1,2

O processo de estampagem provoca formação de defeitos, na


peça, e são perto deles que os carbetos de precipitam. [5]
Na figura a seguir mostra-se o aumento da tensão máxima de
escoamento do material após o efeito BH e onde ocorre
precipitação após estampagem e forno de pintura.

7
Figura 2

3. Materiais e Métodos
3.1. Materiais e Equipamentos
Os materiais usados foram: aço BH fornecido pela Montadora
de carros Renault (composição química na tabela 2), baquelite, lixas
d’água (100, 300, 600, 1000, 1500 e 2000), pano de polimento, OPU
(10%) diluído em água destilada, pasta de diamante (1/4 µm) e Nital
1%.

C Si Mn P S Cr Ni Mo Al Cu Ti V Nb Sn B

BH 0,0011 0,06 0,25 0,013 0,01 0,014 0,003 0,003 0,041 0,015 0,017 0,001 0,002 0,002 0,0001

Tabela 2

Os equipamentos foram: Máquina de embutimento,


equipamento para lixas d’água, equipamento de polimento (Polipan)
com rotação média de 250 rpm, estufa para o ataque e microscópio
Epicon.

3.2. Métodos

8
Primeiramente, deve-se cortar as amostras em 3 cortes:
longitudinal, transversal e superficial. E então, deve-se embutir as
peças de acordo com as normas dadas pelo equipamento e usando
baquelite como material de embutimento. Se necessário, pode-se
usar um apoio de outro material.
Após embutimento, faz-se o lixamento da peça em lixas com
granulações mais grosseiras até granulações mais finas. A primeira
a ser usada é a lixa 100, deve-se tomar cuidado ao lixar, pois isso
pode provocar riscos muito fundos, dificultando a sua retirada na
próxima lixa. Para ir para a lixa 300, é necessário mudar a posição
da amostra em 90°, isso facilita a visualização dos riscos da lixa
anterior e da nova, podendo assim, ver quando será possível mudar
para a lixa 600. Isso ocorre até a ultima lixa, 2000, que assim que a
amostra estiver pronta, deverá ser levada ao polimento.
O processo de polimento é feito da seguinte forma: primeiro se
faz o polimento com a pasta de diamante e posteriormente com o
OPU diluído. Mas devido a estudos prévios, observou-se que este
polimento não foi bem sucedido, então desta vez foi feito o polimento
apenas com pasta de diamante (1/4µm). A qualidade do polimento é
administrada por um microscópio de baixa resolução.
Após o polimento estar devidamente feito, faz-se o ataque com
nital (1%), pois por ser um aço baixo carbono, o aço BH possue
como principal microestrutura a ferrita, que é revelada de forma mais
visível pelo ataque de nital. O nital é feito com 99% de álcool etílico e
1% de acido nítrico.
Após ataque, a amostra é levada rapidamente ao microscópio
para evitar oxidação e lá são feitas fotos para observar precipitados
e microestruturas presentes.

4. Resultados e Discussões
Primeiramente o polimento é muito complicado, pois o material é
muito dúctil, provocando facilmente o arrancamento de grãos. Por esta
razão o polimento não deve ser demorado, e para evitar este problema,
priorizei o menor número possível de grãos arrancados do que a superfície
perfeita sem riscos.
Os resultados serão apresentados a seguir:

9
Figura 3

Figura 4

10
Figura 5

Figura 6

Figura 7

11
Figura 8

Figura 9

Figura 10

12
Pode-se verificar a grande quantidade de oxidação de acordo
com as fotografias. Isso ocorreu devido a distancia do laboratório
de metalografia do laboratório de microscopia, durante o
transporte, ocorreu oxidação muito rapidamente (figuras 3 e 4)
Outra situação fácil de ser identificada é o arrancamento de
grãos, muito fácil de visualizar nas em quase todas as figuras. Isso
prova que o material deve ser polido com muito cuidado.
O ataque foi bem sucedido já que as figuras mostram de forma
clara os contornos de grãos das amostras, porem o ataque teve
melhores resultados na amostra transversal que na longitudinal.

5. Conclusão
O aço BH realmente possui como microestrutura dominante a ferrita, pois
os ataques foram bem sucedidos apenas com o nital. Isso é uma grande prova
que é um aço baixo carbono, como dito na sua composição química.
A distância do laboratório de microscopia e do de metalografia influenciam
na formação de óxidos na superfície da amostra, por esta razão, os resultados
seriam melhores se os ataques fossem feitos mais próximos ao laboratório de
microscopia, isso evitaria a formação de óxidos que prejudicam a analise das
imagens da amostra.
O embutimento não foi suficiente para obter o efeito BH, pois durante este
processo o material não fica a 170°C por 20 ou 30 minutos. Por esta razão não
é possível dizer que os pontos escuros e pequenos nas figuras são
precipitados devido ao efeito BH. O estudo foi feito sobre o aço fornecido.

6. Bibliografia
[1] Colpaert,H. “Metalografia dos produtos siderúrgicos comuns”. 4ªed.
1951.
[2] slides aula 1 da disciplina de Processamento de materiais metálicos,
ministrada pelo professor Marcelo dos Santos Pereira na UNESP de
Guaratinguetá.
[3] Chiaverini, V. “Aços e Ferros Fundidos”. Ed.Abm. 7ªEd. 2007.
[5] Lora. F.A. “Avaliação do processo de estampagem profunda de chapas
de aço BH 180 e BH 220 utilizado na indústria automobilística” . Tese de
Mestrado. Porto Alegre. 2009.
[6] Gritti, J.A.; Melo, T.M.F. ; Machado, F.A. ; da Silva, A.P.F.S. ; Guimarães,
C.R. ; Cândido, L.C.; Godefroid, L.B. “Propagação e fechamento de trinca
de fadiga em dois aços bifásicos pré-deformados e com tratamento Bake
Hardening”. São Paulo. 2006.

13
[7] Castro, C.S.B, ; Sales, L.S. ; Gonzalez, B.M. “Envelhecimento em um
aço inoxidável AISI 304 contendo martensita induzida por deformação” .
Revista Escola de Minas. 2009.
[8] site da empresa CSN : http://www.csn.com.br/portal/page?
_pageid=95,93550&_dad=portal&_schema=PORTAL#anc3
[9] Gorni, A.A. “AÇOS FERRÍTICOS COM ALTA RESISTÊNCIA
MECÂNICA E BOA CONFORMABILIDADE”. 5º Congresso de corte e
conformação de metais. São Paulo. 2009
[10] Gorni, A.A. “Estudo Analisa Principais Propriedades dos Aços usados
na Indústria Automotiva”. Revista Corte & Conformação de Metais. Editora
Aranda. Jan-2008.
[11] Lora, F.A. ; Folle,L.F. ; Schaeffer,L. “CARACTERIZAÇÃO DAS
PROPRIEDADES TECNOLÓGICAS DO AÇO BH180 E BH220 E O
CÁLCULO DO COEFICIENTE DE ATRITO NO PROCESSO DE
ESTAMPAGEM PROFUNDA”. 64º Congresso Anual de ABM. Belo
Horizonte. 2009.
[12] da Silveira, V.H.M ; Schaeffer, L. “Estampagem de chapas de alta
resistência para uso automotivo – uma revisão”.

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