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As empresas têm a noção de que a obrigação tributária é uma imposição legal, que não
pode ser desobedecida, e todos têm a noção das conseqüências trazidas pelo seu
descumprimento, desde pesadas multas até sanções criminais. Todos também têm a noção
da responsabilidade da empresa para com o consumidor e com seus fornecedores, tanto
que as obrigações comerciais e civis são cumpridas rigorosamente à risca, a fim de evitar
problemas com os órgãos de proteção e até mesmo com o próprio poder judiciário.
Igualmente, nem todos têm a noção da importância da necessidade de se estar em absoluta
conformidade com a legislação ambiental, bem como do dever de utilizar e de se submeter
aos instrumentos existentes para a proteção ambiental, como o licenciamento ambiental e
outros, mas este cenário esta começando a mudar.
Para muitas empresas a adequação ambiental é tratada como uma mera oportunidade
comercial, e não como uma obrigação legal, o que realmente é. Por exemplo, já vi alegações
no sentido de que a conformidade ambiental é cara e que não traz benefícios à empresa e
prefere "deixar esta questão de meio ambiente de lado, para uma outra oportunidade,
ninguém fiscaliza mesmo".
Empresas são formadas por pessoas. A responsabilidade sócia ambiental, hoje, faz parte do
próprio negócio e transcende o próprio negócio. Bons resultados são alcançados, com ações
importantes que contribuem para solucionar, pelo menos em parte, os impactos ambientais.
Tais ações provaram ser especialmente eficientes quando focadas em áreas específicas e
não dispersas em iniciativas pontuais. Mais do que isso: os programas de adequação as
conformidades (compliance) atingem seus objetivos quando apostam nas potencialidades
dos beneficiários e não em suas carências, no desenvolvimento contínuo das pessoas e não
em doações financeiras ou em investimentos de infra-estrutura. A grande diferença é a
valorização do ser humano como agente de mudança.