Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas de Castro

Daire

O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS

BIBLIOTECAS ESCOLARES:
Metodologias de Operacionalização (Parte 1)

A Biblioteca Escolar deve ser:

• «lugar de encontros de prazer com o livro, centro
nevrálgico no processo de ensino e
aprendizagem e espaço de dinamização
cultural».
(Cabrero, cit. Por Gomes, 2004, p.17)

A Formanda: Ana Paula Sião Martins

Data: 20-11-09 (4ª Sessão)

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O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS

ESCOLARES: Metodologias de Operacionalização (parte I)

1. PRESSUPOSTOS DE AVALIAÇÃO

Em análise aos documentos propostos para esta sessão,

deparei-me com um parágrafo que considerei de extrema
importância, a propósito da avaliação das escolas e das bibliotecas,
que passo a transcrever, «Numa fase em que muitos avanços têm
sido realizados relativamente à avaliação das escolas, ganha todo o
sentido integrar nesse trabalho a avaliação das bibliotecas, elegendo
a sua auto-avaliação como parte essencial da avaliação interna
da escola e base para a avaliação externa como forma de
validação do processo de auto-avaliação».(texto da sessão)
Não há dúvida de que o processo de auto-avaliação deve ser
incorporado no processo de auto-avaliação da escola, tal como
determina o Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar, dada a
conexão/intersecção que esta possui com a missão e metas da
escola. Não podemos desassociar estes dois serviços, porque ambos
estão relacionados com a educação, no seu sentido global e com o
sucesso educativo dos alunos, no seu sentido mais restrito. Todo o
investimento que foi feito ao nível do apetrechamento das
bibliotecas, para uma melhor acessibilidade e qualidade de serviços,
revelam muitos progressos e a implementação de um processo de
auto-avaliação reflectirá e validará o reconhecimento e o impacto do
que foi feito nas bibliotecas e perspectivará um conjunto de
acções/resultados que poderão ser melhorados ao longo do seu
planeamento (final dos quatro anos do desenvolvimento do mesmo).
A BE do Agrupamento de Escolas de Castro Daire foi inaugurada
a 12 de Dezembro de 2007. Ainda não aplicámos o Modelo de Auto-

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Avaliação, mas penso que estes dois anos de adaptação,

aprendizagem e descoberta foram uma pré-preparação face a estas
novas metodologias de operacionalização.
A BE já não é a biblioteca tradicional, avaliada em termos
quantitativos, onde os custos e eficiência eram os únicos factores
realçados. A BE sofreu uma mudança drástica e positiva, o que
demonstra a avaliação do seu desempenho e a satisfação dos seus
utilizadores, onde há uma interacção constante, com o valor que lhe é
atribuído, numa perspectiva de mudança de atitudes e valores, com
um objectivo comum à avaliação das escolas: o sucesso educativo e a
melhoria dos resultados. O modelo de auto-avaliação, agora, é
essencialmente qualitativo/formativo, pois é orientada para a reflexão
dos resultados, no sentido de os melhorar. Tal como refere Carter
McNamara, «A Avaliação dá-lhe esta comunicação contínua».
Para avaliar um programa, neste caso uma Biblioteca, teremos
de ter em conta, como refere Carter McNamara, vários aspectos,
antes de formalizarmos o nosso Plano de Avaliação. Seleccionei
alguns, relacionados com o que pretendemos para a BE, a saber:

Definir o que se vai Seleccionar o tipo Escolher o método

avaliar e por que de evidências que de avaliação
razão o fazemos. vamos recolher. adequado.

Apresentar os Analisar as Decidir quem vai

resultados da evidências intervir na
avaliação. recolhidas. avaliação.

2. SELECÇÃO DO DOMÍNIO/INDICADORES A AVALIAR

Foi seleccionado o Domínio B – Leitura e literacias, visto que é

um domínio que tem sido explorado em diversas actividades, com um
envolvimento significativo do Departamento de Línguas e dos alunos,

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claro e, por essa razão, se pretende determinar de forma mais precisa

o seu impacto na escola.
A leitura está na base do desenvolvimento de todas as
competências gerais e transversais, que se pretende que os alunos
adquiram e desenvolvam.
No quadro seguinte e, em conformidade com o Modelo de Auto-
Avaliação da
BE, destacam-se os subdomínios e os factores críticos de sucesso,
planificados e trabalhados na BE.

Plano de avaliação: Domínio B. Leitura e

Literacia
Indicadores Factores críticos de sucesso Evidências Instrumentos de
recolha
• A BE disponibiliza uma  Questionários
colecção variada e aos docentes
adequada aos gostos,  Plano de
interesses dos Actividades da
utilizadores; biblioteca  Questionários
• Identifica novos públicos aos alunos
e adequa a colecção e as  Projecto Curricular
práticas às necessidades de Turma
desses públicos;  Estatística de
• Promove acções  Estatísticas de ocupação para
formativas que ajudem a requisição, leitura, em sala
desenvolver as circulação no de aula e na
competências na área da agrupamento e biblioteca
leitura; uso de recursos
B.1. • Incentiva o empréstimo relacionados com a
domiciliário; leitura  Estatística de
Trabalho • Está informada requisição
relativamente às linhas  Estatísticas de domiciliária
da BE ao de orientação e utilização da BE
actividades propostas para actividades
serviço pelo PNL e desenvolve as de leitura  Estatísticas de
acções; programada/ participação
da articulada com
• Incentiva a leitura nas actividades
promoçã informativa, associando- outros docentes previstas no
se e articulando com os PAA da BE
o da departamentos no  Registos de
desenvolvimento das actividades  PE, PAA e PCT
leitura
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na actividades de ensino/ /projectos

aprendizagem ou a
escola/ projectos e actividades  Questionário aos
que incentivem a leitura docentes (QD2)
Agrup. informativa;
• Promove encontros com  Actas de
escritores ou outros  Questionário aos reuniões
eventos culturais que alunos (QA2)
aproximem os alunos dos  Relatórios
livros ou de outros diversos,
materiais/ambientes e relacionados
incentivem o gosto pela com o trabalho
leitura; da BE
• Apoia os alunos nas suas
escolhas e conhece as
novidades literárias e de
divulgação que melhor se
adequam aos seus
gostos.

Indicadores Factores críticos de sucesso Evidências Instrumentos de

recolha
• A leitura e as literacias  Questionários
constam como meta no aos docentes
Projecto Educativo e  Questionários
curricular de Escola/ aos alunos
agrupamento, em  Estatística de
B.2. articulação com a BE; ocupação para
• A BE trabalha leitura, em sala
Integraç articuladamente com  Projectos e de aula e na
ão da BE docentes e actividades biblioteca
departamentos na comuns realizadas  Estatística de
nas implementação de neste âmbito requisição
estratégias/ planos de domiciliária
estratégi trabalho para promoção  Materiais de apoio  Estatísticas de
da leitura por prazer produzidos e participação
as e (ficção e não ficção); editados nas actividades
program • Envolve a família em previstas no
projectos e actividades  Questionário aos PAA da BE
as de na área da leitura; docentes (QD2)  PE, PAA e PCT
• Articula actividades com  Actas de
leitura os docentes/ sala de aula  Questionário aos reuniões
ao nível no âmbito do PNL; pais/EE (QEE 1)  Relatórios
• Promove a articulação da diversos,
da leitura com os diferentes relacionados
domínios curriculares, com o trabalho
escola/a com os diferentes da BE
docentes e com a BM;

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gr. • Informação sobre livros e

autores, organiza guiões
de leitura e bibliografias.

B.3. • Os alunos usam o livro e

a BE para ler de forma  Estatísticas de
Impacto recreativa, para se utilização da BE
do informar ou para realizar para actividades
trabalho trabalhos escolares; de leitura.
• Os alunos, de acordo  Estatísticas de
da BE
com o seu nível de requisição  Alguns dos
nas escolaridade, domiciliária. instrumentos
atitudes manifestam progressos  Trabalhos de recolha,
e nas competências de realizados pelos realizados nos
compet. leitura, lendo mais; alunos subdomínios B1
dos • Os alunos participam  Questionário aos e B2.
alunos, activamente em docentes (QD2).
diferentes actividades  Questionário aos
no associadas à promoção alunos (QA2).
âmbito da leitura: hora do conto
da e blog.
leitura e
da
literacia

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CALENDARIZAÇÃO

No decorrer do ano lectivo: - Tratamento e análise dos

dados no final
de cada período
lectivo;
- Relatório
Trimestral.

1º Período 2º Período 3º Período

- Selecção e - Aplicação dos - Análise e

divulgação do inquéritos/questionári tratamento estatístico
domínio, junto do CP; os dos mesmos;
- Elaboração de um propostos pela RBE; - Elaboração do
cronograma; - Recolha dos relatório final;
- Análise do domínio questionários; - Divulgação dos
e subdomínios; - Continuação da resultados no CP,
- Destaque dos recolha evidências. Plataforma Moodle e
factores críticos de Blog da BE.
sucesso.

3. DISCUSSÃO, REGISTO E COMUNICAÇÃO DOS

RESULTADOS

No final do ano lectivo, importa discutir os resultados obtidos

em termos das evidências recolhidas ao nível dos indicadores em
causa, proceder-se a uma reflexão pormenorizada que procure aferir
de uma forma clara e objectiva, os resultados apresentados,
redigindo o Relatório de Auto-avaliação da BE que deverá ser
apresentado e aprovado em reunião de CP.
O Relatório será posteriormente divulgado junto da Comunidade
Educativa através dos canais de comunicação de que a BE dispõe.
Caso esteja em causa a elaboração de um Plano de Melhoria –
pela existência de vários pontos fracos e a necessidade de dar relevo
a outras acções, este deve ser apresentado em CP, sendo aí solicitada

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uma análise conjunta do referido Plano para eventuais sugestões de

enriquecimento por parte dos elementos do CP.
Fica registada a nota final de todo este processo, tal como é
referido no Texto da Sessão: « A auto-avaliação da BE pode ajudar
a promover a BE, divulgando a sua acção, fazendo tomar
consciência e importância da biblioteca, contribuindo para a sua
afirmação e reconhecimento no âmbito das escolas e do sistema
educativo».

Bibliografia

GABINETE DA REDE DE BIBLIOTECAS ESCOLARES. Modelo de Auto‐Avaliação

das Bibliotecas Escolares http://www.rbe.min‐edu.pt/np4/?

newsId=31&fileName=Modelo_de_avaliacao.pdf

GABINETE DA REDE DE BIBLIOTECAS ESCOLARES. Modelo de Auto‐Avaliação

das Bibliotecas Escolares – Instrumentos de recolha de dados

http://www.rbe.min‐edu.pt/np4/?

newsId=31&fileName=Modelos_instrumentos.pdf

MCNAMARA, Cárter. Basic Guide to Program Evaluation

http://www.managementhelp.org/evaluatn/fnl_eval.htm

Texto da sessão http://forumbibliotecas.rbe.min‐

edu.pt/mod/resource/view.php?id=6702