0 évaluation0% ont trouvé ce document utile (0 vote)
34 vues2 pages
A discussão sobre o valor de uma norma, sem sombra de dúvida, não é recente, e com ela se objetiva a determinar algo mais profundo do que a simples matemática silogista, ou ainda aplicá-la puramente sem que haja uma análise que vai além de seu texto literário.
Com isso, o presente texto tem o propósito de volver a consciência do leitor à reflexão, de modo a demonstrar não um exauriente pensamento sobre o valor do Direito, mas antes os primeiros passos para se lhe aplicar dentro da razoabilidade histórica desta humanidade. Por isso, tais meditações não são somente metadogmáticas, pois ocorrem antes, durante e depois da própria norma.
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 3.0 Não Adaptada.
A discussão sobre o valor de uma norma, sem sombra de dúvida, não é recente, e com ela se objetiva a determinar algo mais profundo do que a simples matemática silogista, ou ainda aplicá-la puramente sem que haja uma análise que vai além de seu texto literário.
Com isso, o presente texto tem o propósito de volver a consciência do leitor à reflexão, de modo a demonstrar não um exauriente pensamento sobre o valor do Direito, mas antes os primeiros passos para se lhe aplicar dentro da razoabilidade histórica desta humanidade. Por isso, tais meditações não são somente metadogmáticas, pois ocorrem antes, durante e depois da própria norma.
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 3.0 Não Adaptada.
A discussão sobre o valor de uma norma, sem sombra de dúvida, não é recente, e com ela se objetiva a determinar algo mais profundo do que a simples matemática silogista, ou ainda aplicá-la puramente sem que haja uma análise que vai além de seu texto literário.
Com isso, o presente texto tem o propósito de volver a consciência do leitor à reflexão, de modo a demonstrar não um exauriente pensamento sobre o valor do Direito, mas antes os primeiros passos para se lhe aplicar dentro da razoabilidade histórica desta humanidade. Por isso, tais meditações não são somente metadogmáticas, pois ocorrem antes, durante e depois da própria norma.
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 3.0 Não Adaptada.
Nem sempre existiram pensadores jurdicos para se avaliar o valor de dada norma ou ordenamento. Nos primrdios desta humanidade a norma, ou mandamento, por assim dizer, era cru e absolutamente objetivo. Aplicavam-na sob uma pseudo-racionalidade, pois vieram antes da idade da racionalidade humana, isto , antes de os pensamentos filosficos, assim como cientficos terem mtodos. por esta razo que tnhamos sangrentas lutas para a "satisfao" de um direito, o qual assombrosamente era detido a um imperador, ou a um dspota monrquico. Era o direito pelo poder que bastava para os anseios do absolutismo jurdico, a despeito dos demais compositores do imprio ou da monarquia. O direito sangrento das eras de outrora se manteve at mesmo quando certa proporcionalidade se erguera com a lei do talio. Todavia, cada letra normanda no deixava de carregar consigo as lgrimas dos injustiados, miserveis da plebe que a histria deixara de lembrar para dar mais "coerncia" ao prprio nome que as normas se outorgaram de Direito, ou naquelas pocas de Justia.
Portanto, vos indago: qual o valor que uma norma preconiza hodiernamente? Decerto, que cada aplicador, artfice, ou profissionais que lidam com elas pouco se sensibilizam com o fato de as terem surgido e perpetuado em meio a tantas sangrentas batalhas milenares. Um magistrado tem convico de sua responsabilidade em "dizer do direito" hoje? Podemos ir mais ao fundo, e indagar: o povo tem conscincia da desgraa que cada norma teve que suportar para hoje se ter "direitos e garantias fundamentais"?
1 Advogado em So Paulo. Creio que no, porque a judicializao de situaes fteis so hoje as chagas da ignorncia que se manteve de eras antepassadas. Qual a conscincia daqueles que entram numa faculdade de Direito? Qual a conscincia daqueles que coordenam cursos, ministram aulas somente em busca de capital, em detrimento s honorveis condescendncias queles que foram injustamente condenados morte por provas forjadas e legitimadas pelo prprio Direito?
Vivemos hoje um Direito sem honra e pautado no mercantilismo jurdico, na busca pela ordem sem conscincia da desordem. Que lgica reacionria, diriam uns; mas o que o Direito historicamente carrega consigo. No entanto, temos na essncia do Direito a honra e a ordem. A honra daqueles que se foram para faz-lo perpetuar, e ordem que sua eficcia tem de esmerar vidas, e reduzir a desigualdade intersubjetiva.
O Direito, quer queira quer no, forosamente aproxima a humanidade a si mesma. Aproxima-se, porque lhe inerente partes. E todas as partes ativas ou passivas, diretas ou indiretas, compem-no, fazendo-lhe indivisvel e vivaz. Por isso, pela sua indivisibilidade seus valores no so esquecidos, e a cada aplicabilidade de seu texto, com coerncia e verdade, uma vida perdida alhures honrada. Esse , portanto, o Direito que temos, e que em conscincia deveramos aplic-lo, porquanto seu valor mais precpuo se confunde, simplesmente, com a Vida em si e incondicional.