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Artigo publicado na Revista Eletrônica do Centro dos Capitães da Marinha Mercante número 114, em dezembro de 2013. O autor faz críticas a burocracia existente para operação de um navio nos portos brasileiros.
Artigo publicado na Revista Eletrônica do Centro dos Capitães da Marinha Mercante número 114, em dezembro de 2013. O autor faz críticas a burocracia existente para operação de um navio nos portos brasileiros.
Artigo publicado na Revista Eletrônica do Centro dos Capitães da Marinha Mercante número 114, em dezembro de 2013. O autor faz críticas a burocracia existente para operação de um navio nos portos brasileiros.
Centro dos Capites da Marinha Mercante - Revista Eletrnica 114
15 de dezembro de 2013.
Comte. Carlos Augusto Mller CLC c.a.muller@uol.com.br
Aps ler na ltima Revista Eletrnica do CCMM o artigo Os encargos administrativos de um moderno comandante de navio, que trata da burocracia nos portos do mundo, narrada em uma sesso da FAL-IMO pelo capito mercante dinamarqus Christian Rrbeck, cheguei concluso de que ns, brasileiros, conseguimos superar o padro mundial de excesso de burocracia. Por aqui no necessrio nem mesmo sair de um pas para outro para encontrar a diversidade de requisitos abordada pelo capito Rrbeck. Para ilustrar o tema, vamos tomar como exemplo os nossos navios petroleiros que frequentam a Bacia de Campos para carregamento e depois seguem para os portos de Angra dos Reis, So Sebastio, So Francisco do Sul e Rio de Janeiro para descarga. Esses navios fazem em mdia 2 a 4 viagens por ms entre esses portos onde escalam seguidamente. Em todas as chegadas, em qualquer um deles, so solicitadas as mais diversas listas e documentos, como se o navio nunca tivesse estado l, tais como: listas de tripulantes, listas de passageiros, listas de vacina contra febre amarela, listas de pertences de tripulantes e passageiros, manifestos de carga, inventrios de mquinas, convs e paiis alfandegados, listas dos ltimos portos visitados, formulrios de gua de lastro, listas de medicamentos controlados, declaraes negativas de armas e munies, entre outras. No raro, as mesmas listas so solicitadas em vias originais assinadas pelo comandante para cada rgo ou agncia do governo. Ao sair de um porto para outro, toda documentao novamente solicitada. Podemos tambm citar o porto do Rio de Janeiro, que aplica de forma mais abrangente o conceito do "Porto sem Papel", porm nas experincias recentes que tivemos, o que se percebe desanimador, pelo menos para quem trabalha a bordo, pois no h reduo de papel. H uma planilha onde so inseridas todas as informaes que eram enviadas e entregues anteriormente em papel, porm, juntamente com esta planilha, deve-se tambm enviar todos os documentos assinados e carimbados pelo comandante, devidamente digitalizados. Pode-se facilmente perceber que h muito espao para tornar esse processo mais digital e menos burocrtico. Nossos navios possuem acesso a internet, mas mesmo se no o tivessem, as informaes necessrias poderiam ser inseridas em um sistema eletrnico de controle pelos agentes de navegao e disponibilizadas para as agncias e rgos do governo. Os navios hoje so mais rpidos, passam menos tempo nos portos e operam com maior frequncia com tripulao reduzida. O excesso de documentao e burocracia aumenta a carga de trabalho dos oficiais encarregados e dos comandantes a bordo dos navios que tm outras tarefas muito mais importantes a cumprir. Parafraseando o capito Christian Rrbeck, sem o carimbo do navio o Brasil para por falta de energia.