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Ao ler e interpretar o Modelo de auto-avaliação da Biblioteca Escolar, logo

na Introdução é de louvar o crescimento da Rede de Bibliotecas, que


desde 1996 até ao presente conta com 2200 escolas integradas.
A minha Escola, sede do Agrupamento D. Francisco Manuel de Melo, faz
parte da Rede de Bibliotecas desde o início, e sou Coordenadora desde o
ano de 2002. Trabalho com a colega Ana Isabel Quintas Maia e Silva, que é
professora Bibliotecária da BE do 1º Ciclo Escola E1 da Venteira. Tal
como a colega, apenas este ano exerço o cargo de Professora
Bibliotecária a tempo inteiro. Por trabalharmos no mesmo Agrupamento
tenho por isso comentado as suas experiências e análises no que
respeita a 2ª parte das tarefas propostas. Um trabalho de partilha leva-nos
a perceber que a BE constitui um recurso fundamental para o ensino e a
aprendizagem, sendo um contributo essencial para o sucesso educativo.
Como tal, o Documento do Novo Modelo de Auto-Avaliação de Bibliotecas
suscitou em mim grande curiosidade, não só como leitura elucidativa,
como para para a elaboração desta segunda tarefa até 13 de Novembro,
vou tentar, neste curto espaço de tempo apresentar a análise sucinta,
baseada também nas leituras de textos recomendados.

Modelo enquanto instrumento pedagógico e de


melhoria. Conceitos aplicados
Pretende:
 Melhoria da qualidade da BE,
 A transformação da BE numa organização de sucesso,
 A BE com um instrumento facilitador na obtenção de evidencias,
 Que a BE obtenha a plena integração na escola com a qual interage
e mantém uma relação orgânica,
 A integração da BE no processo avaliativo e no relatório da escola,
 A BE deve alcançar factores de melhoria através da implementação
deste processo.

Todo o trabalho desenvolvido na BE é ajustado e relacionado com a


missão da biblioteca escolar: o aluno deve ser um participante activo,
construir o seu próprio conhecimento, aceder às novas tecnologias de
informação e comunicação que levam ao desenvolvimento de novas
literacias e à aprendizagem contínua ao longo da vida. Também é revelada
a importância dos níveis de colaboração entre o professor bibliotecário e
os restantes docentes na identificação de recursos e no desenvolvimento
de actividades conjuntas orientadas para o sucesso do aluno. Contexto
que visa a percepção da Escola actual no papel e impacto que as
actividades realizadas pela e com a BE vão tendo no processo ensino
aprendizagem. Os serviços prestados devem ser eficazes e os utentes
satisfeitos. A avaliação vai levar ao esclarecimento do valor da missão e
dos objectivos da BE, à identificação quer dos pontos fracos, quer dos
pontos fortes. Como bibliotecária o meu trabalho passa por toda a
comunidade educativa, directora, coordenadores, professores, pais,
alunos. A todos cabe julgar o espaço BE adaptado às suas necessidades,

2ª Sessão Análise do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas 1


com uma planificação que seja capaz de incentivar a aprendizagem e a
realização dos seus frequentadores. Eisenberg, Danielle

Este modelo nasce do estudo de outros modelos face à realidade das


escolas portuguesas. Modelo que cumpre os objectivos essenciais,
qualitativo e formativo, permitindo identificar as necessidades e
fragilidades com vista à melhoria. Factores que julgo muito importantes
tanto assumidos da experiência pessoal, como de leituras efectuadas. A
flexibilidade é fundamental para o pensamento estratégico. Há poucas
certezas na educação: os planos mudam de ano para ano. Este ano, por
exemplo, o foco da minha escola pode ser conseguir uma melhoria no
número de leitores. Levando à exigência de uma maior ênfase no meu
papel de defensora da leitura, mantendo ou talvez reduzindo actividades
relacionadas ao ensino de alfabetização ou de informação de gestão da
informação. No próximo ano, no entanto, a escola pode centrar-se sobre a
integração da tecnologia nas salas de aula, biblioteca e o plano terá de
mudar sua ênfase em conformidade. A biblioteca pode desempenhar um
papel muito útil nestas decisões, bem como levar a mensagem para o
resto da escola. Assim devo destacar que a aplicação deste modelo deve
ter em conta a realidade da minha escola. A exequibilidade da sua
aplicação e a integração nas práticas de gestão da Equipa da BE. Assumir
um trabalho contínuo e diário definido como rotina habitual para que o
modelo de avaliação não seja encarado como excessivo com o perigo de
se transformar numa amálgama de documentos, grelhas, papéis, registos.
Uma burocracia que invalida uma BE com objectivo pedagógico e efectivo
nos resultados da aprendizagem.

Pertinência da existência de um modelo de


avaliação para as bibliotecas escolares
A ideia de criar um modelo de auto-avaliaçãos de Bibliotecas permite
perspectivar a organização estrutural no seu todo. A BE, presentemente, é
tida como o espaço onde a informação é tratada, organizada e
disponibilizada, istoé a BE = espaço + recursos. Deslocarmo-nos à BE
para trabalhar e aceder a equipamentos e à informação constitui uma
atitude de um paradigma passado de acesso e construção do saber. A
literatura actual sobre Bes atesta o impacto que uma BE com uma
colecção adequada e com condições e recursos humanos qualificados
pode ter no sucesso educativo e nas aprendizagens. Apresenta-se assim,
como um instrumento de melhoria, pois a recolha das evidências vai levar
à transformação e inovação na procura da qualidade. A sua pertinência
alia-se à missão de transformar resultados objectivos o que se vai
desenvolvendo na BE. Cada vez mais a RBE tem vindo a valorizar e a
optimizar os espaços das Bes, no caso da nossa escola, no início deste
ano lectivo assistimos à remodelação deste espaço, com a aquisição de
novas prateleiras, sofás, mesas, cadeiras, balcão de atendimento... é na
auto-avaliação que poderemos identificar e constatar a necessidade de
mudança. Responsabilizar e envolver a escola nesse processo. Ross

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Todd valoriza a necessidade de provar o impacto que as práticas das Bes
exercem no conceito de escola. Por isso há necessidade de avaliar o
trabalho que desenvolvemos. Nem sempre sabemos ser essa a melhor
perspectiva, mas na recolha de evidências vimos a adquirir essa
segurança. Seguramente a avaliação qualitativa da BE assenta na aferição
do impacto que os utilizadores retiram dos seus serviços, que grande foi
adiferença que todos sentiram ao usufruir da nova disposição do novo
mobiliário da nossa BE. Na avaliação vem a lume o valor da BE. É
importante a existênciaização de uma BE agradável e bem apetrechada,
capaz de produzir resultados que contribuam de forma efectiva para os
objectivos da escola em que se insere. O processo de auto-avaliação
deve mobilizar toda a escola, não devem ser avaliados, isoladamente,
quer o professor bibliotecário, quer a sua equipa. Todos irão beneficiar
com a análise e reflexão realizadas.

Organização estrutural e funcional. Adequação e


Constrangimentos
O modelo apresenta-se estruturado em 4 domínios:

● Apoio ao desenvolvimento curricular,

● Leitura e Literacias,

● Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à


Comunidade,

● Gestão da BE.

Tornando-se práticas de rotina, alguns procedimentos deverão ser


implementados neste processo de avaliação. Ser activo é primordial
somos professores de Literacia da informação, apoiamos o
desenvolvimento curricular, promovemos leituras, trabalhamos a técnica
informática digital, temos Projectos e Parcerias, fazemos a Gestão da BE.
Pensamos estrategicamente e politicamente. Através de uma abordagem
sistemática, que não só irá melhorar o plano, mas também chamar a
atenção e apoio generalizado. Comunicar a visão do Professor
Bibliotecário do século 21. Todos estes elementos de mediação irão
possibilitar uma apreciação sobre a qualidade da Biblioteca que
coordenamos. A Avaliação da BE deve apoiar-se em evidências, cuja
leitura nos mostra os aspectos positivos que devemos realçar e fazer
sobressair comunicando os resultados, tais como o funcionamento da
BE, a utilização que é feita da BE ou os serviços que BE presta à
escola/comunidade.

Os perfis de desempenho inserem-se numa escala de quatro níveis


fomentando a reflexão construtiva e contribuindo para a procura da

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melhoria, através da identificação de estratégias que permitam atingir o
nível seguinte.

Os descritores apresentados retratam o padrão da execução da BE em


cada um dos níveis. É através destes descritores que verificamos o que é
necessário fazer para melhorar o nível. No caso da BE do meu
Agrupamento em relação à informatização da colecção poderia situar este
descritor no “nível 1, dado que a nossa BE desenvolve pouco ou nenhum
trabalho neste domínio, o seu impacto é bastante reduzido, sendo
necessário intervir com urgência.“ Ao percebermos determinados
descritores a avaliação surge como um instrumento de melhoria de
qualidade. Toda e qualquer análise promove a identificação de pontos
fracos e de pontos fortes. O sucesso começa com a atitude. Uma atitude
positiva gera resultados positivos, uma negativa leva a resultados
negativos. Se pensamos que não podemos fazer nada, somos negativos.
Se achamos que podemos, devemos lutar pela qualidade. Atributos de
uma atitude positiva incluem a paixão, entusiasmo, optimismo e energia.
Bibliotecários escolares bem-sucedidos são frequentemente
caracterizados pelas suas atitudes positivas.

A opção pela avaliação de um dos domínios, não pode significar, por isso,
o abandono dos restantes domínios.

Aplicação à Realidade da Escola


Pela leitura pouco profunda do Modelo, dado ao pouco tempo disponível
para a realização desta tarefa assinalei apenas um dos descritores
observados na minha escola:

Apoio ao Desenvolvimento Curricular

 A BE colabora com o conselho pedagógico no sentido de se


integrar no PE, no regulamento interno e nos PAA e PPA
 Parceria da BE com os decentes responsáveis pelas ACND
 A BE apoia docentes no desenvolvimento de outros programas e
projectos, nomeadamente no PNL, no CNL, Semana da Leitura,
Mostra de Teatro das Escolas da Amadora, Conto colectivo da
Associação de Pais, Educação para a Saúde…
 A utilização da BE é rentabilizada pelos docentes em actividades
curriculares e formativas relacionadas com a utilização das TIC,
Clubes: “O (En)canto das Palavras”, actividades de substituição
com a OTE…
 A BE colabora e produz materiais didácticos, páginas da Internet :
Jornal Escolar / Notícias & Companhia, guiões de leitura, dossiês
temáticos…Fichas de Trabalho

Como aplicar o modelo? Que nível foi atingido? Teria por exemplo que
reunir documentos e adaptá-los à minha BE.

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Constrangimentos: Inexperiência na prática do modelo, demasiada
subjectividade, identificar pontos fracos e pontos fortes perante
informação vaga ou imprecisa e o acréscimo de trabalho na recolha e
tratamento de dados. No fundo só com a apresentação do modelo poderia
vir a construir uma análise crítica.

Competências do Professor Bibliotecário e


estratégias aplicadas na sua aplicação
O Professor Bibliotecário deve evidenciar várias competências:

● Ser um comunicador efectivo no seio da instituição, neste caso a


BE, facilitando a aproximação/diálogo com os Departamentos e
professores de forma a articular processos,

● Saber estabelecer prioridades para que não exista um desnortear


de tarefas de sistema organizacional e funcional da BE,

● Saber exercer influência, com bom senso, junto de professores e


do Conselho Executivo,

● Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da


Comunidade Escolar,

● Ser investigador e observador,

● Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola,

● Saber gerir serviços e recursos,

● Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à da


realidade,

● Saber gerir e avaliar de acordo com a missão dos objectivos da


escola.

No âmago da nova BE o Professor Bibliotecário tem a acção, tem o


compromisso e a responsabilidade, das boas práticas e da forma como
interage com a escola. Cabe-lhe, como Todd refere em 2001, transformar a
BE em “espaço de conhecimento, por oposição a um espaço de
informação”. Cabe transformá-la num espaço de conexões seja ao nível
das colecções, seja ao nível da integração/ interacção com a escola.
Cabe-lhe definir “acções”, por oposição a posições e um trabalho
persistente de demonstração de valores e de impacto da BE”. O sentido e
a força desse impacto têm de ser obtidos como recursos a evidências,
num movimento cada vez mais pertinente de mudança entre “ dizer ou
relatar” e a necessidade de “ demonstrar o que se faz.” De um modo
geral, mas também particularmente no âmbito da avaliação da BE, o
Professor Bibliotecário deve procurar: Articulate a vision and agenda, Be

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startegic no pensamento e na acção e os problemas vão ao encontro das
oportunidades, Mike Eisenberg. O Professor Bibliotecário deve ter um
papel de líder e ter visão estratégica, participando activamente em
processos de melhoria dos resultados escolares dos alunos. Criar um
ambiente propício às aquisições do conhecimento que façam sentido,
ideia reforçada por Ross Todd.

Amadora, 12 de Novembro de 2009

Filipa Beaumont

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