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Práticas e Modelos de Avaliação em Bibliotecas Escolares

Síntese da Sessão 3

Foram objectivos desta sessão:


• Perceber a estrutura e os conceitos implicados na construção do Modelo de Auto-Avaliação das
Bibliotecas Escolares.

• Entender os factores críticos de sucesso inerentes à sua aplicação.

As tarefas propostas em alternativa consistiram:


Foi pedido que cada formando delineasse um Workshop formativo de apresentação do Modelo de
Auto-Avaliação dirigido à sua escola/ agrupamento. As temáticas a abordar deveriam ser, entre outras, as
seguintes:
- Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas escolares.
- O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria de melhoria. Conceitos implicados.
- Organização estrutural e funcional.
- Integração/ Aplicação à realidade da escola/ biblioteca escolar. Oportunidades e constrangimentos.
- Gestão participada das mudanças que a sua aplicação impõe. Níveis de participação da escola.
Era pedido que indicassem os instrumentos a criar para a realização do workshop.
OU
Foi pedida uma análise crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, tendo em
conta os seguintes aspectos:

- O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria de melhoria. Conceitos implicados.


- Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas escolares.
- Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos.
- Integração/ Aplicação à realidade da escola.
- Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua aplicação.

Na fase final da sessão, foi solicitado a cada formando que seleccionasse o contributo de um dos
colegas e fizesse um comentário fundamentado à proposta/análise por ele efectuada.

Realização das tarefas:


Em relação à realização das tarefas, 30 formandos participaram na unidade e elaboraram uma das
tarefas desta acção. 18 dos formandos optaram pela tarefa nº 1 e 12 pela tarefa nº 2. Todos os formandos
fizeram, independentemente da sua heterogeneidade, algum tipo de comentário ao trabalho de um colega.
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Síntese da elaboração dos Workshops


Objectivos:
- Reflectir sobre o conceito de biblioteca escolar (BE) e sua missão como agente catalisador da
mudança pedagógica no contexto da sociedade e do sistema educativo actuais;
- Reconhecer a importância da auto-avaliação da BE;
- Debater o modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar, quanto à sua estrutura, conceitos
subjacentes e …
- Reflectir entre pares sobre a sua oportunidade e pertinência, assim como as dificuldades previstas
pelo seu confronto com as práticas vigentes, antecipando estratégias e soluções.
- Analisar os possíveis constrangimentos e aspectos facilitadores da implementação do modelo à
realidade de cada escola/agrupamento
- Debater sobre a necessidade de gerir a mudança buscando evidências relatadas em diferentes
estudos acerca do impacto que as bibliotecas escolares têm na escola e quais os factores que se assumem
como críticos ao seu desenvolvimento.
- Planificar uma calendarização prévia, conjunta, de implementação do processo, a ajustar à
realidade respectiva.

Muitos dos formandos não efectuaram rigorosamente a tarefa pedida. A programação de um


workshop não equivale à disponibilização do PP de apoio à exposição de ideias e conceitos mas da
metodologia (activa e construtivista, uma vez que se trata de uma "oficina") de trabalho e reflexão que se
pretende imprimir a determinado grupo de formandos.

Os instrumentos/estratégias criados mais insistentemente assinalados para a realização do


workshop foram:

- Power Point
- Realização de exercícios práticos
- Trabalho de grupo seguido de debate, sobre PP
- Comentário a frases chave sobre a BE
- Aplicação de questionário
- Certificado de participação
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Na realização do seu trabalho, os formandos reflectiram na sua maioria as leituras realizadas,
utilizando citações e esquemas extraídos da bibliografia disponibilizada.

No entanto, a maioria dos comentários aos trabalhos dos colegas espelha alguma confusão entre os
pontos fortes e constrangimentos decorrentes da análise da programação da iniciativa pedida - a realização
de um workshop formativo para a escola - e a própria aplicação do modelo MAABE nos próximos tempos.

Os aspectos mais enunciados, entre outros, foram:

2 Pontos fortes 2 Constrangimentos inerentes


ao sucesso da iniciativa
Uma sólida fundamentação Pressuposto de que os colegas teriam
realizado uma leitura
Recurso a esquemas e sínteses nas Ambição desproporcionada em relação à
apresentações PP participação dos colegas na definição de medidas
concretas
Partilha e reflexão colectiva Extensão e profundidade dos PP face ao
público-alvo
Trabalho direccionado para pequenos grupos Pouca componente prática
Ponto de partida a análise de textos da
bibliografia
Apresentação de uma bibliografia ajustada
Sólido conhecimento do modelo da parte do
dinamizador do workshop

Síntese da Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação :

O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria de melhoria. Conceitos implicados.

Todos os formandos reconheceram o Modelo de Auto-Avaliação como um instrumento de melhoria,


mas nem todos o reconhecem como um instrumento pedagógico. Salientamos o contributo da Salomé
Melo como uma boa análise deste tópico:

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares desenvolvido pela RBE pretende ser uma
ferramenta de avaliação contínua e formativa que permita aferir a qualidade e a adequação da acção da
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biblioteca ao projecto e aos objectivos educativos da escola em que se insere, avaliando a interacção da
biblioteca com a comunidade educativa e as suas consequências nos resultados da aprendizagem.

A colega Lucrécia Lopes coloca a tónica na mudança das práticas pedagógicas e no contributo do
modelo de auto-avaliação para essa mudança:

A Biblioteca escolar é um espaço facilitador para melhorar e provocar mudanças nas prática
pedagógicas, no processo de ensino aprendizagem e na vida da escola, neste sentido é necessário
procurar avaliar o impacto e os benefícios que o seu funcionamento tem nas atitudes, valores e
conhecimentos dos seus utilizadores.
Assim sendo, o modelo de auto-avaliação é um instrumento que procura a melhoria do
funcionamento das BE e no impacto que têm nas aprendizagens dos alunos e nos objectivos da escola em
que está inserida.

Contudo, gostaríamos sublinhar que este modelo não se limita a auto-avaliar os impactos, mas
também os processos. Os processos incidem sobre a avaliação do trabalho que é realizado pela escola e
pela biblioteca, o qual é essencial para se induzirem os impactos.

Quanto aos conceitos implicados eles são:


• valor,
• missão , visão da biblioteca escolar,
• avaliação , auto-avaliação
• evidence-based practice

Os conceitos mais enumerados, pelos formandos, foram os conceitos de valor, missão e de evidence-
based practice. No entanto, sugerimos que haja um trabalho de aprofundamento em torno destes
conceitos para melhor compreender a filosofia inerente ao Modelo de Auto-Avaliação.

Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas Escolares

A colega Rosário Anselmo realça o papel do modelo de auto-avaliação e a sua pertinência como o
fomento a uma nova ATITUDE que nos conduz à mudança e ao sucesso da BE:

Tal defesa conduz, forçosamente, ao conceito que subjaz a todo o modelo de auto-avaliação:
atitude. A planificação da actuação da BE, dos objectivos à sua concretização, basear-se-á então num
princípio geral e primeiro de possibilidade e ambição, uma espécie de “yes, we can” das BE, requerendo,
portanto, a sua contínua promoção junto das estruturas da escola e a divulgação e avaliação das acções
tendentes à sua concretização

Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos


Todos os formandos dominam bem a arquitectura do modelo de auto-avaliação.
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A maioria dos formandos seguiu o raciocínio da colega Emília Bidarra quanto à adequação:

A sua adequação parece enquadrar-se no contexto geral das Bibliotecas, embora se deva
ajustar/adaptar a cada realidade sempre que se julgue pertinente.

Esperávamos que a reflexão sobre a adequação recaísse mais sobre o mérito pedagógico, a
necessidade de definição de standards comuns e, ainda, a uniformização de práticas.

Os formandos evidenciaram pouca reflexão sobre os constrangimentos inerentes à aplicação do


modelo.

Integração/ Aplicação à realidade da escola


As escolas têm percursos diferentes, contextos sociais heterogéneos, professores e alunos oriundos
de realidades distintas, ofertas de escolas diversificadas, tipologias que se tem fundido, por isso cada escola
é igual a si própria. É neste contexto que a aplicação do modelo terá de ser flexível. Esta foi uma ideia
reforçada pela maior parte dos formandos.
O envolvimento de todos também foi uma ideia presente nas análises críticas.

A colega Salomé Melo realçou a importância de cruzar o modelo de auto-avaliação com os objectivos
do Projecto Educativo:
Nos seus pressupostos, o documento de apresentação do modelo de auto-avaliação refere que a
avaliação da biblioteca se deve articular com os objectivos do Projecto Educativo e ser englobada na
avaliação da escola.

Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua aplicação.

Praticamente todos os formandos enfatizaram a liderança como uma competência que o Professor
Bibliotecário deve desenvolver. Uma liderança eficaz deve ser um patamar alcançado pelo Professor
Bibliotecário para que o sucesso da biblioteca escolar seja integrado plenamente nos sucessos da escola.

Ainda gostaríamos de dizer que o texto de leitura obrigatório - Eisenberg e Miller (2002) “This Man
Wants to Change Your Job” foi muito pouco explorado. A análise deste texto evidência as seguintes
competências do Professor Bibliotecário:

a. Ser um comunicador efectivo no seio da instituição;

b. Ser proactivo;

c. Saber exercer influência junto de professores e do Conselho Executivo;

d. Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da comunidade educativa;


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e. Ser observador e investigativo;

f. Ser capaz de ver o todo - “the big picture”;

g. Saber estabelecer prioridades;

h. Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade;

i. Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola;

j. Saber gerir recursos no sentido lato do termo;

k. Ser promotor dos serviços e dos recursos;

l. Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, com o objectivo de apoiar e contribuir para as
aprendizagens;

m. Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola.

n. Saber trabalhar com departamentos e colegas

Estas podem-se agrupar em dois grandes grupos: as Competências Profissionais e as Competências


Pessoais.

As Competências Profissionais integram, entre outras:

• Educação ( Ex: Saber trabalhar com departamentos e colegas; Ser tutor, professor e um
avaliador de recursos, com o objectivo de apoiar e contribuir para as aprendizagens);

• Informação ( Ex- Saber gerir recursos no sentido lato do termo; Ser promotor dos serviços e
dos recursos ….)
• Gestão ( Ex- Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola; Ser gestor de
serviços de aprendizagem no seio da escola;

As Competências Pessoais integram, entre outras:


• Comunicação (Ex - Ser um comunicador efectivo no seio da instituição…);
• Liderança (Ex - Ser proactivo, boas relações interpessoais …).

Esta análise crítica deveria originar um maior conhecimento dos princípios, metodologias,
competências e atitudes que fundamentam as práticas necessárias à sua implementação:

• Procurar a melhoria e a qualidade dos serviços prestados;


• Conseguir ler a realidade da biblioteca escolar globalmente; ver “the big picture”;
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• Enfrentar desafios e novas oportunidades, tendo em conta o contexto interno e o ambiente
externo;
• Criar um ambiente de confiança e de respeito mútuo no interior da equipa e na escola;
• Deter competências de comunicação;
• Trabalhar em equipa no interior da organização e na escola;
• Exercer a função com liderança, mobilizando os outros, trabalhando colaborativamente com o
conselho executivo, com os outros docentes e stakeholders;
• Planificar, priorizar e focalizar a sua acção nos aspectos críticos;
• Ser flexível e saber responder à mudança;
• … (Entre outras).

A tarefa contemplava, ainda, a selecção e o comentário crítico ao trabalho de um dos colegas. Aqui a
adesão foi quase total, embora se verifiquem desníveis de qualidade entre os contributos dos diferentes
formandos.

Realçamos que a segunda parte da actividade é um momento importante de interacção, de


aprofundamento e auto-correcção.

Felicitamos o conjunto da turma pelo trabalho desenvolvido e desejamos a todos a continuação de


um bom trabalho!

As formadoras
Júlia e Margarida

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