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"A Biblioteca Escolar.

Desafios e Oportunidades num Contexto de Mudança"

“A acção é o único caminho para o conhecimento.”


Bernard Shaw
“Duas bibliotecas pequeninas, mas bem grandes, plantadas no sopé de um castelo.”

Professora Isabel Rodrigues

Perfil da Professora Bibliotecária

FORMAÇÃO ESPECÍFICA NA ÁREA


DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES /TIC
BE e o Paradigma Digital
1. Inforjovem
Curso de TIC
2. FEVIP
A Biblioteca Escolar e os Ambientes Digitais
Gestão e Organização / Tratamento documental
Literacia da informação
Promoção da leitura
Isabel Maria Messias Alves Rodrigues
Animação e dinamização

Licenciada em Ensino de História – 3. FEVIP


“O Trabalho do Professor na Biblioteca Escolar” – Estágio
Universidade de Évora. PQND (História e
Geografia de Portugal e Língua Portuguesa do Formação de Promotores de Leitura
2ºCiclo) no Agrupamento de Escolas de
Montargil. Destacada no Agrupamento 4. Centro de Formação Contínua AMMVN
“Promoção da Leitura: Diversificar Estratégias na
Vertical de Montemor -o- Novo a
Abordagem à Leitura Recreativa”
desempenhar a função de professora
bibliotecária/coordenadora nas bibliotecas 5. Biblioteca Municipal Almeida Faria / Direcção Geral
do Livro e das Bibliotecas
escolares das escolas EB1 nº 2 e 3 de
“Contos de Nunca Acabar”
Montemor -o- Novo.
“As Histórias e os Livros”
“Com o Dedo na Página”

6. Sindicato DPS
“Ler para Ser: a Leitura para Comunicar”
(a frequentar)

Formadoras: Rosa Martins e Carmo Pato 1


Formanda: Isabel Maria Messias Alves Rodrigues
Novembro de 2009
"A Biblioteca Escolar. Desafios e Oportunidades num Contexto de Mudança"

Caracterização das Bibliotecas Escolares

Biblioteca Escolar da EB1 nº 2 Agrupamento Vertical de Montemor -o- Novo


Concelho de Montemor -o- Novo
Biblioteca Escolar da EB1 nº 3 DREAlentejo
Rede de Bibliotecas Escolares

População Escolar
Alunos do Primeiro Ciclo no Agrupamento: -
610 alunos

Nº de Alunos da EB1nº 2 - 87 alunos

Nº de Alunos da EB1 nº 3 - 83 alunos

Área 48 m ² (nº 2)
Área 30 m ² (nº 3)
Zonas: recepção, leitura informal e de periódicos; leitura de
documentos impressos, leitura em vídeo, leitura áudio visual,
leitura e produção multimédia. (computadores com internet).

Recursos documentais: livros e não livros

Recursos humanos: professora bibliotecária (35horas);


professores titulares das turmas, os professores de apoio
educativo, professores das actividades de enriquecimento
curricular; pais e encarregados de educação, técnicos da
biblioteca municipal, técnicos da câmara municipal de
Montemor-o-Novo; auxiliar da acção educativa (apoia
Formadoras: Rosa Martins e Carmo Pato 2
somente na limpeza do espaço)
Formanda: Isabele Maria
outros parceiros
Messias Alves convidados.
Rodrigues
Novembro de 2009
"A Biblioteca Escolar. Desafios e Oportunidades num Contexto de Mudança"

Apesar de trabalhar há pouco tempo, desde o início do ano lectivo, na biblioteca


escolar da EB1 nº 2 e na biblioteca escolar da EB1 nº 3 de Montemor-o-Novo - sinto-me,
relativamente, segura em identificar os pontos fortes versus as fraquezas, as oportunidades,
as ameaças e os desafios que me esperam enquanto professora bibliotecária; num contexto de
um novo modelo de biblioteca escolar. (consultar a tabela - anexo nº 1).

Vivemos tempos de mudança nesta era digital - “the dot.com age”- como dizem os
anglo - saxónicos.
Na dinâmica do meu trabalho, conforto-me com o bom, o manuseável, o odorante
livro em papel e com o surpreendente e apelativo livro digital - extraído de um novo modelo
de biblioteca. Na minha opinião, não se atropelam, até combinam bastante bem; não tenho
dificuldade em transportar o velho modelo da biblioteca escolar e interligá-lo com o novo
conceito de biblioteca escolar desta era digital.

Como professora bibliotecária tenho consciência de que os nossos alunos, na maior


parte dos casos, são capazes de procurar informação sobre determinado tema.
No entanto, de um modo geral, com as devidas excepções, apresentam significativas
dificuldades em distinguir a informação primária da informação secundária. Os seus critérios
de qualidade apresentam lacunas e, sobretudo, é uma tarefa árdua criar relações
significativas, isto é, em última análise, produzir conhecimento.
Neste contexto - dar informação não é o mesmo que dar conhecimento – “ this does
not happen by chance…” afirma Roos Todd no seu trabalho. 1 Este sintetiza de uma forma
quase poética, o novo modelo de biblioteca escolar na moderna sociedade de informação:
”Knowledge space, not information place/ Connections, not collections/ Actions, not
positions/Evidence,not advocacy.” Do seu estudo destaco a ideia de que a biblioteca escolar
do século XXI deverá ser um espaço de produção de conhecimento e o alerta para não
induzirmos os nossos alunos na construção do conhecimento, somente através das
tecnologias da informação e comunicação - não desprezar o conhecimento produzido por

1
TODD, Ross – “Transitions for preferred futures of school libraries” (2001).
http://www.iasl-online.org/events/conf/virtualpaper2001.html.

Formadoras: Rosa Martins e Carmo Pato 3


Formanda: Isabel Maria Messias Alves Rodrigues
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"A Biblioteca Escolar. Desafios e Oportunidades num Contexto de Mudança"

outras fontes - “My central claim in this paper is that the school library n the 21 st century is
about constructing sense and new knowledge, and building not information infrastructure
and information resources to enable this. This is the idea of the library as a knowlegge
space, not information place. In order to achieve that, I believe we need to focus on three
things: connections, not collections, actions, not positions; and evidence, not advocacy.”

Aceito o seu novo modelo de professor bibliotecário responsável em criar um


ambiente de conhecimento e informação para a aprendizagem, que se centre na interligação
da informação, na construção do conhecimento e no desenvolvimento da compreensão
filosófica da educação. Saliente-se que na sua opinião a chave deve estar direccionada para a
construção do conhecimento e para a construção de produção de saberes. Isto foca-se na
colaboração para alcançar maiores níveis de aprendizagem e no papel educacional do
professor bibliotecário. Este deverá dar ênfase ao processo de pesquisa de informação;
possibilitando aos alunos relacionar e utilizar, de forma reflectidamente/criticamente, a
informação no processo de construção do conhecimento.

Em síntese, parece-me consensual na literatura que a grande diferença entre uma


biblioteca escolar do passado e a biblioteca escolar do presente é a forte presença da
informação disponível em redes ao alcance de um “clic”. As nossas bibliotecas escolares
organizadas através de uma rede nunca tiveram tão bem guarnecidas de informação. No
entanto, quase fatidicamente, sabemos que os níveis de literacia dos nossos alunos não são
os desejáveis.
Como professora bibliotecária, no contexto privilegiado da biblioteca escolar, tenho a
noção da responsabilidade que tenho em expandir as multiliteracias, destacando a promoção
da leitura e a literacia da informação.

No meu trabalho destaco - como pontos fortes - os níveis de colaboração entre o


professor bibliotecário e a sua equipa e os restantes professores titulares de turma e outros; a
articulação entre os objectivos da biblioteca escolar e o Projecto Educativo do Agrupamento;
a relação cuidada entre a biblioteca escolar e as diferentes estruturas pedagógicas do
Agrupamento (o conselho executivo), os imprescindíveis parceiros: a câmara municipal, as
juntas de freguesia, a associação de pais e encarregados de educação, a biblioteca municipal,

Formadoras: Rosa Martins e Carmo Pato 4


Formanda: Isabel Maria Messias Alves Rodrigues
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"A Biblioteca Escolar. Desafios e Oportunidades num Contexto de Mudança"

as associações culturais recreativas - que nos apoiam na identificação de recursos, no


desenvolvimento de actividades conjuntas orientadas para o cumprimento dos objectivos da
biblioteca escolar.
Estes parceiros são actores privilegiados na organização de actividades de animação
pedagógica e cultural, que fomentam a promoção da leitura, da literacia da informação, a
aprendizagem ao longo da vida e a cidadania. Têm um papel principal na nossa formação, no
apoio técnico ao tratamento da colecção, na organização de eventos como: exposições, feira
do livro e sua animação, semana da leitura, concursos, jogos, debates e colóquios abertos à
comunidade, ateliers de expressão, entre outras iniciativas.

Outro ponto que quero destacar é o apoio ao desenvolvimento curricular, isto é, a


importância da articulação curricular da biblioteca escolar com as estruturas pedagógicas e
os docentes no cumprimento dos objectivos da biblioteca escolar.
Neste sentido Zmuda e Harada partilham a ideia basilar de que “The library media
specialist must insist that every learning experience in the library-classroom aligns with the
learning goals of both the classroom teacher’s curriculum and the library media
curriculum”2. Segundo os seus estudos as boas práticas que os profissionais da educação
podem identificar numa biblioteca escolar resumem-se a “… success is defined by the
quality of the work completed in the library media center…, investing resources only in
those tasks that are central to the library mission, … engaging students in the construction of
deep knowledge through the exploration of ideas and information, conducting of
investigations, and communication and evaluation of findings… the student learning that
resulted from completion of work centered on subject area and information literacy goals…”
Em síntese, parece-me consensual que os factores apontados para o sucesso
dependem dos níveis de colaboração entre o professor bibliotecário, os restantes professores
e outros, na identificação de recursos e no desenvolvimento de actividades conjuntas
orientadas para o sucesso do aluno.
A qualidade do programa formativo desenvolvido pela biblioteca escolar, que em
muito depende, no nosso caso, do êxito das parcerias definidas. A acessibilidade dos serviços

2
. HARADA V., ZMUDA. A - Reframing the Library Media Specialist as a Learning Specialist. (2008).
http://www.schoollibrarymedia.com/articles/Zmuda&Harada2008v24nn8p42.html

Formadoras: Rosa Martins e Carmo Pato 5


Formanda: Isabel Maria Messias Alves Rodrigues
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prestados pela biblioteca escolar - horário, flexibilidade no acesso (bases de dados e


catálogos online) e a adequação da colecção e dos recursos tecnológicos não são menos
importantes. E por último a formação dos recursos humanos que suportam o funcionamento
da biblioteca escolar são “a cereja no cimo do bolo”.
Como professora bibliotecária tenho consciência do papel da avaliação na gestão da
mudança.

“O presente não existe.


A todo momento se transforma em passado.
E o passado fica para trás, ainda que se reflicta no que é actual.
O futuro não sabemos se existirá.
Mas, no entanto, contamos com ele.
Deixamos de fazer, ou fazemos, em nome dele.
Marcamos etapas para chegar a um fim ideal.
Vivemos o presente em função dele.
Contamos com o advir… e preparamo-nos.
Decidimos um caminho a percorrer mas,
cedo verificamos
que não é exactamente igual ao que estamos a seguir:
temos que fazer marcha-atrás,
experimentar outros percursos,
optar por atalhos…
E, apesar de nem sempre se chegar ao destino inicial,
continuamos a acreditar
que não podemos andar à deriva
que é preciso
planificar e avaliar o caminho. 3”

Maria Manuela Pomar


Estremoz, 1 de Outubro de 1996

Entendo o modelo de auto - avaliação das bibliotecas escolares como um


instrumento de melhoria; não como uma ameaça. Conheço a realidade das bibliotecas que
coordeno, no entanto este modelo ajudar - me - à a sistematizar esses conhecimentos. Numa
primeira análise, parece-me bem a estrutura do novo modelo de auto - avaliação dividida em:

3
DAMIÂO, Maria Helena,” Pré, inter e pós acção: planificação e avaliação em pedagogia”, Minerva, Coimbra, s.d. .
Formadoras: Rosa Martins e Carmo Pato 6
Formanda: Isabel Maria Messias Alves Rodrigues
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domínios, subdomínios e indicadores - organizam a informação relacionando-a com as áreas


de funcionamento da biblioteca escolar e com as ligações desta com o exterior.

As bibliotecas escolares em que trabalho não foram avaliadas de acordo com este
modelo.
No entanto, analisando os resultados obtidos através de instrumentos reguladores internos:
planificações e o seu grau de sucesso, relatórios das diferentes actividades, relatórios/actas de
grupos de trabalhos, inquéritos de satisfação, estatística, entre outros.
Concluo que as bibliotecas escolares das quais sou professora bibliotecária e por sua
vez coordenadora, contextualizadas na biblioteca escolar e centro de recursos da escola sede
do Agrupamento, apresentam as seguintes características: o horário da BE é contínuo e
coincide com a permanência dos alunos na escola, embora a professora bibliotecária não
esteja sempre presente – uma vez que trabalha em três espaços físicos diferentes; a BE é um
espaço privilegiado à realização de trabalhos fora dos contextos formais de aprendizagem; a
BE proporciona condições para o desenvolvimento, em simultâneo, de actividades de
diferente natureza.
Como professora bibliotecária a trabalhar colaborativamente na equipa de
professores bibliotecários - apoiada pelo órgão de gestão executiva, pelas estruturas
educativas, os parceiros, a rede de bibliotecas escolares e, por sua vez, pela coordenadora
inter-concelhia – afirmo que a BE desenvolve um trabalho sistemático de cooperação com
os órgãos pedagógicos de gestão intermédia da escola/agrupamento; colabora com os
professores das actividades de enriquecimento curricular e dos apoios educativos, a
associação de pais e encarregados de educação: articulando actividades, disponibilizando o
livre acesso aos recursos e ao espaço da BE.
De forma privilegiada e apontando um maior investimento no futuro a BE apoia a
maioria dos docentes na concretização das actividades curriculares desenvolvidas no seu
espaço ou tendo por base os seus recursos. Estimula a ocupação e utilização de recursos da
BE pelos professores titulares de turma, pelos professores das actividades de enriquecimento
curricular e pelos professores dos apoios educativos; pelos elementos da associação de pais e
encarregados de educação no âmbito das suas actividades.
Há a preocupação da BE produzir e difundir materiais de apoio para as diferentes
actividades, no entanto há limitações nos recursos humanos que não permitem fazer um

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Formanda: Isabel Maria Messias Alves Rodrigues
Novembro de 2009
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maior investimento. Mas neste contexto os alunos são convidados a elaborar trabalhos que
ficam na BE para consulta de todos. Os alunos usam os equipamentos e serviços
disponibilizados, na maior parte dos casos, embora tenham um tempo de livre acesso,
acompanhados pelos professores. Os trabalhos realizados pelos alunos são contextualizados
no tempo atribuído à turma na biblioteca ou no tempo das aulas leccionadas pelos diferentes
professores – não o fazem de forma autónoma - nestes contextos a taxa de utilização dos
computadores para a realização de trabalhos é boa e os alunos consultam livros para a
realização de trabalhos, mas de forma orientada pelo professor.

No que diz respeito às fragilidades que identifiquei (vide tabela matriz) vou
transformá-las em oportunidades e em desafios a vencer; as ameaças e as oportunidades são
factores externos que tentarei minimizar ou potenciar conforme o caso.

Formadoras: Rosa Martins e Carmo Pato 8


Formanda: Isabel Maria Messias Alves Rodrigues
Novembro de 2009

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