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INTRODUÇÃO:
ALLAN KARDEC, A GÉNESE, Cap. XVIII Sinais dos Tempos, Item 9, p. 405.
C. TRANSIÇÃO DE VALORES
B. DOIS EXEMPLOS
1º EXEMPLO:
MANOEL P. DE MIRANDA, Trilhas da Libertação, Capítulo Os Gênios das Trevas, P 105.
E. A CURA
ALLAN KARDEC, Livro dos Espíritos, q. 917, comentários.
M. EXEMPLO E ENERGIA
RECOMPENSA AOS
A.
EVANGELIZADORES/TRABALHADORES ESPÍRITAS
B.RECOMPENSA PAIS
JOANNA DE ÂNGELIS, S.O.S. FAMÍLIA. Divaldo P. Franco, Capítulo: Deveres dos Pais.
FIM
TEXTOS
REFORMADOR, Fevereiro 2008, Editorial, P. 4.
DIVALDO P. FRANCO, Palavras de Luz, Sob a Inspiração de Diversos Espíritos, Perguntas e Respostas, EVANGELIZAÇÃO
INFANTIL
Divaldo: Da mais alta relevância. Se dissemos que quem instrui prepara para a vida, quem educa dá a vida, quem
evangeliza fomenta a vida. Este "evangeliza"entendamo-lo à luz do Espiritismo, por ser a luz do Espiritismo que dá lógica e
entendimento ao Evangelho.
O Evangelho, puro e simples, é ministrado por outras doutrinas cristãs, mas a reencarnação e a comiinicabilidade dos
espíritos dão clareza e lógica, ao contrário de outras doutrinas evangélicas, preparando a criança para uma vida saudável no
seu relacionamento futuro.
Não se pode conceber uma Casa Espírita na qual as novas gerações não recebam a evangelização espírita, porque
sem isto estaremos condenando o futuro a uma grave tarefa curativa das chagas adquiridas no trânsito da juventude para a razão.
Portanto, é imprescindível a presença da atividade do evangelho à luz do Espiritismo, junto à criança e ao jovem.
CAMPO FÉRTIL
SANT’ANNA, Hernani T., Campo Fértil. REFORMADOR, Rio de Janeiro, v. 100, nº 1843, p. 308, Out. 1982.
EVANGELIZAÇÃO
Evangelização Infantil e do Jovem
“Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais, porque deles é o reino de Deus.” – Jesus.
Lucas, 18:16.
Os pais espíritas podem e devem matricular os filhos nas escolas de moral espírita cristã, para
que os companheiros recém-encarnados possam iniciar com segurança a nova experiência terrena.
Os pais respondem espiritualmente como cicerones dos que ressurgem no educandário da
carne.
MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA, ENTRE DOIS MUNDOS, Divaldo P. Franco, Cap. 18, p. 204.
Com a permissão do Dr. Arquimedes. Petitinga, Angelo, Germano e nós resolvemos visitar respeitável
Sociedade Espírita, em Cidade próxima, onde se desenvolviam programas de educação espiritista
para a infância e a juventude com vistas ao futuro da sociedade.
Desejando conhecer de perto o profícuo labor, dirigimo-nos jubilosamente ao Núcleo-Escola, no
qual defrontamos uma ordeira movimentação.
Recepcionados pelo abnegado Espírito Arthur Lins de Vasconcellos, que ali estava representando os
Guias da Instituição, tomamos conhecimento da programação iluminativa das consciências em formação,
bem como dos grandes investimentos espirituais que eram aplicados no despertamento dos valores
morais desses viajores do porvir, que reiniciavam a jornada carnal.
O lúcido seareiro do Espiritismo, que muito se dedicara, quando na Terra, à tarefa de divulgação da
Doutrina, pela palavra oral e escrita, mas sobretudo pelos exemplos de abnegação e de devotamento ao Bem,
explicou-nos que ali se encontrava laborando com outros companheiros vinculados à responsabilidade de
preservar a pulcritude dos postulados herdados do ínclito Codificador. Aqueles eram dias de
grave perturbação entre as criaturas, nos quais a vulgaridade e a ignorância dese javam pontificar, inclusive
através de propostas descabidas que pretendiam introduzir no arcabouço do Espiritismo, buscando, dessa
forma, atrair adeptos levianos e inconseqüentes.
Cabia-lhe, como a outros tantos vanguardeiros do pensamento espirita, ora desencarnados,
inspirar os companheiros que jornadeiam no carro físico, auxiliando-os no discernimento dos
postulados doutrinários e na sua manutenção, a fim de que o escalracho das distorções e adaptações
sem sentido não medrasse, ameaçando o trigo saudável e nutriente da mensagem libertadora.
Aos domingos, naquela Sociedade, alem das atividades com as crianças e os jovens, também
realizavam-se sessões de esclarecimentos para o público, quando se aplicavam recursos bioenergéticos aos
necessitados de varia ordem, que a buscavam.
Desse modo, muito bem assessorados, visitamos as salas, onde grupos de gárrulas crianças ouviam
com incomum interesse as aulas bem elaboradas sobre as origens do ser, seu destino, suas
responsabilidades e deveres, o amor e a fraternidade que dimanam da fonte inexaurível da Codificação
Espírita.
Igualmente acompanhamos com emoção os monitores encarregados das oficinas com os jovens,
ministrando-lhes informações e esclarecimentos sobre a vida e sua finalidade, questões outras
fundamentais do dia-a-dia, e a postura espírita diante da promiscuidade moral reinante em quase toda
parte.
Inspirando esses orientadores, generosos Amigos de nosso Plano envolviam-nos em
vibrações de elevado teor de paz, que lhes renovavam o organismo, liberando-os dos clichês
sensuais uns, perniciosos outros, que acumulavam durante a semana. Ao mesmo tempo, os Guias
espirituais dos alunos cooperavam na formação do seu caráter e da sua personalidade, aplicando-
lhes vigorosas forças fluídicas para a estruturação da existência, que deveriam pautar em linhas
de equilíbrio e de paz.
O conhecimento do Espiritismo na infância como na juventude constitui uma dádiva de invulgar
significado pelos benefícios que propicia, preservando as lembranças das lições trazidas do Mundo
Espiritual, bem como ampliando as áreas do discernimento, para que não tropecem com facilidade nos
obstáculos que se antepõem ao processo de crescimento interior.
Pude observar, também, que algumas crianças perturbadas por adversários insanos, atendidas em
classe especial, recebiam, além das bases formadoras da educação espírita, o socorro específico para
libertá-las da injunção penosa em que se encontravam.
― Alguns desses inimigos - elucidou-nos o amigo Lins - ficam retidos em nossas fronteiras, a
fim de receberem, no momento adequado das reuniões mediúnicas, o socorro de que
carecem, despertando para nova ordem de valores e de pensamento. É certo que, em
determinadas situações, não podemos ir além do que nos é permitido, mas sempre nos é lícito auxiliar as
vítimas e os seus perseguidores.
― Não podemos olvidar - adiu Petitinga - que toda palestra edificante, toda aula de
esclarecimento tem poder psicoterapêutico. Em se tratando de lição espírita, em face dos seus
fundamentos, torna-se de incalculável significado curativo para a alma, pelo poder de esclarecer a
criatura, encarnada ou não.
― Laboratório de realizações profundas – opinou Germano - a Casa Espírita que se mantém fiel
às diretrizes da Doutrina, consegue o salutar objetivo de modificar as delicadas tecelegens do
pensamento humano, nele insculpindo paisagens atraentes e fecundas.
A Primeira Escola
Quando Jesus atribuiu a si mesmo a qualidade de Caminho, Verdade e Vida, não fêz,
logicamente, uma declaração de ordem pessoal, mas se referiu, decerto, à mensagem que trouxera ao
Mundo, em nome e por delegação do Pai.
Reportou-se o Mestre, sem dúvida, aos ensinos, ao roteiro que traçava por norma de
aperfeiçoamento, à moral que pregava e exemplificava.
O Evangelho é Caminho, porque, seguindo-o, não nos perderemos nas sombrias veredas da
incompreensão e do ódio, da injustiça e da perversidade, mas perlustraremos, com galhardia e êxito,
as luminosas trilhas da evolução e do progresso — da ascensão e da felicidade que se não extingue.
O Evangelho é Verdade, porque é eterno.
Desafia os séculos e transpõe os milénios.
Perde-se no Infinito dos Tempos. . .
O Evangelho é Vida, porque a alma que se alimenta dele, e nele vive, ganhará a vida eterna.
Aquele que crê em Jesus e pratica os Seus ensinos viverá — mesmo que esteja morto.
***
Deixar ir a Jesus os pequeninos, levar as crianças ao Mestre não significa, pois, organizar,
objetiva e materialmente, uma caravana de Espíritos de meninos — encarnados ou desencarnados —
para, em luminosa carruagem, romperem as barreiras espaciais, vencerem as distâncias cósmicas e
prostrarem-se, devotamente, ante o Excelso Governador Espiritual do Mundo, com a finalidade
inconcebível, porque absurda, de Lhe tributarem pomposas homenagens.
Conduzir as crianças a Jesus significa incutir-lhes nos corações os preceitos
evangélicos, a fim de que os seus atos possam revelar, no futuro, nobreza e dignidade.
O Espiritismo, através das Escolas de Evangelho, vem cuidando de levar os
pequeninos ao Mestre, fazendo-os apreender as imortais lições da Boa Nova do Reino.
Urge, contudo, que o meritório esforço das nossas instituições, polarizando-se na
criança, não encontre obstáculos na despreparação evangélica dos pais, para evitar que a criança
"ouça", nos Centros, luminosos conceitos de espiritualidade e moral, mas "veja" e "sinta",
dentro de casa, no próprio lar, inadequadas atitudes de egoísmo e torpeza.
Não basta, pois, evangelizar a criança nas Instituições Espíritas.
E' imprescindível que essa educação alcance, também, os genitores ou responsáveis,
evitando-se, destarte, se estabeleça na incipiente alma infantil a desastrosa confusão de "ver" e
"ouvir", em casa, atitudes e conceitos bem diversos dos que "vê" e "ouve" nas aulas de Evangelho e
Espiritismo.
A primeira escola é o lar.
E o lar evangelizado dá à criança, grava-lhe, na consciência, as firmes noções do Cristianismo
sentido e vivido.
Imprime-lhe, no caráter, os elementos fundamentais da educação.
E' necessário que a criança sinta e se impregne, no santuário doméstico, desde os primeiros
instantes da vida física, das sublimes vibrações que só um ambiente evangelizado pode assegurar,
para que, simultaneamente com o seu desenvolvimento moral e intelectual, possa ela "ver" o que é
belo, "ouvir" o que é bom e "aprender" o que é nobre.
Se o lar não é evangelizado, as lições colhidas fora dele podem ser, apenas, um conhecimento a
mais, no campo religioso, para a inteligência infantil.
Um conhecimento a mais não passa de um acidente instrutivo. E o que devemos buscar é a
realidade educativa, moral, que tenha sentido de perene renovação.
Cuidar da criança —- esquecendo os pais da criança — parece-nos esforço incompleto.
Não adianta ser a criança aconselhada, na Escola de Evangelho, por devotadas
instrutoras ou instrutores, a se expressarem de maneira conveniente, se observa ela em casa
palavrões e gírias maliciosas, impropriedades e xingamentos.
Se o lar é uma escola — A PRIMEIRA ESCOLA — e se os pais representam para os
filhos, como primeiros educadores, o que há de melhor, sob o ponto de vista de cultura e respeito,
experiência e autoridade, evidentemente a criança será inclinada — entre os pais que
proferem palavrões e grosserias e a professora de Evangelho que ensina boas maneiras e
sobriedade no vocabulário — a seguir os primeiros.
Com os pais a criança dorme, levanta-se, faz refeições e convive, diuturnamente.
O convívio da criança, na Aula de Evangelho, com os instrutores, verifica-se uma vez por semana,
durante uma hora ou pouco mais.
E não nos esqueçamos de que, na opinião dos filhos, os pais são os maiores.
Contribuir para que os pequeninos possam "ir a Jesus", mediante o aprendizado evangélico,
representa, a nosso ver, providência correlata, simultânea com o esforço de "levar a Jesus" os pais,
preparando-os, condignamente, para a missão da paternidade ou da maternidade.
Informa a sabedoria popular que o exemplo deve vir de cima...
— As noções religiosas, com a exemplificação dos mais altos deveres da vida, constituem a base
de toda a educação, no sagrado instituto da família.
— O período infantil é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos.
Até aos sete anos, o Espírito ainda se encontra em fase de adaptação para a nova existência
que lhe compete no mundo. Nessa idade, ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a
matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são, por isso, mais vivas, tornando-se mais
suscetível de renovar o caráter e estabelecer novo caminho, na consolidação dos princípios de
responsabilidade, se encontrar nos pais legítimos representantes do colégio familiar.
Eis por que o lar é tão importante para a edificação do homem, e por que tão profunda é a
missão da mulher perante as leis divinas.
Passada a época infantil, credora de toda vigilância e carinho por parte das energias paternais,
os processos de educação moral, que formam o caráter, tomam-se mais difíceis com a integração do
Espírito em seu mundo orgânico material, e, atingida a maioridade, se a educação não se houver feito
no lar, então, só o processo violento das provas rudes, no mundo, pode renovar o pensamento e a
concepção das criaturas, porquanto a alma reencarnada terá retomado todo o seu património nocivo
do pretérito e reincidirá nas mesmas quedas, se lhe faltou a luz interior dos sagrados princípios
educativos.
113 — Os pais espiritistas devem ministrar a educação doutrinária a seus filhos ou podem deixar de fa-
zê-lo invocando as razões de que, em matéria de religião, apreciam mais a plena liberdade dos filhos?
— O período infantil, em sua primeira fase, é o mais importante para todas as bases educativas,
e os pais espiritistas cristãos não podem esquecer seus deveres de orientação aos filhos, nas grandes
revelações da vida. Em nenhuma hipótese, essa primeira etapa das lutas terrestres deve ser encarada
com indiferença.
O pretexto de que a criança deve desenvolver-se com a máxima noção de liberdade pode dar
ensejo a graves perigos. Já se disse, no mundo, que o menino livre é a semente do celerado. A
própria reencarnação não constitui, em si mesma, restrição considerável à independência absoluta da
alma necessitada de expiação e corretivo?
Além disso, os pais espiritistas devem compreender que qualquer indiferença nesse particular
pode conduzir a criança aos prejuízos religiosos de outrem, ao apego do convencionalismo, e à
ausência de amor à verdade.
Deve nutrir-se o coração infantil com a crença, com a bondade, com a esperança e com a fé em
Deus. Agir contrariamente a essas normas é abrir para o faltoso de ontem a mesma porta larga para os
excessos de toda sorte, que conduzem ao aniquilamento e ao crime.
Os pais espiritistas devem compreender essa característica de suas obrigações sagradas,
entendendo que o lar não se fez para a contemplação egoística da espécie, mas, sim, para santuário
onde, por vezes, se exige a renúncia e o sacrifício de uma existência inteira.
204 — A alma humana poder-se-á elevar para Deus tão-somente com o progresso moral, sem os
valores inte-lectivos?
— O sentimento e a sabedoria são as duas asas com que a alma se elevará para a perfeição
infinita.
No círculo acanhado do orbe terrestre, ambos são classificados como adiantamento moral e
adiantamento intelectual, mas, como estamos examinando os valores propriamente do mundo, em
particular, devemos reconhecer que ambos são imprescindíveis ao progresso, sendo justo, porém,
considerar a superioridade do primeiro sobre o segundo, porquanto a parte intelectual sem a moral
pode oferecer numerosas perspectivas de queda.
na repetição das experiências, enquanto que o avanço moral jamais será excessivo, representando o
núcleo mais importante das energias evolutivas.
DIVALDO PEREIRA FRANCO, Palavras de Luz, Sob a inspiração de diversos espíritos, P. 20.
DIVALDO PEREIRA FRANCO, Palavras de Luz, Sob a inspiração de diversos espíritos, P. 37.
DIVALDO PEREIRA FRANCO, Palavras de Luz, Sob a inspiração de diversos espíritos, P. 40.
DIVALDO PEREIRA FRANCO, Palavras de Luz, Sob a inspiração de diversos espíritos, P. 44.
Cabe aos pais a aplicação da energia e maior exigência em relação aos filhos. Como
normalmente estão cansados no dia de domingo, às fezes, justificam-se e me dizem: "Deixa o menino
folgar hoje, coitado. Ele estudou a semana inteira", demonstrando assim que não acreditam na
excelência da Doutrina Espírita para os seus filhos.
Para que os homens vivam na Terra como irmãos, não basta se lhes dêem lições de
moral; importa destruir as causas de antagonismo, atacar a raiz do mal: o orgulho e o
egoísmo.
O Espiritismo é, sem contradita, o mais poderoso elemento de moralização, porque
mina pela base o egoísmo e o orgulho, facultando um ponto de apoio à moral. Há feito
milagres de conversão; é certo que ainda são apenas curas individuais e não raro parciais. O
que, porém, ele há produzido com relação a indivíduos constitui penhor do que produzirá
um dia sobre as massas. Não lhe é possível arrancar de um só golpe as ervas daninhas. Ele dá a fé e
a fé é a boa semente, mas mister se faz que ela tenha tempo de germinar e de frutificar, razão
por que nem todos os espíritas já são perfeitos.
Ele tomou o homem em meio da vida, no fogo das paixões, em plena força dos preconceitos e
se, em tais circunstâncias, operou prodígios, que não será quando o tomar ao nascer, ainda virgem de
todas as impressões malsãs; quando a criatura sugar com o leite a caridade e tiver a fraternidade a
embalá-lo; quando, enfim, toda uma geração for educada e alimentada com idéias que a
razão, desenvolvendo- se, fortalecerá, em vez de falsear? Sob o domínio destas idéias, a
cimentarem a fé comum a todos, não mais esbarrando o progresso no egoísmo e no
orgulho, as instituições se reformarão por si mesmas e a Humanidade avançará
rapidamente para os destinos que lhe estão prometidos na Terra, aguardando os do céu.