Vous êtes sur la page 1sur 1

Ao longo da história mundial, a liberalização comercial tem sido defendida e

combatida. Foi combatida no mercantilismo nos séculos XV e XVI, com Raul Prebish
na década de 60 e após as duas crises do petróleo em 1973 e 1979. Adam Smith, no
século XVII, foi seu maior defensor, juntamente com a assinatura do Acordo Geral de
Tarifas e Comércio (GATT) em 1947 e com a criação da Organização Mundial do
Comércio (OMC) em 1994.
O que se observou no decorrer dos anos foi que a proliferação de acordos
bilaterais, áreas de livre comércio (ALC) e mercados comuns ajudou no alcance do
liberalismo do comércio mundial e, por isso, foi apoiada pela OMC.
Tais acordos possuem vantagens e desvantagens. Uma das vantagens se dá
quando há criação do comércio, ou seja, produtos que eram produzidos e
comercializados apenas internamente por um país passam a ser comprados de outro país
onde há preços mais acessíveis. Por outro lado, quando há desvio de comércio, o
comércio mundial perde, pois a ineficiência é privilegiada. Assim ocorre quando um
país que adquiria bens de outro país passa a comprar os mesmos bens de um terceiro
país que retirou suas barreiras, reduzindo seus preços.
Apesar de os blocos comerciais colaborarem para o aumento da liberação
comercial, há uma outra face que é a discriminação em relação a terceiros países. Desse
modo, países que não conseguirem acordos serão mais penalizados com tarifas do que
aqueles que fazem parte de acordos comerciais.
Além disso, blocos como o MERCOSUL, que possuem uma alíquota única em
relação a terceiros países (TEC), têm dificuldades de negociar bilateralmente com países
de fora do bloco, pois têm que obedecer às regras do bloco e precisam da aprovação de
todos os países-membros para alterações.
Se por um lado os blocos comerciais criam empecilhos, por outro há um
aprofundamento do comércio entre os países-membros. A eliminação de barreiras
tarifárias e a redução de barreiras não-tarifárias permitem que diversas empresas
utilizem insumos e produtos a preços mais acessíveis, aumentando a concorrência entre
os mercados e, dessa forma, a qualidade dos produtos. O maior beneficiado é o
consumidor final.
A OMC resolveu permitir a formação de blocos, como exceção à cláusula da
nação mais favorecida, uma vez que percebeu que esta era uma forma mais rápida de
aumentar o comércio mundial e o liberalismo comercial. Assim, acordos bilaterais
muitas vezes evoluíram para ALC, com pelo menos 85% do comércio sem a imposição
de barreiras tarifárias, e, algumas vezes, para mercados comuns, que visam além da
eliminação das barreiras comerciais à livre circulação de capital e trabalho e à TEC.
Destarte, ainda há um caminho longo para alcançar um liberalismo equalitário e
universal, principalmente hoje com proliferação de barreiras não-tarifárias. Contudo,
blocos comerciais configuram-se como alavanca para o aumento do comércio mundial
que, de outro modo, andaria a passos mais lentos.

Vous aimerez peut-être aussi