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L

TA
N
Repartição de competências,

IE
B
M
A
Licenciamento e Estudo

TO
EI
IR
Prévio de Impacto Ambiental

D
E
D
VO
SI
N
TE
IN
Sílvia Cappelli
SO
Procuradora de Justiça, MP/RS
R
U
C

Presidente do Instituto “O Direito por um Planeta Verde”


O

Curso Intensivo de Direito Ambiental


D
L
IA

Rio Branco, 3 de abril de 2006


R
TE
A
-M
A
PI
Ó

1
C
L
TA
N
IE
B
M
A
TO
REPARTIÇÃO DE

EI
IR
D
E
COMPETÊNCIAS

D
VO
SI
CONSTITUCIONAIS EM

N
TE
IN
MATÉRIA AMBIENTAL U
SO
R
C
O
D
L
IA
R
TE
A
-M
A
PI
Ó

2
C
L
TA
N
IE
B
M
A
TO
Competência

EI
IR
D
E
D
VO
“é a faculdade juridicamente atribuída

SI
N
TE
a uma entidade ou a um órgão para

IN
SO
emitir decisões. Modalidade de poder
R
U
C

para realizar suas funções.”


O
D
L

José Afonso da Silva


IA
R
TE
A
-M
A
PI
Ó

3
C
Quanto à Extensão

L
TA
N
IE
B
M
• Exclusiva - é a atribuída a uma

A
TO
entidade com exclusão das demais

EI
IR
D
Ex.: art. 21, XXIII - competência

E
D
VO
exclusiva da União para explorar serviços

SI
N
e instalações nucleares

TE
IN
SO
• Privativa - é a enumerada como da
R
U

própria entidade, com possibilidade de


C
O
D

delegação e de competência suplementar


L
IA
R

(competência legislativa) Ex.: art. 22, e


TE
A

parágrafo único
-M
A
PI
Ó

4
C
L
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N
IE
B
M
A
TO
• Comum, Cumulativa ou Paralela -

EI
IR
D
campo de atuação comum a várias

E
D
VO
entidades. Federalismo cooperativo.

SI
N
Os verbos indicam ação. Cada ato

TE
IN
normativo vige em seu território
SO
R
U

Ex. art. 23. No conflito vige a mais


C
O
D

restritiva
L
IA
R
TE
A
-M
A
PI
Ó

5
C
• Concorrente - possibilidade de dispor

L
TA
N
sobre o mesmo assunto por mais de uma

IE
B
entidade - Prevalência das normas da União

M
A
TO
porque gerais

EI
IR
Ex.: art. 24 (competência legislativa)

D
E
D
VO
SI
• Suplementar - poder de formular normas

N
TE
que desdobrem o conteúdo de princípios ou

IN
SO
normas gerais ou que supram a ausência ou
R
U
C

omissão (vácuo)
O
D
L

Arts. 24, parágrafos 2º e 3º. É correlativa


IA
R

da competência concorrente
TE
A
-M
A
PI
Ó

6
C
L
TA
N
IE
B
Bens e Atividades na CF

M
A
TO
EI
Competência Comum

IR
D
E
• Art. 23, VI - proteger o meio ambiente e

D
VO
combater a poluição – exercício do poder

SI
N
TE
de polícia administrativo, criação de

IN
Unidade de Conservação, licenciamento
U
SO
R
ambiental
C
O

• Art. 225, § 1º, I a VII e §§3º e 4º versam


D
L
IA

sobre competência comum


R
TE
A
-M
A
PI
Ó

7
C
L
TA
Bens e Atividades na CF

N
IE
B
M
A
Competência Concorrente

TO
EI
• Art. 24, VI – tanto a União quanto os

IR
D
E
D
Estados podem legislar sobre: caça,

VO
SI
fauna, pesca, florestas

N
TE
• Art 24, V – produção e consumo – leis
IN
SO
estaduais de agrotóxicos do PR e RS
R
U
C
O

(ADIN 384-4-PR, Moreira Alves, DJ 14.6.91)


D
L

• Art. 24, VIII – responsabilidade por


IA
R
TE

dano ao meio ambiente


A
-M
A
PI
Ó

8
C
L
TA
N
IE
B
M
Outras Novidades

A
TO
EI
• Mineração: art. 225, § 2º - exigiu a

IR
D
E
recuperação. Decreto 97.632/89 (PRAD)

D
VO
• Espaços territoriais especialmente

SI
N
TE
protegidos: art. 225, § 1º, III – depois de
IN
SO
criados, só podem ser suprimidos ou
R
U
C

alterados através de lei (Delta do Jacuí,


O
D
L

Ação Popular)
IA
R
TE
A
-M
A
PI
Ó

9
C
L
TA
N
IE
B
M
Outras Novidades

A
TO
EI
• Energia Nuclear: art. 21, XXIII – exclusiva

IR
D
E
da União, responsabilidade objetiva,

D
VO
localização da usina mediante previsão

SI
N
TE
expressa em Lei Federal (art. 225, § 6º);

IN
SO
CE exige plebiscito (art. 256)
R
U
C
O
D
L
IA
R
TE
A
-M
A
PI
Ó

10
C
L
Matéria Polêmica

TA
N
IE
Há competência PRIVATIVA DA UNIÃO para

B
M
A
legislar sobre: art. 22, CF

TO
EI
IV - águas

IR
D
XI – trânsito e transporte

E
D
VO
XII – jazidas, minas

SI
N
TE
Essas matérias também estão previstas

IN
SO
indiretamente como competência concorrente
U
R
no art. 24, VI – defesa do solo e dos recursos
C
O

naturais, proteção do meio ambiente e controle


D
L
IA

da poluição, bem como competência


R
TE

suplementar do município, art. 30, II


A
-M
A
PI
Ó

11
C
C
Ó
PI
A
-M
A
TE
R
IA
L
D
O
C
U
R
SO
IN
TE
N
SI
VO
D
E
D
IR
EI
TO
A
M
B
IE
N
Jurisprudência

TA
L
12
L
AGROTÓXICOS

TA
N
IE
• Art 24, V – produção e consumo – leis estaduais

B
M
A
de agrotóxicos do PR e RS

TO
(ADIN 384-4-PR, Moreira Alves,

EI
DJ 14.6.91)

IR
D
• EMENTA: .... No caso, tendo em vista o maior âmbito de competência

E
D
concorrente e comum que os artigos 23 e 24 da atual Constituição

VO
deram aos Estados-membros no que diz respeito ao cuidado da saúde,

SI
N
à proteção ao meio ambiente, ao combate à poluição, às normas sobre

TE
IN
produção e consumo, bem como à proteção e defesa da saúde, para se

SO
verificar se a Lei estadual em causa é, ou não, inconstitucional por
R
invasão de competência da legislação federal, é mister que se faça o
U
C

confronto entre as legislações infraconstitucionais.


O
D
L
IA
R
TE
A
-M
A
PI
Ó

13
C
L
TA
N
• Lei Estadual do RS que determina o

IE
B
M
registro do agrotóxico no órgão ambiental

A
TO
EI
estadual - Exigência já constante na

IR
D
legislação federal (Lei de Agrotóxicos) -

E
D
VO
Constitucionalidade da legislação estadual

SI
N
- Competência concorrente entre União e

TE
IN
Estados - Art. 23 e 24 da CF - Herbicida Aura
U
SO
R
produzido pela BASF - Emprego na cultura do arroz -
C
O

Órgão ambiental estadual indeferiu o cadastro (motivos:


D
L

ausência de registro no país de origem e inexistência de


IA
R

antídoto específico conhecido). TJ/RS, MS n.º


TE
A

70011038494, 4ª CC, j. em 26/10/05.


-M
A
PI
Ó

14
C
L
TA
N
• Legislação municipal que proibia o uso e a

IE
B
M
A
comercialização do herbicida 2,4 d -

TO
EI
Inconstitucionalidade - Ausência de

IR
D
E
competência do município para legislar

D
VO
sobre o uso e o armazenamento de

SI
N
TE
agrotóxicos, seus componentes e afins -

IN
SO
Interesse nacional - Competência da União
R
U

- Município só pode legislar de forma


C
O
D

suplementar. (TJ/RS, ADIN n.º 70007940075, j. em


L
IA
R

28/06/04).
TE
A
-M
A
PI
Ó

15
C
L
QUEIMADAS

TA
N
IE
• Histórico no RS:

B
M
A
TO
– Até 1995: 04 Leis municipais que permitiam o

EI
IR
uso do fogo para atender peculiaridades locais

D
E
(Municípios de Maximiliano de Almeida, Bom

D
VO
Jesus, Lagoa Vermelha, Jaquirana) - ADINs do

SI
N
MP - Todas procedentes

TE
IN
SO
– 2000: Lei Estadual nº 11.498/00, que alterava o
R
U
C

Código Florestal do Estado, permitindo o uso do


O
D

fogo - ADIN procedente - Proc nº 70001436658


L
IA
R
TE

– 2002: Emenda à Constituição do RS n.º 32 - Proc


A
-M

nº 70005054010 - ADIN Procedente


A
PI
Ó

16
C
• Fundamento jurídico das ADINS

L
TA
N
IE
B
– ofensa à função social e ambiental da propriedade

M
A
TO
– direito fundamental ao ambiente equilibrado que

EI
IR
proíbe de modificá-lo via Emenda Constitucional

D
E
D
– ofensa aos princípios da própria Constituição

VO
Estadual (arts. 251, § 1º, 8, 10 e 13, inc. V)

SI
N
TE
– violação aos princípios da precaução e prevenção

IN
SO
– proibição de retrocesso social via Emendas
U
R
Constitucionais (direito fundamental)
C
O
D

– não há interesse local a justificar leis municipais


L
IA

porque a poluição atmosférica ultrapassa os limites


R
TE

territoriais do município
A
-M
A
PI
Ó

17
C
ESTAÇÕES DE RÁDIO-BASE

L
TA
• Município de Porto Alegre

N
IE
B
M
A
– Legislação: exige licenciamento municipal,

TO
estabelece limites de exposição humana a campos

EI
IR
eletromagnéticos mais rígidos que a Resolução da

D
E
ANATEL, distância mínima de 5 m do eixo da torre até

D
VO
as divisas do imóvel, distância horizontal mínima de

SI
N
50 metros de hospitais, escolas, creches, centros de

TE
IN
saúde, etc.
SO
– Promotoria de Justiça de Defesa do Meio
R
U
C

Ambiente de POA ajuizou 03 ACPs


O
D

• liminares para desinstalação de antenas deferidas


L
IA
R
TE
A
-M
A
PI
Ó

18
C
• Fundamentação jurídica das ACP’s

L
TA
N
IE
– constitucionalidade da lei municipal: competência

B
M
A
legislativa - Art. 30, inc. I, da CF

TO
EI
IR
– lei municipal pode fixar padrões mais rígidos que

D
E
os estabelecidos em lei federal: princípio da

D
VO
precaução em face do risco de lesão à saúde

SI
N
pública

TE
IN
SO
– competência jurisdicional da justiça estadual:
R
U
C

ausência de interesse jurídico da União ou da


O
D

ANATEL - matéria não envolve política de


L
IA

concessão do serviço público de telefonia móvel e


R
TE

sim adequação das concessionárias a padrões


A
-M

validamente estabelecidos por lei municipal


A
PI
Ó

19
C
L
– AÇÃO CAUTELAR: Brasil Telecom Celular S/A x

TA
N
Município Porto Alegre: empresa de telefonia

IE
B
ajuizou ação cautelar - desnecessidade de

M
A
licenciamento municipal em face de existência da

TO
autorização da ANATEL.

EI
IR
D
• TJ/RS: Legitimidade da legislação

E
D
VO
municipal que exige o licenciamento das

SI
N
TE
Erb’s - Insuficiência da autorização da ANATEL -

IN
Legitimidade do Município para legislar sobre o
SO
R
ordenamento territorial da ocupação do solo
U
C

urbano - Art. 31, inc. I e VIII, da CF - Autorização


O
D
L

para instalação das ERB’s é ato discricionário da


IA
R
TE

administração municipal (AI n.º 70010262939, 4º CC,


A
-M

j. em 06/04/05)
A
PI
Ó

20
C
L
POLUIÇÃO SONORA

TA
N
IE
• Legislações municipais que dispõem sobre

B
M
A
ruídos, sons excessivos ou incômodos - Fixação

TO
EI
de limites superiores aos previstos na legislação

IR
D
federal

E
D
VO
• Tribunal de Justiça do RS

SI
N
TE
IN
– Até 1997: Procedentes as ações - Direito ao meio
SO
R
ambiente ecologicamente equilibrado - Poluição
U
C

sonora como forma de degradação ambiental -


O
D

Direito natural ao repouso e ao sossego -


L
IA

Competência comum - Município não pode legislar


R
TE

de modo a conflitar com normas estaduais ou


A
-M

federais
A
PI
Ó

21
C
– Após 1998: 03 Adins do MP/RS (Municípios de Novo

L
TA
N
Hamburgo, São Lourenço e Torres) - Improcedentes -

IE
B
Constitucionalidade da legislação municipal -

M
A
TO
Limites de emissão sonora - Interesse local -

EI
Municípios podem suplementar legislação estadual -

IR
D
Artigo 30, II, da Constituição Federal (Proc.

E
D
VO
598448355, 70000697003 e 70004993143)

SI
• Caso do Município de Torres

N
TE
IN
– Adin improcedente pelo TJ/RS
SO
R
U
– ACP contra o Município (controle de
C
O

constitucionalidade incidenter tantum)


D
L
IA

– Liminar deferida - TJ/RS: cassou a liminar -


R
TE

impossibilidade de discussão de constitucionalidade


A
-M

em ACP - retorno ao status quo ante


A
PI

– ADPC - Procuradoria da República


Ó

22
C
L
TA
N
IE
B
M
A
TO
EI
IR
ALGUMAS REFLEXÕES

D
E
D
SOBRE MODELO

VO
SI
DE

N
TE
IN
GESTÃO AMBIENTAL BRASILEIRO
SO
R
U
C
O
D
L
IA
R
TE
A
-M
A
PI
Ó

23
C
L
TA
Quanto às competências

N
IE
B
M
A
TO
EI
• Indefinição das competências e ausência de

IR
D
coordenação do SISNAMA

E
D
VO
SI
N
• Definição de competência (Judiciário) pelo critério da

TE
IN
dominialidade enquanto os órgãos ambientais
SO
(Resolução CONAMA 237 e proposta de LC) o fazem
R
abrangência dos impactos
U
C
O
D

• Falta de comunicação e dissintonia entre os TACs


L
IA
R

celebrados pelos órgãos ambientais e os do Ministério


TE

Público
A
-M
A
PI
Ó

24
C
L
TA
N
Quanto ao modelo de licenciamento

IE
B
M
A
TO
EI
IR
D
• Visão reducionista, atrelando a avaliação de impactos

E
D
ao licenciamento ambiental

VO
SI
N
TE
• A avaliação de projetos de forma invididualizada -

IN
SO
ausência de informação sobre a capacidade de suporte
R
do meio ambiente e avaliação dos efeitos sinérgicos
U
C
O
D


L

Grande ênfase na etapa formal do procedimento em


IA
R

detrimento do acompanhamento da operação


TE
A
-M
A
PI
Ó

25
C
L
TA
N
IE
B
• Audiências públicas limitadas ao estudo de

M
A
impacto ambiental

TO
EI
IR
D
• Ausência real de alternativas de localização no

E
D
VO
EIA

SI
N
TE
IN
• Falta de indepedência da equipe multidisciplinar
SO
R
U
C
O

• EIAS fraudulentos ou meras cópias e ausência


D
L
IA

de mecanismos/iniciativas de responsabilização
R
TE

eficiente dos responsáveis técnicos


A
-M
A
PI
Ó

26
C
C
Ó
PI
A
-M
A
TE
R
IA
L
D
O
C
U
R
SO
IN
TE
N
SI
VO
D
E
D
IR
AMBIENTAL

EI
TO
A
LICENCIAMENTO

M
B
IE
N
TA
L
27
L
TA
N
CONCEITO

IE
B
M
A
TO
EI
• “Procedimento administrativo pelo qual o órgão

IR
D
ambiental competente licencia a localização,

E
D
VO
instalação, ampliação e a operação de

SI
empreendimentos e atividades utilizadoras de

N
TE
recursos ambientais consideradas efetiva ou

IN
SO
potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob
U
R
qualquer forma, possam causar degradação
C
O

ambiental, considerando as disposições legais e


D
L

regulamentares e as normas técnicas aplicáveis


IA
R
TE

ao caso”. (art. 1°, I, Res.CONAMA 237/97)


A
-M
A
PI
Ó

28
C
L
TA
N
IE
PREVISÃO LEGAL

B
M
A
TO
EI
IR
D
E
D
• Arts. 9º e 10, Lei 6.938/81

VO
SI
• Arts. 17 e 19, Dec. 99.274/90

N
TE
• Arts. 55 a 70, Lei Estadual 11.520/00
IN
• Resolução CONAMA 237/97SO
R
U
C

• Resolução CONAMA 279/01 (SIMPLIFICADO)


O
D

• Resoluções CONSEMA 5/98, 4/00, 38/03, 102/05


L
IA
R
TE
A
-M
A
PI
Ó

29
C
L
TA
Princípios

N
IE
B
M
A
TO
EI
• Supremacia do interesse público na

IR
D
E
proteção ambiental

D
VO
• Consideração da variável ambiental na

SI
N
TE
tomada de decisões

IN
• Publicidade SO
R
U

• Legalidade
C
O
D

• Moralidade
L
IA
R
TE

• Eficiência
A
-M
A
PI
Ó

30
C
L
TA
• Prevenção

N
IE
B
M
A
TO
• Precaução

EI
IR
D
E
D
VO
• Poluidor-pagador

SI
N
TE
IN
• Desenvolvimento sustentável
U
SO
R
C
O
D

• Função social da propriedade e da


L
IA
R
TE

empresa
A
-M
A
PI
Ó

31
C
L
TA
Funções

N
IE
B
M
A
TO
EI
• Controle de atividades utilizadoras de recursos

IR
D
ambientais, efetiva ou potencialmente

E
D
VO
poluidoras

SI
N
TE
IN
• Identificação de riscos
SO
R
U
C

• Identificação das medidas preventivas a serem


O
D
L

adotadas para a instalação e funcionamento da


IA
R
TE

atividade
A
-M
A
PI
Ó

32
C
L
TA
N
IE
B
M
A
TO
EI
• Internalização dos custos com prevenção

IR
D
E
e reparação de danos

D
VO
SI
N
TE
• Obrigação ao monitoramento e renovação
IN
de tecnologias SO
R
U
C
O
D

• Imposição de medidas mitigadoras e


L
IA
R
TE

compensatórias de danos
A
-M
A
PI
Ó

33
C
L
TA
N
IE
B
M
• Demarcação do limite de tolerância para

A
TO
emissão de poluentes

EI
IR
D
E
D
• Criação de presunção relativa de inexistência de

VO
SI
dano (tendência jurisprudencial)

N
TE
IN
SO
• Presunção de dano ambiental pela violação da
R
U
C

licença (jurisprudência e doutrina)


O
D
L
IA
R

• Permissão ao planejamento do desenvolvimento


TE
A

sustentável
-M
A
PI
Ó

34
C
L
TA
N
Etapas ou fases do Licenciamento

IE
B
M
A
TO
EI
IR
Licença Prévia: localização e projeto (arts.

D
E
D
8º, I, Res. CONAMA 237 e 9º, Res CONSEMA 38)

VO
SI
• Validade: máximo 5 anos (federal)

N
TE
IN
SO
• Licença de Instalação (arts. 8º, II e 10)
R
U
C

• Validade: máximo 6 anos (federal)


O
D
L
IA
R

• Licença de Operação (arts. 8º, III e 11)


TE
A
-M

• Validade: de 4 a 10 anos (federal)


A
PI
Ó

35
C
L
TA
COMPETÊNCIAS

N
IE
B
• Matéria polêmica

M
A
TO
• Dificuldades de aplicação que decorrem da

EI
IR
ausência do federalismo cooperativo e da

D
E
coordenação do SISNAMA

D
VO
• Jurisprudência titubeante com relação à

SI
N
atribuição para o licenciamento com reflexos na

TE
IN
competência jurisdicional
• SO
R
Superposição indevida de atuação no
U
C

licenciamento, normalmente determinada pelo


O
D

Judiciário
L
IA
R


TE

Tendência à centralização
A
-M

• Reflexo na jurisdição
A
PI
Ó

36
C
L
TA
COMPETÊNCIA DO IBAMA

N
IE
B
M
A
• IBAMA – Autarquia Federal criada pela Lei n° 7.735,

TO
EI
22.2.89. Órgão executor federal do SISNAMA (art. 6°,

IR
IV)

D
E
D
VO
• O IBAMA possui duas ordens de competência:

SI
N
• Originária: obras com significativo impacto ambiental

TE
IN
de âmbito nacional ou regional (§ 4° do art. 10 da Lei
SO
6938/81 e art. 4°, da Res. CONAMA 237/97)
R
U
C
O

• Supletiva: atuação no caso de inexistência ou inércia


D
L
IA

do órgão estadual, ou de inépcia de seu licenciamento


R
TE

(arts. 8°, I; 10, § 3° e 11, § 1°, da Lei 6938/81 e art.


A

4°, §2°, Res. 237)


-M
A
PI
Ó

37
C
L
COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO

TA
N
IE
IBAMA

B
M
A
TO
EI
• Impacto Ambiental Regional - “é todo e qualquer impacto

IR
D
ambiental que afete, diretamente (área de influência direta do

E
projeto) no todo ou em parte, o território de dois ou mais Estados”

D
VO
(art. 1°, IV, da Res. 237)

SI
N
TE
• Significativo impacto ambiental, de âmbito regional, para fins

IN
de licenciamento, é o que afeta dois ou mais Estados, enquanto que
SO
o de âmbito nacional, afeta além fronteiras do Brasil
R
U
C
O
D
L
IA
R
TE
A
-M
A
PI
Ó

38
C

L
“Compete ao IBAMA o licenciamento a que se refere o art. 10 da Lei

TA
n° 6938/81, de empreendimentos e atividades com significativo

N
IE
impacto ambiental de âmbito nacional ou regional, a saber:

B
• I - localizadas ou desenvolvidas no Brasil e em país

M
A
limítrofe; no mar territorial; na plataforma continental, na

TO
zona econômica exclusiva* em terras indígenas e em

EI
IR
unidades de conservação do domínio da União;

D
E
• II – localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais

D
VO
Estados;

SI
• III – cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os

N
TE
limites territoriais do País ou de um ou mais Estados;

IN
• IV – destinados a ...(energia nuclear)
• SO
R
V – bases ou empreendimentos militares, quando couber”
U
C

• *mar territorial (faixa de 12 m.m., compreende leito, subsolo e espaço


O
D

aéreo; zona econômica exclusiva(faixa que se estende das 12 às 200mm


L

com direitos de exploração, aproveitamento e conservação dos recursos


IA

naturais); e plataforma continental (além do mar territorial até a


R
TE

distância de 200mm(Lei 8.617/93 – arts. 1º, 6°,11 e 12 da Lei 8617/93,


respectivamente)
A
-M
A
PI
Ó

39
C
L
TA
N
Competência supletiva do IBAMA

IE
B
M
A
TO
EI
• “A supletividade da atuação do IBAMA limita-se a

IR
D
atender aspectos secundários do licenciamento. Não

E
D
pode o órgão federal discordar da licença concedida pelo

VO
órgão estadual e, na vigência desta, embargar obras,

SI
N
etc. Isso só pode ocorrer se o órgão federal demonstrar

TE
IN
que a licença estadual está eivada de vício. A
SO
observância desse parâmetro é fundamental para a
U
R
existência do SISNAMA” (Paulo de Bessa Antunes, Dir.
C
O

Ambiental, 5a edição, p. 105)


D
L
IA
R
TE
A
-M
A
PI
Ó

40
C
L
TA
Jurisprudência supletividade da

N
IE
B
atuação do IBAMA

M
A
TO
EI
• Ap Cív nº 000.234.578-3/00 Des. Brandão Teixeira TJMG .02 De

IR
Abril De 2002.

D
E
• “... Deve-se considerar, contudo, que o poder de polícia do IBAMA é

D
VO
de ordem supletiva, ou seja, o IBAMA deve atuar a partir do
momento em que o órgão estadual ou municipal não age. O

SI
N
licenciamento ambiental cabe ao IBAMA somente no caso de

TE
atividades e obras com significativo impacto ambiental, de âmbito

IN
nacional ou regional (Lei n. 6938/1981, art. 10, parágrafo 4º)”
SO
• Agravo De Instrumento Nº 2002.01.00.035559-2/MG –
R
U
TRF1a região. Rel. Des. Fed. MARIA DO CARMO CARDOSO
C

• “Constitucional. Administrativo. Ação Popular. Decisão Concessiva


O
D

de Liminar. Agravo de Instrumento. Reexame dos Pressupostos.


L
IA

Construção de Usinas Hidrelétricas. Rio Estadual. Impacto Ambiental


R

Local. Competência do Órgão Estadual para deferir o Licenciamento


TE

Ambiental
A
-M
A
PI
Ó

41
C
• A regra é o licenciamento pelos Estados-Membros

L
TA
• O IBAMA tem competência originária para o licenciamento

N
IE
de atividades e empreendimentos de significativo impacto

B
M
ambiental de âmbito nacional ou regional

A
TO
• Impacto ambiental regional é aquele que afeta

EI
IR
diretamente no todo ou em parte o território de dois ou

D
mais Estados (art. 1º, IV, Res. CONAMA 237/97)

E
D

VO
A competência originária do IBAMA está explícita no art.

SI
4° da Resolução CONAMA 237/97

N
TE
• tendência jurisprudencial em reconhecer a competência

IN
SO
do IBAMA para o licenciamento de atividades que afetem
R
os bens de domínio da União (art. 20, CF)
U
C

• A competência supletiva do IBAMA não implica supervisão


O
D

nem revisão do licenciamento ambiental, exceto se o


L
IA

procedimento estiver eivado de vício ou o órgão se


R
TE

mantiver omisso, inerte.


A
-M
A
PI
Ó

42
C
L
TA
COMPETÊNCIA DO ÓRGÃO ESTADUAL

N
IE
B
M
A
TO
Art. 5º - Compete ao órgão ambiental estadual ou do Distrito

EI
IR
Federal o licenciamento ambiental dos empreendimentos e

D
atividades:

E
D
I - localizados ou desenvolvidos em mais de um Município ou

VO
em unidades de conservação de domínio estadual ou do

SI
Distrito Federal;

N
TE
II - localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas

IN
de vegetação natural de preservação permanente
SO
relacionadas no artigo 2º da Lei nº 4.771, de 15 de setembro
R
U
de 1965, e em todas as que assim forem consideradas por
C

normas federais, estaduais ou municipais;


O
D

III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites


L
IA

territoriais de um ou mais Municípios;


R
TE

IV – delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal,


A

por instrumento legal ou convênio.


-M
A
PI
Ó

43
C
L
TA
COMPETÊNCIA DO ÓRGÃO

N
IE
B
MUNICIPAL

M
A
TO
• Novidade da Resolução 237 – competência art.

EI
IR
23, CF

D
E
D
VO
SI
• Impacto local – art. 6° - não há definição

N
TE
IN
SO
• No CONSEMA se discute o conceito de impacto
R
U
C

local – opção por tabela nas Res. 5/98 e 102/05


O
D
L
IA
R

• Os critérios podem ser questionados


TE
A

judicialmente quando os impactos


-M
A

ultrapassarem os limites territoriais do município


PI
Ó

44
C
Requisitos para exercício das

L
TA
N
competências (todos os órgãos

IE
B
M
ambientais)

A
TO
EI
• Art. 20 CONAMA 237 – Conselho de Meio

IR
D
E
Ambiente, funcionários do quadro ou à

D
VO
disposição, legalmente habilitados

SI
N
TE
IN
SO
• Resolução CONSEMA 5/98 e 102/05
R
U
C
O
D
L
IA

• Resolução CONSEMA 4/00 – habilitação


R
TE
A
-M
A
PI
Ó

45
C
Meio Ambiente como bem jurídico

L
TA
N
autônomo

IE
B
M
A
• O art. 3º, inciso I, da Lei 6938/81 contém um

TO
EI
conceito biocêntrico de meio ambiente (afastando a

IR
D
concepção subjetivista)

E
D
• O art. 225, da CF, consagrou o meio ambiente

VO
como bem jurídico autônomo diferenciado dos

SI
N
recursos naturais que o compõe

TE

IN
O critério utilizado pela CF na repartição de
SO
competências é o da predominância do interesse
R
U

• A Lei 6938/81 e a Resolução CONAMA 237/97


C
O

utilizam como critério geral fixador da competência


D
L

a amplitude do impacto ambiental


IA
R

• O licenciamento ambiental pelo IBAMA fora dos


TE
A

casos de significativo impacto de âmbito nacional


-M

ou regional é de natureza subsidiária


A
PI
Ó

46
C
L
TA
Jurisprudência sobre competência no

N
IE
B
licenciamento

M
A
TO
EI
• A ausência de regulamentação constitucional

IR
D
sobre repartição da competência comum tem

E
D
gerado decisões antagônicas entre Tribunais

VO

SI
Judiciário - prevalência da dominialidade do

N
TE
recurso natural para definir a competência

IN
• Órgão ambientais - utilizam a magnitude dos
SO
R
impactos como critério definidor da competência
U
C

para licenciar
O
D

• Essa indefinição gera insegurança jurídica e


L
IA
R

permite o questionamento de TACs firmados


TE
A
-M
A
PI
Ó

47
C
L
TA
A s s u n to N .º P r o c e s s o JF JE A r g u m e n to s d a d e c is ã o
C o n s tr u ç ã o d e H o te l A p e la ç ã o C í v e l e m O IB A M A n ã o c o n c e d e u lic e n ç a

N
IE
em zon a de M andado de X p a ra a c o n s tr u ç ã o não
p r o m o n tó r io ( A P P ) S e g u ra n ç a im p o r ta n d o se o ó rg ã o

B
2 0 0 0 .0 2 1 5 1 5 - 5 /S C a m b ie n ta l e s ta d u a l o te n h a

M
T R F 4 ª R e g iã o f e ito , e m s e tr a ta n d o d e A P P

A
s itu a d a em bem p ú b lic o

TO
( te r r e n o d a m a r in h a ) q u a lq u e r
a u to r iz a ç ã o p e lo ó rg ã o

EI
e s ta d u a l é n u la .

IR
C o n s tr u ç ã o d e H o te l E m b a rg o s F r e n te a o in te r e s s e n a c io n a l

D
e m á re a d e In f r in g e n t e s e m A C p r e s e n te , e n te n d e que a

E
p r o m o n tó r io c o m 1 9 9 8 .0 4 . 0 1 . 0 0 9 6 8 4 - X c o m p e tê n c ia p a ra o

D
lic e n ç a s e x p e d id a s 2 /S C lic e n c ia m e n to d e v e r ia t e r s id o

VO
p e la F A T M A e T R F 4 ª R e g iã o – j. a tr ib u íd a a o I B A M A .
a u s ê n c ia d e 1 8 /1 2 /2 0 0 2

SI
E IA / R IM A

N
L o te a m e n to C o n f lit o d e F r a u d e d e c o r r e n t e d e a lie n a ç ã o

TE
c la n d e s tin o e m á r e a C o m p e tê n c ia de á re a in te g r a n te do
in te g r a n t e d o 3 5 .3 3 5 /D F X p a tr im ô n io da U n iã o ,

IN
p a tr im ô n io d a U n iã o STJ c o n f ig u r a d a a o f e n s a a b e n s e

SO
j. 1 0 /1 2 /2 0 0 3 s e r v iç o s d a U n iã o s o b r e s s a i a
c o m p e tê n c ia d a J F p a r a o
R ju lg a m e n to d o f e ito .
U
E d if ic a ç ã o e m o r la R e c u r s o O r d in á r io C o m p e te a U n iã o d is c ip lin a r o
C

m a r ítim a c o m a lv a r á 1 3 .2 5 2 / P R X p a r c e la m e n to d o s o lo u r b a n o ,
O

m u n ic ip a l STJ d e ig u a l m o d o in c u m b ir á a o s
D

j. 1 9 /0 8 /2 0 0 3 E s ta d o s e x e rc e r o c o n tr o le
L

a m b ie n ta l p a r a e s ta b e le c e r o s
IA

ín d ic e s d e p o lu iç ã o to le r á v e is ,
R

cabendo ao m u n ic íp io a
TE

c o m p e tê n c ia s u p le t iv a .
E s ta b e le c im e n to A g ra v o d e E s ta b e le c im e n to c o m e r c ia l
A

C o m e r c ia l ( B a r ) e m In s tr u m e n to X c o n s tr u íd o e m á r e a s d e p r a ia s
-M

á r e a d e p r a ia e d u n a s 2 0 0 2 .0 4 . 0 1 . 0 5 6 3 6 1 - e d u n a s , A P P , p r o p r ie d a d e d a
9 /R S U n iã o e b e m d e u s o c o m u m d o
A

T R F 4 ª R e g iã o povo.
PI

j. 0 4 /0 6 /2 0 0 3
Ó

48
C
L
A s s u n to N .º P r o c e s s o JF JE A r g u m e n to s d a d e c is ã o

TA
P e s c a p r e d a t ó r ia e m C o n f lit o C o m p e tê n c ia E m r a z ã o d e o c r im e t e r s id o

N
r io in te r e s t a d u a l 3 8 .0 3 6 / S P X c o m e t id o em á g u a s d e r io

IE
STJ in t e r e s t a d u a l d e p r o p r ie d a d e d a

B
j. 2 6 / 0 3 /2 0 0 3 U n iã o , f ir m a - s e a c o m p e t ê n c ia

M
d a J F p a r a o c o n h e c im e n to d a

A
m a té r ia .

TO
P e s c a p e tr e c h o s C o n f lit o C o m p e tê n c ia C o n f lit o n e g a t iv o . C a s o e m q u e
p r o ib id o s e m r io d o - X n ã o s e a p r e s e n ta c ir c u n s tâ n c ia

EI
E s ta d o d e S P 2 9 5 0 8 /S P c o n v o c a d o r a d a c o m p e tê n c ia

IR
STJ da J u s t iç a F e d e r a l.

D
j. 1 1 / 1 0 /2 0 0 0 R e c o n h e c im e n t o da
c o m p e t ê n c ia da J u s tiç a

E
D
E s ta d u a l
O b r a d e im p la n t a ç ã o A g r a v o I n s tr u m e n t o E m p r e e n d im e n to lo c a liz a d o e m

VO
d e B a r r a g e m e U s in a 2 0 0 0 .0 1 . 0 0 . 1 3 6 7 0 4 - U n id a d e d e C o n s e r v a ç ã o d e

SI
H id r o e lé t r ic a e m 6 /G O X d o m ín io da U n iã o ,

N
U n id a d e d e T R F 1 ª R e g iã o c a r a c t e r iz a d o o in te r e s s e

TE
C o n s e rv a ç ã o j. 2 4 / 1 1 /2 0 0 3 ju r íd ic o d a U n iã o e m d e f e n d e r
s e u p a tr im ô n io .

IN
D e s m a ta m e n t o d e R e c u r s o E s p e c ia l A c o m p e t ê n c ia d a J F r e s t r in g e -
á r e a d e v e g e ta ç ã o d e 6 1 0 . 0 1 5 /T O X s e à s h ip ó te s e s e m q u e o s

SO
c e rra d o STJ c r im e s a m b ie n ta is são
R
j. 0 6 / 0 5 /2 0 0 4 p e r p e t r a d o s e m d e tr im e n t o d e
U
b e n s e s e r v iç o s o u in te r e s s e s
C

d a U n iã o o u d e s u a s a u t a r q u ia s
O

ou e m p re s a s p ú b lic a s , não
D

v is lu m b r a n d o q u a lq u e r
L

c ir c u n s t â n c ia q u e ju s tif iq u e a
IA

c o m p e t ê n c ia da JF p a ra
R

p r o c e s s a m e n t o e ju lg a m e n to
TE

d o f e ito .
D r a g a g e m d e r io c o m R e c u r s o E s p e c ia l Im p o n d o - s e a p a r t ic ip a ç ã o d o
A

lic e n ç a s e x p e d id a s 5 8 8 .0 2 2 /S C X IB A M A e a n e c e s s id a d e d e
-M

p e la F A T M A e STJ p r é v io E I A /R I M A , a a t iv id a d e d o
a u s ê n c ia d e j. 1 7 / 0 2 /2 0 0 4 ó rg ã o e s ta d u a l, in casu, a
A

E IA / R I M A F A T M A , é s u p le t iv a .
PI
Ó

49
C
A s s u n to N .º P r o c e s s o JF JE A r g u m e n to s d a d e c is ã o

L
A u to r iz a ç ã o p a r a R e c u r s o E s p e c ia l A u to r iz a ç ã o p a ra c o rte e

TA
c o r te e tr a n s p o r te d e 5 3 9 .1 8 9 /S C tr a n s p o r te d e v e g e ta ç ã o p e la
v e g e ta ç ã o STJ X F A T M A d e n a t u r e z a p r e c á r ia ,

N
(F A T M A /IB A M A ) e j. 1 1 /0 5 /2 0 0 4 p r e j u d ic a n d o A P P e p o s t e r io r

IE
p o s t e r io r a p u r a ç ã o d e in t e r v e n ç ã o a d m in is t r a t i v a do

B
d a n o a m b ie n t a l IB A M A .

M
A
R e v o g a ç ã o p e lo A g ra v o d e I B A M A m o d if ic o u e n t e n d im e n t o

TO
I B A M A d e lic e n ç a In s tru m e n to X e r e v o g o u a lic e n ç a c o n c e d i d a
c o n c e d i d a à p e s q u is a 2 0 0 3 .0 1 .0 0 .0 2 9 0 1 8 - a o a rg u m e n to d e q u e a á re a

EI
t é c n ic a d e a lg a s 7 /D F e r a d e r e le v a n t e in t e r e s s e p a r a

IR
c a lc á r ia s T R F 1 ª R e g iã o a p r e s e r v a ç ã o a m b ie n t a l c o m
j. 1 5 /1 2 /2 0 0 3 in t e n ç ã o d e c r ia ç ã o d e U n id a d e

D
d e C o n s e r v a ç ã o A m b ie n t a l.

E
In s ta la ç ã o d e R e c u r s o E s p e c ia l In a d e q u a ç ã o lo c a c i o n a l do

D
p e n it e n c iá r i a e 5 3 0 .4 3 4 /S C im ó v e l p r e v is t o p a ra a

VO
ir r e g u la r i d a d e s d e STJ X in s t a la ç ã o d a P e n it e n c iá r ia e
a t e r r o s a n it á r io j. 1 8 /0 5 /2 0 0 4 condenação p e lo M PF do

SI
h o s p it a l a r n o m e s m o E s ta d o de SC a p ro c e d e r
im ó v e l a tiv id a d e s n e c e s s á r ia s à

N
r e g u la r iz a ç ã o e

TE
d e s c o n t a m in a ç ã o do a te rro

IN
s a n it á r io h o s p i t a l a r e x is t e n t e n o
m e s m o im ó v e l.

SO
D e p ó s i t o d e m a d e ir a R e c u rs o X N ã o é a M a t a A t lâ n t ic a q u e
n a t i v a p r o v e n ie n t e d e E x tr a o r d in á r io in t e g r a o p a t r im ô n io n a c io n a l,
M a t a A t lâ n t ic a
R
3 0 0 .2 4 4 - 9 /S C b e m d a U n i ã o . P o r o u t r o la d o , o
U
STF in t e r e s s e d a U n i ã o p a r a q u e
C

j. 2 0 /1 1 /2 0 0 1 o c o r r a a c o m p e t ê n c ia d a J F
O

t e m d e s e r d ir e it o e s p e c í f ic o , e
D

não com o o c o rre no caso,


L

in t e r e s s e g e n é r ic o da
IA

c o le t iv id a d e e m b o r a a í t a m b é m
in c lu í d o g e n e r ic a m e n t e o
R

in t e r e s s e da U n iã o ,
TE

c o n s e q u e n te m e n te a
A

c o m p e tê n c ia é d a J E .
-M

T ra n s p o rte d e H a b e a s C o rp u s X C r im e s a m b ie n t a is d e v e m s e r
m a d e ir a e m t o r a s e m 8 1 .9 1 6 -8 /P A , S T F j u lg a d o s p e la J E , n ã o s e n d o o
A T P F ( c r im e j. 1 7 /0 9 /2 0 0 2 fa to do IB A M A p ro m o v e r a
A

a m b ie n t a l) f is c a li z a ç ã o q u e im p lic a r ia n a
PI

c o m p e tê n c ia J F .
Ó

50
C
A s s u n to N .º P r o c e s s o JF JE A r g u m e n to s d a d e c is ã o

L
TA
A l v a r á d e p e s q u is a d e A g ra v o d e O b t e v e a lv a r á d e p e s q u is a d e
a r g il a c o m e x t r a ç ã o In s tru m e n to X a r g il a , m a s e s t a v a e x t r a i n d o

N
e s t e n d id a a o m in e r a l 2 0 0 3 .0 0 8 9 9 9 -3 /S C f e ld s p a t o sem lic e n ç a

IE
f e ld s p a t o e m A P P T R F 4 ª R e g iã o a m b ie n t a l f o r n e c id a p e la

B
j. 0 3 /1 1 /2 0 0 3 FATM A.

M
A fro n ta a A D IN 2 .3 9 6 -9 /M S X A o d is p o r s o b r e n o r m a s g e r a is

A
c o m p e tê n c ia STF d e c o m e r c ia li z a ç ã o d e p r o d u t o s
le g is la t i v a j. 0 8 /0 5 /2 0 0 3 à b a s e d e a m ia n t o , m a t é r ia

TO
c o n c o r r e n te d a U n iã o d is c ip lin a d a p o r m e io d e l e i

EI
p a r a e d it a r n o r m a s n o f e d e r a l, o le g is la d o r o r d i n á r i o
c a s o e s p e c í f ic o d o d o E s ta d o d o M S e x a c e rb o u a

IR
a m ia n t o e s u a s c o m p e tê n c ia l e g is la t iv a

D
v a r ie d a d e s . c o m p le m e n t a r que lh e fo ra

E
a t r ib u í d a p o r m e io d o p a r á g r a f o

D
2 º d o a r ig o 2 4 d a C a r ta M a g n a ,
la b o r a n d o f la g r a n t e de

VO
in c o n s t it u c i o n a li d a d e f o r m a l.

SI
C r im e c o n t r a a f lo r a . C o n f lit o C o m p e t ê n c i a C o n f lit o d e C o m p e t ê n c i a . C r im e
A rt.5 0 L 9 6 0 5 /9 8 .M a ta 3 8 3 8 6 /B A - S T F c o n t r a a f lo r a . A r t ig o 5 0 d a L e i

N
A t l â n t ic a , n ã o - j. 2 3 /0 4 /2 0 0 3 X n º 9 .6 0 5 /9 8 . M a ta A t l â n t ic a .

TE
d e m o n s t r a ç ã o le s ã o a N ã o - d e m o n s tr a ç ã o d e le s ã o a

IN
b e m , in t e r e s s e o u b e m , in t e r e s s e o u s e r v iç o d a
s e r v iç o d a U n iã o . U n iã o . C o m p e t ê n c ia d a J u s t iç a

SO
E s ta d u a l
N ã o e n q u a d ra r a R e c u rs o A c ó rd ã o que c o n c lu iu p e la
M a t a A t lâ n t ic a n a
R
E x tr a o r d in á r io X c o m p e t ê n c i a d a j u s t iç a c o m u m
U
d e f in iç ã o d e b e m d a 2 9 9 8 5 6 /S C p a r a j u l g a r o c r im e p r e v is t o n o
C

U n iã o STF a r t . 4 6 , p a r á g r a f o ú n ic o , d a L e i
O

j. 1 8 /1 2 /2 0 0 1 n º 9 6 0 5 / 9 8 . A le g a d a v io la ç ã o
D

aos a rts . 109, IV ; e 225,


L

p a rá g ra fo 4 º, da CF.
IA

I n e x is t ê n c ia das
R

in c o n s t it u c i o n a li d a d e s
TE

a p o n t a d a s , h a j a v is t a n ã o s e
e n q u a d r a r a M a t a A t l â n t ic a n a
A

d e f in iç ã o d e b e m d a U n iã o e
-M

não se e s ta r d ia n t e de
in t e r e s s e d ir e t o e e s p e c í f ic o
A

d e s t a a e n s e j a r a c o m p e t ê n c ia
PI

d a J u s t iç a F e d e r a l.
Ó

51
C
L
A s s u n to N .º P r o c e s s o JF JE A r g u m e n to s d a d e c is ã o

TA
D e s m a ta m e n to R e c u rs o D e s m a t a m e n t o e d e p ó s ito d e
d e p ó s it o d e m a d e ir a E x tr a o r d in á r io m a d e ir a p r o v e n ie n t e d a M a t a

N
d e M a t a A t lâ n t ic a 3 4 9 1 8 4 /T O – S T J A tlâ n t ic a q u e s e e n t e n d e u n ã o

IE
e n te n d e u n ã o s e r j. 0 3 /1 2 / 2 0 0 2 X ser bem da U n iã o ) , nem

B
b e m d a U n iã o , n e m in te r e s s e d ir e t o e e s p e c íf ic o d a

M
d e c o r r e r c o m p e t ê n c ia U n iã o ( o in t e r e s s e d e s ta n a

A
J F a c ir c u n s t â n c ia d e p r o t e ç ã o d o m e io a m b ie n t e s ó

TO
c a b e r a o IB A M A é g e n é r ic o ) , n e m d e c o r r e r a
f is c a liz a ç ã o c o m p e tê n c ia d a J u s tiç a F e d e r a l

EI
d a c ir c u n s t â n c ia d e c a b e r a o

IR
I B A M A , q u e é ó r g ã o f e d e r a l, a

D
f is c a liz a ç ã o d a p r e s e r v a ç ã o d o
m e io a m b ie n te , a c o m p e t ê n c ia

E
p a r a ju lg a r o c r im e q u e e s t a v a

D
e m c a u s a ( a r t ig o 4 6 , p a r á g r a f o

VO
ú n ic o , da L e i 9 6 0 5 /9 8 , na
m o d a lid a d e de m a n te r em

SI
d e p ó s it o p r o d u t o s d e o r ig e m

N
v e g e t a l in t e g r a n t e s da f lo r a

TE
n a t iv a , sem lic e n ç a p a ra
a r m a z e n a m e n t o ) e r a d a J u s t iç a

IN
e s ta d u a l c o m u m .

SO
C r im e s c o n t r a a f lo r a , C o n f lit o d e C o n f lit o n e g a t iv o de
in a p lic a b ilid a d e C o m p e t ê n c ia c o m p e tê n c ia . C r im e s c o n tr a a
s ú m u la 9 1 /S T J a p ó s R
3 4 3 6 6 /S P - S T J X f lo r a . In a p lic a b ilid a d e da
U
a L 9 6 0 5 /9 8 , j. 2 2 /0 5 / 2 0 0 2 s ú m u la 9 1 / S T J a p ó s a L e i n º
C

in e x is t ê n c ia d e 9 6 0 5 /9 8 . In e x is tê n c ia de
O

in te r e s s e d a U n iã o in te r e s s e , em p r in c í p io , da
D

U n iã o . C o m p e t ê n c ia d a ju s t iç a
c o m u m e s ta d u a l.
L
IA

C r im e c o n t r a o m e io C o n f lit o C o m p e t ê n c ia C o n f lit o de C o m p e t ê n c ia –
a m b ie n t e e m t e r r a s 3 0 2 8 4 /M G - S T J C r im e c o n t r a o m e io a m b ie n t e
R
TE

p a r t ic u la r e s n ã o - j. 2 5 /1 0 / 2 0 0 0 X – te rra s p a r t ic u la r e s não-
o n e ra d a s , o n e ra d a s – in e x is tê n c ia de
A

in e x is t ê n c ia d e le s ã o le s ã o a b e n s , s e r v iç o s ou
-M

b e n s , s e r v iç o s o u in te r e s s e s da U n iã o –
in te r e s s e s d a U n iã o c o m p e tê n c ia da ju s t iç a
A

e s t a d u a l.
PI
Ó

52
C
L
TA
Abrangência do impacto como

N
IE
B
critério para o licenciamento

M
A
TO
• TJSP - AI nº 182.852-1 - 5ª Câmara Cível -

EI
Irrelevante que a degradação ambiental alcance bens de domínio da

IR
D
União, mais precisamente um rio interestadual, os terrenos

E
marginais e suas praias. O interesse que se visa tutelar com a ação

D
civil pública e o meio ambiente, patrimônio comum a toda

VO
população, e não, especificamente, da União Federal. (JTJ-LEX

SI
N
144/149 in notas de rodapé de MIRRA, Álvaro Luiz Valery. Ação Civil

TE
Pública e a Reparação do Dano ao Meio Ambiente, São Paulo: Ed Juarez de

IN
Oliveira, 2002, p. 159)
SO
R
U
• TJSP - AP. Cív. 21.564-5/5 - 5ª Câmara Cível
C
O

A Justiça Estadual é competente para processar e julgar ação civil


D

pública de reparação de danos causados ao meio ambiente, ainda


L
IA

que a área em litígio pertença à União. (RT 757/164, in MIRRA, op.cit.,


R
TE

p. 159)
A
-M
A
PI
Ó

53
C
L
• TJSP - AI n 007.109-5/7 - 5ª Câmara Cível

TA
N
COMPETENCIA - Ação civil pública - Proteção da

IE
B
natureza - Patrimônio publico - Extração de quartzo -

M
A
Terreno de domínio da União - Degradação ambiental -

TO
Competência da Justiça Estadual para processar e julgar

EI
ação civil pública visando a proteção do meio ambiente.

IR
D
(Revista de Direito Ambiental, vol. 4, p. 143, in MIRRA, op.

E
D
cit., p. 159)

VO
SI
• TRF/4º REGIÃO - AG - 82734 - 3ª TURMA -

N
TE
TRF400082864

IN
SO
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
R
Naturais Renováveis - IBAMA, em caráter supletivo à
U
C

atuação do órgão estadual, possui competência para


O
D

proceder o licenciamento ambiental de área de


L
IA

preservação permanente, terras de marinha ou praias,


R
TE

devendo impedir a construção de obras nestes locais -


A

Lei n° 6938/81, na redação dada pela Lei n° 7.804/89.


-M

Agravo de instrumento improvido


A
PI
Ó

54
C
Críticas sobre os critérios

L
TA
N
preponderantes para a definição de

IE
B
M
competência

A
TO
EI
• Centrada na dominialidade

IR
D
• Tendência à centralização

E
D
• Confusão entre significativa degradação

VO
SI
ambiental e impacto ambiental regional

N
TE
• Ausência de definição de impacto local

IN
• SO
Tendência à escolha da Justiça por dúvidas
R
U

quanto à parcialidade dos órgãos estaduais


C
O


D

Falta de repressão e correção dos problemas na


L
IA

fonte
R
TE

• Falta de fiscalização dos municípios


A
-M
A
PI
Ó

55
C
C
Ó
PI
A
-M
A
TE
R
IA
L
D
O
C
U
R
SO
IN
TE
N
SI
VO
D
E
D
IR
EI
TO
A
M
B
IE
N
TA
L
LICENÇAS AMBIENTAIS
NATUREZA JURÍDICA DAS

56
L
TA
Autorização

N
IE
B
M
A
TO
EI
Ato precário e discricionário

IR
D
E
D
VO
SI
Ato constitutivo de direitos

N
TE
IN
SO
R
U

Não gera direitos subjetivos


C
O
D
L
IA
R
TE

Revogável sem indenização


A
-M
A
PI
Ó

57
C
L
TA
LICENÇA

N
IE
B
M
A
TO
Ato vinculado e definitivo

EI
IR
D
E
D
Não há discricionariedade

VO
SI
N
TE
Ato declaratório de direito preexistente

IN
SO
R
U

Resulta em direito subjetivo para titular


C
O
D
L
IA

Revogação gera indenização


R
TE
A
-M
A
PI
Ó

58
C
L
TA
N
IE
B
M
A
TO
EI
DIVERGÊNCIA DOUTRINÁRIA SOBRE

IR
D
E
A NATUREZA JURÍDICA DAS

D
VO
LICENÇAS AMBIENTAIS

SI
N
TE
IN
SO
R
U
C
O
D
L
IA
R
TE
A
-M
A
PI
Ó

59
C
L
TA
Partidários da autorização

N
IE
B
M
A
TO
EI
IR
• Paulo Affonso Leme Machado (Dir. Amb. Brasileiro)

D
E
D
VO
SI
N
• Vladimir Passos de Freitas

TE
(Dir. Adm. e Meio

IN
Ambiente)
SO
R
U
C
O
D

• Toshio Mukai (Dir. Amb. Sistematizado)


L
IA
R
TE
A
-M
A
PI
Ó

60
C
L
TA
N
Partidários da licença

IE
B
M
A
TO
EI
• William Freire (Direito Ambiental Brasileiro)

IR
D
E
D
VO
• Édis Milaré (Direito do Ambiente)

SI
N
TE
IN
• Antônio Inagê de Assis (O Licenciamento
SO
R
Ambiental)
U
C
O
D
L

• Daniel Fink
IA

(Aspectos Jurídicos do
R
TE

Licenciamento Ambiental)
A
-M
A
PI
Ó

61
C
L
TA
Partidários da natureza ‘sui

N
IE
B
generis’ própria ao Direito

M
A
TO
Ambiental

EI
IR
D
E
D
• Celso Fiorillo (Curso de Direito Ambiental

VO
SI
Brasileiro)

N
TE
IN
SO
• Paulo de Bessa Antunes (Direito Ambiental)
R
U
C
O
D

• Heli Alves de Oliveira (Responsabilidade do


L
IA
R

Estado por Danos Ambientais) – a LP é licença


TE
A

enquanto a LI e LO são autorizações


-M
A
PI
Ó

62
C
L
TA
N
IE
B
M
A
TO
EI
IR
D
ESTUDO PRÉVIO DE

E
D
VO
IMPACTO AMBIENTAL E

SI
N
TE
RELATÓRIO DE IMPACTO
IN
SO
AMBIENTAL
R
U
C
O
D
L
IA
R
TE
A
-M
A
PI
Ó

63
C
L
TA
N
Estudo de Impacto Ambiental

IE
B
M
A
TO
• AIA X EIA

EI
IR
o EIA é apenas uma das espécies de avaliação de impacto ambiental,

D
E
como vimos, ao lado do licenciamento, auditoria, estudos ambientais,

D
VO
etc.

SI
N
TE
• Previsão Legal
IN
SO
R
CF – art. 225, § 1°, IV
U
C

Lei 6803/80 (art. 10, § 3°)


O
D

Lei 6938/81 (art. 9°, III)


L
IA

Dec. 99274/90 (art. 17, §§ 1°, 2° e 3°)


R
TE

Resolução CONAMA 1/86 e 9/87


A
-M

CE – art. 251, § 1°, V


A

Lei Estadual 11520/00 (arts. 71/83 e 84)


PI
Ó

64
C
L
TA
N
IE
B
• Conceito de Impacto Ambiental – art 1°

M
A
TO
da Resolução CONAMA 1/86

EI
IR
Conceito de EIA – “é o estudo das prováveis

D
E
modificações nas características sócio-econômicas

D
VO
e biofísicas que ocorrerão no meio ambiente, a

SI
N
partir da introdução de obra, atividade ou

TE
empreendimento capaz de causar significativa

IN
SO
degradação” U
R
“consiste em um conjunto de atividades
C
O

científicas e técnicas de diagnóstico, previsão e


D
L

medição dos impactos e definição de suas


IA
R

medidas mitigadoras” (Geraldo Mario Rohde)


TE
A
-M
A
PI
Ó

65
C
L
TA
• Natureza jurídica

N
– pré-procedimento administrativo,

IE
B
vinculado ao licenciamento ambiental, de natureza constitucional,

M
destinado a avaliar impactos e definir medidas mitigadoras ou

A
TO
compensatórias pela introdução de atividade significativamente
degradante

EI
IR
D
E
• Hipóteses de incidência

D
– para atividades capazes de

VO
causar significativa degradação ambiental (art. 225, §1°, IV,

SI
CF)

N
TE
Art. 2° da Res. CONAMA 01/86 – rol exemplificativo. Presunção

IN
jure et de jure (Álvaro Mirra) e juris tantum ( Édis Milaré)
SO
O rol vincula a decisão do administrador (motivo ou causa do ato
R
administrativo expresso na legislação). A não exigência invalida o
U
C

procedimento.
O
D
L


IA

A vantagem do rol exemplificativo é retirar a discricionariedade


R

da decisão do órgão licenciador


TE
A
-M
A
PI
Ó

66
C
L
TA
E QUANDO A ATIVIDADE NÃO

N
IE
B
CONSTA DO ROL DO ART. 2°?

M
A
TO
EI
• Competirá à autoridade administrativa avaliar se a

IR
D
atividade é capaz de causar significativa degradação

E
D
ambiental (art. 225, § 1°, IV, CF)

VO
SI
• Conceitos jurídicos indeterminados:

N
TE
• “Compreendem conceitos de experiência ou de valor – não

IN
SO
conduzem a uma situação de indeterminação na sua aplicação. Tais
conceitos só permitem uma ‘unidade de solução’ em cada caso. A
R
U
discricionariedade é essencialmente uma liberdade de eleição entre
C
O

alternativas igualmente justas ou entre indiferentes jurídicos, ao


D

passo que a aplicação de conceitos indeterminados é um caso de


L
IA

aplicação da lei” (Eros Grau, Poder discricionário, RDP 93, p. 42)


R
TE
A
-M
A
PI
Ó

67
C
L
TA
Conceito de significativa

N
IE
B
M
degradação

A
TO
EI
IR
D
E
Não há conceito legal – é indeterminado

D
VO
• Jurisprudência norteamericana:

SI
N
• critério da extensão – a atividade, se licenciada, trará

TE
IN
efeitos ambientais adversos em excesso àqueles criados
SO
por usos existentes na área afetada
R
U
• critério da acumulação –sinergismo, área saturada, a
C
O

introdução da atividade gerará desequilíbrio ambiental


D
L

• Natureza do projeto, seu custo e sua dimensão


IA
R
TE

(Ex. Lei Estadual 9506, 15.1.92, art. 1°, § 1°)


A
-M
A
PI
Ó

68
C
Diretrizes e atividades técnicas

L
TA
(conteúdo mínimo do EIA)

N
IE
B
• a) contemplar todas as alternativas tecnológicas e de

M
A
localização do empreendimento, confrontando-as com a hipótese

TO
de sua não execução (chamada de opção zero);

EI
• b) identificar e avaliar sistematicamente os impactos

IR
ambientais gerados nas fases de implantação, operação e

D
E
desativação do empreendimento;

D
• c) definir os limites da área geográfica a ser direta ou

VO
indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de

SI
N
influência do empreendimento, considerando, em todos os casos, a

TE
microrregião sócio-geográfica e a bacia hidrográfica na qual se

IN
localiza;
SO
• d) considerar os planos e programas governamentais e não-
R
governamentais, propostos e em implantação, operação e
U
C

desativação do empreendimento;
O


D

e) estabelecer os programas de monitoramento e auditorias


L

necessárias para as fases de implantação, operação e desativação


IA
R

do empreendimento;
TE

• f) avaliar os efeitos diretos e indiretos sobre a saúde humana.


A
-M
A
PI
Ó

69
C
L
TA
Relatório de Impacto Ambiental -

N
IE
B
RIMA

M
A
TO
EI
• Previsão legal, conceito e conteúdo

IR
D
E
• Arts. 9° (conteúdo mínimo), 10 e 11

D
VO
(publicidade) Resolução 1/86 e art. 78 do

SI
N
TE
CEMA

IN
SO
• O RIMA é a tradução do EIA, de forma a
R
U

tornar acessível ao público o conteúdo


C
O
D

técnico do EIA, excepcionado o sigilo


L
IA

industrial
R
TE
A
-M
A
PI
Ó

70
C
Publicidade, acesso e participação

L
TA
N
popular no procedimento do

IE
B
M
EIA/RIMA

A
TO
EI
• Publicidade decorre da garantia constitucional do acesso

IR
D
à informação (art. 5°, XIV e XXXIV, CF), sendo expressa

E
D
com relação ao EIA (art. 225, § 1°, IV e 79 do CEMA) e

VO
ao RIMA (arts. 17, §§3° e 4°, do Dec. 99.271/90 e 10 e

SI
11, da Resolução CONAMA 1/86)

N
TE
• Formas de participação popular:

IN
SO
a) comentários escritos – art. 11, § 2°, da Res.
R
CONAMA 1/86 e art. 80 do CEMA. Prazo de 45 dias a
U
C

partir da publicação no DOE. Os comentários podem ser


O

feitos por qualquer pessoa, física ou jurídica, MP,


D
L

sindicatos, associações ambientais, órgãos de classe,


IA
R

etc.
TE
A
-M
A
PI
Ó

71
C
L
b) audiências públicas:

TA
N
IE
b.1.Previsão legal – art. 11, § 2° e Resolução 9/87

B
M
CONAMA e arts. 84 e 85 do CEMA

A
TO
b.2.Conceito e finalidade – reunião que integra o pré-

EI
procedimento do EIA e que tem por finalidade expor aos

IR
D
interessados o conteúdo do produto em análise e do seu

E
D
referido RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos

VO
presentes as críticas e sugestões a respeito (art. 1°,da

SI
N
Resolução 9/87 CONAMA). O CEMA afirma que é etapa

TE
IN
do licenciamento prévio (art. 84, I)
SO
R
U
C

Não se confunde com plebiscito. Não há votação.


O
D

Influencia no mérito da decisão administrativa. A ata e


L
IA

documentos apresentados comporão o procedimento de


R
TE

licenciamento ambiental, servindo de base ao parecer


A

final do órgão licenciador (art. 5°, Res. 9/87)


-M
A
PI
Ó

72
C
b.3. hipóteses de incidência- na legislação federal são previstas

L
TA
para discussão do EIA e do plano diretor (Estatuto da Cidade). No

N
RS, além do EIA/RIMA, são previstas audiências públicas para

IE
apreciação das repercussões ambientais de programas

B
M
governamentais e para discussão de propostas de objetivos de

A
qualidade ambiental e de enquadramento de águas interiores (art.

TO
84, II e III)

EI
IR
D
b.4. obrigatoriedade – surgiu de forma discricionária (art. 11, §2°,

E
D
Res. 1/86), tornando-se obrigatória quando solicitada pelo

VO
Ministério Público, por 50 ou mais cidadãos (pessoas/RS) ou por

SI
entidade civil (Resolução CONAMA 9/87, art. 2° e 85, II, do CEMA).

N
TE
IN
b.5. sanção pelo descumprimento – torna inválido o licenciamento
SO
(art. 2°, § 2°, Res 9/87 CONAMA e art. 85,§ 2°, CEMA)
U
R
C

b.6. número e local das audiências públicas – a legislação federal


O
D

é omissa, mas a estadual garante o desdobramento em duas


L

etapas, segundo a legislação estadual para responder eventuais


IA
R

questionamentos pendentes da primeira audiência (art. 85, VII)


TE
A
-M
A
PI
Ó

73
C
• Momento de realização e apreciação do

L
TA
EIA – o EIA sempre é prévio ao licenciamento,

N
IE
à licença prévia pois esta atesta a viabilidade

B
M
ambiental do projeto e declara a

A
TO
compatibilidade do sítio escolhido pelo

EI
empreendimento e o zoneamento.

IR
D
E
D
VO
• A Resolução 006/87 do CONAMA prevê o Estudo

SI
de Impacto Ambiental para obras de grande

N
TE
porte, sobretudo para fins hidrelétricos, que

IN
SO
tenham sido instaladas ou estejam em operação
R
antes da Res. 01/86
U
C
O
D
L

• Avaliação de impacto ambiental posterior ao


IA
R

licenciamento não é EIA, pois de nada servirá o


TE
A

instrumento se a decisão já estiver tomada e os


-M

investimentos realizados
A
PI
Ó

74
C
L
TA
A Resolução 237 revogou a

N
IE
B
obrigatoriedade do EIA/RIMA?

M
A
TO
• Entendo que não porque:

EI
IR
D
E
D
a) a Res. 237 versa sobre licenciamento, não

VO
SI
sobre EIA;

N
TE
IN
SO
a) a Res. 237 optou pela revogação explícita
R
U
dos arts. 3º e 7º, em seu art. 21. Sabe-se que
C
O

uma lei posterior revoga a anterior quando


D
L

expressamente o declare, quando seja com ela


IA
R

incompatível ou quando regule inteiramente a


TE

matéria de que tratava a lei anterior, de acordo


A
-M

com o art. 2º, parágrafo 1º, da LICC;


A
PI
Ó

75
C
L
TA
N
c) a Res. 237 não regula inteiramente a matéria do

IE
B
EIA/RIMA, ao contrário, a única referência a ele feita é a

M
A
do art. 3º e seu parágrafo único, além da revogação

TO
EI
expressa antes mencionada;

IR
D
E
D
d) a Resolução posterior não dispõe contrariamente à

VO
de nº 1/86 porque a dispensa do EIA/RIMA, diante da

SI
N
ausência de impacto ambiental significativo sempre

TE
IN
existiu, não foi invenção da Resolução nº 237. É que,
SO
não estando incluída no art. 2º da Resolução 1/86
R
U
compete ao órgão licenciador examinar a presença da
C
O

significativa degradação ambiental que é um conceito


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jurídico indeterminado, podendo haver revisão pelo


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Judiciário
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