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Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares

Síntese da Sessão 2

Foram objectivos desta sessão:


• Definir e entender o conceito de biblioteca escolar no contexto da mudança.
• Perspectivar práticas adequadas a estes novos contextos.
• Entender o valor e o papel da avaliação na gestão da mudança.

As tarefas propostas consistiram:


Numa primeira fase, com base no fornecimento de uma tabela matriz e partindo da leitura
dos textos obrigatórios e dos conhecimentos prévios dos formandos enquanto PROFESSORES
BIBLIOTECÁRIOS, foi-lhes solicitado que perspectivassem a situação actual da sua biblioteca
escolar identificando pontos fortes, fraquezas, oportunidades, ameaças e desafios principais de
acordo com um conjunto de áreas dadas.
Na fase final da sessão, foi solicitado a cada formando que seleccionasse o contributo de um
dos colegas e fizesse um comentário fundamentado à análise por ele efectuada.

Realização das tarefas:


Em relação à realização das tarefas, participaram na unidade e elaboraram a sua tabela
matriz 31 formandos desta acção, exceptuando a Conceição Pimenta, o Luís Filipe Sousa, a Marisa
Banza, o Virgílio Fernandes e Ana Paula Souto que tiveram algumas dificuldades na gestão do
tempo, e cuja participação extemporânea será objecto de penalização. Apenas 21 formandos
fizeram, independentemente da sua heterogeneidade, algum tipo de comentário ao trabalho de
um colega.

A realização desta tarefa apontava para o exercício de uma análise SWOT à biblioteca da sua
escola e verificámos que houve um número elevado de formandos que ainda demonstrou alguma
dificuldade na aplicação destes conceitos. Parece-nos assim importante começar por algum
enquadramento deste instrumento da gestão, que se revela essencial no diagnóstico da situação
actual da BE, para poder perspectivar um Plano de Acção (de Desenvolvimento ou Estratégico)
para os próximos 4 anos.
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Gerir é, segundo a definição mais corrente, a arte de conduzir uma organização ou serviço
com vista ao cumprimento da sua missão e à prossecução dos seus objectivos. Por isso, organizar
e gerir os serviços de biblioteca exige do professor bibliotecário práticas capazes de fazer a
diferença e influenciar o sucesso da BE. É necessário estabelecer prioridades, delinear estratégias,
planear, executar programas e políticas e, ainda organizar recursos humanos e materiais. Contudo,
para que o planeamento seja o mais eficaz possível é necessário, em primeiro lugar, fazer o
diagnóstico. Não devemos basear o diagnóstico em impressões ou sensações, mas sim em
ferramentas de gestão.
A análise de diferentes situações obriga-nos a recorrer a instrumentos diferenciados, a
análise SWOT é um desses instrumentos que se aplica em momentos de (re)definição das
estratégias organizacionais. SWOT é um termo inglês construído com as iniciais de “Strenghts”
(Forças), “Weakeness” (Fraquezas), “Opportunities” (Oportunidades) e Threats “Ameaças”.
A clarificação dos conceitos é essencial para um bom entendimento desta ferramenta e
sucesso na sua aplicação.
Factores Internos
Aspectos Negativos
Aspectos Positivos

Pontos Pont
fortes os fracos
Oportuni Ame
dades aças
Factores externos

• as Forças (Strenghts) são os pontos positivos que caracterizam uma organização e


que lhe permitem desenvolver a sua actividade com sucesso;
• as Fraquezas (Weakeness) são os pontos que necessitam de melhoria associados ao
funcionamento interno da organização, que interessa eliminar ou reduzir;
• as Oportunidades (Opportunities) são os aspectos exteriores à organização, sobre
os quais ela não tem influência directa, mas que se traduzem em factores positivos que
interessa aproveitar e potencializar em favor do sucesso da organização;
• as Ameaças (Threats ) são os factores negativos externos à organização, os quais
interessa conhecer para prevenir, anular ou mesmo contrariar, convertendo-os em
oportunidades, sempre que possível.
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A análise SWOT integra-se numa prática do planeamento estratégico, essencial à boa gestão
da biblioteca escolar. Os professores bibliotecários devem agir como verdadeiros estrategas,
gestores e líderes de modo a ir transformando as ameaças possíveis em oportunidades de
desenvolvimento da biblioteca escolar e da promoção do sucesso das aprendizagens dos alunos.

Síntese do preenchimento das Tabelas:

Apesar de muitas vezes as referências serem inseridas em áreas e categorias diferentes,


devido à pouca segurança na aplicação dos conceitos anteriormente abordados, os aspectos mais
insistentemente assinalados foram:

no que diz respeito aos aspectos críticos referenciados na literatura:


• O tipo e nível de conhecimentos, competências e atitudes do coordenador da BE;
• A integração da BE na escola e no desenvolvimento curricular através de um
trabalho colaborativo com os docentes e órgãos de gestão pedagógica
• O desenvolvimento de programas eficazes de promoção da leitura e de literacia de
informação, em ligação com o currículo;
• A assumpção da BE como um espaço formativo orientado para o sucesso educativo,
a melhoria das aprendizagens e a construção do conhecimento;
• A existência de condições de espaço/tempo para uma boa utilização da biblioteca;
• A qualidade, quantidade, variedade e adequação e os sistemas de optimização e
rentabilização dos recursos documentais, designadamente através do desenvolvimento de
bibliotecas digitais e de um maior aproveitamento das potencialidades do trabalho em rede e
da Web2.0 (muito pontualmente);
• A recolha de evidências para aferição da eficácia e impactos da BE junto do público-
alvo nos diferentes domínios da sua intervenção.

No que diz respeito às “vossas” bibliotecas


Foram sobretudo considerados os seguintes, entre outros:
Pontos fortes Oportunidades
• Existência de professores bibliotecário e • Representação da BE nos CPs;
equipas da BE; • Oferta de formação;
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• Progressos verificados, em termos gerais, no • Disponibilidade de documentação de apoio


apetrechamento das BEs; ao trabalho e avaliação das BE;
• Actividades de promoção do livro e da • Apoios financeiros da RBE e do PNL;
leitura; • Suporte das BM, SABEs, Coordenadores
• Avanços no tratamento documental e locais e inter-concelhios, Grupos de Trabalho
práticas de circulação e itinerância de fundos; Concelhios, etc.;
• Maior inclusão nos PAs, reconhecimento e • Possibilidade de actualização do parque
valorização do trabalho da BE no domínio das informático das BEs aproveitando Plano
aprendizagens e da literacia de informação. Tecnológico para a Educação;
• Desenvolvimento de novos serviços e
produtos assentes nos novos ambientes
digitais e tirando partido da motivação que
estes meios geram junto dos jovens;
• Existência de modelo de auto-avaliação para
as BEs.

Foram sobretudo considerados os seguintes, entre outros:

Pontos fracos Ameaças


• Deficiente gestão de tempo; • Resistência à mudança e inovação por
• Falta de visibilidade do trabalho do parte dos docentes;
professor-bibliotecário; • Instabilidade e fragilidade em número
• Fraca divulgação e utilização de e horas das equipas;
modelos e standards de literacia de • Falta de reconhecimento do trabalho
informação; do professor-bibliotecário;
• Deficit de formação, sobretudo nas o Ausência de uma
áreas das literacias tecnológica, digital cultura colaborativa de articulação
e dos media; entre a BE, os Departamentos e os
• Políticas de gestão de colecções pouco docentes;
consistentes; • Insuficiência de verbas para
• Trabalho de organização e gestão actualização das colecções
burocratizado por alguns professores •
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bibliotecários, não utilizando a
planificação/avaliação e recolha de
informação como instrumentos de
melhoria contínua.

Como principais desafios/acções a implementar foram apontadas, entre outras:

• Melhorar condições de estabilidade e trabalho das equipas;


• Maior investimento na formação do coordenador, das equipas, dos docentes e dos
utilizadores, em geral;
• Aumentar diálogo com os órgãos de gestão;
• Melhoria da articulação curricular e do apoio dado aos utilizadores, designadamente no
âmbito das ACNDs e da integração da literacia de informação nos programas da biblioteca
escolar;
• Aposta mais forte em novos ambientes virtuais de aprendizagem e recursos de informação
digitais;
• Desenvolvimento de políticas de gestão de colecções que definam uma verba anual para a
biblioteca, esclareçam procedimentos e explorem o trabalho em rede e uma maior
partilha de recursos;
• Reforço do trabalho colaborativo com os outros parceiros (internos e externos);
• Aprofundamento do trabalho em torno da recolha de evidências, aplicando o modelo de
auto-avaliação, envolvendo mais os utilizadores na avaliação do desempenho dos serviços
da biblioteca e no seu impacto nas aprendizagens dos alunos.

Gestão da Mudança

A biblioteca escolar, no actual contexto de mudança de paradigma educacional e


tecnológico, terá que encontrar um caminho onde o seu valor seja (re)encontrado, como o
centro da efectiva aprendizagem na escola. Para tal terá que dar a conhecer a todos os
actores que integram a organização escola, assim como à comunidade que a envolve, que a
sua utilização integrada na prática curricular dos docentes faz, de facto, a diferença nas
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aprendizagens dos alunos e no seu percurso enquanto cidadãos aprendentes ao longo da
vida.

Como principais factores de sucesso foram apontados, entre outros:

• A existência de um professor-bibliotecário a tempo inteiro, com um claro perfil de


liderança, que se assuma como motor da necessária mudança na escola, em colaboração
com os órgãos de gestão da escola, coadjuvado por uma equipa que o auxilie no
estabelecimento de “pontes” com os departamentos curriculares:
• A institucionalização da BE através da sua “visibilidade” nos documentos estruturantes da
escola /agrupamento e da presença do coordenador no órgão máximo de gestão
pedagógica, o CP;
• O apoio incondicional dos órgãos de gestão da escola;
• Existência de políticas de Gestão Documental, de Literacia da Informação e de Promoção
da Leitura para o agrupamento;
• Práticas baseadas em recolha de evidências.

Como principais obstáculos a vencer foram apontados, entre outros:

• Poucas práticas de avaliação sistemática e continuada como parte de todo o processo, não
como um trabalho acrescido que “impossibilita” a realização de outras actividades.
• A pouca importância atribuída à BE como factor determinante na qualidade das
aprendizagens realizadas pelos alunos e no desenvolvimento de competências para uma
aprendizagem ao longo da vida.
• Inexistência de práticas de trabalho colaborativo entre docentes, que se estende ao
trabalho com o professor bibliotecário.
• A ideia de que a documentação escrita não serve para nada, a não ser para dar trabalho.
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Como principais acções prioritárias foram apontadas, entre outros:

• Promover o acesso a/proporcionar formação aos docentes sobre o papel da BE no


desenvolvimento curricular e a importância de alterar “estilos e métodos” de ensino
aprendizagem para os adequar às necessidades dos cidadãos do séc. XXI;
• Integrar a BE na documentação de referência da escola/agrupamento, prevendo o assento
do coordenador em CP;
• Institucionalizar práticas de trabalho colaborativo, criando espaços/tempos comuns que
possibilitem a planificação conjunta entre docentes e BE;
• Promover o debate de ideias e conceitos que conduzam à formalização de políticas claras
de promoção da leitura e de desenvolvimento das literacias que orientem as práticas de
todos os docentes da escola/agrupamento e que sejam claras para a comunidade
envolvente;
• Aplicar o Modelo de Auto-Avaliação das BEs, envolvendo toda a escola no processo.

Na realização do seu trabalho, nem sempre os formandos reflectiram as leituras realizadas,


apesar de alguns citarem algumas frases ou expressões dos documentos. Também a maioria dos
comentários parte da simples comparação entre as diversas realidades em análise, fazendo pouca
referência aos factores apontados pela bibliografia indicada.

Reforçando também esses documentos, sobre os processos de gestão da mudança, os


desafios que se colocam à BE e as oportunidades que lhe compete aproveitar, finalizamos esta
síntese, citando os aspectos chave que por que tem de passar esta mudança, segundo a CILIP:

Abordagem tradicional: prática centrada Nova abordagem: prática centrada na


na Gestão Aprendizagem
• Instalações • Criação de um efectivo ambiente
• Recursos humanos de aprendizagem
• Recursos documentais • Literacia da Informação
• Recursos TIC • Promoção da leitura
• Orçamento • Ênfase na aprendizagem
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• Políticas e Planeamento • TIC como ferramenta de ensino e


aprendizagem
• Inclusão
• Colaboração
• Gestão

Felicitamos o conjunto da turma pelo trabalho desenvolvido e desejamos a todos a


continuação de um bom trabalho!

As formadoras

Margarida e Júlia

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