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O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:

metodologias de operacionalização (Conclusão)

Tarefa 2:

ANÁLISE E COMENTÁRIO CRÍTICO À PRESENÇA DE REFERÊNCIAS À BE EM RELATÓRIOS DE AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

Gracinda da Silva Moreira


EB 2/3+S de Rebordosa
Novembro 2009
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Conclusão)

ANÁLISE E COMENTÁRIO CRÍTICO À PRESENÇA DE REFERÊNCIAS À BE EM RELATÓRIOS DE AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

1. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA

Como base de realização da segunda parte do trabalho solicitado seleccionei a presente amostra, constituída por quatro escolas – dois agrupamentos e duas escolas
secundárias/3ºciclo. Dessas quatro escolas, duas inserem-se na grande cidade (Porto) e duas na província (Baião e Marco de Canaveses). Optei por escolher meios
geográficos diferentes, com as implicações culturais e vivenciais que daí advêm, para ver até que ponto essa diferença se repercute na visão da biblioteca.
Relativamente ao ano lectivo a que se reportam, procurei também a diversidade, dois estabelecimentos foram avaliados em 2006/07, um em 2007/08 e outro em 2008/09.

2. ANÁLISE REALIZADA

Ano lectivo 2006/07 Ano lectivo 2006/07 Ano lectivo 2007/2008 Ano lectivo 2008/09

Estabelecimentos de
Agrupamento de Escolas das Agrupamento de Escolas de Eiriz – Escola Secundária/3º Ciclo de Escola Secundária/3º Ciclo
Domínios/ Ensino
Antas (Porto) Ancede (Baião) Marco de Canaveses Aurélia de Sousa (Porto)
Factores - IGE

1. Resultados “Os alunos que abandonam a aula

1.3. Comportamento e por motivos de comportamento são

disciplina encaminhados (…) para a Biblioteca,


sendo acompanhados em tarefas
pedagógicas…”

1.4. Valorização e impacto das “O Agrupamento faz circular,

aprendizagens regularmente, pelas EB1 a “mala


pedagógica” com livros da sua

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Biblioteca, integrada no projecto da


Rede de Bibliotecas Escolares, para a
promoção do gosto pela leitura. Os
alunos do Agrupamento são
incentivados na produção da escrita
com a elaboração do Jornal da
Escola e a Biblioteca assume um
papel importante nesta dinamização
da leitura e da escrita,
nomeadamente, entre outras, com a
actividade “Hora do Autor”, ao longo
de todo o ano lectivo.”

2. Prestação do serviço “ (…) a promoção da Língua

educativo Portuguesa, através do investimento

2.1. Articulação e na Biblioteca, inserida na Rede de

sequencialidade Bibliotecas Escolares (…) parece(m)


constituir um importante instrumento
de articulação e sequencialidade,
conquanto as Estruturas de
Orientação Educativa saibam definir
espaços de debate e reflexão,
partilhar saberes e promover o
trabalho colaborativo, interdisciplinar
e inter-ciclos com consequências no
aproveitamento escolar dos alunos.”

2.3. Diferenciação e apoios “Os planos de recuperação dos

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alunos com NEE e com dificuldades

de aprendizagem juntamente (…) a


dinamização da Biblioteca com a
promoção da Língua Portuguesa (…)
procuram reforçar as condições de
diferenciação e de apoio para
garantirem um melhor sucesso
educativo dos alunos.”

2.4. Abrangência do currículo O Centro de Recursos compreende


e valorização dos saberes e (…) a Biblioteca e funciona como
da aprendizagem interface pedagógico, cultural e
lúdico, assumindo ainda a perspectiva
de pólo dinamizador da relação
agrupamento/meio, estando aberto à
comunidade local.”

3. Organização e gestão (…) um plano de melhorias (…) “(…) ampliação da

escolar destacando-se a mudança de Biblioteca/Centro de Recursos,

3.3. Gestão dos recursos espaço e a reformulação da cuja integração na Rede

materiais e financeiros Biblioteca (…) Nacional de Bibliotecas lhe


permitiu passar a dispor de
espaços amplos e
diferenciados, a que alunos e
professores recorrem
frequentemente, e aumentar o
acervo bibliográfico, …)

“ O CE reconhece que os resultados

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3.5. Equidade e justiça

escolares ficam aquém do esperado,


por isso adoptou um conjunto de
medidas como (…) a promoção e o
apoio à leitura e à pesquisa na
Biblioteca (…) para poder responder,
de forma mais diversificada e
consistente, às necessidades dos
alunos com maiores dificuldades de
aprendizagem”

4. Liderança “O Agrupamento manifesta uma

4.3. Abertura à inovação atitude de abertura na resolução de


alguns dos seus problemas (…) pela
adesão e envolvência com projectos
locais, nacionais – (…) Rede de
Bibliotecas …”

4.4. Parcerias, projectos e “A biblioteca instalada na EB 2,3 A Escola está envolvida em “A escola participa numa

protocolos insere-se na Rede Nacional de diversos projectos e clubes, profusão de projectos nacionais
Bibliotecas Escolares.” sendo de destacar (…) a Rede (…) entre os quais se salientam
de Bibliotecas Escolares (…) os seguintes: Rede Nacional de
Bibliotecas …”

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3. COMENTÁRIO CRÍTICO

Perante a análise realizada, constata-se que:


 As referências à biblioteca e as suas implicações no processo de ensino-aprendizagem e vivência da escola são quase nulas;
 As referências encontradas, salvo no Agrupamento de Escolas de Eiriz, referem-se ao domínio 4 (4.3 e 4.4);
 Relativamente à avaliação externa, a escola com mais baixo índice de valoração (Insuficiente) é a que mais alusão faz alusão à biblioteca escolar e às suas implicações no
sucesso educativo;
 No que concerne o meio geográfico em que se inserem os estabelecimentos, é a escola proveniente do interior (meio agrícola e culturalmente inferior) – Baião – que mais
referência faz à biblioteca;
 Relativamente aos resultados escolares dos alunos é a escola com resultados mais baixos (Baião) que mais referências faz à biblioteca;
 Utilizar-se a biblioteca escolar como repositório de alunos com mau comportamento (AE de Eiriz) não é aconselhável, discordo totalmente com essa prática. Aliar-se, deste
modo, a biblioteca a uma punição, parece-me ser o antagonismo de tudo aquilo (missão e objectivos) a que se propõe uma biblioteca, nomeadamente a BE.
Decorrente desta análise, há questões que se impõem:
 Em particular – Será que BE não teve qualquer influência nos bons resultados atingidos pela ESA Aurélia de Sousa? Será que a BE do AE de Eiri z teve algum peso nos
resultados (embora fracos) dos seus alunos? Teria sido ainda pior se ela não tivesse tido qualquer influência na vida da escola? E as outras escolas, se fizessem da BE
um parceiro mais activo conseguiriam atingir outras metas?
 No geral – Os trabalhos realizados na BE são devidamente divulgados e avaliados? O que se poderá fazer para inverter esta situação? Não andará o PB a lutar contra
moinhos de vento?
Uma coisa me parece certa – a de que há muito trabalho a realizar: A RBE na sensibilização da IGE, no sentido de incorporar a avaliação da BE; a IGE deve considerar a
relevância, a mais-valia da BE na escola; a própria escola deve registar essa importância, aludindo ao papel da BE no relatório a enviar; o PB demonstrando e reforçando
esse valor.
Mudar mentalidades enraizadas é, sem dúvida, o pior obstáculo ao trabalho do professor bibliotecário. È importante encetá-las.

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Gracinda Moreira EB 2/3+S de Rebordosa Novembro 2009

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