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O documento discute três teorias sobre estilos de administração: Teoria X e Y de McGregor, que contrastam estilos autoritários e participativos; e a Teoria Z, que propõe um modelo japonês de administração participativa e de longo prazo. Também apresenta quatro sistemas de administração propostos por Likert, variando de autoritário a participativo.
O documento discute três teorias sobre estilos de administração: Teoria X e Y de McGregor, que contrastam estilos autoritários e participativos; e a Teoria Z, que propõe um modelo japonês de administração participativa e de longo prazo. Também apresenta quatro sistemas de administração propostos por Likert, variando de autoritário a participativo.
O documento discute três teorias sobre estilos de administração: Teoria X e Y de McGregor, que contrastam estilos autoritários e participativos; e a Teoria Z, que propõe um modelo japonês de administração participativa e de longo prazo. Também apresenta quatro sistemas de administração propostos por Likert, variando de autoritário a participativo.
Estilos de administrao A Teoria Comportamental procura demonstrar a variedade de estilos de administrao que esto disposio do administrador. A administrao das organizaes em geral (e das empresas em particular) est fortemente condicionada pelos estilos com que os administradores dirigem, dentro delas, o comportamento das pessoas. Estes estilos de administrao dependem substancialmente das convices que os administradores tm a respeito do comportamento humano dentro das organizaes. Essas convices moldam no apenas a maneira de conduzir as pessoas, mas tambm a maneira pela qual se divide o trabalho se planeja e se organizam as atividades. As organizaes so projetadas e administradas de acordo com certas teorias administrativas e cada uma delas fundamenta-se em certas convices sobre a maneira pela qual as pessoas se comportam dentro das organizaes.
Teoria X e Teoria Y McGregor, um dos mais famosos autores behavioristas da Administrao, preocupou-se em comparar dois estilos opostos e antagnicos de administrar: de um lado, um estilo baseado na teoria tradicional, excessivamente mecnica e pragmtica (a que deu o nome de Teoria X) e, de outro, um estilo baseado nas concepes modernas a respeito do comportamento humano (a que denominou a Teoria Y). A) Teoria X
a concepo tradicional de administrao e se baseia em convices errneas e incorretas sobre o comportamento humano, como, por exemplo: O homem indolente e preguioso por natureza, ele evita o trabalho. Falta-lhe ambio, no gosta de assumir responsabilidades. O homem egocntrico. A sua prpria natureza o leva a resistir s mudanas. A sua dependncia o torna incapaz de autocontrole e autodisciplina. A Teoria X se fundamenta em uma srie de pressuposies errneas acerca do comportamento humano e apregoa um estilo de administrao onde a fiscalizao e o controle externo rgido, constituem mecanismos para neutralizar a desconfiana da empresa quanto s pessoas que nela trabalham. Segundo esta teoria o nico estmulo para o trabalho somente pelo salrio, se o estmulo salarial no vem o trabalho no sai.
B) Teoria Y
a moderna concepo de administrao, de acordo com a teoria comportamental. A teoria Y se baseia em concepes e premissas atuais e sem preconceitos a respeito da natureza humana. A Teoria Y desenvolve um estilo de administrao muito aberto e dinmico, extremamente democrtico, atravs do qual administrar um processo de criar oportunidades, liberar potencialidades, remover obstculos, encorajar o crescimento individual e proporcionar orientao quanto a objetivos. A Teoria Y prope um estilo de administrao participativo e baseado nos valores humanos e sociais. Enquanto a Teoria X a administrao por meio de controles externos impostos s pessoas, a Teoria Y a administrao por objetivos que reala a iniciativa individual. As duas teorias so opostas entre si. A Teoria Y aplicada nas empresas atravs de um estilo de direo baseado em medidas inovadoras e humanistas, a saber:
a) Descentralizao das decises e delegao de responsabilidades. Liberdade para que as pessoas dirijam elas prprias as suas tarefas, assumam os desafios delas decorrentes e satisfaam suas necessidades de auto realizao. b) Ampliao do cargo para maior significado do trabalho. Ampliao do cargo por meio de sua reorganizao e extenso de atividades, para que as pessoas possam conhecer o significado do que fazem e ter uma ideia da sua contribuio pessoal para as operaes da empresa como um todo. c) Participao nas decises e administrao consultiva. Participao nas decises que as afetam direta ou indiretamente e para que se comprometam com o alcance dos objetivos empresariais. A administrao consultiva cria oportunidades para que as pessoas sejam consultadas sobre suas opinies e pontos de vista a respeito de decises a serem tomadas pela empresa. d) Autoavaliao do desempenho. Programas de autoavaliao do desempenho, em que a participao dos empregados envolvidos de importncia capital (CHIAVENATO, 2004).
C) Teoria Z No incio da dcada de 1980, surgiu a Teoria Z, que se fundamenta nos seguintes princpios:
1. Emprego estvel para as pessoas, mesmo em poca de dificuldades para a organizao. 2. Pouca estabilizao das pessoas que passam a ser desenvolvidas atravs de uma filosofia de treinamento nos seus cargos. 3. Avaliao do desempenho constante e promoo lenta. 4. Igualitarismo no tratamento das pessoas, no importando o seu nvel hierrquico. Todas as pessoas passam a ter igual tratamento, iguais condies de trabalho, iguais benefcios etc. 5. Democracia e participao: todas as pessoas participam em equipe e nenhuma deciso tomada sem o consenso do grupo. 6. Valorizao das pessoas, a tal ponto que o maior patrimnio das empresas japonesas, so as pessoas que nela trabalham, por exemplo.
A Teoria Z proporciona a base para todo programa de administrao orientado para os recursos humanos: todas as decises organizacionais devem ser tomadas atravs do consenso, com ampla participao das pessoas e orientadas para longo prazo.
A Teoria Z um modelo de administrao participativa (MAXIMIANO, 2009)
Sistemas de administrao
A Administrao nunca igual em todas as organizaes e pode assumir feies diferentes, dependendo das condies internas e externas existentes. A partir de suas pesquisas, Likert prope uma classificao de sistemas de Administrao, definindo quatro perfis organizacionais. Os sistemas administrativos so caracterizados em relao a quatro variveis: processo decisrio, sistema de comunicao, relacionamento interpessoal e sistema de recompensas e punies. Em cada sistema administrativo, essas quatro variveis apresentam diferentes caractersticas, que se encontram resumidas e esquematizadas no quadro comparativo abaixo:
Sistemas de Administrao Variveis Principais 1 2 3 4
Autoritrio- Coercitivo Autoritrio- Benevolente Consultivo Participativo Processo Decisrio Totalmente centralizado na cpula da organizao. Centralizado na cpula, mas permite alguma delegao, de carter rotineiro.
Consulta aos nveis inferiores permitindo participao e delegao. Totalmente descentralizado A cpula define polticas e controla os resultados. Sistema de Comunicaes Muito precrio. Somente comunicaes verticais e descendentes carregando ordens. Relativamente precrio, prevalecendo comunicaes descendentes sobre as ascendentes. A cpula procura facilitar o fluxo no sentido vertical (descendente e ascendente) e horizontal. Sistemas de comunicao eficientes so fundamentais para o sucesso da empresa. Relaes Interpessoais
Provocam desconfiana. Organizao informal vedada e considerada prejudicial. Cargos confinam as pessoas.
So toleradas, com condescendnci a. Organizao informal incipiente e considerada uma ameaa empresa. Certa confiana nas pessoas e nas relaes. A cpula facilita a organizao informal sadia. Trabalho em equipes. Formao de grupos importante. Confiana mtua, participao e envolvimento grupal intensos. Sistemas de Recompensas e Punies Utilizao de punies e medidas disciplinares. Obedincia estrita aos regulamentos Internos. Raras recompensas (estritamente salariais). Utilizao de punies e medidas disciplinares, mas com menor arbitrariedade. Recompensas salariais e raras recompensas sociais. Utilizao de recompensas materiais (principalmente salrios). Recompensas sociais ocasionais. Raras punies ou castigos. Utilizao de recompensas sociais e recompensas materiais e salariais. Punies so raras e quando ocorrem, so definidas pelas equipes.
Os quatro sistemas no tm limites definidos entre si. Uma empresa pode estar situada acima do Sistema 2 e abaixo do Sistema 3, ou seja, ao redor de 2,5. Pode tambm ser classificada como Sistema 2 no processo decisrio e 3 no sistema de recompensas. Pode ter uma unidade (como a rea de produo) onde predomina o Sistema 1, enquanto em outra unidade (como a rea de processamento de dados) predomina o Sistema 4. Likert constatou que, quanto mais o estilo administrativo da empresa se aproximar do Sistema 4, tanto maior ser a probabilidade de alta produtividade, boas relaes no trabalho e elevada rentabilidade. Por outro lado, quanto mais uma empresa se aproximar do Sistema 1, tanto maior a probabilidade de ineficincia, pssimas relaes no trabalho e repetidas crises financeiras. A estrutura organizacional tradicional representada pelos Sistemas 1 e 2 utiliza a forma individual de administrao: o modelo de interao homem-a-homem, isto , a vinculao direta e exclusiva entre superior e subordinado. As novas estruturas organizacionais representadas pelos Sistemas 3 e 4 utilizam o modelo de organizao grupal, no qual os grupos se superpem. Cada grupo de trabalho vincula-se aos demais por meio de "elos de vinculao superposta", ou seja, de pessoas que so membros de mais de um grupo e que superpem sua vinculao e seu relacionamento com vrios grupos, o que proporciona uma dinmica totalmente nova no sistema.
O Sistema 4 repousa em trs aspectos principais:
a. Utilizao de princpios e tcnicas de motivao em vez da tradicional dialtica de recompensas e punies. b. Grupos de trabalho altamente motivados, estreitamente entrelaados e capazes de se empenharem totalmente para alcanar os objetivos empresariais. A competncia tcnica no deve ser esquecida. c. Adoo de "princpios de relaes de apoio": a administrao adota metas de elevado desempenho para si prpria e para os empregados e estabelece os meios adequados para atingi-las.
O comportamento humano na organizao pode ser explicado por meio de algumas variveis. Para Likert, as variveis administrativas (como estilo de administrao, estratgias, estrutura organizacional, tecnologia empregada etc.) so chamadas variveis causais, porque so as bases do comportamento humano. Os itens de comportamento (como lealdade, capacidades, atitudes, comunicaes, interao humana, tomada de decises etc.) so as variveis intervenientes que provocam alteraes no sistema. As variveis causais provocam estmulos que atuam nos indivduos (variveis intervenientes) e produzem respostas ou resultados, que so as variveis de resultado. As variveis intervenientes dependem das variveis causais e influenciam as variveis de resultado. Likert crtica a nfase na eficincia da organizao baseada apenas em termos de produtividade ou produo fsica (variveis de resultado), negligenciando as variveis intervenientes. Os administradores que se limitam apenas aos resultados de produo produzem apenas resultados imediatos, deixando sem soluo grande quantidade de fragmentos intervenientes, cuja ordenao e correo exigiro um longo trabalho pela frente. A nfase no imediatismo gera dificuldades para o futuro. A presso pelo curto prazo pe em risco o longo prazo.
REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS CHIAVENATO, Idalberto. Introduo Teoria Geral da Administrao. Stima edio. Editora Campus. Rio de Janeiro. 2004. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administrao: da Revoluo Urbana Revoluo Digital. 6 edio. Ed. Atlas, 2009.