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reflexões sobre a prática docente. As acções de formação também não têm promovido a
reflexão1.
Neste momento em que as escolas se encontram submetidas a uma avaliação
externa, já vai havendo o hábito de se fazer uma avaliação interna. Na minha escola em
particular, procede-se a um levantamento quantitativo de cada uma das estruturas
existentes. A avaliação qualitativa dos dados é, porém, insuficiente. Se se consultar (em
http://www.esramada.pt/pt/ai.aspx) os itens que se encontram sob a designação geral de
“Avaliação Interna” pode constatar-se que são essencialmente quantitativos. Quando se
faz a “Avaliação das Estratégias e dos Recursos Aplicados”, por exemplo, a causa das
dificuldades é atribuída aos alunos e às famílias. Relativamente a outras estruturas já há
uma reflexão qualitativa, mas pouco desenvolvida. Sobre a eventual responsabilidade da
escola no que diz respeito a insucessos ou a dificuldades, nada se diz. É de realçar,
contudo, como aspecto muito positivo, o facto de o Director ter feito uma análise dos
pontos fortes e fracos e dos caminhos a percorrer, aquando da visita da Inspecção. Foi
igualmente sublinhada a premente necessidade de formação dos professores em termos
de Pedagogia Diferenciada e de metodologias mais activas de ensino/aprendizagem.
Há muito poucos anos atrás, a própria forma lacunar como ainda se avaliava a
escola poderia ser o maior inibidor externo à auto-avaliação da BE dentro da instituição.
Provocaria uma eventual estranheza o PB planificar actividades com elementos, dentro
e fora da escola, que nem imaginariam qual poderia ser o seu papel num trabalho
colaborativo. Contudo, actualmente, na realidade da escola concreta em que trabalho, o
modelo de avaliação das Bibliotecas Escolares não se depararia com factores inibidores
de monta, precisamente porque a auto-avaliação da escola começa a ser feita nos
mesmos moldes.
Mais difícil de conseguir será o trabalho colaborativo. As aulas continuam a ser
essencialmente dentro da sala de aula e as metodologias transmissivas são
preponderantes. Contudo, a capacidade de mobilização para outro tipo de aulas
dependerá muito da forma como o Professor Bibliotecário apresentar o trabalho a
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Para António Nóvoa, é fundamental que se leve a cabo um “trabalho de reflexividade crítica”, que se
crie, nas escolas, “uma nova cultura da formação de professores”. (Cf. Nóvoa, António, coord., (1992).
Os Professores e a sua Formação. Lisboa: Publicações Dom Quixote, p. 25).
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desenvolver com parceiros exteriores à Biblioteca Escolar. O que nos conduz ao Plano
de Acção.
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“Na escola, os professores têm o monopólio da palavra legítima” in Perrenoud, Philippe (1995). Ofício
de Aluno e sentido do trabalho escolar. Porto: Porto Editora, p. 179.
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“People like to revel in their accomplishments with others who helped to make the successes possible”;
“there are no secrets in school over time, and the word will seep out that working with you didn‟t pay any
dividends”, in Hartzell, Gary N. (2003). Building Influence for the School Librarian: Tenets, Targets &
Tactics (2nd edition). Worthington, Ohio: Linworth Publishing, Inc., pp. 34-35.
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Estou convicta de que é sobretudo através da relevância e pertinência das suas
acções concretas que o professor bibliotecário poderá ir tornando, progressivamente, a
biblioteca no centro das aprendizagens, implicar outros parceiros, implementar o
modelo de auto-avaliação juntamente com eles e ser um líder. Porém, a liderança em
contexto escolar é muito difícil de exercer, porque não faz parte da cultura das escolas.
Precisamente por isso é fundamental não esquecer três máximas que, a meu ver, devem
estar sempre subjacentes às acções do professor bibliotecário:
1.ª: “leaders are can-do people who look to themselves to make programs great
and inspire others to join in the enterprise”4;
2.ª: “when the best leader‟s work is done, the people say: „We did it ourselves”5;
4
In Donham, Jean (2005). Enhancing Teaching and Learning: A Leadership Guide For School Library
Media Specialists (2nd edition). New York: Neal-Schuman Publishers, Inc., p. 297.
5
Provérbio de Lao Tzé, citado por Donham, op.cit, p. 299.
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Scott, Elspeth S. (2002:6). How good is your library resource centre? An introdution to performance
measurement. (Artigo disponibilizado na Plataforma)