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Novembro de 2009
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INTRODUÇÃO
1- PRESSUPOSTOS
2- TRABALHO A REALIZAR
Este trabalho divide-se em duas partes:
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Contudo, várias razões me moveram: a teimosia e ousadia em ir por caminhos
difíceis, o prazer de aprender e de explorar, mesmo errando, e a necessidade de servir os
interesses da Biblioteca.
E se os dois motivos, pessoais, eram suficientemente fortes, o terceiro, institucional,
impunha-se. A Biblioteca que coordeno não fez até agora esta reflexão (embora já tenha
pensado, como coordenadora, que teria de a fazer). Embora envolvida, porque parte
integrante da Escola, no processo de avaliação interna e externa, em Novembro de 2007, a
Biblioteca não participou directamente nesse processo, apenas tendo ficado feliz pelos
resultados obtidos, quer a nível particular, quer em termos globais da Escola. Mesmo os
documentos que constituíram todo o processo de avaliação, não foram senão lidos muito
superficialmente, na época.
Esta surge, pois, como a oportunidade e o momento para estudar o processo de
avaliação que foi realizado, e enriquecida pelo contacto com textos especializados, reflectir
sobre esse processo e sobre os seus resultados, e propor mudanças, no sentido da melhoria
da qualidade da Biblioteca e da Escola.
O próprio trabalho, em si, servirá como mais um meio para legitimação da proposta
de implementação do Modelo de Auto-Avaliação junto da Direcção da Escola e do
Conselho Pedagógico.
“ É a Hora! “
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PRIMEIRA PARTE - Análise à realidade da Escola
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As dimensões da organização que foram consideradas durante a avaliação foram:
1. A liderança;
2. Planeamento e estratégia;
3. Gestão das pessoas;
4. Parcerias e recursos;
5. Gestão dos processos e da mudança;
6. Resultados orientados para os cidadãos/clientes;
7. Resultados relativos às pessoas;
8. Impacto na sociedade;
9. Resultados de desempenho chave.
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Incentivar a troca de informação entre a organização e as partes interessadas
relevantes;
Assegurar que a informação externa disponível seja processada e usada eficazmente;
Apresentar a informação de um modo apelativo;
Assegurar que os conhecimentos das pessoas que deixam a organização sejam
preservados.” (Doc. de Auto-avaliação 2007. p.15)
Nos resultados apresentados, neste mesmo documento, nos seus pontos fracos, e ainda
relativamente à dimensão em análise, é referido, apenas: “Os docentes acham prática
habitual dispor de informação apropriada e reconhecem ter práticas pedagógicas
inovadoras e atribuem-lhe importância média”(p. 34).
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Assinale com (1) uma alternativa em cada linha
Organização do trabalho
Nenhum/Quase Todos/Quase
Poucos Muitos
nenhum todos
Trabalho em grupo-turma
Trabalho de grupo
Trabalho de pares
Trabalho individual
Diferentes modalidades em simultâneo
Tipologia do trabalho
Nenhum/Quase Todos/Quase
Poucos Muitos
nenhum todos
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SUBCRITÉRIO 4c
8. A Direcção Executiva, na gestão dos serviços de bar e cantina, tem em vista as D C B A 1 2 3 n/s
necessidades dos alunos.
10. Os professores têm à sua disposição os recursos didácticos necessários à sua D C B A 1 2 3 n/s
actividade.
11. Os funcionários responsáveis para guardar dinheiro ou outros valores (fundo de D C B A 1 2 3 n/s
maneio, propinas, selos, etc.) têm ao seu dispor equipamentos adequados à
respectiva guarda.
12. Na escola promove-se a criação de ambientes educativos que proporcionam bem D C B A 1 2 3 n/s
estar na escola.
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Verifica-se, no entanto, que, ao nível dos processos, onde são referidas as
metodologias e materiais de trabalho dos professores, uma vez mais, a Biblioteca/Centro de
Recursos não é mencionada.
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3 – CONCLUSÕES SOBRE A AVALIAÇÃO INTERNA/EXTERNA DA ESCOLA
Não podemos, porém, apenas criticar o processo realizado; ele foi o primeiro na
Escola, com professores que estudaram muito e se empenharam em fazer o melhor; o
melhor que podia ser feito, naquele ano, com aquela equipa, e com os recursos de que a
Escola dispunha; e teve o mérito de ter sido feito por iniciativa própria da Escola.
Este processo permitir testar e compreender a capacidade que a Escola tem para se
auto-avaliar e a necessidade que tem de o fazer.
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Apesar da satisfação com que todos recebemos os elogios (?) e a classificação do
nosso trabalho, dois anos volvidos, o olhar sobre este processo e sobre estes documentos é
diferente.
Ao lermos o texto de Sarah McNicol, “ Incorporating library provision in school
self-evaluation”, percebemos quanto de “cosmetic improvements” (p.4), - e acreditamos
que até feitos inconscientemente pelos actores do processo – há numa avaliação externa,
quando realizada por um organismo da tutela como a inspecção.
Organização da BE:
Planta (executada manualmente, a precisar de actualização);
Alguns registos de imagens dos espaços e das actividades realizadas;
Inventário de mobiliário, equipamento informático, áudio, vídeo, reprodução
gráfica, projector multimédia, sistema de comunicações (em remodelação);
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Capacidade (lugares sentados) de cada uma das áreas funcionais;
Áreas da BE;
Recursos documentais:
Quantidade de documentos existente por tipologia;
Catálogo automatizado;
Programa de Gestão Integrada de Bibliotecas - GIB (com possibilidade de
levantamento de: estatísticas, base de dados de utilizadores, empréstimos
realizados, documentos registados, tipo de documentos, …);
Registo de títulos de revistas assinadas/recebidas/nºs;
Registo de documentos oferecidos;
Registo de documentos adquiridos/preços;
Registo de empréstimos domiciliários;
Base de dados on-line, na página da Escola, e no catálogo colectivo da Rede
de Bibliotecas de Basto e Baixo Barroso – RB-BB;
Registo de utilização dos terminais de computador/internet;
Registo de utilização de televisão/vídeo/DVD e identificação do documento
visualizado;
Registo de utilização de auscultadores/aparelhos reprodutores de CD’s;
Gestão:
Registo de despesas com mobiliário;
Registo de despesas com fundo documental;
Registo de despesas com software específico da BE;
Cópia das convocatórias e actas das reuniões;
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De salientar que a avaliação dos aspectos da actividade da BE é feita, ainda com
base na “percepção” da equipa sobre o que é feito: fraco, satisfatório, bom,… Em termos
quantitativos apenas são apresentados dados estatísticos sobre registos de presença,
empréstimos domiciliários, aulas com o apoio da BE/na BE, os livros mais lidos, os filmes
mais vistos, os leitores que mais livros leram/requisitaram.
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A falta de envolvimento dos docentes na Escola/BE: “ainda não vestiram a
camisola”;
A necessidade de recomeçar todo um trabalho desde o início: contactos com
docentes, “formação” como utilizadores e professores, divulgação das
potencialidades e dos documentos da BE, quando a equipa que saiu estava já pronta
para começar um processo de avaliação; quando esta estiver a adquirir os hábitos,
está de saída…
A falta de tempo do Professor Bibliotecário (13 horas de coordenação) para gerir
todas as necessidades da BE;
O elevado número de dados a tratar;
…
(Penso que será melhor parar por aqui, pois poderemos correr o risco de parecermos
demasiado pessimistas ou muito preguiçosos…).
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SEGUNDA PARTE – PROPOSTA DE ACÇÃO
Tal como refere Elspeth S. Scott, em “How good is your library resource centre?”(p.6):
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1. 1ª FASE: preparação
1.1. Exposição do modelo de auto-avaliação ao coordenador da equipa de Avaliação
Interna da Escola;
2. 2ª FASE: execução
2.1 - Preparação de instrumentos de recolha:
2.1.1 Adaptação de questionários do modelo à realidade da Escola ( QD2, QA2);
2.1.2 Adaptação das grelhas de observação (O3, O4);
2.1.3 Disponibilização dos inquéritos online;
2.1.4 Aplicação dos questionários a 20% de professores e 10% de alunos;
2.1.5 Recolha de evidências, dados (registos de utilização, inquéritos…);
3. 3ª FASE: conclusão
3.1 - Fazer apreciações e retirar ilações:
3.1.1 Identificação das evidências mais relevantes para o domínio a avaliar;
3.1.2 Análise dos dados;
3.1.3 Confronto dos dados com os factores críticos de sucesso e os perfis de
desempenho;
3.1.4 Posicionamento num perfil de desempenho (identificação dos pontos fortes e
fracos);
3.1.5 Elaboração do Relatório Final;
3.1.6 Preenchimento do Modelo de Relatório da RBE e seu envio;
3.1.7 Comunicação dos resultados à Escola, Conselho Pedagógico e a outros
interlocutores (incluindo o resumo de resultados no Relatório de Auto-
avaliação da Escola);
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3.1.8 Identificação de objectivos e metas a atingir;
3.1.9 Preparação de um Plano de Acção novo;
3.1.10 Apresentação do novo plano e das medidas a implementar, no Conselho
Pedagógico;
3.1.11 Implementação do novo plano com as acções para a melhoria;
3.1.12 Monitorização do processo de implementação das acções para a melhoria.
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CONCLUSÃO
Ao terminar este já longo trabalho, não poderei deixar de referir, que, apesar de ter
optado pelo caminho mais sinuoso, senti-me bem com o que fiz: a sensação de dever
cumprido, de mais uma tarefa para “abater” com um √ numa lista que parece infindável de
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
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Bibliografia consultada:
SCOTT, Elspeth (2002) “How good is your school library resource centre? An
introduction to performance measurement”.68th IFLA Council and General
Conference August.
JOHNSON, Doug (2005) “Getting the Most from Your School Library Media
Program”, Principal. Jan./Feb 2005.
<http://www.ige.min-edu.pt/upload/AEE_2008_DRN/AEE_08_EP_Fermil_de_Basto_R.pdf>
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