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O processo de colonizao das Amricas pode ser avaliado tendo como base
duas formas distintas da percepo europia: uma de carcter de
contemplao, e a segunda pode ser considerada como concretizao de
uma atitude predatria.
Esta segunda, de prtica agressiva, talvez seja a mais conhecida e mais
presente no ensino da histria das colnias americanas, vista como uma
guerra declarada natureza, com finalidade de explorao, extrativismo onde se busca obter, principalmente, os recursos minerais (ouro, prata) e
vegetais, como: a pimenta, o ch, o acar, o cacau - substncias
estimulantes que so desenvolvidas na regio graas ao clima tropical. No
texto Fazedores de deserto, de Euclides da Cunha, o autor afirma - "Temos
sido um agente geolgico nefasto, e um elemento de antagonismo
terrivelmente brbaro da prpria natureza que nos rodeia". J Monteiro
Lobato, escolhe como abordagem a expanso da lavoura cafeeira do Vale do
Paraba, em um texto chamado As cidades Mortas: "A quem em nossa terra
percorre tais e tais zonas, vivas outrora, hoje mortas, ora em via disso,
tolhidas de insanvel caquexia, uma verdade, que um desconsolo, ressurge
de tantas runas: nosso progresso nmade e sujeito a paralisias sbitas.
Radica-se mal. Conjugado a um grupo de fatores sempre os mesmos, reflui
com eles duma regio para outra. Nilo emite peo. Progresso de cigano, vive
acampado. Emigra, deixando atrs de si um rastilho de taperas. (...) Ali tudo
foi, nada . No se conjugam verbos no presente. Tudo pretrito". Neste
processo, podemos ver a transio da natureza do paraso a carcaa.
J a primeira, o impulso desejante, o voyeurismo, o desejo pelo
desconhecido, de conquistar, algo bastante sensorial, que v na paisagem a
fonte de um ato de adorao. A paisagem a coisa amada, e por isso, serve
de tema e ponto de partida nas artes plsticas e na cincia.
Um marco dessa relao delicada, sutil e estetizante com relao a
paisagem das Amricas foi a construo do jardim chamado Alameda do
"