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vid íi


Vidália 12
Conseguimos finalmente reeditar a quem é que ainda tem força para ser "ecolo-
VidáIia. E agora necessário dinamrzar a sua gista", é que não há muita ajuda das institui-
divulgação entre os sócios - esperava maior ções oficiais. Será que também têm que ser
reacção, mais interesse em participar. recicladas?
Continuamos à espera de uma maior par- E no dia de Natal? Fiz um pequeno pas-
ticipação da parte dos mais jovens - enviem- seio a pé (muito ecológico!) até ao mar, é que
nos textos, desenhos, o que quiserem, mas não vivo numa cidade em que tenho essa felicida-
fiquem calados. de. O problema é que para chegar à praia tive
Por motivos profissionais, não tenho que atravessar os montes de lixo perdidos
tido muita disponibilidade para me dedicar à entre os rochedos. E a praia não estava lá
edição da revista. Não me vou preocupar em muito convidativa tantos eram os "resíduos da
transmitir muita informação, uma vez que está civilização" por ali plantados. E com um bair-
muita disponível no corpo da revista. Vou ape- ro mesmo ali a uns metros ... Como resultado
nas transmitir.vos algumas das minhas apreen- de tudo isto, na semana seguinte, para dar o
sões. primeiro banho do ano (muito ecológico!),
Serei eu um "ecologista"? Quer dizer, tive que usar o automóvel (lá se foi a "ecolo-
qual é o meu verdadeiro papel na luta por um gia") para me deslocar até outra praia, mais
ambiente melhor? Eu ainda não me apercebi distante da minha casa, mas apesar de tudo
de qual ele é. Não deixo de ir aos hipermerca- mais limpa.
dos comprar muitos produtos embalados, e Assim, quando penso que temos que
trago sempre imensos sacos de plástico. No lutar pela conservação das espécies endómi-
Natal até comprei umas garrafas de espuman- cas, das áreas protegidas, etc., fico algo sem
te (com aquele vidro muito grosso). O lixo era forças pois os mecanismos básicos que permi-
muito e como não houve recolha - os trabalha- tam ao vulgar cidadão, e não apenas ao "esfor-
dores da Câmara Municipal da minha àrea de çado ecologista", uma redução, reutilização e
residência também merecem o seu Natal com reciclagem dos resíduos domésticos estão
a família - o lixo acumulava-se em redor dos ainda a anos-luz de distância.
latões - quando os havia. É que em muitas ruas Quanto ao meu verdadeiro papel na luta
nem isso há e os moradores têm que colocá-lo por um ambiente melhor, tenho que me con-
em sacos (os do hipermercado dão muito jeito tentar com este - um ecologista mais intelectu-
para isso) e depositá-lo na rua, com a esperan- al do que operacional. Mas como dizia uma
ça de que nenhum cão ou gato os destrua. minha colega de luta, cada um tem que encon-
Eu que me considero um "ecologista" traÍ a maneira de melhor se encaixar na defesa
tenho uma grande dificuldade em resolver o do ambiente. Cada um de vós que encontre a
problema da "eliminação" dos resíduos sua - pelo menos tente! Não vamos nós ador-
domésticos. Devo separar a parte orgânica? mecer com os três RRR e entrar no novo milé-
Mas não existindo um aterro, depois na lixeira nio sem um aterro sanitário.
é tudo misturado outra vez? E para separar o
vidro e o papel? Não existe nenhum centro de
recolha selectiva na minha área de residência.
Tenho de andar pela ilha à procura do local
apropriado? E se quiser fazer composto, qual é
a melhor maneira? E as pequenas "lixeiras"
clandestinas(?) espalhadas pelo litoral - quan-
do ó que vão acabar? É complicado ser "eco-
logista". Se eu que me digo "ecologista" tenho
estas dificuldades, o que dirão as pessoas com
menos inclinação para estes problemas? Com
tanto problema para resolver no dia-a-dia

Yidália 12
Associativismo II
A Lei das Organizações não Governamentais

A 4 de Abril de 1987 foi Publicada, vidades de interesse ou alcance supramunl-


no Diário da Repúbl rca, a Lei das Associa- cipal e possuir pelo menos 400 associados e,
por último, uma ONGA é de âmbito local
ções de Defesa do Ambiente, a qual
veio
definir os direitos de participação e interven- quando desenvolver actividades de interesse
ou alcance geográfico municipal ou inframu-
ção das associações de defesa do
ambiente
junto do poder central, regional e autárquico, nicipal e que tenham pelo menos 100 associ-
iendo por objectivo promover o direitos de adoi. Estes valores são perfeitamente acerÍâ-
todos os cidadãos a um ambiente de vida veis, o mesmo não se Passava com a lei
humano, sadio e ecologicamente equilibra- revogada que impunha o dobro do número
do, tal como está estipulado na Constituição de associados relativamente aos que estão
da República Portuguesa. em vigor.

No passado dia 18 de Julho de 1998, Por último, a Lei 35/98 consagra aos
com a aprovação da Lei n'35/98 a lei anteri- dirigentes e outros membros das ONGA que
or foi aperfeiçoada, tendo-se introduzido o forem designados para exercer funções de
seguinte: representação os seguintes direitos:

- aparece pela primeita vez o conceito de


Organ\zação Não Governamental de Ambi- - Os que forem trabalhadores por conta de
ente; outrem têm direito a usufruir de um horário
de trabalho flexível, em termos a acordar
- é consagrado o estatuto de dirigente asso- com a entidade laboral, desde que a respec-
ciativo. tiva actividade laboral o Permita;

De acordo com a Lei que vimos refe- - Os períodos de faltas dados por motivo de

rindo, entende-se por ONGA toda a associa- comparência em reuniões dos órgãos em que
para si os dirigentes exerçam representação ou com
ção que não prossiga fins lucrativos,
e para os seus associados e vise, exclusiva- membros de órgãos de soberania são consi-
mente a defesa e valorização do ambiente ou derados justificados, para todos os efeitos
do património natural e construído, bem legais, até ao máximo acumulado de 1o dias
como a conservação da natureza' de trabalho por ano e não implicam a perda
das remunerações e regalias devidas'

Uma das alterações que consideramos


positivas foi a classificação das ONGA em
'iunção do seu âmbito de actuação' Assim ,
uma ONGA é de âmbito nacional quando
desenvolver, com catâctet regular e perma-
nente actividades de interesse nacional ou
em todo o território nacional e que tenham
pelo menos 2000 associados' uma ONGA
ierá de âmbito regional se desenvolver acti-

Yidâlia 12
t:it:ai,iíliiiiiil

O aproveitamento de recursos energéticos endógenos nos Açores

Francisco M. S. Botelho

O aproveitamento dos nossos próprios gia eléctrica produzida n as centrai s hidroeléctri-


recursos energéticos iniciou-se praticamente cas, geotérmicas e parques eólicos. No entanto,
com o povoamento dos Açores, primeiro direc- deve ter-se presente que o consumo total de
tamente para produção de calor e força motriz, energia eléctrica (proveniente quer de centrais
mais tarde para transforpação em energia eléc- térmicas convencionais, quer das referidas cen-
trica. São exemplos da primeira situação a utili- trais que aproveitam recursos regionais) apenas
zaçáo da biomassa (lenha) na cozinha e da ener- representa cerca de IZVo do consumo final de
gia hídrica e eólica na moagem, enquanto no energia dos Açores.
segundo caso se encontram os mais recentes Assim, no ano de 1991, foram produzidos
projectos de centrais hidroeléctricas, geotórmi- 416 GWh de energia eléctrica no conjunto das
cas e eólicas. nove ilhas dos Açores, dos quais 54Vo na ilha de
São Miguel ,24Vo na ilha Terceira, JVo na ilha do
Faial e os restantes l5Vo nas outras seis ilhas do
arquipélago. Do total daquela produçáo, 83Va
teve origem em centrais térmicas convencionais
(73Vo em centrais a fuel e 70Va em centrais a
gasóleo), ll7o em centrais geotérmicas, um
pouco mais de 5Vo em centrais hidroelóctricas e
menos de lVo em parques eólicos.
A distribuição regional da produção de
electricidade em aproveitamentos de recursos
energéticos renováveis e alternativos difere bas-
tante de ilha para ilha.
Importa referir que, não obstante o afasta- E na ilha de São Miguel que se concentra,
mento dos Açores dos principais centros de em valor absoluto, o maior volume de produção
desenvolvimento tecnológico, a primeira cen- de electricidade não convencional, atingindo
tral hidroeléctrica surge no final do século pas- 84Vo do total do arquipélago. No entanto, é no
sado, fruto da inicitiva do Eng" José Cordeiro sistema electroprodutor das Flores que apresen-
(1867-1908). Foi no ano de 1899 e foi uma das ta o maior peso relativo, representando mais de
primeiras de Portugal, localizando-se em Água l)Vo daprodução necessária à satisfação da pro-
d'Alto (ilha de São Miguel) e servindo para ali- cura da ilha.
mentar a iluminação eléctrica pública de Vila Na ilha de Santa Maria, existe actualmen-
Franca do Campo, inaugurada a 18 de Março de te um parque çólico constituido por nove aero-
1900. geradores de 30 kW cada, os quais produzem
Nos Açores o consumo final de energia 5Vo do total da energia eléctrica. Os primeiros
ascenderá a ceÍca de 250 mil tep (tonelada equi- oito aerogeradores foram instalados em 1988,
valente de petróleo) por ano, representando o constituindo o primeiro aproveitamento de
consumo directo de gasóleo e gasolinas nos energia eólica para produção de electricidade
transporte mais de 507o desse valor. efectuado nos Açores.
No que respeita a recursos energéticos Na ilha de São Miguel, existem sete cen-
próprios da Região, para além da utilização de trais hidroléctricas, responsáveis por 6Va do
biomassa pela indústria e pelos domésticos, que total das necessidades de electricidade. e duas
representarâ cerca de ll%o daquele valor de centrais geotérmicas, estas tendo produzido no
consumo final, há a considerar a parte de ener- ano de 1997 cerca de ZIVo do total de enersia

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eléctrica. AlgumaS das furbinas em explora- e do Corvo a produção de energia elécttica é,
exclusivamente garantida por centrais térmi-
ção nas centrais hidrgéléctricas são bastante
antigas, datando de 1921-uma das da Central cas, na ilha das Flores é onde a produção
da Fajã Redonda e outra das da Central hidroeléctrica atinge o seu valor relativo
Nova, encontrando-se desactivadas várias mais expressivo. No ano de 1997, os quatro
grupos hidroeléctricos da Central da Ribeira
d'Além Fazenda, três dos quais de 1966 e o
quarto de 1983, garantiram a produção de
I lVo da energia çléctrica solicitada.
Quanto a perspectivas de curto prazo
de alteração da actual situação de aproveita-
mento de recursos energéticos endógenos,
em particular para produção de electricida-
de, refiram-se os trabalhos em curso de
construção de uma central de energia das
ondas, no Pico, que se traduzirão, aquando
da entrada em serviço da instalação, prevista
das centrais do início da electrificação de para o último quadrimestre de 1998, numa
São Miguel, incluindo a primeira, a Central contribuição da ordem dos 5Vo para a produ-
da Vila (ou Fábrica da Vila), construida em ção total da ilha. Mas o próximo grande
1899 pelo Eng' José Cordeiro, conforme já impacto no sector eléctrico resultará da con-
referido. Quanto à geotermia, sem dúvida e clusão, no último trimestre deste ano, da
no actual estado da arte o mais importante Fase B da Central Geotérmica da Ribeira
recurso energético da Região, a primeira Grande, que aumentatâparamais do dobro o
central (piloto) surgiu no ano de 1980, com valor actual da produção geotérmica e dimi-
uma potência instalada de 3 MW, seguindo- nuirá significativamente o peso da compo-
se, já em 1994, a instalação industrial da nente térmica convencional.
Central Geotérmica da Ribeira Grande, com A médio/longo Prazo, de acordo com
mais de 5 MW de Potência. as conclusões dos devidos estudos de viabi-
Na ilha Terceira, as três centrais hidro- lidade técnico-económica, as quais depen-
eléctricas, todas do ano de 1954, devido a dem determinantemente dos níveis das com-
problemas de utilização de âgua pata outros participações comunitárias ao investimento
fins, nomeadamente abastecimento público, e dos cenários de evolução dos preços dos
produzem menos de 4Vo das necessidades de combustíveis, equacionar-se-ão outros pro-
electricidade. jectos que contribuam para a autonomia
Na ilha Graciosa, existe desde 1992 energética dos Açores, com destaque para
um parque eólico com dois aerogeradores de novos aproveitamentos hidroeléctricos nas
150 kV/ cada, os quais, no ano Passado, ilhas de São Miguel e Flores, para a explora-
foram responsáveis pela produção de IlVo ção dos recursos geotórmicos na Terceira,
do total da energia eléctrica. para a instalação de parques eólicos nas ilhas
Situação semelhante existe na ilha de São de São Miguel, Terceira e Faial e para o

Jorge, onde o respectivo parque eólico pro- reforço dos actualmente existentes nas ilhas
duziu 72Vo da electricidade necessária em de Santa Maria, Graciosa e São Jorge.
1991, sendo constituido por cinco aerogera-
dores de 150 kW cada, quatro dos quais
datam de 1991 e o quinto de 1994.
Na ilha do Faial, a Central Hidroeléc-
trica do Varadouro existe desde 1961 mas
apenas um dos seus dois grupos se encontra
operacional, produzindo menos de 27o das
necessidades locais.
Finalmente, e já,, que nas ilhas do Pico

Vidália 12
Campanha Bandeira Azul da Europa - 1998
José de Andrade Melo
CoordenadordaCampanhaBandeiraAzuldaEuropaemSantaL

Terminada a época balnear é chegada a francesa da Fundação Europeia de Educação


altura de se proceder ao affeamento das 23 Ban- Ambiental FEEE).
+.
I
i' deiras Azuis da Europa que estiveram hasteadas Após dois anos de experiência positiva da
nas praias e outras zonas costeiras dos Açores. Campaúa Nacional de França, a FEEE com o
apoio financeiro e patrocínio da então CEE, deci-
1

Talvez o leitor tivesse sido um dos utentes de uma


praia de BandeiraAzul. Mas saberá o que significa diu, no âmbito do Ano Europeu do Ambiente -
e implica aquele símbolo? 1997, alNgâ-la aos restantes países da Comunida-
Dentro do espaço que me proporcionou a de, adoptando, assim o nome de Bandeira AzuI dn
\lülia, vou tentar responder de forma sintética Europa.
mas suficiente, a estas perguntas, apresentando um Através desta iniciativa de âmbito europeu, preten-
breve historial da Campanfui Bandeira Azul dn deu, pois, a União Europei4 que esta Campanha
Europa (CBAEP): no que consiste, seus objecti- fosse um meio de tomar mais eficaz a protecção do
vos, sua abrangência e requisitos/critérios a cum- ambiente mariúo e costeiro.
pú para sua atribuição. De igual modo, ele seria uma forma de
incentivar o cumprimento, pelas entidades nacio-
OqueéaCBAEP? nais, da Direc tiv a 1 6 / | 60 / CCE, referente à qualida-
de das águas de banho, conduzindo para isso ao
ABandeiraAzul dn Europa @AEP) é um desenvolvimento de esforços, com vista àmelhoria
símbolo (certificado) europeu de qualidade do da qualidade das praias e portos de recreio, através
ambiente mariúo
e costeiro, sendo atribuída anu- da concretização de projectos de beneficiação e de
almente e válida apenas durante urna época balne- criação de infra-estruturas, bem como através da
ar. Traduz o recoúecimento e constitui um estí- sensibilização dos utentes para os aspectos e pro-
mulo àquelas praias marinas e portos de recreio blemas ambientais.
que alcançaram um equilíbrio entre o uso do recur-
so natural e o respeito pelo ambiente. Objectivos
Aqualidade ambiental dos oceanos e detodo
o litoral mariúo são a grande base de preocupação Em síntese, os objectivos da CBAEP são:
e incidência da CBAEP. - Aumentar o grau de consciencializaçáo dos pla-
Visto por alguns como inesgotável, o mar neadores e decisores políticos, operadores privados

I tem.sido alvo de uma infinidade de agressões,


pondo em risco a qualidade do meio mariúo e
e público em geral acerca dos problemas ambien-
tais do meio mariúo e costeiro, incentivando acçõ-
costeiro. es de resolução dos mesmos;
Atendendo a estes problemas, nomeada- - Distinguir locais do litoral onde haja efectivo
mente os ligados com a poluição por hidrocarbone- esforço e constatada melhoria da qualidade ambi-
tos, descargas de material radioactivo, de poluentes ental (com particular ênfase para as infra-estruturas
residuais (esgotos), alterações inesponsáveis da de saneamento básico, ordenamento da orla costei-
liúa de costa e de ordenamento da orla costeira tem ra e medidas de salvaguarda do património natu-
vindo a ser desenvolvida, em vários países europeus, ral).
uma campanh aintiwlada Bandeira Azul da Europa, Ao invós do que a maioria das pessoas pensa
cujarazáo de ser se prende exactamente com os pro- e que muitos autarcas e decisores políticos esque-
blemas aqui referidos, em toda a sua abrangência. cem é que a abrangência dos objectivos da CBAEP
A CBAEP teve a sua origem na Campaúa não se limita à "qualidade" águas de baúo", à
"Le Pavillon Bleu des Mers Propres" lançada em "limpeza do areal" e à "segutança dos banhistas".
França, no ano de 1995, por iniciativa da secção A abraneência da CBAEP vai desde a quali-

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dade das águas de banho, salubridade, segurança e Para a atribuição da BAEP é necessário o
acessibilidade das praias, passando por todo um total cumprimento dos critérios imperativos,
património natural (fauna florae riquezas geomor- tomando-se em consideração o número de critérios
fológicas); ambiente humano e actividades tradici- guia cumpridos.
onais e históricas do lugar, incluindo mesmo, exi- Sendo uma campanha Promovida Pela
gências no que concerne ao ordenamento do FEEE, ela tende cadavez mais a exigir um maior
tenitório das áreas interiores que integram as prai- rigor no cumprimento dos critérios.
as galardoadas." Na ópoca balnear de 1998, foram 26 o n"
total de critérios, sendo 20 ([) e 6 (G).
Organização Na impossibilidade, por razões de espaço, de
os apresentar aqui todos, referirei apenas o n"
A
entidade organizadora e executora da daqueles que são Imperativos e Guia, integrando-
CBAEP, a nível europeu é a FEEE, que nos diver- os nos grupos em que se enquadram:
sos países da União Europeia, encaÍrega operado- - Qualidade daágaa (2I e 1 G);
res nacionais (ON) pela coordenação. Em Portugal - Qualidade do meio costeiro (3 I e 1 G);
é, desde 1990, a Associnção Bandeira AzuI da - Informação e educação ambiental (5 I e 1 G);
Europa (ABAEP) - Secção Portuguesa da FEEE. - Gestão e segurança da praia (10I e 3 G).
Para a atribuição da BAEP às praias, existe a Ao longo dos anos, alguns critérios Guia
Comissão Nacional que apoia o Operador Nacio- foram sendo transformados em Imperativos, e a
nal, e analisa as candidaturas. Dessa Comissão tendência é para que tal continue a acontecer.
fazem parte diversas entidades, entre as quais a Aponta-se mesmo que, num futuro relativamente
Direcção Regional do Ambiente dos Açores. breve. os critérios serão aumentados e reestrutura-
Nos Açores, as Câmaras Municipais apre- dos, de modo a serem contempladas as condições
sentam as candidaturas à Direcção Regional do ambientais da envolvente à praia e até em toda a
Ambiente (Coordenadora Regional da CBAEP), área dos municipais.
que, depois defazer uma primeira análise dos pro-
cessos, remete-os para a Comissão Nacional. Após
análise minuciosa das candidaturas, a nível nacio-
nal, estas são avaliadas pelo Júri Europeu que atri-
bui (ou não) as Bandeiras Azuis às praias e marinas
candidatadas por cada País.
Todo este processo se repete todos os anos,
pois como jâ refen anteriormente, cada BAEP é
atribuída anualmente, sendo apenas válida por uma
época balnear.

Peso da educação ambiental na CBAEP

Um dos critérios que tem vindo a adquirir


importância crescente na CBAEP é o que diz res-
peito à componente da Informação e Educação
Ambiental (actual Critério 11).
Apesar da Educação Ambiental @A) ser a
RequisitoíExigências base da CBAEP, nos seus primeiros três anos
(1987-89) foi de alguma forma escamoteada, figu-
O Júri Europeu da CBAEP galardoa as prai- rando como critério Guia (G).
as e marinas que cÌImpramuma série de critérios que Só em 1990, se tomou obrigatória arcahza-
podem serde dois tipos: "Imperativo ' (I) e'Gúa'(G). ção de um número de 5 Actividades de EA, trans-

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Yidália 12
formando-se num critério Imperativo (I); ou seja: o Para além do apoio logístico da Câmara
seu não cumprimento impedirá apraia ou marina Municipal, em anos anteriores e mais uma vez este
de se candidatar à BAEB na época balnear seguinte. ano, o CADEP tem contado com a importante
Sendo o cumprimento do Critério 11 da res- colaboração dos Amigos dos Açores, associação da
ponsabilidade das Câmaras Municipais, não se qual somos sócios colectivos, e ainda com os apoi-
pode esperar que sejam qstas a reaJizar todas as os do IPMAB, da DRA e de jovens colocados no
actividades, sendo necessário que elas busquem Programa OTL J - Sub Programa Protecção do
apoios nas organizações ou entidades locais ligadas Ambiente.
ao ambiente, que com elas possam colaborar. Para se estabelecer o enquadramento temático das
Como colaborador da Câmara Municipal de acções de EA e servir de auxiliar na concepção dos
Vila do Porto na área do ambiente verifico que a projectos, todos os anos tarnbém o IPAMB têm dis-
edilidade não tem técnicos com a disponibilidade e ponibilizado às autarquias um documento com
preparação educativa pmaidealizarem e porem em "Regras" e "Tipos de Actividades" para o cumpri-
prática acções de EAcom a qualidade exigida pela mento do Critério 11.
CBAEP.
Esta é uma realidade que salvo raÍas excep- Fiscaliza$o do cumprimento dos critérios
ções, se estende a todas as autarquias da nossa
região e ao grosso das autarquias do Continente. A quem compete verificar-se os critérios
Inteirada dessas dificuldades, há alguns anos, que o exigidos para se merecer a Bandeira Azul numa
IPAMB, e penso que também a DRA, têm vindo a praia ou marina, estão a ser cumpridos?
realizar reuniões de trabalho para a preparação das Embora só algumas entidades têm compe-
candidaturas em termos de EA. visando também tência e autoridade para proceder ao arreamento de
que as mesmas potenciem a colaboração de grupos uma Bandeira azul (Associação Bandeira Azul da
de associações locais mais abalizadas naquela Europa, IPAMB, DRA, etc.), caso algum critério
matéria. imperativo não esteja a ser cumprido, o principal
As escolas. os escuteiros e as ONGs são os fiscalizador deverá ser o próprio cidadão, utente da
parceiros mais indicados para serem chamados a praia ou marina.
colaborar com Íìs autarquias nas Actividades de Nas praia com BA é obrigatória a fixação do
Educação Ambiental da CBAEP. questionário da candidatura e, por isso, é fácil aos
As escolas são locais privilegiados para o utentes tomarem coúecimento dos vários requisi-
desenvolvimento de acções de EA, nomeadamente tos, que na praia deverão ser cumpridos.
a partir da dinâmica dos Clubes de Ambiente. A Sendo utentes da praia, também o cidadão
divulgação da Campanha (em especial dos critéri- deverá ser exigente consigo próprio, assumindo o
os), os comportaïnentos a ter na praia e os aspectos papel de principal defensor da qualidade ambien-
relacionados com um melhor coúecimento do tal, pois a atribuição da BA também depende do
litoral (flora, faun4 aspectos geomorfológicos, ssu comportamento.
etc.) poderão ser temas de trabalho ou até de jogos, Tal como frzerum os Amigos dos Açores na

l ou de outras actividades lúdico-educativas.


As ONGs também poderão desempeúar
finda época balnear, as ONGs, em termos de fisca-
lizaçáo, poderão colaborar com as autarquias, com
um importante papel na EA, ligada à CBAEP. Tem a Coordenador Regional (DRA) e com o Operador
partido de algumas delas excelentes projectos de Nacional (ABAEP), relatando sinrações incorrectas.
EA e produção de materiais de elevado interesse Espero também que o leitor (a), depois desta
informativo e lúdico- educativo, sendo os Amigos informação, passe a ser mais atento e a pautar-se
dos Açores um exemplo a realçar na nossa Região. por uma maior exigência para consigo e para com
Em Santa Mariq nos últimos 4 anos, a as entidades competentes, quando, frequentar uma
Câmara Municipal de Vila do Porto tem solicitado praia que ostente a BandeiraAzul da Europa.
ao Clube dosAmigos e Defensores do Património-
Cultural e Natural (CADEP) da Escola <Sol Nas- (Coordenador do CLUBE DOS AMIGOS E
cente>> Santa Bárbara, para conceber e realizar as 5 DEFENSORES DO PATRIMONIO-CU-;TURAL
Actividades de EA ligadas à CBAEP para S. Lou- E NATI]IRAL
renço, colaborando também este Clube nalgumas Sede: Escola EB/JI <So1 Nascente>> - Santa Bárba-
acções ligadas à Praia Formosa. ra, Vila do Porto

Yidália 12
EARTHACTION

Uma Rede Mundial pelo Ambiente, pela Paz e pela Justiça Social

A
associação ecológica "Amigos pos receptores distribuem pelos seus

dos Açores" é um dos 1800 gruPos de membros;


cidadãos que em I44 países faz parte da - Um "Aconselhamento Editorial"
EARTHACTION NETWORK. A rede Ear- dirigido aos orgãos de comunicação Soci-
thaction, criada por um grupo de activistas al;
por ocasião da Cimeira da Terra rcahzada
no Rio de Janeiro em 1992, tem como - Um "Alerta Parlamentar" que
objectivo principal o de contribuir para inclui sugestões de perguntas a serem
que em todos os continentes pessoas e apresentadas aos ministros responsáveis
organizações trabalhem em conjunto para pela temática em questão.
a criação de um mundo mais justo, pacífi-
co e sustentável. Deste modo, Earthaction fortalece os
grupos participantes de três maneiras:
No seu trabalho em rede, a otganiza-
ção EARTHACTION realtza três operaçõ- - Fornece ferramentas que muitas das
es cruciais com o fim de gerar vontade organrzações não tôm tempo nem recursos
política necessária para solucionar qual- para as produzir:
quer problema:
- Ao actuar como cataltzadora da
- Fazet com que um grande número acção conjunta, torna possível o exercício
de cidadãos comuniquem as suas preocu- da pressão sobre as decisões que muito
pações directamente aos responsáveis poucos ou nenhum grupo conseguiria
pelas políticas; influenciar se actuasse isolado;

-
Chamar a atenção dos meios de - Apoia e fomenta os grupos a tornar
comunicação social para os problemas; activos os seus membros, proporcionando
a cada indivíduo uma maneira de trabalhar
- Mobilizar os parlamentares a para o bem-estar do planeta, despendendo
levantarem os temas aos Parlamentos apenas uma pequena parte do seu tempo.
N acionais
Contacto: EarthAction
A estratégia, que foi Parcialmente 17 The Green WYe, Ashton
adaptada da Amnistia Internacional, con- Kent,TN25 5BT
siste produção de um "pacote de acçã'o", United Kingdom
distribuído oito a dez vezes por ano a www. earthaction.org
todas as organizações associadas. Cada
"pacote de acção" inclui:
- Um "Alerta de Acção" que os gru-

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Yidálía 12
Importação e Comercialização de Espécies Exóticas

Emanuel Machado

A publicação nalguns meios de ao assunto como seJam: representantes


comunicação social de S. Miguel, de dos comerciantes de plantas de orna-
x artigos, espelhando a preocupação de mento, comerciantes de animais, associ-
I algumas pessoas pela recente importa- ações ou representantes de criadores,
ção e comercializaçã,o para criação em
t9
associações ecológicas, etc.
cativeiro de espócies consideradas peri-
gosas para o homem como sejam, croco-
dilos, tarântulas e escorpiões, levaram à Ter em conta que o homem desde
proibição total por parte do Governo da os primórdios da sua existência sempre
entrada de animais não indígenas na foi criador de animais, hábito esse mais
Região, enquanto se prepara precipita- enraizado em algumas culturas do que
damente, legislação regulamentando as noutras, mas que actualmente sobretudo
condições de importação e comercializa- por motivos que se prendem entre outros
ção de animais exóticos.

Não só como membro activo da


Associação Ecológica Amigos dos Aço-
res bem como criador de longa data de
espécies de fauna ictiológica, permito-
me apresentar este pequeno artigo de
opinião que espero e considero perfeita-
mente discutível, sobre este complexo e
exaustivo assunto.

Começo por considerar que a legis-


lação a ser criada deverá minimamente,
obedecer a quatro normas:

O problema da importação/entrada
de espécimes exóticas não deve ser uni-
camente encarado com base na perigosi-
dade dos animais em si, mas duma forma
mais lata, ou seja, em termos de impacte
ambiental pela eventual introdução pro-
positada ou acidental tanto de animais
como de plantas na natureza.

A comissão que preparar essa legis-


lação, deverá solicitar o parecer/colabo-
ração de entidades directamente ligadas

Yidália 12 l1
com a necessidade de fuga ao stress da se poderá dizer de algumas, repito, de
vida agitada, o leva a manter não só ani- algumas espécies de escorpiões e ara_
mais domésticos. mas também selva- nhas oriundas de climas temperados.
gen s.

Os Açoreanos há dezenas de anos


Prevenir o impacto que a introdu_ que criam periquitos em cativeiro e é
ção de espécies exóticas (fauna e flora) natural que muitos tenham conseguido
teriam no meio ambiente da Região, fugir, mas este facto nunca deu origem a
relegando para segundo plano tratarem_ introdução já que a sua origem tropical
se ou não de espécies protegidas, pois não o permite. O mesmo já nã,o se pode_
compete aos países de origem legislar e rá dizer em caso de fuga de outras aves
fiscalizar esse aspecto. ornamentais de origem sub_ tropical.

O arquipélago dos Açores, como Sintetizando, é sobre as espécies de


sabemos possui um clima temperado fauna e flora de climas templrados
marítimo. Também é conhecido o facto, e
subtropicais que urge legislar.
dos animais e plantas dos trópicos muito
dificilmente reproduzirem se não encon_
trarem condições ideais de clima, sendo
um dos factores mais importantes a tem_
Para terminar e conforme referi
atrás, relegar para segundo plano a situ_
peratura elevada, comprovado em labo_ ação das espécies exóticas protegidas
ratório e na reprodução em cativeiro de neste artigo, não invalida que as entida_
aves, peixes, anfíbios, répteis e mesmo des competentes descurerrr a vigiÌância
nas plantas ditas de interior. que lhes é devida, na importação e
manutenção em cativeiro das espécies
protegidas por convenções internacio_
Desta forma, ficará facilitada a nais a que Portugal tenha aderido.
vida dos legisladores, que se debruçarão
apenas nas espécies exóticas de climas
temperados e sub-tropicais, pois essas
sim podem sobreviver e até reproduzir_
se no nosso cÌima, provocando proble_
mas ambientais de maior ou menor
amplitude como sejam as introduções
em S. Miguel por exemplo do pardal.
Lagostim, Conteira, Gigante, etc.

É de considerar, de reduzido perigo


a entrada/importação e com ercialização
de aves, peixes, répteis e plantas de ori_
gem tropical. O exemplo de um crocodi_
lo ou qualquer outro animal oriundo do
Amazonas onde vive a temperaturas per_
manentes acima dos 26"c, poder sobrevi_
ver ou até reproduzir-se numa lagoa dos
Açores é totalmente descabiãa nos
meios científicos. Deverá prevalecer o
bom senso e não nos deixarmos levar
por medos infundados. O mesmo iá nã,o

Yidália 12
t2
Introdução tados para São Miguel.

O Plano de Actividades para 1999 da Conhecer para proteger


Associação Ecológica AMIGOS DOS AÇORES
contempla um conjunto de projectos em várias Tendo por objectivo principal a verifica-
áreas da protecção danatureza, alguns dos quais ção "in loco" do estado do ambiente e a recolha
foram iniciados em anos anteriores. de elementos para uma futura elaboração de iti-

Déstacam-se para 1999 os projectos Pico nerários de descoberta da natuÍeza e guias de
I' 2000, Apoio à Escola- Acções de Sensibilização,
Astronomia para Jovens e Árvores Notáveis de S.
percursos pedestres, estas visitas serão comple-
mentadas, sempre que possível, pela distribuição,
Miguel, a continuação dos projectos Conhecer aos orgãos de comunicação social e aos partici-
para Proteger e Caminhar para Melhor Coúecer e pantes, de informações sobre os locais a visitar.
Proteger, este destinado exclusivamente a jovens.
Espeleologia
Terra Mãe e Vidália
Pretende-se efectuar a cartografia geológi-
A publicação de arrigos sobre a proble- ca da erupção vulcânica da Gruta do Carvão, con-
mática do património natural e construído e a tinuar com as visitas de estudo à Gruta e finalmen-
divulgação das actividades associativas junto do te, caso o acesso ao troço Norte esteja pronto,
público e, em especial, dos associados, são os proceder à sua limpeza e selagem de uma abertura.
objectivos que nos levam a manter o suplemen-
to do jomal "A Vila"- TERRA MAE e a editar a
revista VIDALIA. Lagoas de São Miguel

Congressos, Seminários, Formação Edição de uma versão inglesa do livro


Lagoas e Lagoeiros de São Miguel, edição de um
a participação em congressos,
Sendo conjunto de "posters" para circulação nas escolas
e acções de formação na área do
seminários e edição de uma separata do livro apenas com as
ambiente fundamental ao desenvolvimento lagoas de Ponta Delgada.
pleno das nossas actividades, pretende-se garan-
tir a disponrblhzaçáo de uma verba para fazer Caminhar para melhor conhecer e proteger
face às despesas associadas à preparação de
eventuais comunicações e deslocações. Desde já Este projecto tem por principaÌ destinatá-
contamos estar presentes no 10" Encontro Naci- rio grupos de jovens de escolas da ilha de São
onal de Educação Ambiental e nas VI Jornadas Miguel e pretende despertar o pÍazer de apreciar
Pedagógicas de Educação Ambiental. a natuÍeza, sensibilizar para necessidade da sua
preservação e fomentar a discussão sobre hábitos
Roteiros de percursos pedestres saudáveis.

Em sequência da edição nos anos anteri- Pico 2000


ores de vários roteiros de percursos pedestres,
pretende-se proceder à edição de trôs roteiros Pretende-se com o projecto Pico 2000
(Pedreira- Ponta da Madrugada, etc.), abrangen- contribuir para a divulgação do património
do o património histórico, artístico, natural e natural e cultural da ilha do Pico através da edi-
etnográfico, instrumento de carácter interdiscipli- ção de uma pasta pedagógica, que para além do
nar indispensável à educação ambiental e útil ao interesse que terá para toda a população escolar
desenvolvimento de um turismo alternativo, mais da ilha e do arquipélago poderá ser utilizada
respeitador do ambiente. Pretende-se, também, com fins turísticos.
editar uma colectânea de todos os roteiros iá edi- Para além de uma carta actuahzada da

Yidália 12 r3
-

ilha, constará da documentação a inserir na pasta Escola Secundiária das Laranjeiras, está incluída
, entre outros, os seguintes textos: Ilha do Pico: uma campanha "Pelo Céu escuro" que tem por
dados gerais, descoberta e povoamento; As objectivo a.prevenção da poluição luminosa do
rochas; Recursos hídricos e qualidade da água; A céu escuro.
flora; Grutas e Algares; Património construído;
Áreas Protegidas. Pela vida - SOS Ribeiras - GTAAL

Livro "Noctuídeos dos Açores" Este projecto consistirá no levantamento


da situação das várias ribeiras do concelho de
A família Noctuidae é uma das mais Nordeste, para posterior sinalização aos organis-
importantes das famílias de lepidópteros existen- mos que tutelam a área em causa. Simultanea-
tes no Açores, não só devido ao número de espé- mente, faremos um apelo a todas as outras orga-
cies, mas também pelos estragos que provocam nizações de defesa do ambiente e de juventude
nas culturas. par a f azer em o mesmo nas su as ilhas/localidades.

Pretende-se editar um livro/guia de iden- Caminhando para o futuro por caminhos do


tificação das 30 espécies de lepidópteros da famí- passado - GTAAL
lia dos noctuídeos existentes nos Açores. Para
cada espécie, para além da descrição e fotogra- Este projecto visa essencialmente redes-
fia dos adultos, apresentam-se dados comple- cobrir antigos trajectos pedestres não utilizados
mentares sobre sinonímia, períodos de voo, plan- na actualidade . Este ano o concelho abransido é
tas hospedeiras (espontâneas e cultivadas) e o de Nordeste.
distribuição geográfica pelas diferentes ilhas do
Arquipélago. Á.oo.es notáveis de São Miguel

Apoio às escolas - Acções de sensibilização Na década de 50 o Eng. A. Emiliano


Costa publicou no Boletim da Comissão Regu-
Este projecto consistirá de visitas a esco- ladora dos Cereais do Arquipélago dos Açores
las de vários níveis de ensino, onde se realizaráo uma breve resenha aceÍca de árvores notáveis,
acções de sensibilizaçáo e distribuição de mate- quer pela sua copa, pelo seu porte ou pela sua his-
riais editados pelos Amigos dos Açores ou por tória, existentes na ilha de S. Miguel.
outras entidades. Com este projecto pretende-se verificar o
estado de cada uma das espécies referidas pelo Eng.
Á.eas Protegidas - Propostas de classifïcação Emiliano Costa, inventariar e diwlgar as ainda
existentes e, se possível. propor a sua classificaçáo.
Pretende-se apresentar uma proposta
para a recuperação e classificação da Caldeira Preservar a Memória
Velha e das Lagoas do Congro e Nenúfares. Pretende-se realizar uma acção de forma-
ção na âreada fotografia.
Astronomia para jovens (...e não só)
Á descoberta dos caminhos de altitude
Com este projecto pretende-se contribuir
para fomentar o ensino experimental, proporcio- Na sequência da acção de formação rea-
nando um conjunto de acções que permitam a Itzada no ano anterior, pretende-se fazer uma
interdisciplinaridade, o intercâmbio de conheci- abordagem ao mundo da média montanha com
mentos, a formação dos jovens, o fomento da uma vista ao Pico.
investigação científica e proporcionar uma alter-
nativa à ocupação dos tempos livres. Para além Escalada em rocha
da observação astronómica, neste projecto, que
conta com a parceria do Núcleo Açoriano da Pretende-se equipar uma parede no Concelho da
Associação Portuguesa de Astrónomos Amado- Ribeira Grande de modo a permitir a prática da
res, da Escola Secundária da Ribeira Grande, da escalada a todos os interessados.

Yidália 12 T4
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ïììtÊ,íiii j jitì.ìiìiììïiiíiíííiiiiit

Reduzir. Reutilizar. Reciclar


Ana Franco
(Aluna da Escola Secundária Geral e Básica das Laranjeiras)

Senhora Presidente, Senhores em lata? Porque não utilizar o lixo orgâ-


Deputados, minhas Senhoras e meus nico como adubo natural? Nada custa
Senhores: fazer acções como estas e no entanto
quantos de nós. as fazemos?
Reduzir, Reutilizar, Reciclar são
palavras de ordem que, mais do que É sempre fácil esquivarmo-nos des-
ditas, devem ser colocadas em prâtica. tas simples atitudes ecológicas com a
Os problemas ambientais são os falta de tempo e de apoios por parte das
mesmos em todas as partes do mundo, e entidades competentes, mas não estare-
também nos Açores levantam questões e mos nós, com essa atitude a sancionar a
preocupações a todos nós. falta de políticas centrais e a inoperân-
cia das autarquias?
Sendo hoje perfeitamente aceite
por todos nós que urge intervir. quer a Não basta "tapar o sol com a penei-
nível inclividual quer a nível comunitá- rà", uma vez que existem soluções já
rio, afigura-se-nos imprescindível que mais do que comprovadas. Por exemplo,
se aliem as intenções aos actos e que e no que respeita aos lixos urbanos, os
comecemos por delìnear um plano de aterros sanitários apresentam-se como
intervenção de grande clateza. A verda- soluções ecologicamente viáveis para
de é que a introdução de modificações minimizar o problema dos lixos a céu
no modo de vida de todos nós poderá ser aberto. No entanto, somos de opinião
uma forma efrcaz de minimizar os danos que, desde logo será preciso conscienci-
que, muitas vezes inconscientemente, ahzar a sociedade de que apenas se deve
todos nós causamos à natureza e à quali- enterrar aquilo que não é passível de ser
dade de vida. reciclado.

Senhores deputados, acreditamos


que um dos segredos para encontrar a ou
as melhores soluções para um qualquer
I problema é o de tomar medidas inteli-
gentes, que embora não pareçam agres-
sivas e capazes de grandes alterações
I
num período de tempo reduzido,
demonstram ser imprescindíveis para
I
que se de a tal viragem que, no presente
I
caso, venha a proteger a saúde do nosso
planeta.

Uma primeira medida a ter em


conta será a sensibilização não só das
Porque não colocar o vidro no camadas mais jovens da população bem
vidrão e o papel no papelão? Porque não como dos restantes escalões etários.
optar por um refrigerante em garrafa de Podemos fazer este trabalho recorrendo
vidro reutilizável em detrimento de um aos meios de comunicacão. a accões de

Yídálìa 12 15
:

rua, a campanhas de informação nas zantes químicos e os respectivos custos


escolas, etc. ecológicos negativos que a sua utiliza-
ção implica.
Em segundo lugar, e tal como a
Cãmara Municipal de Ponta Delgada ját Temos que tomar decisões enérgi-
começou a fazer, podemos acabar com cas, decisões de fundo que nos permitam
os sacos de lixo abandonados pelas ruas inverter o preocupante rumo dos aconte-
e desventrados pelos cães vadios, atra- cimentos.
vés de uma distribuição casa a casa de
contentores especialmente indicados Em suma. Excelentíssimos Senho-
para o acondicionamento desses detri- res Deputados. temos que evitar o con-
tos. sumismo egoísta. Temos que imaginar
formas criativas de reutilizar tudo aqui-
Podemos ainda implementar um lo que é reutllizátvel e temos que contri-
esquema de recolha selectiva de papel, buir para que reciclagem se torne algo
vidro, pilhas e baterias, como em Ponta usual no nosso dia a dia.
Delgada jâ se faz, colocando diversos
contentores comunitários pelas ruas Senhora Presidente, Senhores Deputa-
devidamente identificados. Naturalmen- dos
te que poderemos ainda ir mais longe e
distribuir, por cada agregado familiar Reduzamos, reutilizemos, recicle-
recipientes apropriados para esse fim. mos para um futuro melhor do nosso
Desta forma as pessoas teriam um incen- arquipélago, do nosso país e do nosso
tivo bem maior para participar num pro- planeta.
gramâ de tratamento dos lixos dessa Obrigada.
natureza.

Quanto ao lixo orgânico, especial-


mente aquele que provém das nossas (Texto lido no Plenário Jovem da Assembleia
habitações, poderia ser directamente uti- Regional dos Açores sobre questões ambientais,
lizado na agricultura e pecuária, redu- em Setembro 1998)
zindo desta forma a utllização de fertili-

Íiil tf,É ff'l tÍ.; ffi ffi ffi tê;,,' i i i

Preenche as palavras na horizontal e verás sur-eir o nome de uma planta erótica muito abundante nas
encostas viradas para o mar na Ilha de Santa Maria e que também existe com alguma quantidade na
Ilha Graciosa.

1. Arbusto autóctone, existente na Floresta cializado nos Açores.


Laurissilva. 7. Planta leguminosa utilizada no passado na
2. Nome do fruto de Prunus lusitanica ssp. sideração dos terrenos e cuja semente é
azorica. consumida depois de curtida.
J. Planta gramínea muito utiÌizada em sebes, 8. Peixe de grandes dimensões, e de importân-
tornando-se por vezes invasora. cia comercial nos Açores.
Ì.
Á
Planta do género Rubus, utilizada em sebes 9. Peixe que chega aos Açores proveniente do
e cujo fruto é muito apreciado. Mar dos Sargaços, e que sobe as ribeiras.
5. Trepadeira autóctone e também plantada, 10. Anfíbio introduzido na ilha de São Miguel.
cujos frutos negros são venenosos. 11. Género de réptil existente nos Açores (em
6. Planta do género Musa, cujo fruto ó comer- latim).

Yidália 12 r6
12. Ave marinha com duas espécies que nidifi- 14. Nome de um anfíbio muito comum nos
cam nos Açores. Açores (em latim).
13.Nome comum do passeriforme Serinus
canaria.

z
a
J

l
8

10

1l

lz
1a
IJ

t4

Data Hora Ponto de Encontro Local a Visitar


9 Jan. 9:30 Igreja do Pico da Pedra Capelas - Calhetas
6 Fev. 9:30 Teatro da Ribeira Grande Ribeirinha
6 Mar. 9:30 Esc. Sec. Domingos Rebelo Mariana - Captações
24 Abr 9:30 Vila Franca do Campo Três Lagoas
22Mai 9:30 Ribeira Seca - R. Grande Pico Queimado
5 Jun. 9:30 Esc.Sec. das Laranjeiras Lagoa Congro - Lagoa S. Brás

24 Jú. 9:30 Teatro da Ribeira Grande Pedreira - Nordeste

7 Ago. 9:30 Esc. Sec. Domingos Rebelo Serra Devassa


1l Set. 9:30 Teatro da Ribeira Grandes Tronqueira
2 OuL 9:30 Esc. Sec. Domingos Rebelo Mariana - Pico Agudo
l3 Nov 9:30 Teatro da Ribeira Grande Achada - Achadinha

Yidáha 12 t7
Livros

Grutas e Algares de São Miguel (1500$00)


Lagoas e Lagoeiros de São Miguel (2500$00)
Paisagens Vulcânicas dos Açores (1500$00)
Árvores de Portugal e Europa (3500$001

Materiais

T-shirt "Amigos dos Açores com os golfinhos" (g00$00)


Bonés "Amigos dos Açores" (400$00)

Brochuras

O tritão de crista em São Miguel


Migrações de Aves
Percurso Pedestre da Ribeirinha
Percurso Pedestre do Salto do Cabrito
Percurso Pedestre da Serra Devassa
Percurso Pedestre do Pico da Vela
Percurso Pedestre das Furnas
Percurso Pedestre das Três Lagoas
Percurso Pedestre Praia- Lagoa do Fogo
Percurso Pedestre da Ribeira Seca-Santa Maria
Percurso Pedestre do Sanguinho
Amigos dos Açores com os golfinhos
Tenente coronel José Agostinho-cartas inéditas
As plantas invasoras - uma história contada pela faia-da-tena

Fol he tos/Des dob ráveis


Vamos conhecer o cagarro
Um espaço para o garajau
Zonas húmidas
Sobre os golfinhos
O tritão de crista em São Miguel
Cuidado com as introduções
O milhafre
Grutas e Algares
Passeios pedestres-conhecer para proteger
Reserva Natural da Lagoa do Fogo

Yidâlia 12
l8
Os AMIGOS DOS AçORES são uma associ- Porque é fundamental contribuir para a garan-
ação regional de defesa do ambiente, indepen- tia da existência de uma voz independente e
dente do poder político-económico e apartidá- firme na defesa do ambiente nos Açores, vimos
ria, que vem, desde 1985, trabalhando convidá-lo(a) a aderir aos Amigos dos Aço-
ininterruptamente a favor da conservação da res,para tal basta preencher a ficha que junto
maior riqueza dos Açores: o seu património enviamos e devolvê-la para:
natural.
Mas uma associação como esta, para desempe- AMTGOS DOS AçORES
nhar ainda melhor o seu papel, tem de continu- Associação Ecológica
ar a aumentar a sua principal base de apoio: os Apartado 29
seus associados. 95OO PONTA DELGADA

SOCIO N" QUOTAANUAL $


NOME
MORADA
LOCALIDADE CÓDIGO POSTAL
TELEFONE PROFISSAO
DATA DE NASCIMENTO I I
TIPO DE COLABORACÃO
DATA I / ASSINATURA

AO BANCO
Agência de

de de
Exmos.Senhores,

Por débito na minha conta com o NIB nesse Banco.


solicito que transfiram para crédito da conta dos AMIGOS DOS AçORES com o NIB
001200009399438830116 (Agência de Ponta Delgada do BANCO COMERCIAL DOS
AçORES), a'importância de $ no primeiro dia útil de
de cada ano, até instruções minhas em contrário. Agradeço ainda que, ao efectuarem as
-,
transferências, indiquem sempre o nome completo e morada do ordenante. Esta ordem anula
todas as eventuais anteriores.

De V.Exas.
Muito Atentamente

(nome completo) (assinatura idêntica à existente no Banco)

Yidália 12 t9
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Yidâlia 12 20

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