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DE DE INVESTIMENTOS
SUMÁRIO
TAXAS - RUDIMENTOS
Classificação:
Quanto ao regime de capitalização:
simples e composto
Quanto ao capital inicial como base de cálculo:
nominal, efetiva e real
Quanto à forma de apresentação:
nominal e efetiva
Equivalência e proporcionalidade de taxas
Considerações adicionais
CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA
Montante
Juros efetivos e reais
Desconto racional.
Equivalência de capitais diferidos
Exatos
Tempo de Recuperação do Investimento
Valor Presente Líquido
Valor Anual Uniforme Equivalente
Taxa interna de retorno
Índice Benefício/Custo
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IMPACTOS DA DEPRECIAÇÃO E DO IMPOSTO DE RENDA
• Depreciação
Contábil e Real
• Imposto de Renda
Recursos próprios
Alternativas Financiadas
• Projetos Combinados
Análise Incremental
• Restrição Orçamentária
RISCO E INCERTEZA
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
MATHIAS e GOMES, Washington Franco e José Maria. Matemática Financeira. Atlas, 1997.
BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA
CASAROTTO FILHO e KOPITTKE, Nelson e Bruno Harmut. Análise de investimentos. Atlas, 1996.
SOUZA e CLEMENTE, Alceu e Ademir. Decisões Financeiras e Análise de Investimentos. Atlas, 1997.
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TAXAS - CLASSIFICAÇÃO
a) SIMPLES
Quando o total de juros é resultante da incidência da taxa somente sobre o capital inicial
(data zero), ou seja, a taxa incide sempre sobre a mesma base.
Portanto, a capitalização simples exige um único período de capitalização, ou seja, a
taxa incide sobre o capital na data zero, única data em que um valor não contém juro.
b) COMPOSTA
Quando o total dos juros é resultante da incidência da taxa não somente sobre o capital
inicial, mas também sobre os juros formados nos períodos anteriores, ou seja, os juros,
ao incorporarem-se ao capital, fazem as vezes do capital no período seguinte.
Portanto, a capitalização composta exige mais de um período de capitalização: a taxa
incide sobre o capital remanescente [montante].
A caracterização de juros sobre juros se dá pelo surgimento do fator (1+i)n ou in, c/
n>1.
a) NOMINAL
Quando o valor do capital inicial, utilizado como base de cálculo, não representa o valor
efetivamente ou recebido pelo cliente ou desencaixado pela instituição financeira. Não
considera o fluxo de caixa.
b) EFETIVA
01. Se uma pessoa solicita um empréstimo de 100.000, por 03 meses, em um banco que cobra
juros simples antecipados de 10% ao mês, determinar a taxa nominal e efetiva, no período,
para o tomador.
02. Uma pessoa solicita um empréstimo de 100.000, para liquidar no final de 03 meses, com
pagamento único de 125.000. Sabendo-se que o Banco vincula 10% do empréstimo, como
reciprocidade, determinar a taxa efetiva no período, para o tomador.
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03. Um agiota empresta 100.000, para receber 125.000, no final de 03 meses. Sabendo-se
que paga, no ato, comissão de 5% do empréstimo, a um intermediário, determinar a taxa
efetiva, no período, para o agiota.
04. Um cliente aplicou 100.000, em prazo fixo, e obteve, no final do período, um rendimento
de 20.000. Sabendo-se que pagou - por fora e no ato - um IR de 4.000, pergunta-se:
c) REAL
Quando há inflação, temos que distinguir - na taxa efetiva - duas componentes: uma em
razão da inflação e outra à parcela de juros realmente paga/recebida. Portanto, taxa real é a
taxa realmente paga/recebida, depois de eliminados os efeitos inflacionários.
05. Uma pessoa aplicou 1,00 e resgatou 1,50, três meses após. Admitindo-se uma inflação de
40% no período, determinar as taxas efetiva e real nesse período.
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• Há uma tendência generalizada de se obter a taxa real simplesmente subtraindo a taxa de inflação da taxa
efetiva, o que é um lamentável e significativo equívoco.
06. Uma pessoa aplicou 10.000 e resgatou 16.500, após 06 meses. Sabendo-se que a inflação,
nesse período, comportou-se conforme a variação das UFIRs abaixo, determinar a taxa real
no período.
07. Certo banco cobra em seus empréstimos em conta corrente (conta garantida ou conta
devedora) taxa idêntica à variação da TR, mais juros de 3% ao mês. Determinar a taxa
efetiva mensal paga por um cliente, considerando que a variação da TR tem se mantido em
torno de 0,7% ao mês.
08. Qual das alternativas seguintes é a mais atraente para um investidor, considerando-se o
prazo de aplicação de 01 ano:
• Aplicar a taxa efetiva de 20% ao ano (prefixada)?
• Aplicar a taxa real de 12% ao ano (pós-fixada)?
• TAXAS PROPORCIONAIS
Taxas utilizadas somente para capitalização simples e são assim chamadas por formarem
proporção com os tempos a que elas se referem.
5% ao mês % ao semestre
21% ao trimestre % ao mês
120% ao ano % ao quadrimestre
36% ao semestre % ao bimestre
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12% ao mês % em 5 dias
• TAXAS EQUIVALENTES
OBS: Pela definição, concluímos que o conceito é válido para os dois regimes de capitalização. Como a
grande maioria dos autores e o mercado em geral, ao mencionarem taxas equivalentes referem-se,
implicitamente, à capitalização composta, adotaremos procedimento idêntico.
10. Determinar o montante de juros compostos de uma aplicação de 200.000, por um ano:
• à taxa de 40% ao semestre
• à taxa de 96% ao ano
12. A Poupança, no passado, rendeu 240% ao ano. Quanto rendeu, em média, ao mês?
TAXA EFETIVA
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Quando o período a que se refere a taxa coincide com o período de capitalização dos juros. É
essa taxa que devemos utilizar para efeito de cálculo dos juros compostos, ou qualquer outra
sua equivalente.
Exemplo: 80% ao ano, capitalização anual.
40% ao trimestre, capitalização trimestral.
OBS: Quando o período de capitalização não é mencionado, subentendemos e está implícito que ele é
coincidente com o período da taxa, razão da omissão. Portanto, a taxa é efetiva.
TAXA NOMINAL
Quando o período a que se refere a taxa não coincide com o período da capitalização dos juros.
Essa não nos interessa para efeito de cálculos, servindo apenas como referência. Sendo assim,
previamente, transformamo-la em efetiva, determinando a sua proporcional, em período
coincidente com o período da capitalização, para depois utilizá-la no cálculo, ou qualquer outra
sua equivalente.
Exemplo: 24% ao ano, capitalização mensal.
9% ao trimestre, capitalização mensal.
15. A poupança remunera juros anuais de 6%, capitalizados mensalmente. Qual a taxa
efetiva mensal e anual?
PERÍODO DE CAPITALIZAÇÃO:
É o lapso de tempo que se deve aguardar para que haja juro que, juntamente com o capital,
passa a render no período seguinte. Por exemplo, o período de capitalização da poupança é
mensal.
MONTANTE
Soma do capital e seus respectivos juros, acumulados periodicamente. É composto, como vimos,
quando a taxa incide não somente sobre o capital inicial, mas também sobre os juros
acumulados nos períodos anteriores.
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17. Determinar o montante de uma aplicação de 50.000, a juros compostos de 10% ao mês,
durante 03 meses.
18. Determinar o montante, utilizando as taxas efetivas mensal e anual, no caso de uma
aplicação de 200.000, durante 36 meses, a juros de 60% ao ano, capitalizados anualmente.
19. Determinar o montante, utilizando as taxas efetivas mensal e anual, no caso de uma
aplicação de 200.000, durante 03 anos, a juros de 60% ao ano, capitalizados mensalmente.
n TR FATOR
0 1.14%
1 0.98%
2 0.87%
3 0.76%
4 0.87%
5 0.55%
6 0.41%
7 0.38%
8 0.43%
9 0.55%
10 0.40%
11 0.42%
12 0,23%
JUROS COMPOSTOS
DESCONTO COMPOSTO
Diferença entre o valor nominal e o valor atual de um título. É racional quando a taxa
incide sobre o valor atual do título, como é o caso do desconto composto. Portanto, o
desconto composto = juro composto e, havendo equivalência em uma determinada data,
essa equivalência vai prevalecer em qualquer outra data.
23. Sabendo-se que um título de 40.000 será descontado 20 meses do seu vencimento, a juros
de 5% ao mês, determinar o valor atual e o desconto.
24.Um título de 50.000 foi liquidado por 46.243,58. Se a taxa foi de 25% ao semestre,
determinar quantos dias antes do vencimento ocorreu a operação.
25. Uma letra de 50.000 foi adquirida por 40.000, estando a 145 dias de seu vencimento.
Decorridos 80 dias, por quanto deverá ser revendida para que não haja prejuízo?
26. Uma empresa obteve um empréstimo de 200.000, por 60 dias, à taxa de 10% ao mês.
Passados 30 dias, decide resgatar a dívida. Sabendo que foi negociada uma taxa de 5% ao
mês para a renegociação, determinar o valor do pagamento e a taxa efetiva mensal paga pela
empresa.
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SÉRIE UNIFORME
São UNIFORMES ou CERTAS aquelas em que o número, prazos e valores dos pagamentos são
previamente conhecidos.
• SÉRIE POSTECIPADA
• SÉRIE ANTECIPADA
• SÉRIE DIFERIDA
MONTANTE DE POSTECIPADA
O montante da série postecipada ocorre na mesma data do último depósito/pagamento.
27. Determinar o montante no final do quinto mês, de uma série de cinco depósitos mensais,
iguais e consecutivos, no valor de 5.000 cada, à taxa de 10% ao mês.
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28. Quanto devo depositar, trimestralmente, para poder resgatar US$ 20.000, após 4 anos,
ou seja, logo após o 16º depósito, se a taxa será de 12% ao ano, capitalização trimestral?
29. Ao vendermos um imóvel, receberemos 2.000 por mês, durante 5 anos. Se, paralelamente,
aplicarmos à taxa média de 5% ao mês, determinar o saldo acumulado, logo após o
sexagésimo depósito. E se dobrarmos a taxa, qual será o montante?
MONTANTE DE ANTECIPADA
O montante da série antecipada ocorre um período após o último depósito/pagamento.
30. Determinar o montante no início do 6º mês, resultante de uma série de cinco aplicações
mensais, iguais e consecutivas no valor de 5.000 cada, com a primeira sendo depositada
hoje, à taxa de 10% ao mês.
31. Determinar o montante, 93 dias após o último depósito, de uma série de 8 depósitos
mensais e iguais a 4.000, primeiro no ato, a juros de 3% ao mês.
32. Determinar o valor futuro, logo após o último depósito, resultante de 12 depósitos
mensais, à taxa de 3% ao mês, sendo os cinco primeiros de 4.000 e os restantes de 7.000
cada, sabendo-se que o 1º depósito será efetuado hoje.
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33. Ao financiar um automóvel, pagarei 12 parcelas mensais e iguais a 2.000. Sabendo-se
que a financeira cobra juros de 5% ao mês, qual o preço a vista?
34. Que carro poderei comprar, a juros de 4% ao mês, se pretendo pagar no máximo 18
prestações mensais e iguais a 2.000, e a concessionária exige uma entrada de 20%?
36. Uma compra de 5.000 será liquidada em 6 prestações mensais e iguais, a juros de 2% ao
mês, além da variação do IGPM. Qual o valor das prestações, se a 1ª será paga no ato?
37. Uma dívida de 60.000 será liquidada em parcelas mensais e iguais a 7.000, primeira no
ato. Se a taxa for de 6% ao mês, determinar o número de parcelas e o valor do pagamento
residual (se for o caso), um período após a última parcela.
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38. Se um investimento de 20.000, a juros de 18% ao ano [365 dias], gerou retornos
conforme quadro abaixo, determinar o valor presente líquido.
Datas Capitais
(20.000,00
07/04/08 )
12/05/08 3.500,00
09/06/08 4.000,00
11/08/08 5.500,00
15/09/08 4.500,00
13/10/08 5.000,00
39. Determinar o valor atual de um empréstimo que deverá ser liquidado em 12 prestações
mensais e iguais a 5.000, `a taxa de 5% ao mês, sabendo-se que a 1ª prestação será paga
somente 4 meses após a efetivação.
40. Certa empresa recebe 80.000 em empréstimo, para resgatar em oito parcelas semestrais,
a juros de 100% ao semestre (12,25% ao mês). Se haverá dois anos de carência, qual o valor
das prestações?
41. Uma dívida de 40.000 será liquidada em 12 prestações mensais e iguais, a 6% ao mês.
Sabendo-se que a primeira será paga daqui a 18 dias (período singular), determinar o valor
das prestações.
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42. Uma dívida deverá liquidada em 6 prestações mensais de 2.000, 7.000, 4.000, 3.000,
5.000, e 6.000. Sabendo-se que a taxa é de 4% ao mês e a 1ª no ato, substituir esse fluxo não
uniforme de pagamentos por uma série uniforme de 06 parcelas mensais, sendo a primeira
dada como entrada.
43. Prevendo que certa pessoa, nos meses de julho a dezembro, terá dispêndios mensais de
2.000, determinar quanto deverá depositar, mensalmente, de janeiro a maio do mesmo ano, a
2% ao mês, para que sejam possíveis tais retiradas.
44. Um terreno está sendo vendido por 34.000 à vista ou em 18 prestações mensais, sem
entrada: 6 iniciais de 1.500, 6 seguintes de 2.000 e 6 finais de 2.500. Sabendo-se que o
gerente de uma instituição financeira garantiu a uma pessoa interessada na compra, um
rendimento mínimo de 1% ao mês, com retiradas mensais para pagamento das parcelas,
compensa comprar a prazo? Justifique.
ANÁLISE/CÁLCULO DE TAXAS
As taxas, em séries uniformes, podem ser calculadas através da função financeira do Excel
(TAXA ou TIR), máquinas financeiras (i ou IR), fórmula prática de KARPIN ou por interpolação
linear.
45. Uma loja indica um produto como tendo seu preço a vista igual a 20.000; podendo,
porém, ser pago em 4 prestações mensais/iguais, “sem acréscimos”. No entanto, se o
pagamento for a vista, a loja fornece um desconto de 20%. Compensa comprar a prazo e
deixar o dinheiro aplicado na poupança, por exemplo?
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46. Uma loja vende suas mercadorias em cinco prestações mensais e iguais, “sem juros”,
com a 1ª sendo paga no ato, como entrada. Todavia, se a aquisição for a vista, ela fornece
um desconto de 15%. Qual a taxa efetiva anual cobrada pela loja?
47. Sabendo-se que, ao tomar emprestados 10.000, pagarei 12 prestações mensais de 2.300,
com a 1ª sendo paga somente 4 meses após a data da efetivação, determinar a taxa real
mensal cobrada, na hipótese de uma inflação igual a 8,08% ao ano.
48. Certo Banco financia 50% da liquidação da guia de ICM, por 30 dias, a juros de 2% ao
mês. Sabendo-se que esse Banco repassa os recursos para a Receita somente 08 dias após a
quitação da guia, determinar o ganho efetivo mensal para esse Banco.
5.000 5.100
10
0 30 dias
10.000
49. Se um investimento de 20.000, gerou retornos conforme quadro abaixo, determinar a taxa
efetiva anual.
50. Sabendo-se que o IPVA podia ser pago a vista, até dia 31/01, com desconto de 15%, ou a
prazo, em 6 prestações mensais e iguais, “sem juros”, com a primeira prestação vencendo-se
somente dia 12/02, determinar/justificar a melhor alternativa, com base na taxa efetivamente
cobrada pelo Governo.
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ANÁLISE E DECISÃO DE INVESTIMENTO
A decisão de investir não é uma tarefa simples. Muitos fatores, inclusive imponderáveis, interferem no
processo. Ela depende da concretização da expectativa de retorno: quanto maiores forem as expectativas de
resultados futuros, mais atrativo será o negócio. O passado serve apenas para auxiliar nas previsões. Interessa-
nos o presente e, principalmente, o futuro, que é incerto. Isso quer dizer que dois investidores poderão ter
avaliações diferentes para uma mesma oportunidade de negócios. Quanto melhor o nível de informações,
certamente, menor será o risco. Projetos de baixa rentabilidade podem ser tão atrativos quanto aqueles com
elevado retorno, desde que apresentem níveis de risco muito baixos. Portanto, a alternativa ideal será aquela
que apresentar melhor combinação entre ganhos e riscos.
Os principais fatores econômicos que influenciam a escolha da melhor alternativa são os seguintes:
• Taxa mínima de atratividade
• Receitas e despesas
• Custo inicial e valor residual
• Vida útil
• Imposto de renda
Devido à escassez de capital, existe um preço para seu uso, mesmo quando utilizado pelo próprio dono;
pois, apresenta um custo, da oportunidade perdida, porque, ao usá-lo, estará deixando de obter a rentabilidade
proporcionada pelo Mercado, inclusive, de baixo risco. Portanto, a taxa atrativa deve representar o custo de
oportunidade do capital.
Pode-se concluir, basicamente, que a TMA é a maior taxa de juros que deixa de ser obtida na aplicação
dos recursos próprios ou é a menor taxa de juros que deve ser paga sobre a utilização de recursos de terceiros.
É fundamental na análise e decisão de investimentos conhecer com profundidade os métodos que levam
em consideração o valor do dinheiro no tempo, ou seja, o critério do fluxo de caixa descontado, atendendo ao
rigor conceitual. Nesse sentido, vamos desenvolver as técnicas de análise, que podem ser divididas em dois
grandes grupos: aqueles que servem para selecionar projetos - Valor Presente Líquido (VPL) e Valor Anual
Uniforme Equivalente (VAUE), e aqueles que servem para gerar indicadores adicionais para os projetos já
selecionados - Taxa Interna de Retorno (TIR), Índice Benefício/Custo (IBC) e Tempo de Recuperação do
Investimento (TRI), entre outros, não exatos.
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51. Determinar a melhor alternativa entre os projetos abaixo, mutuamente excludentes, sabendo-se que a TMA
é de 10% ao ano.
O TRI nada mais é do que o número de períodos necessários para que o valor presente do fluxo de
benefícios se iguale ao capital investido. Certamente, quanto maior o indicador, mais incerta a recuperação do
capital investido.
Em contextos dinâmicos, como o de economias globalizadas, por exemplo, esse indicador de risco
assume importância relevante. O risco do projeto aumenta à medida que o TRI se aproxima do final do
horizonte de planejamento.
Como restrição ao método está o fato de não considerar a vida do investimento, não ponderando aquilo
que acontece após o tempo de recuperação, penalizando, desse forma, projetos que tenham receitas iniciais
pequenas, mas crescentes ao longo da vida do projeto.
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2. VALOR PRESENTE LÍQUIDO - VPL
O método do VPL é uma das técnicas mais conhecidas e utilizadas na análise de investimento. O VPL
nada mais é do que a concentração de todos os valores esperados de um fluxo de caixa (entradas e saídas), na
data zero, utilizando-se a TMA como taxa de desconto. Genericamente, é a diferença entre o valor atual do
fluxo das receitas esperadas e o investimento inicial.
Esse método, conhecido também como Valor Presente Líquido Anualizado (VPLa), é mais uma
variação do VPL, e consiste em determinar a série uniforme anual equivalente ao fluxo de caixa, utilizando-se,
como taxa de desconto, a TMA, ou seja, calcula-se o valor presente líquido do fluxo (entradas e saídas) e o
transforma em uma série uniforme anual equivalente, através do cálculo da parcela constante(PMT).
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4. TAXA INTERNA DE RETORNO - TIR
O método da TIR, juntamente com o do VPL, é uma das técnicas mais conhecidas e usuais na análise de
investimentos, e consiste no cálculo da taxa que zera, em determinado momento de tempo, o valor dos fluxos
esperados (entradas e saídas). Adota-se, geralmente, a data focal zero para proceder-se a equivalência.
Esse método, conhecido também como Índice de Lucratividade - IL, é uma medida do quanto se espera
ganhar por unidade do capital investido. É, na verdade, uma variante do método do VPL. Genericamente, é o
quociente entre o valor atual do fluxo das receitas esperadas e o investimento inicial.
Como a TMA está relacionada a ano, determinamos a equivalente anual de 8,40% e obteremos uma
TRAI = 1,63% ao ano, que representa, em termos percentuais, a riqueza gerada pelo projeto. Sendo assim, a
TRAI é o análogo percentual do conceito de Valor Econômico Agregado – EVA.
Como vimos, o método da TIR considera que os retornos estão sendo reaplicados à própria TIR.
Entretanto, se considerarmos que os retornos são reaplicados à TMA, que somente não ocorrerá se houver
informação em contrário, obteremos um novo valor futuro, que acarretará uma taxa de retorno, obviamente,
diferente da TIR. Ao eliminarmos o efeito da TMA, obteremos a TRAI, que se caracteriza na melhor estimativa
de rentabilidade de um projeto. Portanto, embora comum, é equivocado referir-se à TIR como a rentabilidade
do projeto. A TIR, na melhor das hipóteses, pode ser entendida como um limite superior para a estimativa de
rentabilidade de um projeto.
Resumindo, através das conclusões sobre os cálculos do VPL, VAUE, IBC e TIR, evidencia-se o fato de
que são indicadores diferentes de uma mesma informação.
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TIR
Nota-se que todos os projetos são viáveis. Porém, como são mutuamente excludentes, há que se definir por apenas um deles.
1. CONSISTÊNCIA DOS RESULTADOS
Analisando os resultados, no conjunto, esperava-se que todos os métodos indicassem a mesma decisão.
Entretanto, os métodos que utilizaram o conceito de valor monetário, por serem de seleção, apontaram a
decisão correta, enquanto aqueles que utilizaram o conceito de valor relativo (taxa e índice), conflitaram com
essa decisão.
A inconsistência ocorreu em razão de analisarmos projetos com investimentos iniciais diferentes, com o
maior IBC e TIR recaindo sobre o projeto de menor investimento. Para eliminarmos essa distorção é
necessário tomarmos como base o projeto que demanda menor investimento e levarmos em consideração o que
será feito com o capital flutuante (diferença entre os investimentos iniciais dos projetos conflitantes).
O Cálculo do IBC Ajustado é feito através da simples adição do capital flutuante no numerador e no
denominador da fórmula de cálculo do IBC do projeto de menor investimento ou, através da simples subtração
do capital flutuante no numerador e no denominador da fórmula de cálculo do IBC do projeto de maior
investimento, harmonizando os investimentos iniciais dos dois projetos.
O cálculo da TIR Ajustada é feito através da consideração de que o capital flutuante permanecerá
aplicado à TMA, salvo informações em contrário. Para isso, basta combinar o projeto de menor investimento
inicial com a aplicação do capital flutuante à TMA, e calcular a TIR dessa combinação (Projeto Combinado).
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1.3 AJUSTE DA TIR – PONTO DE FISHER
Outra maneira de se resolver essa contradição, que ocorre sempre que a maior TIR recair sobre o
projeto de menor investimento inicial, é imaginar a existência de outra opção de investimento (Projeto
Incremental), que nada mais é do que o fluxo de caixa da diferença entre as duas alternativas conflitantes, e
determinar sua TIR, que se constituirá na taxa de aplicação do capital flutuante para igualar à alternativa de
maior investimento inicial.
GRAFICAMENTE
VPL
75.000
60.000
45.000
30.000
10.000
TIR
0 3 6 9 12 15 18
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7. PROJETOS COM VIDAS DIFERENTES
Existem duas situações a considerar: projetos isolados, quando não se sabe o que fazer ao final da vida
útil, ou seja, SEM REPETIÇÕES. Para decisão, por uma questão de praticidade, utilizamos o método do VPL;
pois, se considera que, na diferença entre as vidas, os recursos fiquem aplicados à TMA.
Entretanto, se os projetos puderem ser renovados nas mesmas condições, quando se pretende manter o
ramo de atividade, ou seja, COM REPETIÇÕES, devemos considerar, como horizonte de planejamento, o
mínimo múltiplo comum da duração dos projetos. Isso significa dizer que devemos supor que os projetos sejam
repetidos, até que cheguemos a um horizonte de planejamento comum.
52. Determinar a melhor alternativa entre os projetos abaixo, mutuamente excludentes, para aquisição de
equipamentos similares, sabendo-se que a TMA é de 10% ao ano.
n PROJETO A PROJETO B
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
VPL
VAU
E
TIR
24
7.2 SEM REPETIÇÃO
n PROJETO A PROJETO B
0
1
2
3
4
5
6
VPL
VAU
E
TIR
OBS: Se houver repetição, para utilizarmos o método do VPL, preliminar e obrigatoriamente, teremos
de determinar o MMC das vidas. E, no caso da TIR, algumas situações de difícil solução poderão
aparecer, como por exemplo, TIRs múltiplas ou não no campo real. Portanto, esses dois métodos não
são os mais apropriados para esse tipo de análise.
8.1 DEPRECIAÇÃO
A legislação define certos limites; pois, caso contrário, todos iriam depreciar seus bens de imediato,
para usufruir dos benefícios fiscais. Como por exemplo, lembramos que a legislação estabelece que prédios
sejam depreciados em 25, equipamentos em 10 e veículos em 5 anos. O único método de depreciação contábil
permitido pela legislação brasileira é o LINEAR: proporcional ao tempo legal de depreciação.
53. Determinar o valor da depreciação e o valor residual contábil de um veículo de 20.000, após 3 anos de uso.
É importante destacar que, além da depreciação contábil exigida pela legislação, existe a depreciação
que realmente houve no bem, ou seja, a perda efetiva de valor com o passar do tempo. É possível admitir, por
exemplo, que um veículo tenha vida útil de 8 anos, com um valor residual estimado, a preço de sucata de 5% do
VC = valor de compra.
54. Determinar o valor da depreciação real e o valor residual real de um veículo de 20.000, acima
exemplificado, após 3 anos de uso.
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* Caso haja a venda do bem, após 3 anos, deveremos lançar essa diferença entre os valores residuais como lucro
tributável, impactando, certamente, no cálculo do IR.
8.2 IMPOSTO DE RENDA
O imposto de renda é uma modalidade de imposto incidente sobre o lucro das empresas, apurado ao
final de cada exercício. O lucro, basicamente, é a diferença entre as receitas e despesas. Todavia, para efeito de
análise de investimento, o que interessa – efetivamente - é o fluxo de caixa real. Portanto, lembrem-se: a
depreciação é uma despesa, mas não há saída de caixa; já a amortização há saída de caixa, mas não é despesa;
portanto, não dedutível.
55. Suponhamos um projeto que demande investimento inicial de 20.000, para aquisição de um equipamento
que gerará superávit anual de caixa de 5.000, durante 5 anos, e será revendido por 10.000. A vida útil é de 10
anos, a TMA e a taxa de depreciação serão de 10% ao ano e a alíquota de IR de 35%. Analisar a viabilidade do
projeto, antes e depois do IR.
56. Analisar a viabilidade do projeto anteriormente descrito, considerando que 50% do investimento serão
financiados, através do SAC, em cinco parcelas anuais, ao custo de 15% ao ano.
Comentários:
ANO FAFIR AMORT JUROS FDFAIR DEPREC RTRIB IR FDFIR
1 2 3 4=1-2-3 5 6=4-5+2 7 8=4-7
0
1
2
3
4
5
VPL VPL
TIR TIR
26
RESUMO:
NOTAÇÕES
FAFIR: Fluxo de caixa antes do financiamento e do IR.
FDFAIR: Fluxo de caixa depois do financiamento e antes do IR.
RTRIB: Renda tributável.
FDFIR: Fluxo de caixa depois do financiamento e do IR
57. Se uma empresa possui sete diferentes alternativas de investimento, todas com vida útil de 10 anos e
tecnicamente excludentes, definir o melhor projeto, considerando uma TMA de 10% ao ano e os dados abaixo:
PROJETOS A B C D E F G
Invest. Inicial 20.000 25.000 30.000 35.000 45.000 50.000 60.000
Result. Anual 2.000 3.150 4.320 5.000 5.970 5.000 7.000
Valor
20.000 25.000 30.000 35.000 45.000 45.000 40.000
Residual
VPL
TIR
Comentários:
ANÁLISE INCREMENTAL
27
58. Considerando o exercício anterior, com as alternativas de investimento tecnicamente independentes, e uma
disponibilidade orçamentária de 75.000, determinar o melhor conjunto de alternativas.
Até agora, vimos modelos determinísticos, onde considerávamos que os elementos do fluxo de caixa
eram perfeitamente conhecidos. Entretanto, na prática, podem ocorrer casos em que não se tenha certeza dos
dados, mas aceitamos um mínimo, um máximo ou um intervalo. Por exemplo, podemos não ter certeza sobre
que taxa de desconto adotar, mas aceitamos o fato de que ela fique num intervalo entre 8% e 10%. Outro
exemplo é não sabermos o crescimento das vendas futuras ao lançarmos um novo produto, mas sabemos que a
taxa de crescimento não deve ultrapassar os 30%.
Quando conhecermos distribuição da probabilidade dos dados é possível uma análise sob condições de
risco, utilizando-se modelos probabilísticos. Agora, quando nada ou muito pouco se conhece, a análise se dará
sob condições da incerteza.
Sob condições de incerteza existem basicamente três alternativas para a solução dos problemas:
a. matrizes de decisão
b. análise de sensibilidade
c. simulação
• MATRIZES DE DECISÃO
REGRAS DE DECISÃO
As matrizes de decisão ou de receitas e custos são tabelas que relacionam as alternativas com as diferentes
eventualidades futuras. Por exemplo, as matrizes podem conter as receitas ou custos das diversas alternativas
para cada cenário possível.
59. Um agricultor está em dúvida na escolha entre as culturas A, B e C; pois, as receitas dependem das
condições climáticas, que poderão ser boas, médias ou ruins. A matriz de decisão mostra as receitas das
combinações entre as alternativas de receitas e as condições climáticas.
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
ALTERNATIVAS BOA MÉDIA RUIM
28
A 100.000 70.000 30.000
B 72.000 60.000 50.000
C 90.000 90.000 25.000
Para ilustrar as diversas regras de decisão, vamos supor que o agricultor não tenha como prever e nem possa
estipular uma probabilidade de ocorrência das referidas condições climáticas, decidindo, então, sob condições
de incerteza:
3ª Regra: Hurwicz
Pondera as regras anteriores, ao considerar que cada pessoa tem um certo grau de otimismo ou pessimismo e a
decisão será em função desse grau. Supondo que o agricultor seja 40% otimista e 60% pessimista, determine o
valor esperado de cada receita:
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
ALTERNATIVAS BOA ARREP MÉDIA ARREP RUIM ARREP
A 100.000 70.000 30.000
B 72.000 60.000 50.000
C 90.000 90.000 25.000
Decisão:
29
CONCLUSÃO:
• ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Utilizamos essa técnica para avaliar o efeito que a variação de um dado pode ocasionar nos resultados.
Quando uma pequena variação de um parâmetro alterar significativamente a rentabilidade de um projeto,
dizemos que o projeto é muito sensível a esse parâmetro e devemos buscar outras alternativas para obter dados
menos incertos, ou seja, devemos melhorar a estimativa através de investigações e estudos adicionais.
60. Objetivando aproveitar o verão, certa empresa investirá 40.000, na aquisição de equipamentos e
treinamento de seus empregados, para lançar um novo e exclusivo tipo de sandálias. Considerando que a
empresa deseja um retorno mínimo de 3% ao mês, ou seja, uma TMA = 3%, analisar o VPL e a TIR, sob
previsão normal de vendas, e com variações negativas de 10%, 20% e 30%.
Através do gráfico, podemos determinar o ponto de equilíbrio, ou seja, o volume mínimo de vendas para atingir
a TMA.
TIR (%)
15
12
6
TMA
3
61. Uma empresa pretende participar de uma concorrência, com um projeto para 5 anos, com investimento
inicial de 40.000 e benefícios líquidos anuais de 10.000, podendo obter adicionais de até 8% a cada período –
dependendo da expansão da economia e entrega antecipada da obra – e, por limite de capacidade de produção,
não deve ultrapassar a 12.000. Sabendo-se que a TMA também contém uma componente de incerteza, oscilando
entre 10% e 12%, analisar a viabilidade do projeto.
n FLUXO 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8%
0
1
2
3
4
5
10%
11%
12%
Conclusão:
PROBABILIDADE
É a possibilidade de ocorrer certo evento. Ao assumir, por exemplo, uma probabilidade de 70% de que
aconteça uma certa receita em determinado período do projeto, está se admitindo um risco de 30% de que tal
receita não ocorra.
31
Nas decisões de investimento, porém, a distribuição de probabilidade não se resume, normalmente, a
um único resultado. O quadro a seguir, por exemplo, apresenta cinco intervalos de valores nos quais poderão
situar-se os benefícios de caixa esperados e as respectivas possibilidades de ocorrência e risco.
FLUXO PROBAB R
200.000 - 299.000 5%
300.000 - 399.999 15%
A probabilidade atribuída a um ou a conjuntos de eventos dispostos em intervalos de natureza incerta
600.000 - 699.000 5%
62. Considerando a distribuição de probabilidades dos retornos previstos de dois investimentos mutuamente
excludentes, calcule os retornos esperados de cada investimento, a média, desvio padrão e o coeficiente de
TOTAL
variação, para a escolha da melhor alternativa.
100%
PROJETO A
Pk Rk Pk x Rk (R k
10% 6.000
15% 6.500
PROJETO B
50%
Pk 7.000
Rk Pk x Rk (R k
15% 7.500
10% 3.000
10% 8.000
20% 5.000
40% Rm =
7.000
20% 9.000 32
GRAFIC AMENTE
RETORNO
Conclusão: PROJ A RETORNOS PR
6.000 10% 3.000
Quando conhecemos as distribuições de probabilidade do fluxo de benefícios (parcelas de retorno) ou,
na falta, o valor médio e a variância de cada um dos componentes aleatórios do projeto, é possível analisar de
1
6.500 15% 5.000
forma segura. Se as parcelas seguirem uma distribuição normal, o somatório dessas parcelas conduzirá,
também, a uma distribuição normal. De acordo com o Teorema de Limite Central, demonstra-se que essa nova
distribuição normal terá como média o somatório das parcelas e como variância, o somatório das variâncias
2
7.000 50% 7.000 4
das parcelas.
Na prática, porém, é muito difícil que as parcelas estejam sujeitas exatamente a uma distribuição
Agora, quando se dispõe de um computador, pode-se propor uma distribuição mais adequada a cada
uma das variáveis e, através de um gerador de números aleatórios, elaborar quantos experimentos se queira
para obter a distribuição do VPL, TIR, IBC ou VAUE. É o artifício da transformação da incerteza em risco.
• SIMULAÇÃO
63. Uma empresa pretende participar de uma concorrência, com um projeto para 10 anos, com investimento
inicial de 200.000 e benefícios líquidos anuais de 30.000. Dependendo da expansão da economia e do sucesso
do empreendimento, poderão ocorrer benefícios adicionais de até 20%. Sabendo-se que a TMA é de 10% ao
ano, analisar a viabilidade do projeto.
Interpretação
Limite inf. Média Limite Sup. Afastamento Probabilidade
a VPL b da média P(a<VPL<b)
1σ 68,27%
2σ 95,44%
3σ 99,73%
33
VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: dependem de fatores incertos, sujeitos ao acaso.
Contínua: Quando os valores podem assumir qualquer valor pertencente ao conjunto dos números
reais: salários, preços de carros...
A distribuição de uma VAC é dada por uma curva contínua e não por pontos discretos
de uma tabela. Essa curva, ou função matemática, é chamada de função densidade de
probabilidade (fdp).
A área sob a curva entre dois pontos do eixo x, a e b com b > a, dá o valor da
probabilidade da VA ter um valor entre esses dois pontos. Portanto, a probabilidade de uma VA deve
ser calculada dentro de um intervalo de valores.
P (a < x < b)
DISTRIBUIÇÃO UNIFORME
F (x)
1
b −a Base x h = 1
x
a b
F (x)
34
a c d b x
* O Excel não tem função Estatística para a distribuição uniforme.
d −c
P( c ≤ x ≤ d ) =
b−a
DISTRIBUIÇÃO NORMAL
Uma das mais, senão, a mais importante distribuição de freqüência. Para melhor
compreensão, consideremos:
Observemos que a curva é simétrica ao redor da média. A área total sob a curva é
definida como 100 % e cada metade, obviamente, 50 %.
Como existe uma curva de distribuição normal diferente para cada par de valores, com o
objetivo de simplificar a complexidade dos cálculos, foi desenvolvido um padrão de procedimento
considerando uma única curva de distribuição: distribuição normal padronizada, sendo aplicado o
desvio padrão normalizado Z, como mecanismo de transformação.
Z= x-µ
σ
35
Após essa transformação, a curva de distribuição normal passa a ter uma forma única,
padronizada, igual à distribuição normal com µ = 0 e σ = 1. Para calcularmos, por exemplo, a
probabilidade de que a variável x se encontre entre 20 e 60, deve-se obter o valor de P (a < x < b) = P
(20 < x < 60).
Z = 20− 40 = − 2 Z = 60− 40 = + 2
1 10 2 10
O valor da probabilidade será dada por P (20 < x < 60) = P (-2 < x < 2), que
corresponde à área sob a curva de distribuição padronizada, definida entre valores Z1 = -2,0 e Z2 =
+2,0, que tem a mesma configuração do desenho anterior, ou seja, a mesma curva de distribuição com
os dois eixos
-4 –3 –2 -1 0 1 2 3 4
1) P ( -1 < Z < 1 )
2) P ( -2 < Z < 2 )
3) P ( -3 < Z < 3 )
36
P ( Z < 1,23 ) = 0,8907 ⇒ 89.07 %
ANEXO 1 – GLOSSÁRIO.
CDB e RDB = certificados ou recibos depósitos bancários, emitidos por bancos comerciais, de
desenvolvimento e de investimentos, e são também chamados de depósitos a prazo fixo. A
diferença entre os dois está no fato de que o CDB é transferível por endosso, podendo ser
renegociado no mercado, o que não ocorre o RDB.
FUNDOS = forma de investimento, sob o regime de condomínio aberto, visando reunir recursos
para aplicação em uma carteira diversificada de títulos; são divididos em renda fixa e variável,
conforme a volatilidade da composição da carteira. Possuem liquidez imediata, obedecendo,
porém, a uma tabela regressiva para pagamento de IOF sobre a renda e, sobre o saldo,
38
pagamento de IR. Caso não haja resgate total, o IR é exigido e repassado à Receita todo último
dia útil do semestre (come cotas).
HOT MONEY = operação de curtíssimo prazo, normalmente de até 10 dias, para suprir
necessidades momentâneas e eventuais de caixa das empresas.
IGPM = índice geral de preços de mercado: calculado pela FGV, pela média ponderada entre o
IPA (índice de preços por atacado = 60%), IPC (índice de preço ao consumidor = 30%) e INCC
(índice nacional da construção civil = 10%), medido com base no custo da cesta básica, entre os
dias 21 e o 20 dia do mês seguinte, razão de sua divulgação já no final de cada mês.
IOF = imposto sobre operações financeiras, com alíquota incidindo sobre investimentos de curto
prazo e financiamentos e empréstimos em geral, cobrada de forma linear, pelos dias corridos.
LETRA DE CÂMBIO = títulos emitidos por financeiras, geradas numa transação comercial,
envolvendo bens ou serviços, para financiamento do crédito direto ao consumidor.
SWAP = troca: operações realizadas com o objetivo de transformar operações com taxas
prefixadas em taxas flutuantes, e vice-versa, buscando proteção (hedge) em momentos de
expectativas de queda ou elevação acentuada nas taxas de juros.
TAC = taxa de abertura de crédito: taxa fixa, não periódica, cobrada pelas instituições
financeiras, objetivando cobrir despesas administrativas, ou iludir o tomador de recursos, uma
vez que essa taxa, normalmente, não é evidenciada.
39
TAXA SELIC = taxa que regula as operações com títulos federais, sendo sua média diária
utilizada para atualizar os preços desses títulos. É utilizada como taxa básica de juros, parâmetro
de várias operações do sistema financeiro. Significa: sistema especial de liquidação e custódia.
TR = taxa referencial: calculada com base na média ponderada das taxas pagas pelos 30 maiores
bancos na captação de recursos, através dos títulos de sua emissão, que dá origem à TBF = taxa
básica financeira que, após a aplicação de um redutor, gera a TR.
Contínua: Quando os valores podem assumir qualquer valor pertencente ao conjunto dos números
reais: salários, preços de carros...
A distribuição de uma VAC é dada por uma curva contínua e não por pontos discretos
de uma tabela. Essa curva, ou função matemática, é chamada de função densidade de
probabilidade (fdp).
A área sob a curva entre dois pontos do eixo x, a e b com b > a, dá o valor da
probabilidade da VA ter um valor entre esses dois pontos. Portanto, a probabilidade de uma VA deve
ser calculada dentro de um intervalo de valores.
F (x)
1
b-a
Base x h = 1
x
a b
F (x)
40
a c d b x
P (c < x < d) =
d–c
b–a
* O Excel não tem função Estatística para a distribuição uniforme.
DISTRIBUIÇÃO NORMAL
Uma das mais, senão, a mais importante distribuição de freqüência. Para melhor
compreensão, consideremos:
Observemos que a curva é simétrica ao redor da média. A área total sob a curva é
definida como 100 % e cada metade, obviamente, 50 %.
Como existe uma curva de distribuição normal diferente para cada par de valores, com o
objetivo de simplificar a complexidade dos cálculos, foi desenvolvido um padrão de procedimento
considerando uma única curva de distribuição: distribuição normal padronizada, sendo aplicado o
desvio padrão normalizado Z, como mecanismo de transformação.
41
Z= x-µ
σ
Após essa transformação, a curva de distribuição normal passa a ter uma forma única,
padronizada, igual à distribuição normal com µ = 0 e σ = 1. Para calcularmos, por exemplo, a
probabilidade de que a variável x se encontre entre 20 e 60, deve-se obter o valor de P (a < x < b) = P
(20 < x < 60).
Z1 = = -2 Z2 = = +2
20 – 40 60 – 40
10 10
O valor da probabilidade será dada por P (20 < x < 60) = P (-2 < x < 2), que
corresponde à área sob a curva de distribuição padronizada, definida entre valores Z1 = -2,0 e Z2 =
+2,0, que tem a mesma configuração do desenho anterior, ou seja, a mesma curva de distribuição com
os dois eixos.
-4 –3 –2 -1 0 1 2 3 4
6) P ( -1 < Z < 1 )
42
P ( Z < 2 ) = 0,9772 ⇒ P ( - 1,5 < Z < 2 ) = 0,9772 - 0,0668 = 0,9104 ⇒ 91,04 %
ou
43
3,20 0,9993 0,9993 0,9994 0,9994 0,9994 0,9994 0,9994 0,9995 0,9995 0,9995
3,30 0,9995 0,9995 0,9995 0,9996 0,9996 0,9996 0,9996 0,9996 0,9996 0,9997
3,40 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9998
3,50 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998
3,60 0,9998 0,9998 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999
3,70 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999
3,80 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999
3,90 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000
44