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Análise e Comentário Crítico aos Relatórios de Avaliação Externa

IGE/Presença de Referências às BE

Foram seleccionados cinco relatórios de escolas da IGE, de forma


indiscriminada, de áreas geográficas diferentes, mas constituindo escolas sede
de agrupamento do 2º e 3ºciclos: Setúbal (Azeitão), Oeiras, Lourinhã, Mafra e
Rio de Mouro.

Todos os agrupamentos pertencem à Rede de Bibliotecas Escolares.

Seguindo o quadro de referência da IGE para a avaliação de escolas e


agrupamentos verificámos que existem cinco domínios de avaliação e
respectivos factores:

1. Resultados

1.1.Sucesso académico

1.2. Participação e desenvolvimento cívico

1.3 Comportamento e disciplina

1.4. Valorização e impacto das aprendizagens.

2. Prestação de serviço educativo

2.1. Articulação e sequencialidade

2.2. Acompanhamento da prática lectiva em sala de aula

2.3. Diferenciação e apoios

2.4. Abrangência do Currículo e valorização dos saberes e


aprendizagem

3. Organização e gestão escolar

3.1.Concepção, planeamento e desenvolvimento da actividade

3.2. Gestão dos recursos humanos

3.3. Gestão dos recursos materiais e financeiros


3.4.Participação dos pais e outros elementos da comunidade
educativa

3.5.Equidade e justiça

4. Liderança

4.1.Visão e estratégia

4.2. Motivação e empenho

4.3.abertura à inovação

4.4.Parcerias, protocolos e projectos

5. Capacidade de auto-regulação e melhoria da escola.

5.1.Auto-avaliação

5.2. Sustentabilidade do processo.

Nas escolas analisadas as BE/CRE não surgem referenciadas nos


domínios 1 e 5 e respectivos factores.

No domínio 2, apenas uma escola referiu o factor 2.1. “Articulação e


sequencialidade”:

… A constituição em agrupamento permitiu aprofundar a articulação entre ciclos…


visitas ao Centro de Recursos, para a selecção de livros ou visionamento de filmes. Neste
âmbito organiza-se, igualmente, a recepção para os alunos de 5º ano e respectivos E. E.,
sendo estes acolhidos pelos D. T., que lhes mostram a nova escola e lhes explicam as regras
de funcionamento.

Desta análise inferimos que esta BE desenvolve trabalho e serviço


colaborativo com escolas do agrupamento e assegura a circulação de fundos
documentais (Domínios C e D- Modelo Auto-avaliação da BE).

Ainda no domínio 2, todas as BE foram referenciadas no factor 2.4.


(Abrangência do Currículo e valorização dos saberes e aprendizagem) a saber:

“O agrupamento investe nas TIC…quer na sala de aula, quer na


BE/CRE”;
…actividades diversificadas, como por exemplo: Amigos da Biblioteca e
da oficina de restauro de livros…escritores para a realização de
conferências…;

“…actividades extra-lectivas (actividades organizadas na BE/CRE…”;

…bom apetrechamento daquele espaço, oferecendo possibilidades acrescidas de


apoio académico, sendo muito procurado pelos alunos dos 2º e 3º CEB para realizarem
trabalhos, navegarem na Internet, lerem ou ouvirem música”;

“…oferece diversas possibilidades aos alunos, tais como, realizarem


trabalhos, requisitarem livros e fazerem pesquisas na internet”.

Constatámos nestas situações que as bibliotecas desenvolvem trabalhos


no âmbito:

Da promoção do ensino em contexto de competências tecnológicas


(domínio A. Apoio ao desenvolvimento curricular/indicador:A.2.3 - Modelo Auto-
avaliação da BE);

Da Leitura e Literacia (domínio B/indicador B1-trabalho da BE ao


serviço da promoção da leitura - Modelo Auto-avaliação da BE);

De projectos, parcerias e actividades livres e de abertura à comunidade


(domínio C/ indicador C.1.3. - Modelo Auto-avaliação da BE);

De parceria com os docentes responsáveis das áreas curriculares não


disciplinares (domínio A. Apoio ao desenvolvimento curricular/indicador A.1.2.-
Modelo Auto-avaliação da BE);

De apoio aos utilizadores no acesso ao lazer e ao trabalho (domínio D


-gestão da BE/indicador D.1.3).

No domínio 3, Organização e gestão escolar, apenas uma escola se


referiu ao factor 3.2. (Gestão de recursos humanos) da seguinte forma:

“ a assistente operacional que exerce funções da BE/CRE tem formação


em arquivo e documentação”.
Já no factor 3.3, Gestão dos recursos materiais e financeiros, foram
mencionadas todas as BE a saber:

“…bem equipada, ao nível de fundo documental, de equipamento


informático e audiovisual”;

“…espaço demasiado reduzido, mas encontra-se bem equipada e


organizada”;

“…dispõe de boas instalações …”;

“…é um espaço bem equipado e rentabilizado, funcionando como pólo


dinamizador de várias actividades e projectos que envolvem os alunos e
promovem o seu saber”;

“…A BE/CRE tem sido bem apetrechada…”

Depreendemos desta análise que pelo facto de todas estas escolas


integrarem a Rede de Bibliotecas escolares, terão seguido os normativos
definidos pelo ME/RBE. (Domínio D/indicador D.2.3- Modelo Auto-avaliação da
BE).

No domínio 4. Liderança, mais propriamente o factor 4.3. (Abertura à


inovação) apenas em duas escolas foram apontadas:

“ A BE/CRE tem desenvolvido algumas actividades de consolidação da


identidade do agrupamento, entre os quais um projecto de escrita criativa que
envolve todos os níveis de educação e ensino”;

“…promotora de novas perspectivas de aprendizagem e de aquisição de


novas competências e conhecimentos.”

Verificamos que nestas escolas já está em embrião o importante papel


que o modelo de auto-avaliação defende para as bibliotecas: um papel de
liderança, um recurso indutor de inovação, trazendo valor à escola no
cumprimento da sua missão e no cumprimento dos objectivos de
ensino/aprendizagem.

Concluindo:
Desta análise inferimos que não existe nestas escolas uma prática
generalizada e formal de auto-avaliação.

Não conseguimos perceber de que forma as BE,s auto-avaliaram a sua


acção.

Os conhecimentos que já adquirimos nesta formação sobre o modelo de


auto-avaliação levam-nos a concluir que áreas nucleares em que a BE deve
processar o seu trabalho e identificados como determinantes para o ensino
aprendizagem dos alunos estiveram ausentes.

Nos relatórios analisados a BE surge com pouca visibilidade. Para que


esta seja ganha cabe-lhe como refere Tod definir “acções, por oposição a
posições e um trabalho persistente de demonstração do seu valor e do seu
impacto”.

Bibliografia

Avaliação Externa das Escolas Relatório Agrupamento de Escolas de S. Bruno, Oeiras,


Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo da IGE, 10 e 12 de Dezembro de 2007.

Avaliação Externa das Escolas Relatório de Escola Agrupamento de Escolas de Azeitão,


Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo da IGE, 7, 10 e 11 de Novembro de 2008.

Avaliação Externa das Escolas Relatório de Escola Agrupamento de Escolas de Ribamar


Lourinhã, Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo da IGE, 23, 25 de Janeiro de 2008.

Avaliação Externa das Escolas Relatório de Escola Agrupamento de Escolas de Rio de


Mouro Padre Alberto Neto, Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo da IGE, 12, 14 de
Março de 2008.

Avaliação Externa das Escolas Relatório de Escola Agrupamento de Escolas de Mafra,


Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo da IGE, 4, 6 de Março de 2009.

Quadro de Referência para a Avaliação de escolas e Agrupamentos, Ministério da Educação,


IGE.

Bibliotecas Escolares: Modelo de Auto-avaliação (2008), Ministério da Educação


-Rede de Bibliotecas Escolares.

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