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ANÁLISE E DECISÃO

DE DE INVESTIMENTOS

JACKSON CIRO SANDRINI


MBA EMGERENCIAMENTO
EM DE PROJETOS
SETEMBRO/09
SETEMBRO 9
ANÁLISE E DECISÃO DE INVESTIMENTOS
Jackson Ciro Sandrini

SUMÁRIO

TAXAS - RUDIMENTOS
Classificação:
 Quanto ao regime de capitalização:
simples e composto
 Quanto ao capital inicial como base de cálculo:
nominal, efetiva e real
 Quanto à forma de apresentação:
nominal e efetiva
Equivalência e proporcionalidade de taxas
Considerações adicionais

CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA
Montante
Juros efetivos e reais
Desconto racional.
Equivalência de capitais diferidos

SÉRIE UNIFORME DE PAGAMENTOS – RENDAS CERTAS


Série postecipada, antecipada e diferida.
Valor futuro e valor presente.
Número de parcelas: carência e período singular
Série de pagamentos variáveis: fluxos não uniformes
Equivalência de Fluxos de Caixa e de Pagamentos
Cálculo e análise de taxas: fórmula prática, interpolação linear e funções financeiras.

MÉTODOS DETERMINÍSTICOS PARA ANÁLISE E DECISÀO DE INVESTIMENTOS

Exatos
Tempo de Recuperação do Investimento
Valor Presente Líquido
Valor Anual Uniforme Equivalente
Taxa interna de retorno
Índice Benefício/Custo

Consistência dos Resultados


Ajuste do IBC: homogeneização dos investimentos
Ajuste da TIR: Projeto combinado e Ponto de Fisher

ALTERNATIVAS COM VIDAS DIFERENTES

• Com ou Sem Repetição

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IMPACTOS DA DEPRECIAÇÃO E DO IMPOSTO DE RENDA

• Depreciação
Contábil e Real

• Imposto de Renda
Recursos próprios
Alternativas Financiadas

ANÁLISE DE MÚLTIPLAS ALTERNATIVAS

• Projetos Combinados
Análise Incremental

• Restrição Orçamentária

RISCO E INCERTEZA

• Sob Condição de Incerteza


Análise de Sensibilidade

• Sob Condições de Risco


Modelo algébrico
Modelos Probabilísticos: variável aleatória – Excel

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

ASSAF NETO, Alexandre. Matemática Financeira e suas aplicações. Atlas, 1997.

FARO, Clóvis de. Matemática Financeira. Atlas, 1997.

MATHIAS e GOMES, Washington Franco e José Maria. Matemática Financeira. Atlas, 1997.

PUCCINI, Abelardo de Lima. Matemática Financeira Objetiva e aplicada. LTC Editora,1995.

VERAS, Lilia Ladeira. Matemática Financeira. Atlas, 1997.

VIEIRA SOBRINHO, José Dutra. Matemática Financeira. Atlas, 1997.

BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA

CASAROTTO FILHO e KOPITTKE, Nelson e Bruno Harmut. Análise de investimentos. Atlas, 1996.

SOUZA e CLEMENTE, Alceu e Ademir. Decisões Financeiras e Análise de Investimentos. Atlas, 1997.

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TAXAS - CLASSIFICAÇÃO

QUANTO AO REGIME DE CAPITALIZAÇÃO

a) SIMPLES
Quando o total de juros é resultante da incidência da taxa somente sobre o capital inicial
(data zero), ou seja, a taxa incide sempre sobre a mesma base.
Portanto, a capitalização simples exige um único período de capitalização, ou seja, a
taxa incide sobre o capital na data zero, única data em que um valor não contém juro.

b) COMPOSTA
Quando o total dos juros é resultante da incidência da taxa não somente sobre o capital
inicial, mas também sobre os juros formados nos períodos anteriores, ou seja, os juros,
ao incorporarem-se ao capital, fazem as vezes do capital no período seguinte.
Portanto, a capitalização composta exige mais de um período de capitalização: a taxa
incide sobre o capital remanescente [montante].
A caracterização de juros sobre juros se dá pelo surgimento do fator (1+i)n ou in, c/
n>1.

• QUANTO AO CAPITAL INICIAL COMO BASE DE CÁLCULO

a) NOMINAL

Quando o valor do capital inicial, utilizado como base de cálculo, não representa o valor
efetivamente ou recebido pelo cliente ou desencaixado pela instituição financeira. Não
considera o fluxo de caixa.

b) EFETIVA

Quando utilizamos, para efeito de cálculo da taxa, o valor efetivamente desencaixado ou


recebido. Considera o fluxo efetivo de caixa.

01. Se uma pessoa solicita um empréstimo de 100.000, por 03 meses, em um banco que cobra
juros simples antecipados de 10% ao mês, determinar a taxa nominal e efetiva, no período,
para o tomador.

02. Uma pessoa solicita um empréstimo de 100.000, para liquidar no final de 03 meses, com
pagamento único de 125.000. Sabendo-se que o Banco vincula 10% do empréstimo, como
reciprocidade, determinar a taxa efetiva no período, para o tomador.

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03. Um agiota empresta 100.000, para receber 125.000, no final de 03 meses. Sabendo-se
que paga, no ato, comissão de 5% do empréstimo, a um intermediário, determinar a taxa
efetiva, no período, para o agiota.

04. Um cliente aplicou 100.000, em prazo fixo, e obteve, no final do período, um rendimento
de 20.000. Sabendo-se que pagou - por fora e no ato - um IR de 4.000, pergunta-se:

• Qual a taxa efetiva para o banco?

• Qual a taxa efetiva para o cliente?

• Qual a taxa efetiva para o cliente, se o IR fosse no resgate?

c) REAL

Quando há inflação, temos que distinguir - na taxa efetiva - duas componentes: uma em
razão da inflação e outra à parcela de juros realmente paga/recebida. Portanto, taxa real é a
taxa realmente paga/recebida, depois de eliminados os efeitos inflacionários.

05. Uma pessoa aplicou 1,00 e resgatou 1,50, três meses após. Admitindo-se uma inflação de
40% no período, determinar as taxas efetiva e real nesse período.

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• Há uma tendência generalizada de se obter a taxa real simplesmente subtraindo a taxa de inflação da taxa
efetiva, o que é um lamentável e significativo equívoco.

06. Uma pessoa aplicou 10.000 e resgatou 16.500, após 06 meses. Sabendo-se que a inflação,
nesse período, comportou-se conforme a variação das UFIRs abaixo, determinar a taxa real
no período.

UFIR (0) 0,5432


UFIR (6) 0,9611

07. Certo banco cobra em seus empréstimos em conta corrente (conta garantida ou conta
devedora) taxa idêntica à variação da TR, mais juros de 3% ao mês. Determinar a taxa
efetiva mensal paga por um cliente, considerando que a variação da TR tem se mantido em
torno de 0,7% ao mês.

08. Qual das alternativas seguintes é a mais atraente para um investidor, considerando-se o
prazo de aplicação de 01 ano:
• Aplicar a taxa efetiva de 20% ao ano (prefixada)?
• Aplicar a taxa real de 12% ao ano (pós-fixada)?

PROPORCIONALIDADE E EQUIVALÊNCIA DE TAXAS

• TAXAS PROPORCIONAIS

Taxas utilizadas somente para capitalização simples e são assim chamadas por formarem
proporção com os tempos a que elas se referem.

09. Determinar a taxa proporcional:

5% ao mês % ao semestre
21% ao trimestre % ao mês
120% ao ano % ao quadrimestre
36% ao semestre % ao bimestre

6
12% ao mês % em 5 dias

• TAXAS EQUIVALENTES

Taxas definidas em períodos de capitalização diferentes que, após um determinado tempo


comum, proporcionam o mesmo juro, conseqüentemente, o mesmo montante.

OBS: Pela definição, concluímos que o conceito é válido para os dois regimes de capitalização. Como a
grande maioria dos autores e o mercado em geral, ao mencionarem taxas equivalentes referem-se,
implicitamente, à capitalização composta, adotaremos procedimento idêntico.

10. Determinar o montante de juros compostos de uma aplicação de 200.000, por um ano:
• à taxa de 40% ao semestre
• à taxa de 96% ao ano

11. Determinar a taxa anual equivalente a 5% ao mês.

12. A Poupança, no passado, rendeu 240% ao ano. Quanto rendeu, em média, ao mês?

13. Determinar a taxa em 187 dias, equivalente a 35% ao ano.

14. Determinar a taxa mensal equivalente a 12% em 72 dias.

• QUANTO À FORMA DE APRESENTAÇÃO

Existe, também, a classificação de taxa nominal e efetiva, em função da divisão de certo


período, em subdivisões de períodos de capitalização.

TAXA EFETIVA

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Quando o período a que se refere a taxa coincide com o período de capitalização dos juros. É
essa taxa que devemos utilizar para efeito de cálculo dos juros compostos, ou qualquer outra
sua equivalente.
Exemplo: 80% ao ano, capitalização anual.
40% ao trimestre, capitalização trimestral.

OBS: Quando o período de capitalização não é mencionado, subentendemos e está implícito que ele é
coincidente com o período da taxa, razão da omissão. Portanto, a taxa é efetiva.

TAXA NOMINAL

Quando o período a que se refere a taxa não coincide com o período da capitalização dos juros.
Essa não nos interessa para efeito de cálculos, servindo apenas como referência. Sendo assim,
previamente, transformamo-la em efetiva, determinando a sua proporcional, em período
coincidente com o período da capitalização, para depois utilizá-la no cálculo, ou qualquer outra
sua equivalente.
Exemplo: 24% ao ano, capitalização mensal.
9% ao trimestre, capitalização mensal.

15. A poupança remunera juros anuais de 6%, capitalizados mensalmente. Qual a taxa
efetiva mensal e anual?

16. O que é mais interessante ao tomarmos dinheiro emprestado:


a) 36% ao ano, capitalização mensal.
b) 40% ao ano.

REGIME DE CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA

PERÍODO DE CAPITALIZAÇÃO:

É o lapso de tempo que se deve aguardar para que haja juro que, juntamente com o capital,
passa a render no período seguinte. Por exemplo, o período de capitalização da poupança é
mensal.

MONTANTE

Soma do capital e seus respectivos juros, acumulados periodicamente. É composto, como vimos,
quando a taxa incide não somente sobre o capital inicial, mas também sobre os juros
acumulados nos períodos anteriores.
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17. Determinar o montante de uma aplicação de 50.000, a juros compostos de 10% ao mês,
durante 03 meses.

18. Determinar o montante, utilizando as taxas efetivas mensal e anual, no caso de uma
aplicação de 200.000, durante 36 meses, a juros de 60% ao ano, capitalizados anualmente.

19. Determinar o montante, utilizando as taxas efetivas mensal e anual, no caso de uma
aplicação de 200.000, durante 03 anos, a juros de 60% ao ano, capitalizados mensalmente.

20. Determinar os montantes de (0 a 12), (1 a 5), (3 a 9) e (4 a 11), na hipótese de uma


aplicação de 5.000 em Caderneta de Poupança, a juros reais de 6% ao ano, capitalizados
mensalmente.

n TR FATOR
0 1.14%
1 0.98%
2 0.87%
3 0.76%
4 0.87%
5 0.55%
6 0.41%
7 0.38%
8 0.43%
9 0.55%
10 0.40%
11 0.42%
12 0,23%

JUROS COMPOSTOS

É a diferença entre o montante e o capital. É o mesmo que renda ou rendimento.


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21. Determinar os juros de um empréstimo de 300.000, por 186 dias, à taxa de 24% ao ano,
além da correção monetária de 1,6% ao mês.

22. Com base no exercício anterior, determinar apenas os juros reais.

DESCONTO COMPOSTO

Diferença entre o valor nominal e o valor atual de um título. É racional quando a taxa
incide sobre o valor atual do título, como é o caso do desconto composto. Portanto, o
desconto composto = juro composto e, havendo equivalência em uma determinada data,
essa equivalência vai prevalecer em qualquer outra data.

23. Sabendo-se que um título de 40.000 será descontado 20 meses do seu vencimento, a juros
de 5% ao mês, determinar o valor atual e o desconto.

24.Um título de 50.000 foi liquidado por 46.243,58. Se a taxa foi de 25% ao semestre,
determinar quantos dias antes do vencimento ocorreu a operação.

25. Uma letra de 50.000 foi adquirida por 40.000, estando a 145 dias de seu vencimento.
Decorridos 80 dias, por quanto deverá ser revendida para que não haja prejuízo?

26. Uma empresa obteve um empréstimo de 200.000, por 60 dias, à taxa de 10% ao mês.
Passados 30 dias, decide resgatar a dívida. Sabendo que foi negociada uma taxa de 5% ao
mês para a renegociação, determinar o valor do pagamento e a taxa efetiva mensal paga pela
empresa.

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SÉRIE UNIFORME

Quando depositamos periodicamente determinada quantia, para armazenar um capital em


data futura, haverá um processo de capitalização. Entretanto, quando pagamos
periodicamente determinada quantia, para resgatar uma dívida, o processo é de amortização.
A essa sucessão de depósitos ou pagamentos, para formar ou amortizar um capital, damos o
nome de série, renda ou, ainda, anuidade.

São UNIFORMES ou CERTAS aquelas em que o número, prazos e valores dos pagamentos são
previamente conhecidos.

Considerando-se que na Matemática Financeira as séries têm classificação bastante ampla,


visando atender às nossas necessidades de enfoque apenas financeiro, vamos desenvolvê-las
com as seguintes características:

• Os períodos de ocorrência dos fluxos de pagamentos/recebimentos são


postecipados, antecipados ou diferidos;
• A diferença de prazo entre cada termo e o seguinte ou o anterior, é constante, ou
seja, os intervalos entre as parcelas do fluxo são periódicos;
• O nº. de parcelas do fluxo é finito: o prazo do fluxo é conhecido antecipadamente;
• Os valores das parcelas que compõem o fluxo são constantes.

• SÉRIE POSTECIPADA

Quando o primeiro pagamento/recebimento ocorre no final (END) do primeiro período e


assim sucessivamente. Se a série possui n termos, o vencimento do último dar-se-á no
final de n períodos.

• SÉRIE ANTECIPADA

Quando o primeiro pagamento/recebimento ocorre no início (BEGIN) do primeiro


período e assim sucessivamente. Se a série possui n termos, o vencimento do último dar-
se-á no final de n-1 períodos.

• SÉRIE DIFERIDA

Quando o primeiro pagamento/recebimento ocorre após o final do primeiro período.


Dependerá da carência (m): o 1º pagamento acontecerá no período carência mais um.

MONTANTE DE POSTECIPADA
O montante da série postecipada ocorre na mesma data do último depósito/pagamento.

27. Determinar o montante no final do quinto mês, de uma série de cinco depósitos mensais,
iguais e consecutivos, no valor de 5.000 cada, à taxa de 10% ao mês.

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28. Quanto devo depositar, trimestralmente, para poder resgatar US$ 20.000, após 4 anos,
ou seja, logo após o 16º depósito, se a taxa será de 12% ao ano, capitalização trimestral?

29. Ao vendermos um imóvel, receberemos 2.000 por mês, durante 5 anos. Se, paralelamente,
aplicarmos à taxa média de 5% ao mês, determinar o saldo acumulado, logo após o
sexagésimo depósito. E se dobrarmos a taxa, qual será o montante?

MONTANTE DE ANTECIPADA
O montante da série antecipada ocorre um período após o último depósito/pagamento.

30. Determinar o montante no início do 6º mês, resultante de uma série de cinco aplicações
mensais, iguais e consecutivas no valor de 5.000 cada, com a primeira sendo depositada
hoje, à taxa de 10% ao mês.

31. Determinar o montante, 93 dias após o último depósito, de uma série de 8 depósitos
mensais e iguais a 4.000, primeiro no ato, a juros de 3% ao mês.

32. Determinar o valor futuro, logo após o último depósito, resultante de 12 depósitos
mensais, à taxa de 3% ao mês, sendo os cinco primeiros de 4.000 e os restantes de 7.000
cada, sabendo-se que o 1º depósito será efetuado hoje.

VALOR ATUAL DE POSTECIPADA


O valor atual ocorre 01 período antes do 1º pagamento ou a 1ª parcela é paga no final do 1º
período.

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33. Ao financiar um automóvel, pagarei 12 parcelas mensais e iguais a 2.000. Sabendo-se
que a financeira cobra juros de 5% ao mês, qual o preço a vista?

34. Que carro poderei comprar, a juros de 4% ao mês, se pretendo pagar no máximo 18
prestações mensais e iguais a 2.000, e a concessionária exige uma entrada de 20%?

VALOR ATUAL DE ANTECIPADA


O valor atual ocorre na mesma data do 1º pagamento ou a 1ª parcela é paga no ato, como
entrada.

35. Determinar o preço à vista de um celular, financiado em 12 prestações mensais e iguais a


90, se a taxa real de juros é de 2% ao mês e a 1ª prestação será dada como entrada.

36. Uma compra de 5.000 será liquidada em 6 prestações mensais e iguais, a juros de 2% ao
mês, além da variação do IGPM. Qual o valor das prestações, se a 1ª será paga no ato?

IGPM 0,28% PGTO1


1
IGPM2 0,43% PGTO2
IGPM 0,61% PGTO3
3
IGPM4 0,49% PGTO4
IGPM 0,77% PGTO5
5
IGPM6 0,58% PGTO6
IGPM7 0,46%

37. Uma dívida de 60.000 será liquidada em parcelas mensais e iguais a 7.000, primeira no
ato. Se a taxa for de 6% ao mês, determinar o número de parcelas e o valor do pagamento
residual (se for o caso), um período após a última parcela.

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38. Se um investimento de 20.000, a juros de 18% ao ano [365 dias], gerou retornos
conforme quadro abaixo, determinar o valor presente líquido.

Datas Capitais
(20.000,00
07/04/08 )
12/05/08 3.500,00
09/06/08 4.000,00
11/08/08 5.500,00
15/09/08 4.500,00
13/10/08 5.000,00

VALOR ATUAL DA DIFERIDA


O valor atual ocorre um período de carência mais um período (m+1) antes da data do 1º
pagamento ou a 1ª parcela é paga no período de carência mais um período.

39. Determinar o valor atual de um empréstimo que deverá ser liquidado em 12 prestações
mensais e iguais a 5.000, `a taxa de 5% ao mês, sabendo-se que a 1ª prestação será paga
somente 4 meses após a efetivação.

40. Certa empresa recebe 80.000 em empréstimo, para resgatar em oito parcelas semestrais,
a juros de 100% ao semestre (12,25% ao mês). Se haverá dois anos de carência, qual o valor
das prestações?

41. Uma dívida de 40.000 será liquidada em 12 prestações mensais e iguais, a 6% ao mês.
Sabendo-se que a primeira será paga daqui a 18 dias (período singular), determinar o valor
das prestações.

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42. Uma dívida deverá liquidada em 6 prestações mensais de 2.000, 7.000, 4.000, 3.000,
5.000, e 6.000. Sabendo-se que a taxa é de 4% ao mês e a 1ª no ato, substituir esse fluxo não
uniforme de pagamentos por uma série uniforme de 06 parcelas mensais, sendo a primeira
dada como entrada.

43. Prevendo que certa pessoa, nos meses de julho a dezembro, terá dispêndios mensais de
2.000, determinar quanto deverá depositar, mensalmente, de janeiro a maio do mesmo ano, a
2% ao mês, para que sejam possíveis tais retiradas.

44. Um terreno está sendo vendido por 34.000 à vista ou em 18 prestações mensais, sem
entrada: 6 iniciais de 1.500, 6 seguintes de 2.000 e 6 finais de 2.500. Sabendo-se que o
gerente de uma instituição financeira garantiu a uma pessoa interessada na compra, um
rendimento mínimo de 1% ao mês, com retiradas mensais para pagamento das parcelas,
compensa comprar a prazo? Justifique.

ANÁLISE/CÁLCULO DE TAXAS
As taxas, em séries uniformes, podem ser calculadas através da função financeira do Excel
(TAXA ou TIR), máquinas financeiras (i ou IR), fórmula prática de KARPIN ou por interpolação
linear.

45. Uma loja indica um produto como tendo seu preço a vista igual a 20.000; podendo,
porém, ser pago em 4 prestações mensais/iguais, “sem acréscimos”. No entanto, se o
pagamento for a vista, a loja fornece um desconto de 20%. Compensa comprar a prazo e
deixar o dinheiro aplicado na poupança, por exemplo?

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46. Uma loja vende suas mercadorias em cinco prestações mensais e iguais, “sem juros”,
com a 1ª sendo paga no ato, como entrada. Todavia, se a aquisição for a vista, ela fornece
um desconto de 15%. Qual a taxa efetiva anual cobrada pela loja?

47. Sabendo-se que, ao tomar emprestados 10.000, pagarei 12 prestações mensais de 2.300,
com a 1ª sendo paga somente 4 meses após a data da efetivação, determinar a taxa real
mensal cobrada, na hipótese de uma inflação igual a 8,08% ao ano.

48. Certo Banco financia 50% da liquidação da guia de ICM, por 30 dias, a juros de 2% ao
mês. Sabendo-se que esse Banco repassa os recursos para a Receita somente 08 dias após a
quitação da guia, determinar o ganho efetivo mensal para esse Banco.

5.000 5.100

10
0 30 dias

10.000

49. Se um investimento de 20.000, gerou retornos conforme quadro abaixo, determinar a taxa
efetiva anual.

50. Sabendo-se que o IPVA podia ser pago a vista, até dia 31/01, com desconto de 15%, ou a
prazo, em 6 prestações mensais e iguais, “sem juros”, com a primeira prestação vencendo-se
somente dia 12/02, determinar/justificar a melhor alternativa, com base na taxa efetivamente
cobrada pelo Governo.

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ANÁLISE E DECISÃO DE INVESTIMENTO

Um problema de análise de investimentos surge quando se deseja investir um capital ou adquirir um


bem de capital. Hoje em dia, em razão da dinâmica dos negócios, gerados principalmente com o advento do
regime inflacionário, as técnicas de análise vêm sendo usadas não só para grandes negócios, de médio e longo
prazos, mas também para operações de curto prazo, como por exemplo, nas decisões corriqueiras de compra a
vista versus compra a prazo, como vimos anteriormente.

A decisão de investir não é uma tarefa simples. Muitos fatores, inclusive imponderáveis, interferem no
processo. Ela depende da concretização da expectativa de retorno: quanto maiores forem as expectativas de
resultados futuros, mais atrativo será o negócio. O passado serve apenas para auxiliar nas previsões. Interessa-
nos o presente e, principalmente, o futuro, que é incerto. Isso quer dizer que dois investidores poderão ter
avaliações diferentes para uma mesma oportunidade de negócios. Quanto melhor o nível de informações,
certamente, menor será o risco. Projetos de baixa rentabilidade podem ser tão atrativos quanto aqueles com
elevado retorno, desde que apresentem níveis de risco muito baixos. Portanto, a alternativa ideal será aquela
que apresentar melhor combinação entre ganhos e riscos.

A decisão de investimento deve obedecer a três critérios básicos:


• Econômico: rentabilidade
• Financeiro: disponibilidade de recursos
• Imponderáveis: fatores não conversíveis em dinheiro

Os principais fatores econômicos que influenciam a escolha da melhor alternativa são os seguintes:
• Taxa mínima de atratividade
• Receitas e despesas
• Custo inicial e valor residual
• Vida útil
• Imposto de renda

TAXA ATRATIVA OU TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE (TMA)

Devido à escassez de capital, existe um preço para seu uso, mesmo quando utilizado pelo próprio dono;
pois, apresenta um custo, da oportunidade perdida, porque, ao usá-lo, estará deixando de obter a rentabilidade
proporcionada pelo Mercado, inclusive, de baixo risco. Portanto, a taxa atrativa deve representar o custo de
oportunidade do capital.

Pode-se concluir, basicamente, que a TMA é a maior taxa de juros que deixa de ser obtida na aplicação
dos recursos próprios ou é a menor taxa de juros que deve ser paga sobre a utilização de recursos de terceiros.

MÉTODOS DETERMINÍSTICOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

É fundamental na análise e decisão de investimentos conhecer com profundidade os métodos que levam
em consideração o valor do dinheiro no tempo, ou seja, o critério do fluxo de caixa descontado, atendendo ao
rigor conceitual. Nesse sentido, vamos desenvolver as técnicas de análise, que podem ser divididas em dois
grandes grupos: aqueles que servem para selecionar projetos - Valor Presente Líquido (VPL) e Valor Anual
Uniforme Equivalente (VAUE), e aqueles que servem para gerar indicadores adicionais para os projetos já
selecionados - Taxa Interna de Retorno (TIR), Índice Benefício/Custo (IBC) e Tempo de Recuperação do
Investimento (TRI), entre outros, não exatos.

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51. Determinar a melhor alternativa entre os projetos abaixo, mutuamente excludentes, sabendo-se que a TMA
é de 10% ao ano.

ANO PROJETO A PROJETO B PROJETO C PROJETO D


0 (70.000) (120.000) (150.000) (180.000)
1 30.000 33.000 30.000 75.000
2 20.000 33.000 35.000 35.000
3 20.000 33.000 40.000 35.000
4 15.000 33.000 50.000 55.000
5 15.000 33.000 60.000 55.000

1. TEMPO DE RECUPERAÇÃO DO INVESTIMENTO (PAY BACK)

O TRI nada mais é do que o número de períodos necessários para que o valor presente do fluxo de
benefícios se iguale ao capital investido. Certamente, quanto maior o indicador, mais incerta a recuperação do
capital investido.

Em contextos dinâmicos, como o de economias globalizadas, por exemplo, esse indicador de risco
assume importância relevante. O risco do projeto aumenta à medida que o TRI se aproxima do final do
horizonte de planejamento.

Como restrição ao método está o fato de não considerar a vida do investimento, não ponderando aquilo
que acontece após o tempo de recuperação, penalizando, desse forma, projetos que tenham receitas iniciais
pequenas, mas crescentes ao longo da vida do projeto.

ANO PROJETO A PROJETO B PROJETO C PROJETO D


0 (70.000) (120.000) (150.000) (180.000)
1 30.000 33.000 30.000 75.000
2 20.000 33.000 35.000 35.000
3 20.000 33.000 40.000 35.000
4 15.000 33.000 50.000 55.000
5 15.000 33.000 60.000 55.000
4
4+x
5 DECISÃO
TRI

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2. VALOR PRESENTE LÍQUIDO - VPL

O método do VPL é uma das técnicas mais conhecidas e utilizadas na análise de investimento. O VPL
nada mais é do que a concentração de todos os valores esperados de um fluxo de caixa (entradas e saídas), na
data zero, utilizando-se a TMA como taxa de desconto. Genericamente, é a diferença entre o valor atual do
fluxo das receitas esperadas e o investimento inicial.

ANO PROJETO A PROJETO B PROJETO C PROJETO D


0 (70.000) (120.000) (150.000) (180.000)
1 30.000 33.000 30.000 75.000
2 20.000 33.000 35.000 35.000
3 20.000 33.000 40.000 35.000
4 15.000 33.000 50.000 55.000
5 15.000 33.000 60.000 55.000 DECISÃO
VPL

3. VALOR ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE – VAUE

Esse método, conhecido também como Valor Presente Líquido Anualizado (VPLa), é mais uma
variação do VPL, e consiste em determinar a série uniforme anual equivalente ao fluxo de caixa, utilizando-se,
como taxa de desconto, a TMA, ou seja, calcula-se o valor presente líquido do fluxo (entradas e saídas) e o
transforma em uma série uniforme anual equivalente, através do cálculo da parcela constante(PMT).

ANO PROJETO A PROJETO B PROJETO C PROJETO D


0 (70.000) (120.000) (150.000) (180.000)
1 30.000 33.000 30.000 75.000
2 20.000 33.000 35.000 35.000
3 20.000 33.000 40.000 35.000
4 15.000 33.000 50.000 55.000
5 15.000 33.000 60.000 55.000 DECISÃO
TIR

19
4. TAXA INTERNA DE RETORNO - TIR

O método da TIR, juntamente com o do VPL, é uma das técnicas mais conhecidas e usuais na análise de
investimentos, e consiste no cálculo da taxa que zera, em determinado momento de tempo, o valor dos fluxos
esperados (entradas e saídas). Adota-se, geralmente, a data focal zero para proceder-se a equivalência.

ANO PROJETO A PROJETO B PROJETO C PROJETO D


0 (70.000) (120.000) (150.000) (180.000)
1 30.000 33.000 30.000 75.000
2 20.000 33.000 35.000 35.000
3 20.000 33.000 40.000 35.000
4 15.000 33.000 50.000 55.000
5 15.000 33.000 60.000 55.000 DECISÃO
TIR

5. ÍNDICE BENEFÍCIO/CUSTO - IBC

Esse método, conhecido também como Índice de Lucratividade - IL, é uma medida do quanto se espera
ganhar por unidade do capital investido. É, na verdade, uma variante do método do VPL. Genericamente, é o
quociente entre o valor atual do fluxo das receitas esperadas e o investimento inicial.

ANO PROJETO A PROJETO B PROJETO C PROJETO D


0 (70.000) (120.000) (150.000) (180.000)
1 30.000 33.000 30.000 75.000
2 20.000 33.000 35.000 35.000
3 20.000 33.000 40.000 35.000
4 15.000 33.000 50.000 55.000
5 15.000 33.000 60.000 55.000 DECISÃO
IBC

4.1. TAXA DE RETORNO ADICIONAL DO INVESTIMENTO - TRAI


20
Se o IBC de um projeto, por exemplo, for igual a 1,084, significa que, para cada 1,00 imobilizado no
projeto, espera-se obter, após o horizonte de planejamento do projeto, 1,084. Quando expurgamos 1,00,
relativo ao ganho que teríamos caso esse 1,00 ficasse aplicado à TMA, obteremos 0,084 = 8,40%, que
representa o ganho esperado em 5 anos, além da TMA.

Como a TMA está relacionada a ano, determinamos a equivalente anual de 8,40% e obteremos uma
TRAI = 1,63% ao ano, que representa, em termos percentuais, a riqueza gerada pelo projeto. Sendo assim, a
TRAI é o análogo percentual do conceito de Valor Econômico Agregado – EVA.

ANO PROJETO A PROJETO B PROJETO C PROJETO D


0 (70.000) (120.000) (150.000) (180.000)
1 30.000 33.000 30.000 75.000
2 20.000 33.000 35.000 35.000
3 20.000 33.000 40.000 35.000
4 15.000 33.000 50.000 55.000
5 15.000 33.000 60.000 55.000
VF (TMA) 126.243 201.468 253.908 314.243
NOVA TIR 12,52% 10,92% 11,10% 11,79%
TRAI 2,29% 0,84% 1,00% 1,63%

Como vimos, o método da TIR considera que os retornos estão sendo reaplicados à própria TIR.
Entretanto, se considerarmos que os retornos são reaplicados à TMA, que somente não ocorrerá se houver
informação em contrário, obteremos um novo valor futuro, que acarretará uma taxa de retorno, obviamente,
diferente da TIR. Ao eliminarmos o efeito da TMA, obteremos a TRAI, que se caracteriza na melhor estimativa
de rentabilidade de um projeto. Portanto, embora comum, é equivocado referir-se à TIR como a rentabilidade
do projeto. A TIR, na melhor das hipóteses, pode ser entendida como um limite superior para a estimativa de
rentabilidade de um projeto.

Resumindo, através das conclusões sobre os cálculos do VPL, VAUE, IBC e TIR, evidencia-se o fato de
que são indicadores diferentes de uma mesma informação.

VPL = 0 VAUE = IBC = 1 TIR = TMA Indiferente


0
VPL > 0 VAUE > IBC > 1 TIR > TMA Projeto Viável
0
VPL < 0 VAUE < IBC < 1 TIR < TMA Projeto Inviável
0

QUADRO RESUMO DOS RESULTADOS

ANO PROJETO A PROJETO B PROJETO C PROJETO D


0 (70.000) (120.000) (150.000) (180.000)
1 30.000 33.000 30.000 75.000
2 20.000 33.000 35.000 35.000
3 20.000 33.000 40.000 35.000
4 15.000 33.000 50.000 55.000
5 15.000 33.000 60.000 55.000 DECISÂO
IBC
VPL
VAUE

21
TIR
Nota-se que todos os projetos são viáveis. Porém, como são mutuamente excludentes, há que se definir por apenas um deles.
1. CONSISTÊNCIA DOS RESULTADOS

Analisando os resultados, no conjunto, esperava-se que todos os métodos indicassem a mesma decisão.
Entretanto, os métodos que utilizaram o conceito de valor monetário, por serem de seleção, apontaram a
decisão correta, enquanto aqueles que utilizaram o conceito de valor relativo (taxa e índice), conflitaram com
essa decisão.

A inconsistência ocorreu em razão de analisarmos projetos com investimentos iniciais diferentes, com o
maior IBC e TIR recaindo sobre o projeto de menor investimento. Para eliminarmos essa distorção é
necessário tomarmos como base o projeto que demanda menor investimento e levarmos em consideração o que
será feito com o capital flutuante (diferença entre os investimentos iniciais dos projetos conflitantes).

Invest. Maior Invest. Capital Flutuante


Menor

1.1 AJUSTE DO IBC

O Cálculo do IBC Ajustado é feito através da simples adição do capital flutuante no numerador e no
denominador da fórmula de cálculo do IBC do projeto de menor investimento ou, através da simples subtração
do capital flutuante no numerador e no denominador da fórmula de cálculo do IBC do projeto de maior
investimento, harmonizando os investimentos iniciais dos dois projetos.

IBC AJUSTADO Numerador Denominado Resultado


r
Projeto menor
Projeto maior

1.2 AJUSTE DA TIR – PROJETO COMBINADO

O cálculo da TIR Ajustada é feito através da consideração de que o capital flutuante permanecerá
aplicado à TMA, salvo informações em contrário. Para isso, basta combinar o projeto de menor investimento
inicial com a aplicação do capital flutuante à TMA, e calcular a TIR dessa combinação (Projeto Combinado).

ANO PROJETO: PROJETO TMA COMBINADO


0
1
2
3
4
5
TIR 10%

22
1.3 AJUSTE DA TIR – PONTO DE FISHER

Outra maneira de se resolver essa contradição, que ocorre sempre que a maior TIR recair sobre o
projeto de menor investimento inicial, é imaginar a existência de outra opção de investimento (Projeto
Incremental), que nada mais é do que o fluxo de caixa da diferença entre as duas alternativas conflitantes, e
determinar sua TIR, que se constituirá na taxa de aplicação do capital flutuante para igualar à alternativa de
maior investimento inicial.

ANO PROJETO: PROJETO: INCREMENTAL


0
1
2
3
4
5
TIR

SIMULAÇÕES DA TIR PARA CÁLCULO DOS VPLS

TAXA PROJETO: PROJETO:


0%
3%
6%
9%
12%
15%
18%

GRAFICAMENTE

VPL

75.000

60.000

45.000

30.000

10.000
TIR
0 3 6 9 12 15 18

23
7. PROJETOS COM VIDAS DIFERENTES

Existem duas situações a considerar: projetos isolados, quando não se sabe o que fazer ao final da vida
útil, ou seja, SEM REPETIÇÕES. Para decisão, por uma questão de praticidade, utilizamos o método do VPL;
pois, se considera que, na diferença entre as vidas, os recursos fiquem aplicados à TMA.

Entretanto, se os projetos puderem ser renovados nas mesmas condições, quando se pretende manter o
ramo de atividade, ou seja, COM REPETIÇÕES, devemos considerar, como horizonte de planejamento, o
mínimo múltiplo comum da duração dos projetos. Isso significa dizer que devemos supor que os projetos sejam
repetidos, até que cheguemos a um horizonte de planejamento comum.

Se o objetivo for o de simplificar a formatação, aconselha-se a utilização do método do VAUE, pois o


horizonte de planejamento já está implícito no método, não havendo necessidade de que os fluxos sejam
repetidos até um horizonte comum.

52. Determinar a melhor alternativa entre os projetos abaixo, mutuamente excludentes, para aquisição de
equipamentos similares, sabendo-se que a TMA é de 10% ao ano.

DADOS PROJETO PROJETO


Investimento (50.000) (65.000)
Inicial
Receita Anual 13.500 13.500
Valor Residual 12.000 13.000
Vida Útil 4 anos 6 anos

7.1 COM REPETIÇÃO

n PROJETO A PROJETO B
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
VPL
VAU
E
TIR
24
7.2 SEM REPETIÇÃO

n PROJETO A PROJETO B
0
1
2
3
4
5
6
VPL
VAU
E
TIR

OBS: Se houver repetição, para utilizarmos o método do VPL, preliminar e obrigatoriamente, teremos
de determinar o MMC das vidas. E, no caso da TIR, algumas situações de difícil solução poderão
aparecer, como por exemplo, TIRs múltiplas ou não no campo real. Portanto, esses dois métodos não
são os mais apropriados para esse tipo de análise.

8. IMPACTOS DA DEPRECIAÇÃO E DO IMPOSTO DE RENDA

8.1 DEPRECIAÇÃO

A depreciação é contabilmente definida como a despesa equivalente à perda do valor de determinado


bem, seja por desgaste físico ou obsolescência. Esse valor, embora represente um custo, não se materializa em
desembolso; porém, é uma despesa e, como tal, pode ser deduzida das receitas, diminuindo o lucro e,
conseqüentemente, o imposto de renda; este sim, um desembolso, com efeitos sobre o fluxo de caixa.

A legislação define certos limites; pois, caso contrário, todos iriam depreciar seus bens de imediato,
para usufruir dos benefícios fiscais. Como por exemplo, lembramos que a legislação estabelece que prédios
sejam depreciados em 25, equipamentos em 10 e veículos em 5 anos. O único método de depreciação contábil
permitido pela legislação brasileira é o LINEAR: proporcional ao tempo legal de depreciação.

53. Determinar o valor da depreciação e o valor residual contábil de um veículo de 20.000, após 3 anos de uso.

 É importante destacar que, além da depreciação contábil exigida pela legislação, existe a depreciação
que realmente houve no bem, ou seja, a perda efetiva de valor com o passar do tempo. É possível admitir, por
exemplo, que um veículo tenha vida útil de 8 anos, com um valor residual estimado, a preço de sucata de 5% do
VC = valor de compra.

54. Determinar o valor da depreciação real e o valor residual real de um veículo de 20.000, acima
exemplificado, após 3 anos de uso.

25
* Caso haja a venda do bem, após 3 anos, deveremos lançar essa diferença entre os valores residuais como lucro
tributável, impactando, certamente, no cálculo do IR.
8.2 IMPOSTO DE RENDA

O imposto de renda é uma modalidade de imposto incidente sobre o lucro das empresas, apurado ao
final de cada exercício. O lucro, basicamente, é a diferença entre as receitas e despesas. Todavia, para efeito de
análise de investimento, o que interessa – efetivamente - é o fluxo de caixa real. Portanto, lembrem-se: a
depreciação é uma despesa, mas não há saída de caixa; já a amortização há saída de caixa, mas não é despesa;
portanto, não dedutível.

55. Suponhamos um projeto que demande investimento inicial de 20.000, para aquisição de um equipamento
que gerará superávit anual de caixa de 5.000, durante 5 anos, e será revendido por 10.000. A vida útil é de 10
anos, a TMA e a taxa de depreciação serão de 10% ao ano e a alíquota de IR de 35%. Analisar a viabilidade do
projeto, antes e depois do IR.

ANO FLUXO DEPRECIAÇÃO RENDA IR FLUXO APÓS


ANTES IR TRIBUTAVEL IR
0
1
2
3
4
5
VPL VPL
TIR TIR
Comentários:

8.3 INVESTIMENTO FINANCIADO

A obtenção de um financiamento pode tornar um investimento mais atrativo. Entretanto, a necessidade de


utilizar recursos de terceiros, em épocas de escassez, poderá tornar um investimento menos atraente ou até
inviável.

56. Analisar a viabilidade do projeto anteriormente descrito, considerando que 50% do investimento serão
financiados, através do SAC, em cinco parcelas anuais, ao custo de 15% ao ano.

Comentários:
ANO FAFIR AMORT JUROS FDFAIR DEPREC RTRIB IR FDFIR
1 2 3 4=1-2-3 5 6=4-5+2 7 8=4-7
0
1
2
3
4
5
VPL VPL
TIR TIR
26
RESUMO:

Depois do IR 100% Próprios 50% Próprios


VPL
TIR

NOTAÇÕES
FAFIR: Fluxo de caixa antes do financiamento e do IR.
FDFAIR: Fluxo de caixa depois do financiamento e antes do IR.
RTRIB: Renda tributável.
FDFIR: Fluxo de caixa depois do financiamento e do IR

9. ANÁLISE DE MÚLTIPLAS ALTERNATIVAS

Quando temos um grande número de alternativas, envolvendo projetos tecnicamente independentes, e a


disponibilidade de recursos permitir, devemos escolher não apenas um projeto, mas o conjunto de projetos que
melhor atender aos objetivos da empresa.

57. Se uma empresa possui sete diferentes alternativas de investimento, todas com vida útil de 10 anos e
tecnicamente excludentes, definir o melhor projeto, considerando uma TMA de 10% ao ano e os dados abaixo:

PROJETOS A B C D E F G
Invest. Inicial 20.000 25.000 30.000 35.000 45.000 50.000 60.000
Result. Anual 2.000 3.150 4.320 5.000 5.970 5.000 7.000
Valor
20.000 25.000 30.000 35.000 45.000 45.000 40.000
Residual
VPL
TIR
Comentários:

ANÁLISE INCREMENTAL

COMBINAÇÕES D-C E-C E-D


Invest. Incremental
Aumento de Resultado
Valor Residual
TIR Ajustada
Melhor Alternativa
Comentários:

27
58. Considerando o exercício anterior, com as alternativas de investimento tecnicamente independentes, e uma
disponibilidade orçamentária de 75.000, determinar o melhor conjunto de alternativas.

Alternativas Investimento VPL


s
C+C
C+D
C+E
D+D
D+E
E+E
Conclusão:

10. RISCO E INCERTEZA

Até agora, vimos modelos determinísticos, onde considerávamos que os elementos do fluxo de caixa
eram perfeitamente conhecidos. Entretanto, na prática, podem ocorrer casos em que não se tenha certeza dos
dados, mas aceitamos um mínimo, um máximo ou um intervalo. Por exemplo, podemos não ter certeza sobre
que taxa de desconto adotar, mas aceitamos o fato de que ela fique num intervalo entre 8% e 10%. Outro
exemplo é não sabermos o crescimento das vendas futuras ao lançarmos um novo produto, mas sabemos que a
taxa de crescimento não deve ultrapassar os 30%.

Quando conhecermos distribuição da probabilidade dos dados é possível uma análise sob condições de
risco, utilizando-se modelos probabilísticos. Agora, quando nada ou muito pouco se conhece, a análise se dará
sob condições da incerteza.

10.1 SOB CONDIÇÕES DE INCERTEZA

Sob condições de incerteza existem basicamente três alternativas para a solução dos problemas:
a. matrizes de decisão
b. análise de sensibilidade
c. simulação

• MATRIZES DE DECISÃO

REGRAS DE DECISÃO

As matrizes de decisão ou de receitas e custos são tabelas que relacionam as alternativas com as diferentes
eventualidades futuras. Por exemplo, as matrizes podem conter as receitas ou custos das diversas alternativas
para cada cenário possível.

59. Um agricultor está em dúvida na escolha entre as culturas A, B e C; pois, as receitas dependem das
condições climáticas, que poderão ser boas, médias ou ruins. A matriz de decisão mostra as receitas das
combinações entre as alternativas de receitas e as condições climáticas.

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
ALTERNATIVAS BOA MÉDIA RUIM
28
A 100.000 70.000 30.000
B 72.000 60.000 50.000
C 90.000 90.000 25.000

Para ilustrar as diversas regras de decisão, vamos supor que o agricultor não tenha como prever e nem possa
estipular uma probabilidade de ocorrência das referidas condições climáticas, decidindo, então, sob condições
de incerteza:

1ª Regra: Maximin (receitas) ou Minimax (custos)


Regra do pessimista: tenderá a escolher a máxima receita dos piores resultados.

2ª Regra: Maximax (receitas) ou Minimin (custos)


Regra do otimista: tenderá a escolher a máxima receita dos melhores resultados.

3ª Regra: Hurwicz
Pondera as regras anteriores, ao considerar que cada pessoa tem um certo grau de otimismo ou pessimismo e a
decisão será em função desse grau. Supondo que o agricultor seja 40% otimista e 60% pessimista, determine o
valor esperado de cada receita:

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS RECEITA


ALTERNATIVAS BOA PESO RUIM PESO MÉDIA
A 100.000 40% 30.000 60%
B 72.000 40% 50.000 60%
C 90.000 40% 25.000 60%
Decisão:

4ª Regra: La Place ou da razão insuficiente


Se não se consegue prever o estado da natureza, porque não supor que todos sejam igualmente prováveis.
Então, o valor esperado de cada alternativa será a média aritmética de cada alternativa:

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS RECEITA


ALTERNATIVAS BOA MÉDIA RUIM MÉDIA
A 100.000 70.000 30.000
B 72.000 60.000 50.000
C 90.000 90.000 25.000
Decisão:

5ª Regra: Savage ou do mínimo arrependimento


Considerando uma perspectiva pessimista, a matriz do arrependimento para o agricultor ficaria assim
construída:

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
ALTERNATIVAS BOA ARREP MÉDIA ARREP RUIM ARREP
A 100.000 70.000 30.000
B 72.000 60.000 50.000
C 90.000 90.000 25.000
Decisão:
29
CONCLUSÃO:

• ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

Utilizamos essa técnica para avaliar o efeito que a variação de um dado pode ocasionar nos resultados.
Quando uma pequena variação de um parâmetro alterar significativamente a rentabilidade de um projeto,
dizemos que o projeto é muito sensível a esse parâmetro e devemos buscar outras alternativas para obter dados
menos incertos, ou seja, devemos melhorar a estimativa através de investigações e estudos adicionais.

60. Objetivando aproveitar o verão, certa empresa investirá 40.000, na aquisição de equipamentos e
treinamento de seus empregados, para lançar um novo e exclusivo tipo de sandálias. Considerando que a
empresa deseja um retorno mínimo de 3% ao mês, ou seja, uma TMA = 3%, analisar o VPL e a TIR, sob
previsão normal de vendas, e com variações negativas de 10%, 20% e 30%.

SOB PREVISÃO NORMAL


MÊS NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO
Investimento (40.000) - - -
Vendas - 30.000 50.000 40.000
Custos Fixos - (10.000) (10.000) (10.000)
Custos Variáveis - (14.000) (24.000) (18.000)
Valor Residual - - - 20.000
Fluxo (40.000) 6.000 16.000 32.000
TIR = VPL =

VARIAÇÃO NEGATIVA DE 10% NA EXPECTATIVA DE VENDAS


MÊS NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO
Investimento (40.000) - - -
Vendas - 27.000 45.000 36.000
Custos Fixos - (10.000) (10.000) (10.000)
Custos Variáveis - (12.600) (21.600) (16.200)
Valor Residual - - - 20.000
Fluxo (40.000) 4.400 13.400 29.800
TIR = VPL =

VARIAÇÃO NEGATIVA DE 10% NA EXPECTATIVA DE VENDAS


MÊS NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO
Investimento (40.000) - - -
Vendas - 24.000 40.000 32.000
Custos Fixos - (10.000) (10.000) (10.000)
Custos Variáveis - (11.200) (19.200) (16.200)
Valor Residual - - - 20.000
Fluxo (40.000) 2.800 10.800 27.600
TIR = VPL =

VARIAÇÃO NEGATIVA DE 10% NA EXPECTATIVA DE VENDAS


MÊS NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO
Investimento (40.000) - - -
Vendas - 21.000 35.000 28.000
Custos Fixos - (10.000) (10.000) (10.000)
Custos Variáveis - (9.800) (16.800) (12.600)
30
Valor Residual - - - 20.000
Fluxo (40.000) 1.200 8.200 25.400
TIR = VPL =
Ponto de equilíbrio das vendas
Σ VENDAS TIR
120.000
108.000
96.000
84.000

Através do gráfico, podemos determinar o ponto de equilíbrio, ou seja, o volume mínimo de vendas para atingir
a TMA.
TIR (%)

15

12

6
TMA
3

Vendas (em mil)


0
80 90 100 110 120

61. Uma empresa pretende participar de uma concorrência, com um projeto para 5 anos, com investimento
inicial de 40.000 e benefícios líquidos anuais de 10.000, podendo obter adicionais de até 8% a cada período –
dependendo da expansão da economia e entrega antecipada da obra – e, por limite de capacidade de produção,
não deve ultrapassar a 12.000. Sabendo-se que a TMA também contém uma componente de incerteza, oscilando
entre 10% e 12%, analisar a viabilidade do projeto.

n FLUXO 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8%
0
1
2
3
4
5
10%
11%
12%
Conclusão:

10.2 SOB CONDIÇÕES DE RISCO

PROBABILIDADE
É a possibilidade de ocorrer certo evento. Ao assumir, por exemplo, uma probabilidade de 70% de que
aconteça uma certa receita em determinado período do projeto, está se admitindo um risco de 30% de que tal
receita não ocorra.
31
Nas decisões de investimento, porém, a distribuição de probabilidade não se resume, normalmente, a
um único resultado. O quadro a seguir, por exemplo, apresenta cinco intervalos de valores nos quais poderão
situar-se os benefícios de caixa esperados e as respectivas possibilidades de ocorrência e risco.

FLUXO PROBAB R
200.000 - 299.000 5%
300.000 - 399.999 15%
A probabilidade atribuída a um ou a conjuntos de eventos dispostos em intervalos de natureza incerta

400.000 - 499.999 60%


pode ser definida em termos objetivos: experiência passada em que há uma expectativa de que se repetirá no
futuro, ou subjetivos: eventos novos, em que não se tem experiência relevante: intuição ou experiência do
administrador, projeções, pesquisas, etc.

500.000 - 599.999 15%


A primeira medida importante para o estudo do risco a ser mensurado é o valor esperado de cada
distribuição de probabilidade e representa a média ponderada entre os resultados esperados e a respectiva
probabilidade.

600.000 - 699.000 5%
62. Considerando a distribuição de probabilidades dos retornos previstos de dois investimentos mutuamente
excludentes, calcule os retornos esperados de cada investimento, a média, desvio padrão e o coeficiente de
TOTAL
variação, para a escolha da melhor alternativa.
100%
PROJETO A
Pk Rk Pk x Rk (R k
10% 6.000
15% 6.500
PROJETO B
50%
Pk 7.000
Rk Pk x Rk (R k
15% 7.500
10% 3.000
10% 8.000
20% 5.000
40% Rm =
7.000
20% 9.000 32
GRAFIC AMENTE

RETORNO
Conclusão: PROJ A RETORNOS PR
6.000 10% 3.000
Quando conhecemos as distribuições de probabilidade do fluxo de benefícios (parcelas de retorno) ou,
na falta, o valor médio e a variância de cada um dos componentes aleatórios do projeto, é possível analisar de
1
6.500 15% 5.000
forma segura. Se as parcelas seguirem uma distribuição normal, o somatório dessas parcelas conduzirá,
também, a uma distribuição normal. De acordo com o Teorema de Limite Central, demonstra-se que essa nova
distribuição normal terá como média o somatório das parcelas e como variância, o somatório das variâncias
2
7.000 50% 7.000 4
das parcelas.

Na prática, porém, é muito difícil que as parcelas estejam sujeitas exatamente a uma distribuição

7.500 15% 9.000 2


normal ou que tenham elementos suficientes para identificá-la. Em razão disso, é comum recorrer-se à
Distribuição Beta, pois a soma dessas distribuições também conduz a uma distribuição normal, além de ter uma
configuração bastante genérica e poder ser caracterizada por três parâmetros: um valor mínimo, um máximo e

8.000 10% 11.000 1


um mais provável.Os resultados não serão tão precisos, porém se constituirão em importante fonte de
informações para uma tomada de decisão.

Agora, quando se dispõe de um computador, pode-se propor uma distribuição mais adequada a cada
uma das variáveis e, através de um gerador de números aleatórios, elaborar quantos experimentos se queira
para obter a distribuição do VPL, TIR, IBC ou VAUE. É o artifício da transformação da incerteza em risco.

• SIMULAÇÃO

63. Uma empresa pretende participar de uma concorrência, com um projeto para 10 anos, com investimento
inicial de 200.000 e benefícios líquidos anuais de 30.000. Dependendo da expansão da economia e do sucesso
do empreendimento, poderão ocorrer benefícios adicionais de até 20%. Sabendo-se que a TMA é de 10% ao
ano, analisar a viabilidade do projeto.

Interpretação
Limite inf. Média Limite Sup. Afastamento Probabilidade
a VPL b da média P(a<VPL<b)
1σ 68,27%
2σ 95,44%
3σ 99,73%

33
VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: dependem de fatores incertos, sujeitos ao acaso.

Discreta: Quando os valores se referem a contagens: dados, moedas, baralho...

Contínua: Quando os valores podem assumir qualquer valor pertencente ao conjunto dos números
reais: salários, preços de carros...

Interessa-nos a contínua. Como existe um número muito grande de possíveis valores de


uma variável aleatória contínua - VAC, não é possível registrá-los numa lista, tabela ou desenho.

A distribuição de uma VAC é dada por uma curva contínua e não por pontos discretos
de uma tabela. Essa curva, ou função matemática, é chamada de função densidade de
probabilidade (fdp).

A área sob a curva entre dois pontos do eixo x, a e b com b > a, dá o valor da
probabilidade da VA ter um valor entre esses dois pontos. Portanto, a probabilidade de uma VA deve
ser calculada dentro de um intervalo de valores.

P (a < x < b)

DISTRIBUIÇÃO UNIFORME

Uma distribuição da VAC é a distribuição uniforme da probabilidade, que apresenta uma


função densidade de probabilidade constante.

F (x)

1
b −a Base x h = 1

x
a b

Portanto, a probabilidade de que certo valor da VA seja igual ou maior que a e, ao


mesmo tempo, igual ou menor que b, é 100%. A probabilidade de que a variável x seja igual ou maior
que c e, ao mesmo tempo, igual ou menor que d, dentro do intervalo (a,b), será:

F (x)

34
a c d b x
* O Excel não tem função Estatística para a distribuição uniforme.

d −c
P( c ≤ x ≤ d ) =
b−a
DISTRIBUIÇÃO NORMAL

Uma das mais, senão, a mais importante distribuição de freqüência. Para melhor
compreensão, consideremos:

Observemos que a curva é simétrica ao redor da média. A área total sob a curva é
definida como 100 % e cada metade, obviamente, 50 %.

A grande vantagem da distribuição normal é que, conhecendo a Média e o Desvio Padrão,


podemos determinar qualquer valor de probabilidade. A probabilidade de que a variável aleatória x
esteja dentro do intervalo (a , b), P( a < x < b ), é dada pela área sob a curva entre esses dois valores.

Por exemplo: a probabilidade de que a variável aleatória x se encontre entre a=20 e b=


60 é definida como P(a < x < b ) = P(20 < x < 60 ), e corresponde à área definida entre os valores 20
e 60.

Como existe uma curva de distribuição normal diferente para cada par de valores, com o
objetivo de simplificar a complexidade dos cálculos, foi desenvolvido um padrão de procedimento
considerando uma única curva de distribuição: distribuição normal padronizada, sendo aplicado o
desvio padrão normalizado Z, como mecanismo de transformação.

A variável aleatória desvio padrão normalizado Z, de uma distribuição normal


padronizada, é dada pela seguinte equação:

Z= x-µ
σ

35
Após essa transformação, a curva de distribuição normal passa a ter uma forma única,
padronizada, igual à distribuição normal com µ = 0 e σ = 1. Para calcularmos, por exemplo, a
probabilidade de que a variável x se encontre entre 20 e 60, deve-se obter o valor de P (a < x < b) = P
(20 < x < 60).

Z = 20− 40 = − 2 Z = 60− 40 = + 2
1 10 2 10

O valor da probabilidade será dada por P (20 < x < 60) = P (-2 < x < 2), que
corresponde à área sob a curva de distribuição padronizada, definida entre valores Z1 = -2,0 e Z2 =
+2,0, que tem a mesma configuração do desenho anterior, ou seja, a mesma curva de distribuição com
os dois eixos

-4 –3 –2 -1 0 1 2 3 4

DISTRIBUIÇÃO NORMAL PADRONIZADA – DISTRIBUIÇÃO Z


UTILIZAÇÃO DA TABELA

1) P ( -1 < Z < 1 )

P ( Z < 1) = 0,8413 P ( Z ≥ -1 ) = 1 – 0,8413 ⇒ P ( Z ≥ -1 ) = 0,1587

P ( -1 < Z < 1) = 0,8413 - 0,1587 ⇒ 0,6826 ⇒ 68,26 %

2) P ( -2 < Z < 2 )

P ( Z < 1) = 0,9772 P ( Z ≥ -2 ) = 1 – 0,9772 ⇒ P ( Z ≥ -1 ) = 0,0228

P ( -1 < Z < 1) = 0,9772 - 0,0228 ⇒ 0,9544 ⇒ 95,44 %

3) P ( -3 < Z < 3 )

P ( Z < 1) = 0,9987 P ( Z ≥ -2 ) = 1 – 0,9987 ⇒ P ( Z ≥ -1 ) = 0,0013

P ( -1 < Z < 1) = 0,9987 - 0,0013 ⇒ 0,9974 ⇒ 99,74 %

4) P ( - ∞ < Z < 1,23 )

36
P ( Z < 1,23 ) = 0,8907 ⇒ 89.07 %

5) P ( - 1,5 < Z < 2 )

P ( Z ≥ - 1,5 ) = 0,9332 ⇒ 1 - 0,9332 = 0,0668

P ( Z < 2 ) = 0,9772 ⇒ P ( - 1,5 < Z < 2 ) = 0,9772 - 0,0668 = 0,9104 ⇒ 91,04 % Ou

P (Z < 2 ) = 0,9772 ⇒ 1 – 0,9772 = 0,0228

P ( Z ≥ - 1,5 ) = 0,9332 ⇒ P ( - 1,5 < Z < 2 ) = 0,9332 - 0,0228 = 0,9104 ⇒ 91,04 %


Distribuição Normal Padronizada – Distribuição Z
Z 0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09
0,00 0,5000 0,5040 0,5080 0,5120 0,5160 0,5199 0,5239 0,5279 0,5319 0,5359
0,10 0,5398 0,5438 0,5478 0,5517 0,5557 0,5596 0,5636 0,5675 0,7514 0,5753
0,20 0,5793 0,5832 0,5871 0,5910 0,5948 0,5987 0,6026 0,6064 0,6103 0,6141
0,30 0,6179 0,6217 0,6255 0,6293 0,6331 0,6368 0,64,06 0,6443 0,6480 0,6517
0,40 0,6554 0,6591 0,6628 0,6664 0,6700 0,6736 0,6772 0,6808 0,6844 0,6879
0,50 0,6915 0,6950 0,6985 0,7019 0,7054 0,7088 0,7123 0,7157 0,7190 0,7224
0,60 0,7257 0,7291 0,7324 0,7357 0,7389 0,7422 0,7454 0,7486 0,7517 0,7549
0,70 0,7580 0,7611 0,7642 0,7673 0,7704 0,7734 0,7764 0,7794 0,7823 0,7852
0,80 0,7881 0,7910 0,7939 0,7967 0,7995 0,8023 0,8051 0,8078 0,8106 0,8133
0,90 0,8159 0,8186 0,8212 0,8238 0,8264 0,8289 0,8315 0,8340 0,8365 0,8389
1,00 0,8413 0,8438 0,8461 0,8485 0,8508 0,8531 0,8554 0,8577 0,8599 0,8621
1,10 0,8643 0,8665 0,8686 0,8708 0,8729 0,8749 0,8770 0,8790 0,8810 0,8830
1,20 0,8849 0,8869 0,8888 0,8907 0,8925 0,8944 0,8962 0,8980 0,8997 0,9015
1,30 0,9032 0,9049 0,9066 0,9082 0,9099 0,9115 0,9131 0,9147 0,9162 0,9177
1,40 0,9192 0,9207 0,9222 0,9236 0,9251 0,9265 0,9279 0,9292 0,9306 0,9319
1,50 0,9332 0,9345 0,9357 0,9370 0,9382 0,9394 0,9406 0,9418 0,9429 0,9441
1,60 0,9452 0,9463 0,9474 0,9484 0,9495 0,9505 0,9515 0,9525 0,9535 0,9545
1,70 0,9554 0,9564 0,9573 0,9582 0,9591 0,9599 0,9508 0,9616 0,9625 0,9633
1,80 0,9641 0,9649 0,9656 0,9664 0,9671 0,9678 0,9686 0,9693 0,9699 0,9706
1,90 0,9713 0,9719 0,9726 0,9732 0,9738 0,9744 0,9750 0,9756 0,9761 0,9767
2,00 0,9772 0,9778 0,9783 0,9788 0,9793 0,9798 0,9803 0,9808 0,9812 0,9817
2,10 0,9821 0,9826 0,9830 0,9834 0,9838 0,9842 0,9846 0,9850 0,9854 0,9857
2,20 0,9861 0,9864 0,9868 0,9871 0,9875 0,9878 0,6881 0,9884 0,9887 0,9890
2,30 0,9893 0,9896 0,9898 0,9901 0,9904 0,9906 0,9909 0,9911 0,9913 0,9916
2,40 0,9918 0,9920 0,9922 0,9925 0,9927 0,9929 0,9931 0,9932 0,9934 0,9936
2,50 0,9938 0,9940 0,9941 0,9943 0,9945 0,9946 0,9948 0,9949 0,9951 0,9952
2,60 0,9953 0,9955 0,9956 0,9957 0,9959 0,9960 0,9961 0,9962 0,9963 0,9964
2,70 0,9965 0,9966 0,9967 0,9968 0,9969 0,9970 0,9971 0,9972 0,9973 0,9974
2,80 0,9974 0,9975 0,9976 0,9977 0,9977 0,9978 0,9979 0,9979 0,9980 0,9981
2,90 0,9981 0,9982 0,9982 0,9983 0,9984 0,9984 0,9985 0,9985 0,9986 0,9986
3,00 0,9987 0,9987 0,9987 0,9988 0,9988 0,9989 0,9989 0,9989 0,9990 0,9990
3,10 0,9990 0,9991 0,9991 0,9991 0,9992 0,9992 0,9992 0,9992 0,9993 0,9993
37
3,20 0,9993 0,9993 0,9994 0,9994 0,9994 0,9994 0,9994 0,9995 0,9995 0,9995
3,30 0,9995 0,9995 0,9995 0,9996 0,9996 0,9996 0,9996 0,9996 0,9996 0,9997
3,40 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9998
3,50 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998
3,60 0,9998 0,9998 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999
3,70 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999
3,80 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999
3,90 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000

ANEXO 1 – GLOSSÁRIO.

CDB e RDB = certificados ou recibos depósitos bancários, emitidos por bancos comerciais, de
desenvolvimento e de investimentos, e são também chamados de depósitos a prazo fixo. A
diferença entre os dois está no fato de que o CDB é transferível por endosso, podendo ser
renegociado no mercado, o que não ocorre o RDB.

CDC = crédito direto ao consumidor: operação destinada a financiar os consumidores finais,


quando da compra de bens e serviços, a prazo, normalmente em parcelas mensais constantes,
gerando uma letra de câmbio, negociada no mercado.

CDI = certificado de depósito interfinanceiro: títulos de emissão de instituições financeiras, para


lastro das operações do mercado interbancário, normalmente diárias, cuja média - taxa de
consenso - define um padrão de taxa diária de mercado, quando recebe a denominação de CDI
OVER.

CONTA GARANTIDA = conta empréstimo idêntica ao cheque especial, com um limite


disponível para utilização, de forma rotativa, movimentada a débito, através da emissão de
cheques ou títulos em cobrança caucionada e cheques pré-datados de terceiros, vencidos e não
pagos, e a crédito, através de depósitos ou da cobrança de títulos e cheques de 3ºs, vinculados ou
caucionados, em garantia. Usa-se, também, a terminologia conta devedora ou empréstimo em
conta corrente.

CPMF = contribuição provisória sobre movimentações financeiras: alíquota cobrada sobre o


valor de qualquer débito em conta corrente, exceto, quando para crédito em contas de depósitos
judiciais ou de contas de mesmo titular, através do Doc D.

DEBÊNTURES = títulos emitidos por empresas de capital aberto, não-financeiras, para


obtenção de recursos de longo prazo, destinados a financiar seus investimentos, capital de giro ou
alongamento do perfil da dívida, com garantia do seu ativo e são, normalmente, subordinadas,
dando preferência aos investidores sobre os acionistas.

FLOATING = flutuar: permanência, negociada ou forçada, do dinheiro em conta corrente,


através da retenção de créditos originados, por exemplo, da cobrança de títulos ou empréstimos e
financiamentos, ou repasses de tributos.

FUNDOS = forma de investimento, sob o regime de condomínio aberto, visando reunir recursos
para aplicação em uma carteira diversificada de títulos; são divididos em renda fixa e variável,
conforme a volatilidade da composição da carteira. Possuem liquidez imediata, obedecendo,
porém, a uma tabela regressiva para pagamento de IOF sobre a renda e, sobre o saldo,
38
pagamento de IR. Caso não haja resgate total, o IR é exigido e repassado à Receita todo último
dia útil do semestre (come cotas).

HEDGE = proteção. Ver swap.

HOT MONEY = operação de curtíssimo prazo, normalmente de até 10 dias, para suprir
necessidades momentâneas e eventuais de caixa das empresas.

IGPM = índice geral de preços de mercado: calculado pela FGV, pela média ponderada entre o
IPA (índice de preços por atacado = 60%), IPC (índice de preço ao consumidor = 30%) e INCC
(índice nacional da construção civil = 10%), medido com base no custo da cesta básica, entre os
dias 21 e o 20 dia do mês seguinte, razão de sua divulgação já no final de cada mês.

IOF = imposto sobre operações financeiras, com alíquota incidindo sobre investimentos de curto
prazo e financiamentos e empréstimos em geral, cobrada de forma linear, pelos dias corridos.

LEASING = arrendamento mercantil: espécie de financiamento de médio e longo prazo, com


cláusulas especificas de renovação, devolução ou aquisição do bem, pelo valor residual. As
prestações, contabilizadas como despesa operacional, e a não imobilização, acarretam uma dupla
economia de IR.

LETRA DE CÂMBIO = títulos emitidos por financeiras, geradas numa transação comercial,
envolvendo bens ou serviços, para financiamento do crédito direto ao consumidor.

LETRA HIPOTECÁRIA = títulos emitidos por instituições financeiras credenciadas a


conceder créditos hipotecários, com garantia de caução de créditos hipotecários, com prazo
mínimo de 180 dias e vencimento em igual dia do mês da compra.

SANDRINI = Ex-Gerente e Ex-Diretor de Banco Comercial, na área de operações comerciais e


crédito direto ao consumidor, Ex-Diretor de Empresa de Leasing, na área de operações, e Ex-
Diretor Técnico de Seguradora, na área de riscos pessoais. Ex-Professor da FAE – Faculdade
Católica de Administração e Economia, e Professor da UFPR – Universidade Federal do Paraná,
desde 1986.

SWAP = troca: operações realizadas com o objetivo de transformar operações com taxas
prefixadas em taxas flutuantes, e vice-versa, buscando proteção (hedge) em momentos de
expectativas de queda ou elevação acentuada nas taxas de juros.

TAXA PREFIXADA = quando a remuneração é previamente conhecida, ou seja, os juros reais


são incorporados na expectativa inflacionária para – juntos – incidirem sobre o capital.

TAXA PÓS-FIXADA = quando a remuneração depende de um indexador, normalmente um


índice de variação de preços, que corrigirá monetariamente o capital, para que os juros reais
incidam sobre o capital corrigido. A remuneração só é conhecida, portanto, na época dos
regates, parciais ou finais.

TAC = taxa de abertura de crédito: taxa fixa, não periódica, cobrada pelas instituições
financeiras, objetivando cobrir despesas administrativas, ou iludir o tomador de recursos, uma
vez que essa taxa, normalmente, não é evidenciada.
39
TAXA SELIC = taxa que regula as operações com títulos federais, sendo sua média diária
utilizada para atualizar os preços desses títulos. É utilizada como taxa básica de juros, parâmetro
de várias operações do sistema financeiro. Significa: sistema especial de liquidação e custódia.

TR = taxa referencial: calculada com base na média ponderada das taxas pagas pelos 30 maiores
bancos na captação de recursos, através dos títulos de sua emissão, que dá origem à TBF = taxa
básica financeira que, após a aplicação de um redutor, gera a TR.

ANEXO 2 - VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: dependem de fatores incertos, sujeitos ao acaso.

Discreta: Quando os valores se referem a contagens: lançamento de dados, moedas...

Contínua: Quando os valores podem assumir qualquer valor pertencente ao conjunto dos números
reais: salários, preços de carros...

Interessa-nos a contínua. Como existe um número muito grande de possíveis valores de


uma variável aleatória contínua - VAC, não é possível registrá-los numa lista, tabela ou desenho.

A distribuição de uma VAC é dada por uma curva contínua e não por pontos discretos
de uma tabela. Essa curva, ou função matemática, é chamada de função densidade de
probabilidade (fdp).

A área sob a curva entre dois pontos do eixo x, a e b com b > a, dá o valor da
probabilidade da VA ter um valor entre esses dois pontos. Portanto, a probabilidade de uma VA deve
ser calculada dentro de um intervalo de valores.

P (a < x < b) DISTRIBUIÇÃO UNIFORME

Uma distribuição da VAC é a distribuição uniforme da probabilidade, que apresenta uma


função densidade de probabilidade constante.

F (x)

1
b-a
Base x h = 1

x
a b

Portanto, a probabilidade de que certo valor da VA seja igual ou maior que a e, ao


mesmo tempo, igual ou menor que b, é 100%. A probabilidade de que a variável x seja igual ou maior
que c e, ao mesmo tempo, igual ou menor que d, dentro do intervalo (a,b), será:

F (x)
40
a c d b x

P (c < x < d) =
d–c
b–a
* O Excel não tem função Estatística para a distribuição uniforme.

DISTRIBUIÇÃO NORMAL

Uma das mais, senão, a mais importante distribuição de freqüência. Para melhor
compreensão, consideremos:

Observemos que a curva é simétrica ao redor da média. A área total sob a curva é
definida como 100 % e cada metade, obviamente, 50 %.

A grande vantagem da distribuição normal é que, conhecendo a Média e o Desvio Padrão,


podemos determinar qualquer valor de probabilidade. A probabilidade de que a variável aleatória x
esteja dentro do intervalo (a , b), P( a < x < b ), é dada pela área sob a curva entre esses dois valores.

Por exemplo: a probabilidade de que a variável aleatória x se encontre entre a=20 e b=


60 é definida como P(a < x < b ) = P(20 < x < 60 ), e corresponde à área definida entre os valores 20
e 60.

Como existe uma curva de distribuição normal diferente para cada par de valores, com o
objetivo de simplificar a complexidade dos cálculos, foi desenvolvido um padrão de procedimento
considerando uma única curva de distribuição: distribuição normal padronizada, sendo aplicado o
desvio padrão normalizado Z, como mecanismo de transformação.

A variável aleatória desvio padrão normalizado Z, de uma distribuição normal


padronizada, é dada pela seguinte equação:

41
Z= x-µ
σ

Após essa transformação, a curva de distribuição normal passa a ter uma forma única,
padronizada, igual à distribuição normal com µ = 0 e σ = 1. Para calcularmos, por exemplo, a
probabilidade de que a variável x se encontre entre 20 e 60, deve-se obter o valor de P (a < x < b) = P
(20 < x < 60).

Z1 = = -2 Z2 = = +2
20 – 40 60 – 40
10 10
O valor da probabilidade será dada por P (20 < x < 60) = P (-2 < x < 2), que
corresponde à área sob a curva de distribuição padronizada, definida entre valores Z1 = -2,0 e Z2 =
+2,0, que tem a mesma configuração do desenho anterior, ou seja, a mesma curva de distribuição com
os dois eixos.

-4 –3 –2 -1 0 1 2 3 4

DISTRIBUIÇÃO NORMAL PADRONIZADA – DISTRIBUIÇÃO Z


UTILIZAÇÃO DA TABELA

6) P ( -1 < Z < 1 )

P ( Z < 1) = 0,8413 P ( Z ≥ -1 ) = 1 – 0,8413 ⇒ P ( Z ≥ -1 ) = 0,1587

P ( -1 < Z < 1) = 0,8413 - 0,1587 ⇒ 0,6826 ⇒ 68,26 %

7) P ( - ∞ < Z < 1,23 )

P ( Z < 1,23 ) = 0,8907 ⇒ 89.07 %

8) P ( - 1,5 < Z < 2 )

P ( Z ≥ - 1,5 ) = 0,9332 ⇒ 1 - 0,9332 = 0,0668

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P ( Z < 2 ) = 0,9772 ⇒ P ( - 1,5 < Z < 2 ) = 0,9772 - 0,0668 = 0,9104 ⇒ 91,04 %

ou

P (Z < 2 ) = 0,9772 ⇒ 1 – 0,9772 = 0,0228

P ( Z ≥ - 1,5 ) = 0,9332 ⇒ P ( - 1,5 < Z < 2 ) = 0,9332 - 0,0228 = 0,9104 ⇒ 91,04 %

Distribuição Normal Padronizada – Distribuição Z


Z 0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09
0,00 0,5000 0,5040 0,5080 0,5120 0,5160 0,5199 0,5239 0,5279 0,5319 0,5359
0,10 0,5398 0,5438 0,5478 0,5517 0,5557 0,5596 0,5636 0,5675 0,7514 0,5753
0,20 0,5793 0,5832 0,5871 0,5910 0,5948 0,5987 0,6026 0,6064 0,6103 0,6141
0,30 0,6179 0,6217 0,6255 0,6293 0,6331 0,6368 0,64,06 0,6443 0,6480 0,6517
0,40 0,6554 0,6591 0,6628 0,6664 0,6700 0,6736 0,6772 0,6808 0,6844 0,6879
0,50 0,6915 0,6950 0,6985 0,7019 0,7054 0,7088 0,7123 0,7157 0,7190 0,7224
0,60 0,7257 0,7291 0,7324 0,7357 0,7389 0,7422 0,7454 0,7486 0,7517 0,7549
0,70 0,7580 0,7611 0,7642 0,7673 0,7704 0,7734 0,7764 0,7794 0,7823 0,7852
0,80 0,7881 0,7910 0,7939 0,7967 0,7995 0,8023 0,8051 0,8078 0,8106 0,8133
0,90 0,8159 0,8186 0,8212 0,8238 0,8264 0,8289 0,8315 0,8340 0,8365 0,8389
1,00 0,8413 0,8438 0,8461 0,8485 0,8508 0,8531 0,8554 0,8577 0,8599 0,8621
1,10 0,8643 0,8665 0,8686 0,8708 0,8729 0,8749 0,8770 0,8790 0,8810 0,8830
1,20 0,8849 0,8869 0,8888 0,8907 0,8925 0,8944 0,8962 0,8980 0,8997 0,9015
1,30 0,9032 0,9049 0,9066 0,9082 0,9099 0,9115 0,9131 0,9147 0,9162 0,9177
1,40 0,9192 0,9207 0,9222 0,9236 0,9251 0,9265 0,9279 0,9292 0,9306 0,9319
1,50 0,9332 0,9345 0,9357 0,9370 0,9382 0,9394 0,9406 0,9418 0,9429 0,9441
1,60 0,9452 0,9463 0,9474 0,9484 0,9495 0,9505 0,9515 0,9525 0,9535 0,9545
1,70 0,9554 0,9564 0,9573 0,9582 0,9591 0,9599 0,9508 0,9616 0,9625 0,9633
1,80 0,9641 0,9649 0,9656 0,9664 0,9671 0,9678 0,9686 0,9693 0,9699 0,9706
1,90 0,9713 0,9719 0,9726 0,9732 0,9738 0,9744 0,9750 0,9756 0,9761 0,9767
2,00 0,9772 0,9778 0,9783 0,9788 0,9793 0,9798 0,9803 0,9808 0,9812 0,9817
2,10 0,9821 0,9826 0,9830 0,9834 0,9838 0,9842 0,9846 0,9850 0,9854 0,9857
2,20 0,9861 0,9864 0,9868 0,9871 0,9875 0,9878 0,6881 0,9884 0,9887 0,9890
2,30 0,9893 0,9896 0,9898 0,9901 0,9904 0,9906 0,9909 0,9911 0,9913 0,9916
2,40 0,9918 0,9920 0,9922 0,9925 0,9927 0,9929 0,9931 0,9932 0,9934 0,9936
2,50 0,9938 0,9940 0,9941 0,9943 0,9945 0,9946 0,9948 0,9949 0,9951 0,9952
2,60 0,9953 0,9955 0,9956 0,9957 0,9959 0,9960 0,9961 0,9962 0,9963 0,9964
2,70 0,9965 0,9966 0,9967 0,9968 0,9969 0,9970 0,9971 0,9972 0,9973 0,9974
2,80 0,9974 0,9975 0,9976 0,9977 0,9977 0,9978 0,9979 0,9979 0,9980 0,9981
2,90 0,9981 0,9982 0,9982 0,9983 0,9984 0,9984 0,9985 0,9985 0,9986 0,9986
3,00 0,9987 0,9987 0,9987 0,9988 0,9988 0,9989 0,9989 0,9989 0,9990 0,9990
3,10 0,9990 0,9991 0,9991 0,9991 0,9992 0,9992 0,9992 0,9992 0,9993 0,9993

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3,20 0,9993 0,9993 0,9994 0,9994 0,9994 0,9994 0,9994 0,9995 0,9995 0,9995
3,30 0,9995 0,9995 0,9995 0,9996 0,9996 0,9996 0,9996 0,9996 0,9996 0,9997
3,40 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9998
3,50 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998
3,60 0,9998 0,9998 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999
3,70 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999
3,80 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999
3,90 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000

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