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Biblioteca é uma palavra derivada do latim “bibliotheca” e segundo o seu

significado, extraído de um dicionário de Língua Portuguesa, é uma colecção


de livros posta em estantes ou armários.
Esta definição encontra-se hoje ultrapassada pois, na realidade, ela é,
tem de ser, muito mais do que isso pois tornou-se num lugar de prazer onde se
podem consultar, para além dos livros, muitos outros materiais postos ao
serviço de quem a frequenta.
Tal como mudou a possibilidade de utilização, a biblioteca também se
alterou no que respeita à sua auto-avaliação na medida em que deixou de ser
considerado, como prioritário, o seu aspecto economicista para dar lugar à
possibilidade dos alunos poderem ter nela um apoio na sua aprendizagem e na
sua busca do saber.
As bibliotecas escolares são, cada vez mais, locais de aprendizagem e
de promoção do sucesso educativo dos alunos, razão pela qual se efectuou
uma mudança a nível das atitudes e das competências imprescindíveis a uma
avaliação do serviço prestado. Esta avaliação deve estar de acordo com a
política educativa nacional bem assim como com a política emanada da
escola/agrupamento onde a biblioteca escolar se encontra inserida para além
de fazer parte da avaliação interna da escola.
Por tal razão o papel primordial do trabalho realizado pela biblioteca
escolar deve ser o de dar ênfase ao sucesso educativo dos alunos, promover a
melhoria de resultados para além de preparar ao alunos para no futuro serem
capazes de aprender por si próprios.
Assim “esta relação da avaliação da biblioteca com a avaliação da
escola ganha ainda mais pertinência se tivermos em conta o carácter
transversal e a grande interacção que a biblioteca deve estabelecer com todos
os órgãos da escola” uma vez que o trabalho realizado, ou a realizar, pela
biblioteca deve constar no Plano Anual de Actividades (PAA). Por outro lado,
há que ter uma preocupação permanente com a literacia da informação para
que todos os alunos sejam capazes de se servir de todos os meios postos ao
seu dispor.
Uma auto-avaliação consciente do trabalho realizado permite, entre
outras coisas, perspectivar o trabalho a realizar bem assim como atingir os

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objectivos da biblioteca escolar de entre os quais se destaca o
desenvolvimento e a promoção do processo de ensino e de aprendizagem.
Por outro lado, uma auto-avaliação consciente permite também, uma
economia de tempo nos processos de gestão e organização dos recursos
existentes na biblioteca escolar dado que o Professor Bibliotecário pode
planear, com maior eficiência e eficácia, se conhecer quais as melhores
actividades de enriquecimento curricular que deve aplicar a cada grau de
ensino.
Ao Professor Bibliotecário e à Equipa que o acompanha compete
promover o envolvimento de outras entidades no trabalho a realizar pela
biblioteca escolar de ente as quais se podem destacar a associação de pais e
os próprios pais e encarregados de educação dos alunos.
Na realidade, para que o trabalho desenvolvido pela biblioteca escolar
obtenha resultados satisfatórios será necessário implementar uma auto-
avaliação que siga as seguintes etapas: “motivação e compromisso
institucional dos órgãos de gestão; formalização de procedimentos; aceitação
de resultados e promoção de um plano de melhoria”.
Por sua vez o Professor Bibliotecário tem de organizar o grupo
responsável pela avaliação do trabalho desenvolvido pela biblioteca escolar,
proceder à elaboração de Plano de Avaliação e desenvolver o processo de
avaliação com vista à obtenção de resultados conclusivos.
O modelo deve também efectuar recolha de informação através da
observação directa das actividades realizadas, passar inquéritos aos
utilizadores bem assim como analisar os trabalhos realizados pelos alunos para
além de verificar se a gestão dos recursos existentes foi a mais válida.
De uma maneira geral espera-se que cada professor bibliotecário
seleccione um dos aspectos e o avalie anualmente de forma coerente para que
“ao fim de quatro anos todos os domínios tenham sido auto-avaliados,
correspondendo este período ao ciclo de gestão e avaliação global da BE”.
Ao partir de uma avaliação diagnóstica, ainda que breve, o Professor
Bibliotecário poderá verificar qual o domínio a avaliar em cada um dos anos
bem assim como identificar o tipo de evidências que deve recolher para que a
auto-avaliação possa vir a ser reconhecida como válida.

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No final deve redigir um Relatório Anual da Biblioteca Escolar no qual
contem todos os aspectos que a equipa considerou como relevantes, após a
análise das tabelas de evidências recolhidas e do quadro-síntese das acções
tidas com prioritárias. Este relatório deve ser estruturado em três Secções:
Secção A – onde se apresenta a avaliação do domínio; Secção B – onde se
referenciam os outros domínios de forma simplificada e a Secção C –
apresentação de um quadro sinóptico dos resultados.
Um relatório bem delineado contribuirá para uma melhoria futura do
trabalho a desenvolver pela biblioteca escolar.
Os resultados da auto-avaliação devem ser divulgados junto dos
restantes elementos da escola/agrupamento para que todos possam contribuir
para a melhoria do trabalho a desenvolver através da sugestão de um
planeamento futuro.
Esta divulgação de resultados, fará com que toda a escola/agrupamento
se sinta envolvida no processo de auto avaliação, retirando dessa divulgação
os respectivos frutos, sejam eles positivos ou negativos.
O maior ou menor impacto causado com a divulgação destes resultados,
permitirá, ao Professor Bibliotecário medir o impacto que o seu trabalho teve,
ao longo do ciclo de avaliação. Verá assim, recompensado, ou não, todo o
esforço e dedicação colocado no desenvolvimento da sua prática diária de
bibliotecário.

António João Rocha

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