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O artigo critica Paulo Freire e seu método de alfabetização, apontando que: (1) não houve redução nas taxas de analfabetismo onde foi aplicado; (2) recebeu elogios de movimentos comunistas, mas críticas de colaboradores após anos de aplicação; (3) seu método é visto por alguns como ideológico e não educacional.
O artigo critica Paulo Freire e seu método de alfabetização, apontando que: (1) não houve redução nas taxas de analfabetismo onde foi aplicado; (2) recebeu elogios de movimentos comunistas, mas críticas de colaboradores após anos de aplicação; (3) seu método é visto por alguns como ideológico e não educacional.
O artigo critica Paulo Freire e seu método de alfabetização, apontando que: (1) não houve redução nas taxas de analfabetismo onde foi aplicado; (2) recebeu elogios de movimentos comunistas, mas críticas de colaboradores após anos de aplicação; (3) seu método é visto por alguns como ideológico e não educacional.
Vocs conhecem algum que tenha sido alfabetizado pelo mtodo Paulo Freire? Alguma dessas raras criaturas, se que existem, chegou a demonstrar competncia em qualquer rea de atividade tcnica, cientfica, artstica ou humanstica? Nem precisam responder. Todo mundo j sabe que, pelo critrio de pelos frutos os conhecereis, o clebre Paulo Freire um ilustre desconhecido. As tcnicas que ele inventou foram aplicadas no Brasil, no Chile, na Guin-Bissau, em Porto Rico e outros lugares. No produziram nenhuma reduo das taxas de analfabetismo em parte alguma. Produziram, no entanto, um florescimento espetacular de louvores em todos os partidos e movimentos comunistas do mundo. O homem foi celebrado como gnio, santo e profeta. Isso foi no comeo. A passagem das dcadas trouxe, a despeito de todos os amortecedores publicitrios, corporativos e partidrios, o choque de realidade. Eis algumas das concluses a que chegaram, por experincia, os colaboradores e admiradores do sr. Freire:
No h originalidade no que ele diz, a mesma conversa de sempre. Sua alternativa perspectiva global retrica bolorenta. Ele um terico poltico e ideolgico, no um educador. (John Egerton, Searching for Freire, Saturday Review of Education, Abril de 1973.)
Ele deixa questes bsicas sem resposta. No poderia a conscientizao ser um outro modo de anestesiar e manipular as massas? Que novos controles sociais, fora os simples verbalismos, sero usados para implementar sua poltica social? Como Freire concilia a sua ideologia humanista e libertadora com a concluso lgica da sua pedagogia, a violncia da mudana revolucionria? (David M. Fetterman, Review of The Politics of Education, American Anthropologist, Maro 1986.)
[No livro de Freire] no chegamos nem perto dos tais oprimidos. Quem so eles? A definio de Freire parece ser qualquer um que no seja um opressor. Vagueza, redundncias, tautologias, repeties sem fim provocam o tdio, no a ao. (Rozanne Knudson, Resenha da Pedagogy of the Oppressed; Library Journal, Abril, 1971.)
A conscientizao um projeto de indivduos de classe alta dirigido populao de classe baixa. Somada a essa arrogncia vem a irritao recorrente com aquelas pessoas que teimosamente recusam a salvao to benevolentemente oferecida: Como podem ser to cegas? (Peter L. Berger, Pyramids of Sacrifice, Basic Books, 1974.)
Alguns vem a conscientizao quase como uma nova religio e Paulo Freire como o seu sumo sacerdote. Outros a vem como puro vazio e Paulo Freire como o principal saco de vento. (David Millwood, Conscientization and What It's All About, New Internationalist, Junho de 1974.)
A Pedagogia do Oprimido no ajuda a entender nem as revolues nem a educao em geral. (Wayne J. Urban, Comments on Paulo Freire, comunicao apresentada American Educational Studies Association em Chicago, 23 de Fevereiro de 1972.)
Sua aparente inabilidade de dar um passo atrs e deixar o estudante vivenciar a intuio crtica nos seus prprios termos reduziu Freire ao papel de um guru ideolgico flutuando acima da prtica. (Rolland G. Paulston, Ways of Seeing Education and Social Change in Latin America, Latin American Research Review. Vol. 27, No. 3, 1992.)
Algumas pessoas que trabalharam com Freire esto comeando a compreender que os mtodos dele tornam possvel ser crtico a respeito de tudo, menos desses mtodos mesmos. (Bruce O. Boston, Paulo Freire, em Stanley Grabowski, ed., Paulo Freire, Syracuse University Publications in Continuing Education, 1972.)
Outros julgamentos do mesmo teor encontram-se na pgina de John Ohliger, um dos muitos devotos desiludidos. (http://www.bmartin.cc/dissent/documents/Facundo/Ohliger1.html#I).
No h ali uma nica crtica assinada por direitista ou por pessoa alheia s prticas de Freire. S julgamentos de quem concedeu anos de vida a seguir os ensinamentos da criatura, e viu com seus prpios olhos que a pedagogia do oprimido no passava, no fim das contas, de uma opresso da pedagogia.
No digo isso para criticar a nomeao pstuma desse personagem como Patrono da Educao Nacional. Ao contrrio: aprovo e aplaudo calorosamente a medida. Ningum melhor que Paulo Freire pode representar o esprito da educao petista, que deu aos nossos estudantes os ltimos lugares nos testes internacionais, tirou nossas universidades da lista das melhores do mundo e reduziu para um tiquinho de nada o nmero de citaes de trabalhos acadmicos brasileiros em revistas cientficas internacionais. Quem poderia ser contra uma deciso to coerente com as tradies pedaggicas do partido que nos governa? Sugiro at que a cerimnia de homenagem seja presidida pelo ex-ministro da Educao, Fernando Haddad, aquele que escrevia caberio em vez de cabealho, e tenha como mestre de cerimnias o principal terico do Partido dos Trabalhadores, dr. Emir Sader, que escreve Getlio com LH. A no ser que prefiram chamar logo, para alguma dessas funes, a prpria presidenta Dilma Roussef, aquela que no conseguia lembrar o ttulo do livro que tanto a havia impressionado na semana anterior, ou o ex-presidente Lula, que no lia livros porque lhe davam dor de cabea.