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A opção pelo Domínio A, Apoio ao Desenvolvimento Curricular, Subdomínio A.2. Promoção das Literacias da Informação, Tecnologia e Digital
permite centrar a biblioteca na essência do papel da escola e da missão da biblioteca escolar
“A biblioteca escolar proporciona informação e ideias fundamentais para sermos bem sucedidos na sociedade actual, baseada na
informação e no conhecimento. A biblioteca escolar desenvolve nos estudantes competências para a aprendizagem ao longo da vida e
desenvolve a imaginação, permitindo-lhes tornarem-se cidadãos responsáveis.”
Directrizes da IFLA/UNESCO para Bibliotecas Escolares, 2002,
Tradicionalmente o apoio ao desenvolvimento curricular, não constituía uma área de intervenção das bibliotecas escolares que privilegiavam as
actividades no âmbito da literacia da leitura. No entanto, cada vez mais se afirma a necessidade das bibliotecas escolares desenvolverem a sua
acção no apoio a um ensino construtivista “ O papel de um educador será sempre o de garantir o maior número de experiências possíveis no espaço
educativo, tendo consciência de que estas exigem não só a capacidade dos educadores deixarem os jovens descobrir por si mesmos, mas também, e
no que respeita às novas tecnologias, que estamos em presença de uma técnica refinada, minuciosa, exigente e rigorosa” (Lencastre, José e Araújo,
Maria, 2007). Cumpre também à biblioteca escolar facilitar a utilização das TIC no processo de aprendizagem ajudando, os alunos, a imprimirem
rigor na sua utilização e, os professores, a ultrapassarem os “bloqueios” que muitas vezes se traduzem em resistência à inovação.
Por último, os alunos, e os professores, que vão à biblioteca escolar sem qualquer orientação específica, e muitas vezes sem saber o que nela existe
dificilmente conseguem tirar partido dos recursos nela existentes. Como refere António Calisto (2009), estes alunos, “ Usam a biblioteca como
sala de convívio e os computadores de forma recreativa e como primeira, e muitas vezes única, forma de acesso à informação”
Os dois indicadores A.2. 1. Organização de actividades de formação de utilizadores e A. 2.4. Impacto da BE nas competências tecnológicas, digitais e
de informação dos alunos na escola encontram-se interrelacionados: o primeiro identifica os processos e o segundo os impactos produzidos através desses
processos. O efeito feed-back pode, também, estabelecer-se entre os dois indicadores: a observação dos impactos verificados (A. 2.4.) permite corrigir as
actividades implementadas.
Pressupostos
- A explicitação do modelo de auto-avaliação aos diferentes órgãos da escola, pedagógicos e de gestão, de modo a criar motivação, compromisso e co-
responsabilização institucional . De alguns instrumentos possíveis para a concretização destes objectivos, se deu conta nas duas últimas sessões de trabalho:
workshop e power-point
- Constituição a nível da escola, do grupo responsável, sob orientação do professor bibliotecário, pela auto-avaliação da BE. O grupo deve definir: Plano de
Actividades e responsabilidades de implementação e acompanhamento do processo de auto-avaliação. O grupo, que deve ter elementos da equipa da BE, deve
trabalhar em colaboração com a direcção da escola, viabilizando pontos de articulação entre a auto-avaliação da biblioteca e da escola.
- A avaliação do Domínio A. Subdomínio A.2. enquadra-se no processo global de avaliação, um domínio a avaliar por ano, escolhido de acordo com critérios
considerados pertinentes e claros. A escolha do domínio é o resultado dum processo colaborativo entre a BE, os departamentos e a Direcção da escola, deve
ocorreu no final de um ano lectivo, a implementar no ano seguinte, ou no início do ano lectivo (Setembro). Para a concretização e êxito do modelo devem ser
convocados todos os professores, alunos e a comunidade educativa.
- A equipa deve previamente preparar, no final do ano lectivo anterior, Julho, uma análise de verificação dos pontos fortes e fracos, fotografia do momento de
partida, relativamente ao domínio/subdomínio a avaliar:
Os dois indicadores, entre os restantes pertencentes ao domínio que foi avaliado, devem posteriormente, constar da Secção A do modelo de auto-avaliação da
biblioteca onde são referidos: Indicadores; Evidências recolhidas; Pontos fortes identificados; Pontos Fracos identificados.
A secção B, do modelo de avaliação, refere informações relativas aos domínios que não foram objecto de avaliação no ano lectivo.
A secção C refere-se à visão global da acção da biblioteca, através da síntese, sobre a forma de quadro, dos resultados obtidos e das acções a implementar.
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Cullen (1997) lembra que décadas de estudos e aprendizado sobre avaliação e dezenas de metodologias robustas disponíveis não substituem o foco principal do
sucesso de toda avaliação: liderança profissional e mudança de cultura organizacional.