0 évaluation0% ont trouvé ce document utile (0 vote)
483 vues6 pages
Este documento descreve a história e evolução do direito empresarial em três fases: 1) A fase medieval com o surgimento das cooperações de comércio; 2) A mudança para um sistema objetivo com a teoria dos atos de comércio; 3) A substituição da teoria dos atos de comércio pela teoria da empresa, que expandiu o escopo do direito empresarial.
Description originale:
Titre original
RESENHA HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DO DIREITO EMPRESARIAL.pdf
Este documento descreve a história e evolução do direito empresarial em três fases: 1) A fase medieval com o surgimento das cooperações de comércio; 2) A mudança para um sistema objetivo com a teoria dos atos de comércio; 3) A substituição da teoria dos atos de comércio pela teoria da empresa, que expandiu o escopo do direito empresarial.
Este documento descreve a história e evolução do direito empresarial em três fases: 1) A fase medieval com o surgimento das cooperações de comércio; 2) A mudança para um sistema objetivo com a teoria dos atos de comércio; 3) A substituição da teoria dos atos de comércio pela teoria da empresa, que expandiu o escopo do direito empresarial.
Trabalho elaborado para a disciplina de Legislao Comercial e Societria para a obteno de nota do semestre, sob a orientao da professora Karla Cueller.
BOA VISTA, RR AGOSTO DE 2014. INTRODUO A histria e evoluo do direito empresarial passa por trs fase. A primeira na baixa idade mdia com o crescimento populacional brbara que deram incio s linhas de comrcio, conhecido como Cooperaes de comrcios, era um sistema subjetivo. Logo, a segunda fase foi a mudana do sistema subjetivo para o objetivo que restringiam os privilgios das cooperaes e asseguravam a plena liberdade profissional, a teoria dos Atos do comrcio. Mas que logo foi substitudo pela Teoria da Empresa.
HISTRIA E EVOLUO DO DIREITO EMPRESARIAL Vrios autores tiveram sua teoria e conceito sobre o surgimento do comrcio, Plato por exemplo, diz que o comrcio surge a partir das insatisfaes dos indivduos de saciar todas as suas necessidades, na qual se viram obrigados a aproximarem-se uns dos outros com o ideia de trocar os produtos de seus trabalhos, acarretando a vida em grupo e posteriormente a sociedade (Economia de troca, conhecida como escambo). No entanto, devido a decorrncia de algumas limitaes impostas pelo escambo acontece a evoluo para a economia de mercado e o uso da moeda, um sistema muito similar ao utilizado at hoje. Com esta atualizao no comrcio, o produtor de determinado insumo produz mais e com mais variedade, pois a produo deixou de ser unicamente para subsistncia e troca do excedente, agora tambm para venda. Comrcio foi bem conceituado por ROCCO, o comrcio aquele ramo de produo econmica que faz aumentar o valor dos produtos pela interposio entre produtos e consumidores, a fim de facilitar a troca das mercadorias. Quanto ao nascimento do direito comercial, existe uma grande controvrsia entre doutrinadores do direito, filsofos, socilogos e antroplogos. REQUIO, afirma que o direito comercial surgiu na Idade Mdia com o desenvolvimento do trfico mercantil, enquanto FERNANDES, diz que o desenvolvimento histrico do Direito Comercial perpassa pela poca romana, pelos fencios, assrios, babilnicos e os gregos onde estes no trouxeram contribuies diretas para o desenvolvimento da matria. No entanto, acrescido ao advento da era Crist, e a decadncia da aristocracia, nasce o capitalismo mercantil em territrio romano e os primeiros esboos do Direito Comercial como disciplina autnoma, impulsionado pelo trfego mundial no Mediterrneo. Isso se deu com a invaso dos brbaros que iniciaram a fase feudal em Roma no qual a partir dos sculos VIII e IX surgem em Bizncio as leis pseudrias e o jus greco-romano incorporando os costumes Mediterrneos, bem como a origem do direito comercial medieval. Logo, toda a Europa Ocidental viu-se rapidamente o fortalecimento das corporaes mercantes as quais se sobrepuseram aos soberanos, principalmente na Itlia e Alemanha, nas costas do Mar do Norte. Nessa fase histrica comea a se desenvolver o direito comercial, atravs do direito costumeiro aplicado no interior das corporaes de mercadores pelos juzes consulares. A partir da surgiram os primeiros repositrios de costumes e decises emanadas dos juzes consulares, tais como Rles dOleron, da Frana; Consuetudines, de Gnova; Capitulare Nauticum, de Veneza; Constitutum Usus, de Pisa; Consolat Del Mare, de Barcelona. O direito comercial exercido no interior das corporaes era um direito corporativo, consuetudinrio e subjetivista, vez que era limitado aos membros das corporaes. (Sistema subjetivo) Porm, com o incremento do comrcio e novas prticas de atividades mercantis, o crdito comercial ganha importncia e surge a atividade bancria concedendo crdito tanto para os comerciantes como para os consumidores. As transaes de crdito bancrio eram documentadas atravs de ttulos cambiais, deixando tais atos acessrios ao comrcio de serem exclusivos de comerciantes para abrangerem toda a populao, impondo uma objetivao do direito comercial. Com isso foram editadas o Cdigo Comercial moderno, o Cdigo de Savary, da ordenao de Colbert, datado de 1673, o qual fixa a figura do comerciante de forma objetiva, sendo todo aquele que pratica atos pertinentes matria comercial. Outro cdigo que adota a teoria objetiva o famoso Cdigo Napolenico de 1807, pois agindo de acordo com a Teoria dos Atos de Comrcio estaria a servio da Revoluo Francesa, com suas ideias de igualdade em confronto com a teoria subjetiva que restringia o privilgio do Direito Comercial aos inscritos nas corporaes e tambm na mesma poca foi editada a celebre Lei Chapelier, a qual visava assegurar plena liberdade profissional, extinguindo os privilgios de determinadas classes ou corporaes, bem como fez o Cdigo Napolenico ao incorporar a Teoria dos Atos de Comrcio (Sistema objetivo). Mas com a inexistncia de parmetros cientficos na estipulao das atividades econmicas e a excluso de importantes atividades no rol dos atos comerciais constituram os principais motivos ensejadores para que a Teoria dos Atos do Comrcio perdesse prestgio e fosse substituda pelo sistema italiano da Teoria da Empresa que ocorreu mais de um sculo aps editado o Cdigo Napolenico, tempo mais que suficiente para inspirar todas as legislaes que seguiram seus princpios, dentre elas o Cdigo Comercial Brasileiro de 1850. De acordo com a Teoria da Empresa, o Direito Comercial tem seu campo de abrangncia ampliado, incorporando atividades at ento excludas pela Teoria dos Atos de Comrcio. Ao contrrio da teoria francesa no se divide mais as atividades econmicas em dois grandes grupos, civil e comercial. A Teoria da Empresa prev de forma ampla as atividades econmicas, excluindo somente atividades especficas, que so, as atividades intelectuais, de natureza literria, artstica ou cientfica. A Teoria da Empresa nasceu em 1942, na Itlia, alargando a incidncia do Direito Comercial. Esta terceira etapa de desenvolvimento do Direito Comercial apareceu aos olhos do mundo em poca e local que devem ser considerados, haja vista o mundo estar em plena Segunda Guerra Mundial e a Itlia ser governada pelo ditador fascista Mussolini, que buscava a harmonizao da luta de classes intermediada pelo estado nacional. A empresa no iderio fascista representa o local de harmonizao entre o proletariado e a burguesia, reunindo os ideais econmicos da empresa com os interesses dos trabalhadores. Em 1965 a Teoria da Empresa adotada pelo Projeto de Cdigo das Obrigaes que no veio a se tornar lei. Posteriormente em 1975 esta teoria figura novamente no Projeto de Cdigo Civil, o qual tramitou com lentido histrica, tornando-se o atual Cdigo Civil de 2002. Todavia, durante a tramitao do Cdigo Civil diversas leis de interesse comercial utilizaram o sistema italiano, por exemplo o Cdigo de Defesa do Consumidor de 1990, a Lei de Locao Predial Urbana de 1991 e a Lei de Registro de Empresas de 1994.
REFERNCIA Luis Eduardo Oliveira, Histria e Evoluo do Direito Empresarial. Publicado em 03/2013. Elaborado em 02/2013.