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Objectivos da sessão:
• Compreender como é que a auto‐avaliação pode ser concretizada para
demonstrar a contribuição da BE para o ensino e aprendizagem e a missão e
objectivos da escola.
• Ganhar familiaridade com o processo de auto‐avaliação adoptado pelo Modelo
de Auto‐avaliação RBE e capacitar para a sua aplicação.
• Conhecer as técnicas e instrumentos propostos, o modo como se organizam e
podem ser usados.
Conceito central
A biblioteca escolar (BE) constitui um contributo essencial para o sucesso
educativo, sendo um recurso fundamental para o ensino e para a aprendizagem
in Modelo de Auto-avaliação
Planeamen
to
(estratégic
Avaliaç o/
ão operacional
)
Execução /
monitoriza
ção
Domínio
A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular
Subdomínio seleccionado
A.2. Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital
A biblioteca escolar tem passado por transformações assinaláveis resultantes da
evolução do paradigma tecnológico e das implicações profundas no acesso, uso
e comunicação da Informação. Neste contexto, passaram de espaços
organizados com recursos destinados ao acesso da informação e ao lazer a
espaços de trabalho e de construção do conhecimento.
Seleccionei este subdomínio, pois a “modificação global das estruturas sociais –
introdução das TIC, desenvolvimento de redes, surgimento de novos ambientes
de disponibilização da informação, de trabalho e de construção do
conhecimento obrigam ao desenvolvimento de novas literacias e a uma
aprendizagem contínua ao longo da vida.” In Texto da 2ª sessão
Tal como referido pela Dª Teresa Calçada em reunião realizada em 24/11/09, no
Porto, a BE deve, entre outros, desenvolver nos alunos a aprendizagem de
O Modelo de Auto‐Avaliação das Bibliotecas Escolares:
Metodologias de Operacionalização (parte I)
Indicadores seleccionados
Processo
A.2.1 Organização de actividades de formação de utilizadores na
escola/agrupamento.
Este indicador incide sobre as actividades e serviços que a biblioteca
disponibiliza. Os alunos e os professores deverão ser incentivados a utilizar a
BE, devendo, para isso, esclarecer a forma como está organizada e como tirar
partido dos diferentes serviços disponibilizados. Pretende-se verificar se a BE
contribui para a utilização autónoma dos seus serviços por parte dos alunos e se
os materiais que produz vão de encontro às suas necessidades.
Impacto/Outcome
A.2.4 Impacto da BE nas competências tecnológicas, digitais e de informação
dos alunos na escola.
Este indicador permite-nos verificar se as acções que estamos a desenvolver
são as adequadas às necessidades dos utilizadores da nossa BE, se têm os
resultados esperados e qual o impacto nas aprendizagens dos alunos.
Os alunos devem ser auxiliados a tratar a informação e transformá-la em
conhecimento, de forma a obterem resultados mais positivos nas suas
aprendizagens. Com o aparecimento de novas tecnologias, as escolas, em
colaboração/articulação com a BE, deverão desenvolver actividades que
orientem os alunos a desenvolver competências de literacia de informação.
“An outcomes evaluation helps you decide if you are really conducting the right program activities
to bring about the results you believe (or better yet, you’ve verified) to be needed by your clients
(rather than just engaging in busy activities which seemed reasonable enough at the time).
Outcomes are benefits to clients from participation in the program.”
In MCNamara, Carter” Basic Guide to Program Evaluation”
O Modelo de Auto‐Avaliação das Bibliotecas Escolares:
Metodologias de Operacionalização (parte I)
Plano de Avaliação
A elaboração do plano de avaliação pressupõe várias fases:
Problema/Diagnóstico; Identificação do objecto da avaliação; Tipo de avaliação de medida a empreender; Métodos e instrumentos a
utilizar; Intervenientes; Calendarização; Planificação da recolha e tratamento de dados; Análise e comunicação da informação;
Limitações, Levantamento de necessidades (recursos humanos, financeiros, materiais, …), entre outros.
As tabelas seguintes reflectem a planificação do Plano de Avaliação.
Novembro Evidências
Produção de um guião de entrevista a aplicar:
Directores de Turma das turmas implicadas
Coordenador do PTE
Coordenadores dos Directores de turma (Ensino Básico e Secundário)
Coordenador das NAC (7º ano)
Professores de Português das turmas implicadas
Novembro Lista de verificação à BE (checklist)
Verificar se a BE disponibiliza:
o Guiões de literacia da informação, de utilização de recursos electrónicos, de pesquisa na
internet, de pesquisa no catálogo on-line, de informação sobre questões legais e sobre os
problemas de segurança na utilização da internet.
o Página na internet
o Blogue
o Sítio de recursos on-line
Estatísticas de utilização destes recursos
Novembro / Abril Análise das estatísticas
Janeiro / Abril Grelhas de observação
Grelha de observação - Literacias da Informação, Tecnológica e Digital (02)
Observação de alunos em trabalho na BE
Observação realizada pelo professor bibliotecário ou membro da equipa
02 Grelha de observação – Grelha de Análise de Trabalhos Escolares dos Alunos
A análise de trabalhos realizados pelos alunos é um elemento importante, “na medida em
permite verificar se as actividades orientadas para o desenvolvimento de determinados
competências e atitudes – literacia da informação, interesse pelos livros e pela leitura – estão ou
não a resultar. Esta apreciação poderá beneficiar de uma colaboração mais estreita com os
docentes”. (in modelo de Auto-Avaliação da BE, pág. 65)
Serão analisados trabalhos produzidos por duas turmas de 7º ano de escolaridade – as que
apresentaram melhores e piores resultados na avaliação interna no 1º período.
Observação realizada por um professor, 2/3 vezes nos 2º e 3º períodos, para se ter uma
percepção mais clara de possíveis evoluções e do progressivo envolvimento de alunos e
docentes em actividades implicando os recursos da BE.
Janeiro / Abril Aplicação de questionários
Questionários específicos a alunos do 7º ano de escolaridade (3 alunos por turma – 10% dos
alunos da turma)
O Modelo de Auto‐Avaliação das Bibliotecas Escolares:
Metodologias de Operacionalização (parte I)
Questionários específicos a alunos do 10º ano de escolaridade (4 alunos por turma – 10% dos
alunos da turma)
Aplicação – uma vez no 2º período e uma no 3º
A aplicação de questionários “facilita o trabalho do professor bibliotecário: permite focalizar o
tipo de informação pretendida; a sua aplicação é flexível; o tratamento dos dados é
relativamente simples e rápido, nomeadamente através do recurso a ferramentas informáticas;
permite comparar o mesmo tipo de dados em momentos distintos e separados no tempo. (in
modelo de Auto-Avaliação da BE, pág. 65)
Abril / Maio Elaboração de uma actividade‐tipo de utilização de competências tecnológicas
Utilização da O1 – Grelha de observação da utilização da biblioteca em contexto lectivo.
Serão observadas uma turma de cada ano de escolaridade
Dados estatísticos de formação de utilizadores
nº de sessões de formação de utilizadores organizadas com as turmas ao longo do ano
nº de alunos envolvidos
nº de professores envolvidos
Percentagem do total
Maio
Dados estatísticos de actividades dinamizadas
nº de actividades concebidas e/ou e dinamizadas de educação para os media.
nº de alunos envolvidos
nº de professores envolvidos
Percentagem do total
Recolha, tratamento e análise de toda a informação recolhida.
Maio /Junho Utilização da ferramenta on-line para a aplicação do Modelo, prevista pela RBE, para registo,
tratamento e análise dos dados de avaliação.
Decidir em qual dos níveis de desempenho se situa a biblioteca no domínio / subdomínio
seleccionado.
Preenchimento na tabela das evidências recolhidas, pontos fortes e pontos fracos
detectados.
Junho / Julho Preenchimento no quadro – síntese o nível atingido e as acções para melhoria.
Elaboração do Relatório Anual da Biblioteca Escolar – registar os resultados da auto-
avaliação realizada. Este relatório deverá integrar o Relatório Anual De Actividades da
Escola e servirá de orientação ao Professor Bibliotecário na entrevista a realizar pela
Inspecção-Geral da Educação no âmbito da avaliação externa.
Julho Comunicar os resultados da auto-avaliação ao Conselho Pedagógico.
O Modelo de Auto‐Avaliação das Bibliotecas Escolares:
Metodologias de Operacionalização (parte I)
Pretende-se que os alunos conheçam a biblioteca e a utilizem de uma forma correcta e rentável, contribuindo assim para a sua incorporação na construção
das suas aprendizagens.
informação: identificam
fontes de informação e
seleccionam informação,
recorrendo quer a obras
de referência e
materiais impressos,
quer a motores de
pesquisa, directórios,
bibliotecas digitais ou
outras fontes de
informação electrónicas,
organizam, sintetizam e
comunicam a
informação tratada e
avaliam os resultados do
trabalho realizado.
Os alunos
demonstram, de acordo
com o seu ano/ciclo de
escolaridade,
compreensão sobre os
problemas éticos, legais
e de responsabilidade
social associados ao
acesso, avaliação e uso
da informação e das
novas tecnologias.
Os alunos revelam
em cada ano e ao longo
de cada ciclo de
escolaridade, progressos
no uso de competências
tecnológicas, digitais e
de informação nas
diferentes disciplinas e
áreas curriculares.
Bibliografia:
Gabinete da Rede de bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares (12 de Novembro de 2009)