0 évaluation0% ont trouvé ce document utile (0 vote)
71 vues2 pages
O documento discute a história da ética na Grécia Antiga e como os principais filósofos da época, como Sócrates, Platão e Aristóteles, abordaram questões como a felicidade, o bem e o mal. Também apresenta as visões hedonista e estoica sobre esses temas.
O documento discute a história da ética na Grécia Antiga e como os principais filósofos da época, como Sócrates, Platão e Aristóteles, abordaram questões como a felicidade, o bem e o mal. Também apresenta as visões hedonista e estoica sobre esses temas.
O documento discute a história da ética na Grécia Antiga e como os principais filósofos da época, como Sócrates, Platão e Aristóteles, abordaram questões como a felicidade, o bem e o mal. Também apresenta as visões hedonista e estoica sobre esses temas.
discpulo Aristteles tica Histria Antonio Carlos Olivieri* Da Pgina 3 Pedagogia & Comunicao Todo mundo quer ser feliz. Isso ponto pacfico. No entanto, o que a felicidade? A resposta a essa questo certamente matria de muita discusso e controvrsia. Para uns a felicidade est na buscar do prazer. Para outros, o prazer tem como conseqncia a instabilidade, a dor e o sofrimento. Por isso, o ideal seria no dar asas s paixes e control-las. Tambm h quem pense que a perfeita felicidade s se encontra numa vida futura, que deve existir aps deixarmos este "vale de lgrimas". Para outros, ainda, no a felicidade que conta, o que importa agir conforme o dever, ainda que isso exija muito desgosto. Essas questes - que qualquer pessoa sempre acaba se colocando algumas vezes, de um modo ou de outro - tambm tm sido preocupao de muitos filsofos, atravs dos tempos. Ao tratarmos dos valores, vimos que geralmente nos referimos s regras de conduta aceitas por um grupo ou uma pessoa, quando falamos em moral. O bem e o mal Ora, ao se comportar moralmente, uma das preocupaes do homem saber distinguir o bem do mal, j que agir moralmente atuar de acordo com o bem. Portanto, ao perguntar como deve agir em determinada situao, o indivduo ou sujeito moral no est somente se colocando uma dvida prtica, mas tambm se aproximando de outras questes de carter terico e abstrato, tais como: em que consiste o bem? qual o fundamento da ao moral? qual a natureza do dever? A colocao dessas questes o ponto de partida da tica, entendida como a teoria que realiza uma reflexo crtica sobre a experincia moral, com a finalidade de discutir as noes e princpios que fundamentam a conduta moral. Antigidade grega A reflexo tica do mundo ocidental se iniciou na Grcia antiga, no sculo 5 a.C., quando as interpretaes mitolgicas do mundo e da realidade foram sendo desacreditadas e substitudas por teorias que privilegiavam as explicaes naturais. Sbios e retricos gregos do sculo 5 a.C, que vendiam seus ensinamentos filosficos, atuando como professores, os sofistas rejeitaram o fundamento religioso da moral, considerando que os princpios morais so resultado das convenes sociais. Nessa mesma poca, o famoso filsofo Scrates se contraps posio dos sofistas, buscando os fundamentos da moral no nas convenes, mas na prpria natureza humana. As idias do filsofo grego Scrates (470-399 a.C) nos chegaram atravs dos textos de um de seus discpulos, o filsofo Plato (427-347 a.C), que, no dilogo chamado "Eutfron", mostra Scrates questionando as aes do homem mpio ou santo, em sua conformidade com a ordem constituda, para ento perguntar em que consiste a impiedade e a santidade em si, independentemente dos casos concretos. Para o filsofo que os sucedeu, Aristteles (384-322 a.C), todas as atividades humanas aspiram a algum bem, dentre os quais o maior a felicidade. Segundo esse filsofo, entretanto, a felicidade no consiste em prazeres ou riquezas. Aristteles considerava que o pensar aquilo que mais caracteriza o homem, concluindo da que a felicidade consiste numa atividade da alma que esteja de acordo com a razo. A filosofia do prazer J os adeptos do hedonismo (do grego "hedon" = "prazer"), acreditavam que o bem se encontra no prazer. No entanto, convm esclarecer que o principal representante do hedonismo grego, no sculo 3 a.C., o filsofo Epicuro, considerava que os prazeres do corpo so causa de ansiedade e sofrimento. Segundo ele, para a alma permanecer tica - Filosofia - UOL Educao http://educacao.uol.com.br/filosofia/etica-historia.jhtm?action=print 1 de 2 06/03/2012 13:02 Assine 0800 703 3000 SAC Bate-papo E-mail Notcias Esporte Entretenimento Estilo Shopping Hospedagem: UOL Host Genericamente, pode-se dizer que a nossa civilizao contempornea hedonista, pois identifica a felicidade com o prazer, obtido principalmente pela aquisio de bens de consumo: ter uma bela casa, carro, boas roupas, boa comida, mltiplas experincias sexuais sem compromisso, etc. E, tambm, na dificuldade de suportar qualquer desconforto: doenas, problemas nos relacionamentos pessoais, o fato de a morte ser inevitvel, etc. Estoicismo Na mesma poca dos hedonistas, Zeno de Ccio fundava o pensamento estico, desprezando os prazeres em geral, por considerar que deles decorrem muitos males. Segundo ele, deve-se buscar eliminar as paixes, que s produzem sofrimento. O homem sbio vive de acordo com a natureza e a razo. Desse modo, deve aceitar com resignao a adversidade e o sofrimento. "Suporta e abstm-te", era a sua mxima. O estoicismo foi uma corrente filosfica que vigorou por cinco sculos, encontrando seu apogeu na Roma imperial. Seu contedo seduzia tanto escravos, como Epitecto (50-127 d.C), quanto imperadores, como Marco Aurlio (121-180 d.C). Um de seus maiores expoentes foi Sneca, que, entre outras coisas, foi o tutor do imperador Nero. O objetivo de sua moral chegar ataraxia, a ausncia total de perturbao do esprito. O ideal estico originou a noo de ascese que consiste no aperfeioamento da vida espiritual por meio de prticas de mortificao do corpo, como jejum, abstinncia e flagelao. O ideal asctico foi muito bem aceito pelo cristianismo medieval, que via no sofrimento uma forma de aproximao com Cristo. * Antonio Carlos Olivieri escritor !or"alista e diretor da P#gi"a $ Pedagogia % &omu"ica'o( &op)rig*t UOL( +odos os direitos reser,ados( - permitida a reprodu'o ape"as em tra.al*os escolares sem /i"s comerciais e desde que com o de,ido crdito ao UOL e aos autores( Compartilhe: Facebook Twitter Orkut Delicious Myspace Digg Bookmarks tica - Filosofia - UOL Educao http://educacao.uol.com.br/filosofia/etica-historia.jhtm?action=print 2 de 2 06/03/2012 13:02