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O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias

de operacionalização (parte I)

“A literacia é uma exigência da própria democracia e uma condição de não exclusão.”

Joaquim Magalhães Mota

Maria da Graça Pereira


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Nota introdutória

Ao longo destas sessões temos constado que o propósito da auto-avaliação é


“demonstrar a sua contribuição e impacto no ensino e aprendizagem”, de forma a
responder “às necessidades da escola no atingir da sua missão e objectivos.”
Considero que a aplicação do Modelo de Auto-Avaliação apresenta alguns
constrangimentos, nomeadamente a quem nunca o aplicou e esteve afastada durante anos
das dinâmicas da Biblioteca.
A recolha de evidências parece ser a questão mais crítica e só com uma participação
activa dos alunos, pais/encarregados de educação, professores e órgãos de gestão é que
será possível implementar o Modelo.
No presente ano lectivo, avaliar-se-á o domínio B (Leitura e Literacias). No entanto,
as orientações desta sessão condicionaram-me a traçar um plano de acção para o domínio
A - “Apoio ao Desenvolvimento Curricular”.
O plano que apresento resulta da análise da literatura disponibilizada na plataforma,
para a sessão, e do Relatório de Auto-Avaliação elaborado pela Coordenadora da
Biblioteca Escolar no ano lectivo transacto.

Maria da Graça Pereira


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OBJECTO DA AVALIAÇÃO
Selecção do A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular
domínio/subdomínio A.2 Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital
Indicador de Processo A.2.2 Promoção do ensino em contexto de competências de informação da
escola/agrupamento
Indicador de A.2.4 Impacto da BE nas competências tecnológicas, digitais e de informação
Impacto/Outcome dos alunos na escola/agrupamento
Justificação da escolha O Projecto Educativo visa aumentar o sucesso educativo dos alunos e
diversificar estratégias e metodologias de ensino-aprendizagem.
A auto-avaliação permite identificar os pontos fracos, sugerindo a mudança de
práticas de trabalho e metodologias dos professores; permite criar condições
para que os professores incorporem a biblioteca escolar nas suas práticas
lectivas.
Tenho constado, ao longo destes dois meses de trabalho na BE, que os alunos
apresentam dificuldades na pesquisa e tratamento de informação; nas questões
éticas e legais associadas ao acesso de informação; na avaliação e uso da
informação disponibilizada pelas novas tecnologias de informação; na ausência
de orientações para a realização de trabalhos de pesquisa.
O plano de acção vai contribuir para que os alunos desenvolvam competências
de literacia de informação.
O trabalho cooperativo com os docentes permitirá elaborar materiais de apoio
aos alunos, de forma a minimizarem as fragilidades apresentadas e a contribuir
para a construção do conhecimento.
A equipa da BE considerou pertinente realizar um trabalho de articulação com
os Departamentos, de forma a produzir documentos e a traçar linhas
orientadoras que permitam ultrapassar os problemas com que diariamente se
debatem alunos e docentes.

DIAGNÓSTICO (2008/2009)
Maria da Graça Pereira
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Indicadores Pontos fortes identificados Pontos fracos identificados

Forte incidência na Biblioteca Escolar no A inserção da Biblioteca nos


A.2.2 Promoção do Projecto Educativo e no Projecto Projectos Curriculares de Turma é
Curricular de Escola. mais incipiente e traduz-se quase
ensino em contexto de
só nas competências de leitura e
competência de Trabalho que a BE faz, aluno a aluno, no na sua ligação às áreas de Língua
informação da desenvolvimento das competências da Portuguesa e Oficina de Leitura e
informação. Escrita.
escola/agrupamento
Utilização, pela BE, de actividades de As competências transversais do
leitura em diferentes formatos. Currículo do Ensino Básico
necessitam ser integradas na BE,
Disponibilização de jornais diários e em articulação com todas as
revistas. disciplinas.

Utilização da plataforma Moodle e do Não existe nenhum documento


Blogue para colocação de informação, próprio da BE para o projecto
permitindo aos alunos aceder de qualquer Curricular de Turma que permita a
lugar. integração das competências de
informação.

Forte ligação dos docentes de Línguas e Os alunos raramente recorrem à


de Ciências Sociais à Biblioteca, pesquisa em CD-ROOM ou DVD;
solicitando e acedendo a informação. não registam referências
bibliográficas; não respeitam os
direitos de autor; não comparam a
forma como a informação é tratada
em diferentes fontes.

Indicadores Pontos fortes identificados Pontos fracos identificados

Os alunos aderem com facilidade ao Os alunos não fazem referências


A.2.4 Impacto da BE nas mundo digital: blogues, plataformas, bibliográficas e os professores não
recursos digitais... as exigem.
competências
tecnológicas, digitais e Sempre que solicitados, os alunos Inexistência de um guião aprovado
de informação dos investem muito na apresentação dos com orientações para a elaboração
trabalhos pretendidos em formato digital. de trabalho.
alunos na
escola/agrupamento Maior sensibilidade dos professores para Cada vez menos recurso à
a necessidade de os alunos trazerem utilização do livro na pesquisa de
orientações para as suas propostas. informação.

Maior recurso à equipa da Biblioteca para


apoiar os alunos na pesquisa a
desenvolver.

Maria da Graça Pereira


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PLANO DE AVALIAÇÃO
Indicador – A.2.2 Promoção do ensino em contexto de competências de informação da escola/agrupamento

Factores críticos de sucesso Acções a desenvolver Evidências/ Instrumentos


de recolha

 Levantamento das competências de informação inerentes a


 A BE procede, em ligação, com as estruturas de cada departamento curricular/área disciplinar (trabalho
coordenação educativa e de supervisão pedagógica, ao colaborativo com os docentes).  Recolha documental:
levantamento nos currículos das competências de - Plano Anual de Actividades da
 Reunião com os docentes para a elaboração de um
informação inerentes a cada departamento curricular/área Biblioteca
documento a inserir nos PCT que facilite a articulação
disciplinar, com vista à definição de um currículo de - Projecto Educativo de Escola
deste com a BE.
competências transversais adequado a cada ano de - Projectos curriculares de turma
 Produção e distribuição de um modelo de literacia de
escolaridade. - Materiais de apoio produzidos
informação a ser usado por toda a escola (The Big 6).
e editados
 A BE promove a integração, com as estruturas de  Dinamização de acções de formação dirigidas aos alunos - Calendário das sessões de
coordenação educativa e supervisão pedagógica e dos sobre: “Internet Segura”, “Elaboração científica de formação de utilizadores
docentes, de um plano para a literacia da informação no trabalhos”, “Elaboração de biografias”… dinamizadas, com a indicação
projecto educativo e curricular das turmas (decorrente do  Sensibilização de alunos e professores para a utilização do das turmas e professores
ponto anterior). Blogue (disponibiliza informação útil para as várias envolvidos
 A BE estimula a inserção nas áreas curriculares, áreas de disciplinas, concursos…)
projecto, estudo acompanhado e outras actividades, do  Investir no enriquecimento da plataforma Moodle,  Dados estatísticos
ensino e treino contextualizado de competências de disponibilizando materiais para uso de professores e - Registos de reuniões
informação. alunos na promoção da leitura. /contactos
 A BE produz e divulga, em colaboração com os docentes,  Dinamização de sessões de trabalho com os alunos (5º ao - Observação de actividades
guiões de pesquisa e outros materiais de apoio ao (grelhas de observação)
7º anos), sobre as potencialidades de realização de
trabalho de exploração dos recursos de informação pelos -Levantamento de dados
trabalhos no Word, Power Point, Publisher.
alunos. estatísticos da utilização da BE
 Produção de materiais, em colaboração com a
 A equipa da BE participa, em cooperação com os (ao longo do ano lectivo)
Coordenadora de OLE, sobre consulta de dicionários e
docentes, nas actividades de ensino de competências de - Aplicação de questionários aos
obras de referência.
informação com turmas/grupos/alunos. alunos e professores envolvidos
 Colaboração do Coordenador do PTE e da equipa da BE,
na dinamização de sessões de formação de utilizadores nas sessões de formação
(articulação de EA, AP e FC).
 Dinamização de actividades de leitura usando a “Biblioteca  Informal feedback – ao
Digital” (nas diferentes áreas). longo do ano lectivo

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Indicador – A.2.4 Impacto da BE nas competências tecnológicas, digitais e de informação dos alunos na escola/agrupamento
Factores críticos de sucesso Acções a avaliar Evidências/
Instrumentos de recolha

 Os alunos utilizam, de acordo com o seu nível de  Utilização de diferentes fontes de informação pelos alunos  Grelhas de análise de
escolaridade, linguagens, suportes, modalidades de através da avaliação: trabalhos escolares dos
recepção e de produção de informação e formas de - de trabalhos realizados alunos
comunicação variados, entre os quais se destaca o - de consulta do blogue, da plataforma Moodle, de obras de
uso de ferramentas e media digitais. referência, de periódicos…(actividade em curso)
 Os alunos incorporam no seu trabalho, de acordo  Grelha de observação de
com o ano/ciclo que frequentam, as diferentes fases  Utilização do guião de pesquisa fornecido pela BE na elaboração competências
do processo de pesquisa e tratamento de de trabalhos.
informação: identificam fontes de informação e
 Observação de utilização
seleccionam informação, recorrendo quer a obras  Cumprimento, pelos alunos, dos normativos referentes ao uso da
da BE
de referência e materiais impressos, quer a motores informação e das novas tecnologias.
de pesquisa, directórios, bibliotecas digitais ou
outras fontes de informação electrónicas,  Leitura na BE e em OLE, de livros da “Biblioteca Digital”  Dados estatísticos
organizam, sintetizam e comunicam a informação (actividade em curso). Estatísticas de utilização da
tratada e avaliam os resultados do trabalho BE: mapa de utilização diária
realizado.  Realização de biografias (Estrelas da Matemática e dos computadores; mapa da
 Os alunos demonstram, de acordo com o seu Compositores Portugueses – 5º e 6ºanos, actividade em curso). frequência das turmas com
ano/ciclo de escolaridade, compreensão sobre os professor;
problemas éticos, legais e de responsabilidade  Observação, na BE, de alunos portadores de indicações sobre Avaliações dos alunos
social associados ao acesso, avaliação e uso da os trabalhos a realizar (bibliografia …).
informação e das novas tecnologias.  Questionários:
 Os alunos revelam em cada ano e ao longo de cada  Apresentação, pelos alunos, de actividades realizadas no âmbito Questionário aos professores
ciclo de escolaridade, progressos no uso de dos “Fóruns de Leitura”, para promoção de obras e da leitura, (QP1)
competências tecnológicas e de informação nas em que utilizem as ferramentas tecnológicas (apresentação em Questionário aos alunos (QA)
diferentes disciplinas e áreas curriculares. power point …).
 Entrevistas
 Utilização dos computadores pelos alunos. Entrevista a alunos
Entrevista a professores
 Produção de contos de escrita colaborativa, usando ferramentas
digitais.

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• Órgãos de gestão
Comunicação dos • Conselho Pedagógico
resultados • Divulgação dos resultados no Blogue da BE
• Inclusão dos resultados no relatório de actividades da
BE e no relatório final de avaliação a enviar à RBE

Análise dos dados recolhidos

A auto-avaliação permite identificar pontos fracos, priorizando necessidades e acções


Reflexão sobre os resultados de melhoria; sugerindo a mudança de certas práticas de trabalho e de funcionamento.

A auto-avaliação ajuda a promover a BE, demonstrando aos docentes o seu contributo


para a aprendizagem e os resultados escolares.

Identificação do nível de Após a análise dos dados, verificar em qual dos níveis de desempenho se situa a
desempenho biblioteca.

Registar, no quadro-síntese, referente ao domínio seleccionado, o nível atingido e as


acções de melhoria para cada indicador.
Preenchimento do relatório
Registar os resultados da auto-avaliação realizada no relatório anual da Biblioteca
Escolar, de modo a poder ser utilizada internamente, na auto-avaliação da escola e
como fonte de informação para a avaliação externa.

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Intervenientes
O Modelo de Auto-Avaliação só terá aplicabilidade se houver uma participação activa dos
órgãos de gestão, da equipa da Biblioteca Escolar, dos docentes, dos alunos e dos
pais/encarregados de educação.
A aplicação dos instrumentos será feita a 20%/30% do número total de professores e 10%
do número de alunos em cada nível de escolaridade, de modo a que as amostras sejam
representativas.

CALENDARIZAÇÃO DA AUTO-AVALIAÇÃO

ACTIVIDADE PERÍODO DE APLICAÇÃO


Divulgação do modelo na escola e escolha do domínio Outubro/Novembro

Aplicação dos instrumentos de recolha de evidência Ao longo do ano lectivo

Tratamento e análise dos dados Ao longo do ano lectivo

Preenchimento do relatório e da ficha de perfil da BE Junho/Julho

Apresentação do Relatório Final de Auto-Avaliação no CP Julho

Divulgação dos resultados Julho

Elaboração do Plano Estratégico Julho/Setembro

Apresentação do Plano Estratégico Setembro

Levantamento de necessidades

Será necessária a colaboração dos docentes, professores, alunos e encarregados de


educação, para a aplicação dos inquéritos.

Limitações

Como já foi referido em sessões anteriores, a exigência do Modelo, a ausência de rotinas


(recolha de evidências), o necessário compromisso dos órgãos de gestão, a disponibilidade dos
alunos e dos professores, poderão trazer alguns entraves na aplicação do modelo de auto-
avaliação.
O rigor no preenchimento de questionários e o eficaz funcionamento da plataforma Moodle
serão essenciais para que o tratamento de dados e resultados possam ser profícuos.

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Bibliografia

• Texto da Sessão – “O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:


metodologias de operacionalização (Parte I)”, Plataforma.

• Basic Guide to Program Evaluation, disponível em linha, em


http://www.managementhelp.org/evaluatn/fnl_eval.htm#anchor1585345 [Acedido
em 18.11.2009]

• “Modelo de Auto-avaliação da Biblioteca Escolar”, Rede de Bibliotecas Escolares,


Novembro de 2009

• Bibliotecas Escolares: Modelo de Relatório de Auto-Avaliação, Rede de Bibliotecas


Escolares

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