TRABALHO DE PESQUISA PARA APLICAÇÕES

INFORMÁTICAS

A Cor

Trabalho realizado por:

Ricardo Gomes nº 26 do 12º B
 “A COR” – Trabalho de pesquisa para Aplicações informáticas

TEORIA DA COR
A cor é uma percepção visual provocada pela acção de um feixe de fotões sobre
células especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-processada
no nervo óptico, impressões para o sistema nervoso.

Ilustração 1 - Modelo do olho humano

A cor de um material é determinada pela média das frequências dos fotões

reflectidos pelas moléculas dos materiais. Um objecto terá determinada cor se não
absorver os raios correspondentes à frequência daquela cor. Assim, um objecto será azul
se absorver preferencialmente os comprimentos de onda não azuis, isto é, se reflectir os
comprimentos de onda correspondentes à cor azul.

No entanto a cor é mais do que apenas uma propriedade dos objectos. Quando
dizemos “este objecto é vermelho” esquecemos que a cor que vemos só existe no
cérebro e que resulta de uma série de processos neuronais no cérebro que interpretam a
resposta fisiológica da retina à luz, onde cada comprimento de onda corresponde a uma
diferente cor.

Considerando as cores como luz, a cor branca resulta da sobreposição de todas

as cores, enquanto o preto é a ausência de luz. Uma luz branca pode ser decomposta em
todas as cores (o espectro da luz visível) por meio de um prisma – teoria testada e
provada por Isaac Newton. Na natureza, esta decomposição origina, por exemplo, um
arco-íris.

Os nossos olhos apenas captam a radiação visível, porém existem outras radiações que
constituem o espectro electromagnético, tais como as ondas rádio, as microondas, as
infravermelhas, as ultravioletas, os raio-X e os raios gamas.

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Ilustração 2 - Espectro electromagnético em frequência e comprimento de onda

*A luz visível situa-se entre os 300 e os 700 nm

MODELOS DE COR
“Os modelos de cor foram criados de modo a uniformizar a forma como são
especificadas as cores em formato digital, de modo a reproduzir com rigor a cor
pretendida, quer seja pelo scanner, monitor ou impressora.”
Fonte: http://www.est.ipcb.pt/tecnologias/tec_DCG/Teorica/Sebenta%202004%20-%20Cap%20VI.pdf

Modelo RGB (Red, Green e Blue)

É possível verificarmos através de uma simples experiência que se
sobrepusermos todas as cores visíveis iremos obter luz branca, visto que, a luz branca
resulta da sobreposição das diferentes cores do espectro de radiação visível. Verifica-se,
ainda, que se misturarmos só o vermelho, verde e azul obteremos o mesmo resultado.

Ilustração 3 - Sistema RGB

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Chamam-se aditivas porque quando misturamos duas cores primárias (vermelho,

verde ou azul) obtemos outras cores e da mistura de todas as cores primárias iremos
obter o branco. Estas três cores não devem ser confundidas com os pigmentos primários
azul-cyan, magenta e amarelo, conhecidos no mundo das artes como “cores primárias”,
já que se combinam baseadas na reflexão e absorção de fotões. Pelo contrário o modelo
RGB depende da emissão de fotões de um estado excitado para um estado de energia
mais baixo.

Assim, as misturas aditivas são misturas luminosas de cores, como aquelas que
existem nos ecrãs de televisão, cinema e computador. Por exemplo no caso do
computador o monitor produz os pontos de luz partindo de três tubos de raios catódicos,
um vermelho, outro verde e outro azul.

A codificação do sistema RGB:

“Todas as cores que se visualizam no monitor estão em função das quantidades
de vermelho, verde e azul utilizadas. Por isso, para representar uma cor no sistema
RGB atribui-se um valor entre 0 e 255 (notação decimal) ou entre 00 e FF (notação
hexadecimal) para cada um dos componentes vermelho, verde e azul que o formam. Os
valores mais altos de RGB correspondem a uma quantidade maior de luz branca. Por
conseguinte, quanto mais altos são os valores RGB, mais claros são as cores (…) Desta
forma, uma cor qualquer virá representada no sistema RGB mediante a sintaxe decimal
(R,G,B) ou mediante a sintaxe hexadecimal #RRGGBB. A cor vermelha pura, por
exemplo, se especificará como (255,0,0) em notação RGB decimal e #FF0000 em
notação RGB hexadecimal…”
Fonte: http://www.criarweb.com/artigos/teoria-da-cor-modelos-de-cor.html

Modelo CMYK (Cyan, Magenta, Yellow e Black)

A forma aditiva de perceber a cor não é a única. Quando, por exemplo, a luz
branca choca contra a superfície de um objecto, este absorve diferentes valores de
comprimento de onda, enquanto outros são reflectidos. Estas ondas reflectidas são
precisamente as causadoras das cores dos objectos, cores que por serem produzidas por
filtragem de diferentes comprimentos de onda da radiação visível, denominam-se de
cores subtractivas, sendo que teoricamente a mistura de todas as cores irá originar o
preto.

Ilustração 4 Modelo CMYK

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Este sistema é normalmente utilizado nas impressões, onde se utilizam

pigmentos responsáveis pela absorção de diferentes cores de forma a criar imagens
coloridas. Os pigmentos utilizados são as cores primárias deste modelo incluindo o
preto, visto que teoricamente, quando 100% de azul-cyan, 100% de vermelho magenta e
100% de amarelo estão combinados, a cor resultante é o preto, mas na realidade a cor
obtida é o castanho-escuro. Para contrabalançar tais limitações adiciona-se preto à
mistura.

Codificação do sistema CMYK:

“Desta forma, uma cor qualquer virá expressa no sistema CMYK mediante a
expressão (C,M,Y,K), na que figuram os tantos por cento que a cor possui dos
componentes básicos do sistema. Por exemplo, (0,0,0,0) é branco puro (o branco do
papel), enquanto (100,0,100,0) corresponde à cor verde.”
Fonte: http://www.criarweb.com/artigos/teoria-da-cor-modelos-de-cor.html

Diferenças entre os dois modelos:

É de salientar que as cores primárias no modelo RGB diferem das cores
primárias no modelo CMYK.
O padrão CMYK é o mais usado na impressão, enquanto os monitores e
televisões usam o padrão RGB. O CMYK que se usa na indústria gráfica é baseado na
mistura de tintas sobre o papel e o CMYK usado nos sistemas de computador não passa
de uma variação do RGB. Assim, nem todas as cores vistas no monitor podem ser
conseguidas na impressão, uma vez que o espectro de cores CMYK (gráfico) é
significativamente menor que o RGB, pelo que há uma perda de qualidade na
impressão.

CROMINÂNCIA
“A crominância é uma característica da imagem que é definida por dois
valores: coloração e saturação. A coloração é a parte de luz reflectida por um objecto.
Este absorve luz e reflecte apenas uma parte do espectro visível. A saturação define a
proporção de branco que uma cor contém. Quanto maior for a percentagem de branco,
menor será o seu brilho. As placas gráficas de qualidade tratam a crominância e a
luminância de forma muito aperfeiçoada.”
Fonte: Excerto extraído da obra Multimédia de A a Z, de Carlos Correia, Ed. Notícias, Lisboa, 1997.

LUMINÂNCIA
A luminância pode ser considerada como uma medida do brilho (intensidade
luminosa) de uma fonte luz ou de um objecto iluminado.

Estudos ao nível da luminância permitem-nos concluir que o olho humano é

muito mais sensível à luz verde do que à luz vermelha ou a azul.

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CORES NÃO PREJUDICIAIS À VISÃO

Existem uma série de cores não tão prejudiciais à visão. Normalmente essas
cores que não provocam cansaço são cores frias nos tons do verde, azul, cinzento claro
ou branco. No entanto, se quisermos apresentar um trabalho durante um longo intervalo
de tempo, não podemos ter unicamente em conta os factores físicos e fisiológicos que
essas mesmas cores provocam como também devemos ter em atenção o público a quem
nos estamos a dirigir tendo em conta o significado cultural que cada cor tem nas
diferentes sociedades.

SIGNIFICADO DAS CORES NAS DIFERENTES

CULTURAS
Desde do início da humanidade que as cores têm sido fundamentais para nos
definirem como humanos. Os primeiros homens usavam as cores, sobretudo, para
atraírem os animais de caça. Com o evoluir da civilização as cores começaram a ter um
papel cada vez mais preponderante na definição da nossa cultura.
Nas antigas civilizações egípcias e babilónicas, o povo em geral usava
vestimentas de cores neutras, como branco, bege ou cinza e as cores vivas eram
reservadas à elite, visto que as cores mais “garridas” têm um poder superior sobre os
sentidos e serviam como uma forma de realçar a supremacia e superioridade destes
indivíduos. Já na Índia e na China o poder das cores é usado há milhares de anos como
forma de energia que influência todos os aspectos da vida. Actualmente existem
medicinas alternativas que utilizam o “poder da cor” como forma de terapia.

Significado de algumas cores em diferentes sociedades:

Branco
• Muitos dos antigos templos e das actuais igrejas são brancas.
• As tradições nipónicas consideram o branco a cor do luto.

Preto
• Em Madagáscar uma pedra negra é colocada em cada um dos quatro pontos
cardeais, sobre o túmulo, para representar a força da morte. Já para os antigos
egípcios a lama negra do Nilo representava o renascer e os gatos pretos eram
considerados duplamente sagrados diferindo das crenças ocidentais, sobretudo
as crenças da Idade Média, nas quais os gatos e as lebres pretas eram
considerados mensageiras do demónio.
• Na Roma antiga sacrificavam-se bois pretos para se satisfazer os deuses das
profundezas.

Rosa
• Rosa é uma cor ligada à deusa romana e grega do amor e da beleza, Vénus, e
representa os aspectos mais suaves do amor e bondade.

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Vermelho
• O Vermelho é uma “cor mágica” em muitas culturas, representa o sangue, a
essência da vida. Ervas eram amarradas com uma fita vermelha e esta era, por
sua vez, amarrada em volta da cabeça para aliviar a dor da enxaqueca.
• A cor vermelha é bastante desagradável para os maus espíritos, por essa razão,
na China, as pontas do cabelo dos sábios eram atadas com uma fita vermelha
para os afastar.
• No Japão, crianças com varicela são mantidas num quarto totalmente vermelho,
vestidas com roupas vermelhas para apressar o processo de cura.
• Os ingleses usavam lenços vermelhos ao pescoço para afastar os espíritos que
causavam as constipações.

Laranja
• As laranjeiras fornecem uma generosa colheita ano após ano e, tanto nas culturas
ocidentais como orientais, as suas flores são usadas pelas noivas como símbolo
de fertilidade.

Amarelo
• Os corpos dos aborígenes australianos são pintados com ocre amarelo nas
cerimónias fúnebres.
• Na China os magos escrevem os seus feitiços em papel amarelo para aumentar
sua potência.
• Na Idade Média tanto Judas como o Diabo eram representados vestidos de
amarelo.

Púrpura/ Magenta e Violeta

• É um tom especialmente sagrado para as culturas romanas e egípcias nas figuras
de Júpiter e Osíris.
• Na igreja católica o Púrpura/Magenta é usado pelos sacerdotes para transmitir
santidade e humildade.
• Na China o violeta simboliza a morte e é a cor das viúvas.

Dourado
• Na Idade Média os curandeiros prescreviam água ou licores com folhas de ouro
para a cura de problemas nos olhos e como tratamento das doenças graves.

Verde
• Na Irlanda o verde está associado às fadas e acredita-se que pode dar azar devido
a esta ligação.
• O Verde é muito usado nos hospitais com base na crença de que esta cor ajuda o
processo de recuperação da saúde.

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Azul
• É a cor das roupas de Nossa Senhora.
• Na Escócia as pessoas usam roupas azuis para restaurar a circulação sanguínea.
• No norte da Europa, por volta do ano de 1600, usava-se um pano azul no
pescoço para evitar doenças.
• Nas culturas asiáticas acredita-se que vestir ou carregar algo azul afasta o mau-
olhado.
• Nas culturas orientais o azul é conhecido por ser a fonte de sustentação da vida.

Castanho
• Nas culturas orientais acredita-se que o castanho incorpora toda a força natural
do elemento terra.

Através dos dados acima referidos podemos verificar que a cor que melhor
utilização tem a nível informático, de modo a não cansar tanto a vista, tendo em
atenção o máximo de culturas possível é o azul, visto que não tem nenhuma
conotação negativa para as principais culturas, tanto orientais como ocidentais.

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