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Este documento justifica a necessidade da aquisição de um sistema para determinação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) do efluente industrial tratado pela empresa CVG antes de seu lançamento no rio Preto. Atualmente, a qualidade do efluente é avaliada visualmente, mas não se monitora a redução da carga orgânica, medida pela DBO. Um sistema para medir a DBO permitiria otimizar o tratamento e avaliar seus impactos no rio.
Este documento justifica a necessidade da aquisição de um sistema para determinação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) do efluente industrial tratado pela empresa CVG antes de seu lançamento no rio Preto. Atualmente, a qualidade do efluente é avaliada visualmente, mas não se monitora a redução da carga orgânica, medida pela DBO. Um sistema para medir a DBO permitiria otimizar o tratamento e avaliar seus impactos no rio.
Este documento justifica a necessidade da aquisição de um sistema para determinação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) do efluente industrial tratado pela empresa CVG antes de seu lançamento no rio Preto. Atualmente, a qualidade do efluente é avaliada visualmente, mas não se monitora a redução da carga orgânica, medida pela DBO. Um sistema para medir a DBO permitiria otimizar o tratamento e avaliar seus impactos no rio.
AQUISIO DE UM SISTEMA PARA DETERMINAO DA DEMANDA BIOQUMICA DO EFLUENTE
GEAN FELIPE LIEBL
RIO NEGRINHO-SC MAIO/2014 INTRODUO
A avaliao da qualidade da gua de um efluente industrial tratado fundamental antes de seu lanamento em corpos receptores ou para seu reuso. Alguns mecanismos de autodepurao de origem fsica, qumica ou biolgica podem vir a alterar as caractersticas de poluentes quando lanados em corpos d gua, podendo suas concentraes serem diminudas a partir do ponto de descarte ou sua concentrao aumentada devido as reaes que ocorrem no meio aqutico. Dentre os parmetros de avaliao para o lanamento de guas residurias em corpos hdricos destacam-se a demanda bioqumica de oxignio, como principal fator determinante e tambm o oxignio dissolvido, isto porque o oxignio tem papel fundamental na manuteno da vida aqutica do meio (MANCUSO, 2003). A demanda bioqumica de oxignio (DBO) definida como a quantidade de oxignio necessria para oxidar a matria orgnica degradada pela ao de bactrias, sob condies controladas (perodo de 5 dias a 20C). A informao mais importante que este parmetro fornecido sobre a frao de compostos biodegradveis presentes no efluente, logo utilizada para avaliar o potencial poluidor de efluentes em termos de consumo de oxignio (ROCHA, 2009). Um efluente no tratado e lanado em corpo hdrico pode causar a extino do oxignio presente, causando o surgimento de formas de vida anaerbicas, as quais produzem compostos metablicos indesejveis, sendo na grande maioria das vezes txicos e danosos para a gua. A decomposio biolgica tem um papel vital na natureza: degradar a matria orgnica restituindo seus elementos ao meio. A decomposio aerbia mais vantajosa que a anaerbica: mais rpida e no forma subprodutos orgnicos, ainda que feita custa do oxignio do meio, originando a DBO. A DBO, assim, um fator positivo dos ciclos vitais, ainda que seja necessrio haver um equilbrio entre o consumo e a produo de oxignio no meio. Para que essa relao no seja prejudicada, no pode haver consumo excessivo, ou seja, excesso de alimento em relao ao volume de gua, uma vez que as reservas disponveis de oxignio na gua so limitadas. A DBO pode ser considerada um ensaio, via oxidao mida, em que organismos vivos oxidam a matria orgnica at CO 2 e H 2 O e o valor obtido indica quanto de oxignio um determinado efluente consumir de um corpo de gua receptor aps o seu lanamento. Este trabalho visa justificar a necessidade da aquisio de um sistema, conjunto de vidraria, reagentes e equipamentos necessrios para avaliao peridica da carga poluidora do efluente gerado pela indstria antes de seu lanamento no corpo hdrico, o Rio Preto, bem como seu impacto no mesmo. Tambm traz uma breve descrio do processo utilizado para o tratamento e a metodologia aplicada para determinao da DBO.
DESCRIO
Principio de tratamento aplicado ao efluente industrial da empresa. O efluente gerado no processo produtivo oriundo dos processos de depurao e descontaminao da massa produzida a partir de aparas de papel reciclado e guas residurias provenientes do sistema de drenagem das mquinas de papel, alm da gua utilizada para lavagem dos ptios da empresa. O resduo lquido gerado pela indstria composto de elevada carga de slidos (fibras em particular) e DBO. Devido a estes parmetros faz-se necessrio um tratamento adequado a essas guas buscando a reduo da quantia de slidos presentes por processos fsico-qumicos e posteriormente um tratamento biolgico para reduo desta carga orgnica presente, sendo esta caracterizada pela DBO, para que este efluente venha ser lanado em um corpo receptor sem causar a poluio do mesmo. Todo efluente lquido gerado encaminhado estao de tratamento de efluentes (ETE) e ento recebe um tratamento fsico-qumico, onde por meio da adio de agentes qumicos feita a remoo dos slidos presentes. A primeira etapa de tratamento aplicado na ETE consiste na adio de um agente de coagulao, este tem a funo de quebrar as cargas que envolvem o material particulado presente, em seguida adicionado sulfato de alumnio liquido ferroso com a finalidade de oferecer maior massa s partculas, esta proveniente da ao do alumnio presente, alm de melhorar o processo de clarificao da gua (reduo de turbidez). Aps passar por um caminho de mistura, o qual denominado labirinto, este por sua vez tem o objetivo de garantir uma mistura perfeita do efluente com os produtos adicionados, segue por uma calha at chegar a uma srie de decantadores dispostos em srie- paralelo, onde no seu inicio acrescentado um polmero aninico com o objetivo de promover a aglutinao do material slido em partculas maiores facilitando assim sua sedimentao e remoo. Nesta etapa o operador da ETE faz a coleta de uma amostra do efluente a cada hora e faz o teste do cone Inholff, onde verifica a quantia de slidos totais presentes, tambm realizado este teste na sada dos decantadores, antes de seguir para a segunda etapa do tratamento. O material slido removido pelos decantadores segue para um tanque de adensamento de lodo e ento bombeado para a centrfuga que remove o excesso de gua, deixando este lodo mais seco. A gua removida nesta etapa retorna ao inicio dos decantadores. A gua que sai dos decantadores segue para o tratamento biolgico, o qual visa a reduo da carga orgnica presente, a DBO. Esta etapa caracterizada por lagoas de sedimentao/estabilizao, onde caminha por trs lagoas e cada uma delas tem seu tempo de deteno hidrulica especifico. A reduo da DBO presente se d pela ao de microorganismos presentes no prprio efluente. A primeira lagoa possui maior rea em relao as outras duas, logo possui um tempo de deteno maior. Toda a gua que sai desta segue para uma segunda lagoa, onde tem em seu inicio um aerador ligado 24 horas/dia, vindo a fornecer uma maior quantia de oxignio aos microorganismos presentes, porm diminui o tempo de deteno hidrulica. Em seguida o efluente segue para a ltima lagoa, onde esta tambm tem um aerador ligado, ento a gua que sai desta lagoa lanada h um corpo receptor rio Preto. Durante o processo de operao da ETE, h diversas dificuldades enfrentadas, onde a principal delas a variao da vazo de entrada, vindo esta a afetar diretamente o desempenho na etapa de remoo de slidos, alm de alterar a vazo de gua que segue para as lagoas, afetando seu tempo de deteno. Dentre os parmetros avaliados na ETE, podemos citar a remoo de slidos na primeira etapa do tratamento, a turbidez do efluente tratado e o seu pH, no h monitoramento da reduo da DBO resultante, este, parmetro de grande importncia para a qualidade da gua.
JUSTIFICATIVA
Verifica-se a necessidade da aquisio de um sistema, conjunto de vidraria, reagentes e equipamentos necessrios para a quantificao da DBO resultante do efluente industrial, atualmente este parmetro no monitorado, apenas verifica-se que vem causando alterao no corpo hdrico receptor, devido ao pH de sada estar variando entre 5 e 6. A qualidade do efluente tratado hoje avaliado visualmente, onde se verificado que a gua superficial presente nos decantadores e lagoas estiver verdinha, esta bom, porm no sabe-se o que vem ocorrendo abaixo da superfcie. No sabe-se ao certo se os aeradores esto facilitando o processo de reduo desta carga orgnica ou apenas consumindo energia. Devido a estes acontecimentos faz-se necessrio um acompanhamento peridico da carga orgnica presente no efluente desde a sua chegada a estao e sua passagem em cada estgio do tratamento aplicado. Com a aquisio deste sistema busca-se fazer uma anlise semanal da DBO do efluente bruto, na entrada da 1 lagoa, entrada da 2 lagoa, entrada da 3 lagoa e sada da mesma, antes do efluente tratado atingir o rio, tambm busca-se monitorar a quantia de oxignio dissolvido presente no rio, para desta maneira visualizar os possveis efeitos causados pelo lanamento do efluente ao rio Preto, alm de conhecer a real eficincia da estao frente ao sistema de tratamento aplicado e buscar alternativas que maximizem sua eficincia. Com um sistema para determinao da DBO possvel verificar a dosagem de nutrientes ao microorganismos presentes nas lagoas, sendo esta caracterizada pela adio de nitrognio e fsforo, numa proporo de 100:5:1, ou seja para uma carga orgnica de 100 mg/L, necessita-se de 5 mg/L de nitrognio e 1mg/L de fsforo. Para realizao desta anlise faz-se necessrio uma incubadora especifica, frascos de DBO, um oxmetro e alguns reagentes. Segue em anexo oramentos levantados para aquisio dos materiais necessrios, dentre estes o mais vantajoso, em relao a custo e facilidade de operao o oramento realizado pela ALFAKIT.
METODOLOGIA DO ENSAIO
A DBO um parmetro de grande importncia para conhecer o quando poluidor pode ser um efluente, definida como a quantia de oxignio necessria para oxidar matria orgnica presente, com o auxilio de bactrias num perodo de 5 dias a 20 C (SILVA, 1977). O procedimento analtico consiste na coleta de uma amostra de liquido a ser analisada, onde esta dever ser diluda conforme uma estimativa do valor da DBO. A gua utilizada nesta diluio preparada com uma srie de reagentes que buscam fornecer nutrientes necessrios a oxidao da matria orgnica realizada por microorganismos presentes. A amostra coletada diluda e separada em dois frascos especficos, o primeiro para determinao inicial da quantia de oxignio dissolvido na amostra e o segundo que segue para uma incubadora mantida a 20 C por um perodo de 5 dias, sem a presena de luz, isto para evitar o surgimento de organismos clorofilados. Nesta anlise tambm preparado um frasco com gua de diluio e incubado por 5 dias e em um outro frasco verificado o valor de oxignio dissolvido presente. Depois de 5 dias de incubao os frascos so retirados da incubadora e inicialmente verificado a quantia de oxignio presente no frasco contendo a gua de diluio, se este tiver uma depleo, todas as amostras devem ser descartadas e ento refeitas. Se no ocorrer variao de oxignio da gua de diluio, ento quantificado o valor de oxignio dissolvido do frasco contendo a amostra que foi diluda anteriormente e ento expressa a DBO pela diferena de oxignio consumido neste perodo pela razo da diluio aplicada.
REFERENCIAS
MANCUSO, Pedro Henrique S.; SANTOS, Hilton Felcio dos. Reuso da gua. 1 ed. Baruer, MANOL, 2003.
ROCHA, Jlio Cesar; ROSA, Andr Henrique; CARDOSO, Arnaldo Alves. Introduo a qumica ambiental. 2 ed. Porto Alegre, BOOKMAN, 2009.
SILVA, Manuel O. S. Anlises fsico-quimicas para controle das estaes de tratamento de esgotos. CETESB, So Paulo, 1977.