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Biografia de Charles Darwin.

“Você não pensa em nada mais senão cães, dar tiros e apanhar ratos. Será uma vergonha
para si mesmo e para a família”. Assim disse um pai zangado e furioso ao filho, Charles Darwin,
om menino que se tornaria um dos mais famosos naturalistas de todos os tempos e autor do
monumental livro ”The Origin of Species by Means of Natural Selection”. Esse livro esse livro
apresenta uma explicação, outrora controvertida mas hoje geralmente aceita, do método pelo
qual surgem as novas formas de seres vivos, animais ou plantas.
Charles Darwin nasceu em 1809 em Shrewsbury, Inglaterra, no mesmo dia em que Abraham
Lincoln, porém em tipo muito diverso de ambiente. Seu pai Robert, medico de êxito e rico, dava
aos filhos tudo o que tinha o dinheiro podia comprar. Nada de material lhes faltava, porém
ficaram órfãos de mãe quando Darwin estava com oito anos.
Seu avô, o Doutor Erasmus Darwin, era muito conhecido como médico, naturalista e autor.
Nessa bem educada família, Charles era considerado um tanto bronco. Certa vez o mestre-
escola chamou o mesmo de tolo. Mas Charles não era obtuso. A dificuldade estava em sua
imaginação muito viva não se enquadrar no padrão escolar. Mostrava-se muito interessado por
todos os animais, inclusive insetos. Apesar da opinião contraria do pai, ele estava preparando-se
para assumir o trabalho que o absorveria durante toda a vida, afiando e desenvolvendo o
instrumento fundamental da ciência, a arte de observar. Mais tarde diria, não porém para se
gabar: “Acho que sou superior ao comum dos homens em notar coisas que facilmente escapam à
atenção e observá-las cuidadosamente”.
Seus poderes de observação eram realmente apreciados pelo pai. O Dr. Robert Darwin era
um homenzarrão- uns cento e cinqüenta quilogramas- que frequentemente tinha dificuldade em
visitar os pacientes menos abastados, pois as escadas e os pisos destes eram demasiadamente
fracos para seu peso. Nos primeiros tempos de juventude Charles acompanhava o medico em
suas visitas, visitava ele mesmo os pacientes e relatava ao pai o que observava, servindo essa
observações de base à receita do pai nesses casos. Naqueles tempos as leis sobre exercício da
medicina eram muito frouxas.
Charles foi para a universidade de Edimburgo, com o irmão Erasmus, para estudar medicina.
Em Edimburgo, como era de esperar, ele se mostrou mau aluno, porém manifestava grande
interesse pelas sessões estudantis de debate, especialmente as que diziam respeito à origem da
vida, assunto favorito da época. Após dois anos sem êxito como estudante, descobriram que
Charles não dava para medicina.
Como ultima oportunidade, a fim de que o rebento de tão culta família entrasse para uma das
profissões doutas, Charles concordou em estudar para o ministério religioso. E foi para
Cambridge, onde dedicou menos tempo à teologia do que à “caça de percevejos”. Era apreciável
sua coleção de insetos.
Aos vinte e dois anos Darwin tinha o seu grau teológico, porém nenhuma vontade de exercer
a função de ministro. Uma carta de John Henslow, jovem lente de Botânica que ele conhecera
em Cambridge, deu-lhe a oportunidade de fugir aquele senhor. Henslow apresentou Darwin ao
capitão Fitzroy, comandante do H.M.S. Beagle, navio de 235 toneladas.
O Beagle estava incumbido de fazer o levantamento da costa sul-americana. Gostaria Charles
de seguir como naturalista naquele barco? Teria de pagar suas despesas e a viagem estava
programada para durar dois anos. Queria-se Charles embarcar naquela aventura!
Pediu apoio financeiro ao pai, e este respondeu logo: “Não, seria um contra-senso”.
Seguiram-se novos pedidos, reforçados pela família e afinal veio o consentimento. Quando o
navio deslizava para fora do cais de Devonport no inverno de 1831, Charles Darwin estava
espiando na amurada. Não sabia, mas ficaria fora 5 anos, e realizaria a maior aventura de um
naturalista em todos os tempos.
Darwin era observador atilado, relator preciso e colecionador incansável. Paciente e
persistentemente colecionou plantas, rochas, animais de todo tipo e fósseis às carradas. Encheu o
espaço disponível no tombadilho e em todos os portos despachava para sua pátria as coleções
que ia juntando.
A viagem foi repleta de aventura e risco. Na terra existiam “selvagens” (como eram
denominados Por eles) e bandidos, que era preciso evitar. Havia febres e o perigo de perder o
rumo, para não falar das tempestades e do frio. Em contraposição, havia algumas recepções
elegantes nas maiores cidades da América do Sul, onde Darwin encontrou belas damas, “bonitas
sereias redondas”, como as descrevia, e homens muito civilizados. Estes contrastavam
flagrantemente com os selvagens que ele encontrou em algumas das ilhas costeiras.
Nessa viagem o capitão Fitzroy teve de mandar de volta três selvagens a sua ilha deserta.
Eram nativos da terra do fogo, que ele tomara como reféns em sua viagem anterior. Darwin
notou que aqueles selvagens, que a natureza adaptara ao seu duro clima, já haviam mudado em
contato com a civilização.
Depois de fazer o levantamento de muitas costas não-registradas ainda no mapa. E de
observar muitas estranhas formas de plantas e animais, o Beagle ancorou nas ilhas Galápagos, a
cerca de 800 quilômetros a oeste da America do Sul. Ali armara a natureza o laboratório que
colocou Darwin a caminho da “Origin of Species”. A qualidade rara e primitiva das várias
criaturas deu-lhe a pista da teoria segundo a qual os seres vivos sofrem tranformações. “poder-
se-ia imaginar que, a partir de uma inicial escassez de aves neste arquipélago, se houvesse
escolhido uma espécie, que se modificasse para fins diferentes”, escreveu ele. Os répteis, as aves
e os outro animais, em geral, diferiam de uma ilha para outra, e todavia existiam semelhanças. Se
toda criação tivesse se dado no mesmo instante, por que existiriam tantos organismos com
pequenas diferenças? Examinado fósseis parecidos com seres ainda vivos, achou que a melhor
explicação consistia em admitir que certas espécies eram substituídas por outras intimamente
relacionadas.
O vice-governador de uma das ilhas afirmou a Darwin que ele era capaz de dizer de que ilha,
dentre as muitas do arquipélago, provinha cada um dos cágados. Achou Darwin que era possível
compreender as semelhanças e diferenças se os habitantes das várias ilhas descendessem de
antepassados comuns, mas tivessem sofrido uma serie de pequenas alterações no curso do seu
desenvolvimento. Estava plantado, pois, na mente de Darwin o germe de sua teoria da evolução.
Havia alterações nas espécies, isso era evidente, mas qual o mecanismo dessa alteração? Como
ocorria ela?
Só em 1838, lendo o “Essay on Population” de Thomas Malthus, Darwin encontrou a
resposta ao problema de como e por que os seres vivos mudaram no curso das gerações. Malthus
sustentava que a população humana tendia a crescer mais depressa do que o suprimento de
alimentos. Assim se estabelecia uma luta pelo alimento e, em termos mais gerais, uma luta pela
existência.
Sabia Darwin que os animais domésticos eram objeto de acasalamentos especiais, para
apurar-lhes as qualidades. Nos animais domésticos o homem controlava as desejadas, evitando
reprodução dos animais desprovidos daquelas qualidades e estimulando a reprodução dos
possuidores das qualidades selecionadas. Observara também a existência de variações em
animais selvagens, mas como aconteceria isso sem a ajuda humana?
Malthus deu a pista: o homem tinha de lutar por seu suprimento alimentar e tinha de
alimentar o seu meio ambiente. Os animais selvagens tinham o mesmo problema. Se não
houvesse bastante alimento, só os animais mais bem dotados pela natureza para obter o alimento
conseguiriam sobreviver. A “sobrevivência dos mais aptos” era a chave das constantes mudanças
das espécies.
Na luta pela existência, disse Darwin, “as variações favoráveis tenderiam a preserva-se e as
desfavoráveis a destruir-se. O resultado disso seria a formação de uma nova espécie”.
Durante vinte anos Darwin reuniu provas para apoiar suas teorias, enquanto continuava os
estudos que começara durante a viagem a bordo do Beagle. Em 1855 Afred Wallace, biólogo,
escreveu um artigo “On The Law Which Has Regulted The Introduction of New Species“(Sobre
a Lei que Regulou a Introdução de Novas Espécies).
Esse artigo continha muitas idéias semelhantes às dos ainda inéditos estudos de Darwin.
Este fora aconselhadoa apresentar um resumo de sua tória, porém sempre adiara. Em 1858
Wallace enviou a Darwin o manuscrito de um artigo ”On the Tendency of Varieties to Depart
Indefinitely from the Original type” (Sobre a Tendência das Variedades para afastar-se
Indefinidamente do Tipo Origianal). Darwin achou que aquilo bem poderia seria um resumo de
sua teoria, se ele a houvesse redigido, e por isso decidiu anunciar ao mundo os seus achados. A
1º de julho de 1858 o ensaio de Wallace e o resumo de Darwin sobre sua própria teoria foram
conjuntamente apresentados a Sociedade Lineana de Londres.
“The Origin of Species” (A origem das espécies) foi publicado no ano seguinte. Nesse
Darwin apresentava toda sua teoria, tratando da geologia e da distribuição geográfica das plantas
e dos animais. O volume é, todo ele, “um longo argumento a favor da evolução”, segundo
Darwin. Sobre essa teoria desencadeou muita controvérsia, desde que publicada.
Em 1860 dois artigos que atacavam Darwin foram apresentados em reunião da Associação
Inglesa para o progresso da ciência. O bispo de Oxford subiu ao estrado e cruelmente
ridicularizou Darwin e seu adepto Thomas H. Huxley. O bispo fez a famosa pergunta: “Era por
parte do avô ou da avó que Huxley descendia do macaco?” Quando Huxley respondeu que
preferia ter por antepassado um macaco ao bispo, a reunião se dissolveu em tumulto.
Em 1925 John T. Scopes, professor de ginásio, foi processado por ensinar a teoria da
evolução, no estado de Tennessee. Foi defendido pelo famoso advogado Clarence Darrow. A
acusação foi feita pelo igualmente brilhante William Jennings Bryan. Scopes foi condenado, mas
a decisão foi depois desfeita. Assim, quarenta anos depois de publicada, a teoria de Darwin ainda
era objeto de controvérsia.
Darwin, cujo livro, cuidadosamente preparado, desencadeara tamanha controvérsia, era um
homem brando e humilde. Quando voltou da viagem no Beagle estava doente, sofrendo de
constantes dores de cabeça e náusea. Viveu até mais de 70 anos, porém nunca mias viajou.
Casou-se em 29 de janeiro de 1839 e viveu feliz com a família numa pequena aldeia de Kent.
“Uma esposa, esse espécime por demais interessante”
...Depois de aproximadamente um ano em Londres e com 29 anos de idade, Darwin começou
a pensar seriamente sobre casamento.Como muitos cientistas ambiciosos, ele estava preso entre a
determinação de ser alguém na sua profissão e o desejo de ter uma família. Entretanto,
logo propôs casamento àquela que conhecera desde a infância, a sua prima Emma
Wedgwood. As duas partes – e as duas famílias – concordaram que formariam o casal perfeito.
A previsão tornou-se realidade. Vínculos de real afeto uniram Emma e Charles por toda a
vida e formaram uma família cheia de vigor e afeto. Mas, durante os primeiros anos surgiram
dois problemas. O ceticismo crescente de Darwin quanto à religião causou uma grande dor
a Emma e esta, por sua vez, levou o marido a uma profunda tristeza. Ele passou, então, a
sofrer de ataques cada vez mais sérios e misteriosos de uma doença que o perseguiria por toda
a sua vida. Tiveram dez filhos três deles morreram ainda durante a infância...

Tinha fortuna suficiente, e por isso não precisava preocupar-se em ganhar a vida. Passou o seu
tempo examinando o enorme acervo de provas que o levou à teoria da evolução. Inválido amável
e de bom temperamento, passeava pelo jardim, cuidando das flores. Realizou experiências
botânicas para comprovar sua teoria. Darwin escreveu outros livros além da Origem das
Espécies. Seu livro “Formation of Vegetable Mould Through The Action of Worms”(Formação
do Humo Vegetal por Ação das Minhocas) mostrou que as minhocas são de grande importância
na história do mundo. Nenhum dos outros livros, entretanto, criou a sensação do primeiro.
Como Aristóteles, Darwin mostrava-se muito impressionado pela eficiência e atividade da
natureza ao desenhar suas criaturas para as funções especiais que desempenham. Escreveu:
“Quanto mais estudo a natureza, mais me impressiona que os dispositivos e belas adaptações,
lentamente adquiridas através da ocasional variação de cada parte, em ligeiro grau... excedem de
maneira incomparável os engenhos e adaptações que pode inventar a mais fértil mente humana.”
Charles Darwin morreu em 1882.
• Reconhecimento:
Darwin viveu o suficiente para ver sua teoria da evolução ganhar aceitação geral. É de Huxley a
queixa irônica de que "será um mundo monótono. As idéias que os homens desprezavam há 25
anos logo serão ensinadas nos livros escolares". No dia 19 de abril de 1882 Darwin faleceu em
Down, e foi sepultado próximo à tumba de Isaac Newton, na Abadia de Westminster. Huxley,
Hooker e Wallace carregaram seu caixão. Sua maior realização foi ter lançado as bases da
biologia moderna.
Se tivesse de fazer sua viagem hoje, a Ilha de Galápagos não mais lhe seria útil ao estudo da
seleção natural. Os gigantescos cágados e os lêmures se foram; as plantas raras e as aves curiosas
estão desaparecendo. As ilhas são agora usadas como bases aéreas e o roncar dos aviões a jato
abafa os ruídos animais que Darwin outrora ouviu.
Era ele o “espírito preparado” que se encontrava em trabalho no momento exato da história,
para nos dar a teoria da evolução. Deve ter sabido que mesmo as teorias cientificas sofrem
transformações evolucionárias. Disse: ”Acho absolutamente certo que muito do que está no
Origin se tornará desvalioso; mas espero e desejo que o arcabouço permaneça.”

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