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Robert A. Day
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Revisado por:
Jaqueline de Almeida Sousa e Nathalia Martins Peres Costa – Brasília/DF
(Capa)
Robert A Day
Como Escrever e publicar um artigo científico
(Contra capa)
Robert A Day
Como escrever e publicar um artigo científico
(Créditos)
Robert A. Day
Santos Editora
Rua Dona Brígida, 701 - Vila Mariana 04)11-081-São Paulo-SP Tel.:(11)5574-1200 -Fax:
(11) 5573-8774 E-mail: editorasantos@terra.com.br
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Sumário
Prefácio - ix
Agradecimentos - xv
Capítulo 1
O que é Redação Científica? - 1
Capítulo 2
Origens da Redação Científica - 4
Capítulo 3
O que é um Artigo Científico? - 8
Capítulo 4
Como Preparar o Título - 15
Capítulo 5
Como Listar os Autores e Endereço - 22
Capítulo 6
Como Preparar o Resumo - 29
Capítulo 7
Como Escrever a Introdução - 33
Capítulo 8
Como Escrever a Seção de Materiais e Métodos - 36
Capítulo 9
Como Escrever os Resultados - 42
Capítulo 10
Como Escrever a Discussão - 45
Página VI
Capítulo 11
Como Expressar os Agradecimentos - 49
Capítulo 12
Como Citar as Referências Bibliográficas - 51
Capítulo 13
Como Construir Tabelas Eficazes - 61
Capítulo 14
Como Preparar Gráficos Eficazes - 70
Capítulo15
Como Preparar Fotografias Eficazes - 84
Capítulo 16
Como Digitar o Manuscrito - 92
Capítulo 17
A quem e Como Enviar o Manuscrito - 109
Capítulo 18
O Processo de Revisão (Como Lidar com Editores) - 117
Capítulo 19
O Processo de Publicação (Como Lidar com Provas) - 130
Capítulo 20
Formatos Eletrônicos de Publicação: CD-ROM e composições Eletrônicas - 139
Capítulo 21
A Internet e a World Wide Web - 142
Capítulo 22
O Periódico Eletrônico - 151
Capítulo 23
E-mail e News groups - 154
Capítulo 24
Como Solicitar c Utilizar Reimpressões - 158
Capílulo25
Corno Escrever um Artigo de Revisão - 163
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Capítulo 26
Como Escrever um Relatório de Encontro - 168
Capítulo 27
Como Escrever uma Revisão Crítica de um Livro - 172
Capítulo 28
Como Escrever uma Tese - 178
Capítulo 29
Como Apresentar Oralmente um Artigo - 182
Capítulo 30
Como Preparar um Pôster - 189
Capítulo 31
Ética, Direitos e Permissões - 193
Capítulo 32
Uso e Mau Uso do Inglês - 200
Capítulo 33
Evitando Jargão - 215
Capítulo 34
Como e Quando Usar Abreviações - 222
Capítulo 35
Um Resumo Personalizado - 227
Apêndice 1
Abreviações de Títulos de Periódicos Conhecidos - 230
Apêndice 2
Abreviações que Podem ser Usadas sem Definição em Cabeçalhos de Tabelas - 233
Apêndice 3
EITOS Comuns de Estilo e Ortografia - 234
Apêndice 4
Palavras e Expressões a Evitar 238
Apêndice 5
Prefixos e Abreviações para Unidades do SI (Sistema Internacional) 244
Página VII
Apêndice 6
Abreviações c Símbolos Aceitos - 245
Apêndice 7
Requisitos para Submissão de Amostra para um Periódico Eletrônico - 248
Índice - 261
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Prefácio
Publicação científica boa não é uma questão de vida ou morte; é muito mais sério
que isto.
O objetivo de uma pesquisa científica é a publicação. Os cientistas, iniciando-se
como estudantes de pós-graduação, são avaliados primariamente não por suas destrezas
nas manipulações de laboratório, não pelos seus conhecimentos inatos de assuntos
científicos amplos ou restritos e, certamente não, por suas vivacidades intelectuais ou
seus charmes; eles são avaliados, e tornam-se conhecidos (ou permanecem
desconhecidos), por suas publicações.
Um experimento científico não está completo até que os resultados sejam
publicados, não importa quão espetaculares eles sejam. De fato, a pedra angular da
Filosofia da Ciência é baseada na suposição fundamental de que pesquisa original deve
ser publicada; somente isto pode autenticar o conhecimento científico novo e assim
incorporá-lo ao acervo existente, que chamamos de conhecimento científico.
Não é necessário ao encanador escrever sobre canos, nem é necessário ao
advogado escrever sobre causas (exceto breves relatos), mas o pesquisador científico é
talvez o único, consideradas as carreiras e profissões, que precisa fornecer um
documento escrito, mostrando o que ele ou ela fez, porque foi feito, como foi feito e o que
foi aprendido a partir disso. A palavra-chave é reprodutibilidade. Isto é que faz a Ciência e
as publicações científicas únicas.
Assim, o cientista deve não somente fazer Ciência, mas "escrever" Ciência. O
mau escritor pode, e freqüentemente o faz, frustrar ou retardar a publicação
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vam para mim, aos cuidados da editora, Oryx Press, 4041 North Central Avenue, Phoenix,
AZ 85012-3397.)
Embora esta quinta edição seja maior e melhor (dizem) que as primeiras edições,
a diretriz básica do livro não foi alterada. Porque as revisões das edições anteriores
foram, na maioria, amplamente favoráveis, uma revisão drástica parecia imprudente. E as
críticas/oram favoráveis. Um crítico descreveu o livro como "tão bom quanto original".
Infelizmente, ele continuou acrescentando (citado por Samuel Johnson) que "as partes
que são boas não são originais e as partes que são originais não são boas". Vários outros
revisores críticos compararam meu estilo de escrever com aqueles de Shakespeare,
Dickens e Thackeray, mas não favoravelmente. Um outro crítico disse (parafraseando
George Jean Natham) "Day é um escritor para as idades -para as idades de quatro a
oito".
Porém, por que uma quinta edição, realmente? O que aconteceu desde o
lançamento da quarta edição (1994) que justifique uma nova edição agora? A resposta é
tudo à nossa volta. A Ciência e o relato da Ciência sofreram mudanças realmente
revolucionárias nestes poucos anos passados.
Em termos amplos, considere a Internet e a World Wide Web. "Em todo o mundo,
de acordo com quatro milhões de cientistas, estão inseridos no labirinto rapidamente
crescente de redes interligadas, cujo número atual é de 11.252 e que são conhecidas
como Internet, ou, algumas vezes, apenas como a rede. Milhares de cientistas emergem
dela, pela primeira, vez todos os dias."
"Este emaranhado de conexões eletrônicas pode ligar um pesquisador isolado,
sentado em frente a uma tela de computador, a coisas como experimentos distantes e a
supercomputadores, a colegas em continentes longínquos, numa espécie de colaboração
íntima, impossível antes do correio eletrônico, a montanhas de dados muito caros para
serem enviados de outra forma, a grandes encontros e sessões de trabalhos eletrônicos,
a uma página de boletins em que, colocada uma questão, ela pode ter prontamente
centenas de respostas, c a periódicos eletrônicos que disseminam amplamente
descobertas a grandes distâncias." (William J. Broad, The New York Times, 18 de maio
de 1993.)
Periódicos eletrônicos são uma realidade atualmente. Assim, os periódicos
tradicionais não são mais o único meio de apresentar artigos científicos.
Levem-se em conta, também, os muitos pacotes de programas ("softwares") que
chegaram ao mercado nos últimos anos. A produção de gráficos e alguns outros tipos de
ilustrações passaram, quase que completamente, a ser produzidos por computador.
Mesmo todo um pôster, para apresentação cm encontros científicos, pode hoje ser
produzido por computadores, empregando programas de impressão.
Felizmente, os princípios da comunicação científica não mudaram signifi-
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Nos dois primeiros capítulos, tento definir como a redação científica difere de
outras formas de redação e como a história levou a isto.
No terceiro capítulo, eu procuro definir um artigo científico. Para escrever um
artigo científico, o escritor deve saber exatamente o que fazer e por quê. Isso torna o
trabalho não só maleável, mas esse é precisamente o conhecimento que o cientista
praticante deve ter sempre em mente, para evitar as armadilhas que arruinaram a
reputação de muitos autores científicos. Ser responsável por publicações dúbias ou por
usar a palavra de outros sem referência apropriada é o tipo de violação da ética científica
que é considerada como imperdoável por seus pares. Entretanto, a exata definição do
que pode constar em um artigo científico e o que não pode é de importância capital.
Nos nove capítulos seguintes, cada elemento individual do artigo científico é
analisado, elemento por elemento. Um artigo científico é a soma de suas partes
componentes. Afortunadamente, de modo igual para o estudante e para o cientista
praticante, há certas regras comumente aceitas com relação à construção do Título, do
Sumário, da Introdução e das outras partes principais do artigo. Essas regras, uma vez
colocadas, servirão ao cientista por toda sua carreira de pesquisa.
Nos últimos capítulos, são dadas informações correlatas. Parte dessas
informações é técnica (como preparar material de ilustração, por exemplo) e parte delas
está relacionada aos estágios posteriores à redação (submissão, revisão c processos de
publicação). Em seguida, de forma breve, as regras relacionadas aos artigos científicos
propriamente ditos são adaptadas para servir a diferentes circunstâncias, tais como
escrever artigos de revisão, relatórios de encontros, revisão crítica de livros e elaboração
de teses. Os capítulos 29 e 30 apresentam informação acerca de apresentações orais e
apresentações de posters. Os capítulos 20 a 23, incluindo novos formatos de publicações
eletrônicas, a Internet, periódicos eletrônicos e correios eletrônicos (e-mails) são novos
nesta edição. Finalmente, nos últimos quatro capítulos, apresento algumas das regras de
Inglês aplicadas à redação científica, um sermão contra jargões, uma discussão sobre
abreviações e um sermão contra ofensa.
No final do livro, há sete apêndices, o Glossário de Termos Técnicos, as
Referências Bibliográficas e o índice. Com relação às referências bibliográficas, note-se
que eu usei duas formas de citação aqui neste livro. Quando eu cito algo de ligeiro
interesse, por exemplo, um título defeituoso de um artigo publicado, a citação é dada
brevemente e entre parênteses dentro do texto. Artigos e livros, que contêm informação
substancial sobre o assunto em discussão, são citados pelo nome e ano, no texto, e a
citação completa é dada nas Referências Bibliográficas, no final do livro. Estudantes
sérios podem desejar consultar algumas destas referências para informação correlata ou
adicional.
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Eu não tenho todas as respostas. Eu pensava que tinha, quando era um pouco
mais jovem. Talvez eu possa mostrar algo sobre o desenvolvimento do meu caráter no
tempo em que o Dr. Smith submeteu a um dos meus periódicos um manuscrito
surpreendentemente bem escrito e bem preparado; seus manuscritos anteriores tinham
sido redigidos de forma medíocre, eram emaranhados mal organizados . Após a revisão
do novo manuscrito, eu escrevi: "Dr. Smith, estamos felizes em aceitar, para publicação
no Periódico, seu artigo soberbamente escrito." entretanto, eu não pude deixar de
acrescentar: "diga-me, quem o escreveu para o senhor?"
Dr. Smith respondeu: "Eu estou muito feliz por você considerar meu artigo
aceitável, mas diga-me, quem o leu para você?"
Assim, com humildade apropriada, eu tentarei dizer-lhes uma série de coisas que
serão de utilidade ao escrever artigos científicos.
No Prefácio da Primeira Edição, eu afirmei que "veria o livro como um sucesso, se
ele lhes fornecesse a informação necessária para redigir artigos científicos eficientes e se
ele me tornasse rico e famoso". Não tendo conseguido, desde então, nem fama nem
fortuna, não obstante, continuo a desejar que este livro seja um "sucesso" para vocês,
leitores.
Finalmente, eu espero que aqueles de vocês que usaram as primeiras edições
deste livro percebam melhorias nesta edição. De uma coisa eu tenho certeza: eu não sou
um tão grande tolo como eu costumava ser; eu tenho feito regime.
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Agradecimentos
Duc de Ia Rochefoucauld
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mas pessoas maravilhosamente talentosas para ler e criticar as várias edições deste livro.
Quando passo os olhos pelos nomes das várias pessoas que leram um manuscrito ou
mais para as edições precedentes, até agora fico assustado com o brilho de suas
reputações. Ainda, também estou cônscio e fico quase penalizado, ao perceber quanto da
sabedoria deles veio para o conteúdo de "meu" livro. Novamente, eu digo obrigado. Aqui
estão seus nomes:
Robert E. Bjork
Estella Bradley
L. Leon Campbell
Morna Conway
Cheryl A. Cross
LycllC. Dawes
Barton D. Day
Betty J. Day
Robin A. Day
Barbara Frech
Eugene Garfield
Barbara Gastei
Jay L.Halio
Karl Heumann
Edward J.Huth
Linda M.Ilig
Kirsten Fisher Lindah
Karen Kictzman
R.G.E.Murray
EvelynS.Myers
Erwin Neter
Maeve O' Connor
Allie C.PeedJr
Michael Pohuski
Gisella Pollock
Nancy Sakadushi
Charles Shipman, Jr
Alex Shrift
Simon Silver
Rivers Singleton, Jr.
David W. Smith
Robert Snyder
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CAPÍTULO 1
A NECESSIDADE DE CLAREZA
A característica chave da redação científica é a clareza. Experimentação científica
bem-sucedida é o resultado de uma mente lúcida, abordando um problema claramente
estabelecido e produzindo conclusões perfeitamente estabelecidas. De forma ideal, a
clareza deveria ser uma característica de qualquer tipo de comunicação; entretanto,
quando alguma coisa está sendo dita pela primeira vez, a clareza é essencial. A maior
parte dos artigos científicos, aqueles publicados em nossos periódicos de pesquisa
original, são aceitos para publicação exatamente porque eles realmente contribuem com
conhecimento novo. Conseqüentemente, necessita-se de clareza absoluta na redação
científica.
RECEBENDO OS SINAIS
A maioria das pessoas, sem dúvida, ouviram esta questão: Se uma árvore cai em
uma floresta e não há ninguém lá para ouvi-la cair, ela produz um som? A resposta
correta é não. Som é mais do que "ondas de pressão" e, de fato, não pode haver um som
sem um ouvinte.
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ENTENDENDO OS SINAIS
A redação científica é a transmissão de um sinal claro para um receptor. As
palavras do sinal deverão ser tão claras, simples e bem ordenadas quanto possível. Na
redação científica, há pouca necessidade de ornamentação. O embelezamento da
literatura floreada - as metáforas, os sinônimos, as expressões idiomáticas - servem para
causar confusão e deveriam ser usadas raramente ao serem redigidos artigos de
pesquisa.
A comunicação da Ciência é simplesmente tão importante que não pode ser feita
de qualquer forma que não seja através de palavras com certos significados. Posto isto
com clareza, um determinado significado deve pertencer não somente aos especialistas
da área do autor, mas também aos estudantes que estão acabando de embarcar em suas
carreiras, aos cientistas que lêem além de suas próprias disciplinas específicas e,
especialmente, àqueles leitores (a maioria dos leitores, hoje em dia,) cuja língua nativa
não é o inglês.
Muitas espécies de redação são destinadas a entretenimento. Redação científica
tem um propósito diferente: comunicar novas descobertas científicas. Redação científica
deve ser tão clara e simples quanto possível.
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tas, para serem bem-sucedidos neste esforço, conseqüentemente, devem ser literatos.
David B. Truman, quando ele era reitor da Universidade de Colúmbia, disse bem: "Na
complexidade da existência contemporânea, o especialista que foi treinado, mas não
educado, tecnicamente habilitado, mas incompetente culturalmente, é uma ameaça."
Embora o resultado final de uma pesquisa científica seja a publicação, sempre
tem-me surpreendido o fato de que tantos cientistas negligenciem as responsabilidades aí
envolvidas. Um cientista gastará meses ou anos de trabalho duro para obter dados e
então tranqüilamente deixa muito de seu valor ser perdido, por causa da falta de interesse
no processo de comunicação. O mesmo cientista que ultrapassará tremendos obstáculos
para levar a cabo medidas até a quarta casa decimal estará em profundo cochilo quando
uma secretária estiver casualmente mudando de "microgramas/mililitros" para
"miligramas/mililitros" e enquanto o editor dorme em um ocasional "libras/ barril", dando
significado de "dinheiro para propina" a esta unidade (* - Nota de rodapé).
A linguagem não precisa ser difícil. Em redação científica, dizemos: "A melhor
linguagem é aquela que dá o sentido com o menor número de palavras curtas" (um dito
impresso por muitos anos nas Instruções aos Autores de Journal of Bacteriology).
Artifícios literários, metáforas e assemelhados desviam a atenção, da essência para o
estilo. Eles devem ser raramente usados na redação científica.
Nota de rodapé:
* - NT: Trata-se de um trocadilho do autor, para os possíveis significados de "pounds per
barrel".
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CAPÍTULO 2
OS PRIMÓRDIOS DA HISTÓRIA
Os seres humanos têm sido capazes de se comunicarem por milhares de anos.
Já a comunicação científica como a conhecemos hoje é relativamente nova. Os primeiros
periódicos foram publicados somente há 300 anos atrás e a organização dos artigos
científicos conhecida como IMRAD (Introduction, Methods, Results, and Discussion -
Introdução, Métodos, Resultados e Discussão) foi desenvolvida nos últimos 100 anos.
Conhecimento, científico ou de outro tipo, não pôde ser transmitido de forma
eficiente, até que mecanismos apropriados de comunicação tornaram-se disponíveis. Os
povos pré-históricos podiam comunicar-se oralmente, claro, mas cada nova geração
começava praticamente da mesma linha basal, porque, sem registros escritos em que
consultar, o conhecimento era perdido quase tão rapidamente quanto tinha sido obtido.
Pinturas e inscrições em cavernas, entalhadas sobre rochas, estavam entre as
primeiras tentativas humanas de deixar registros para as sucessivas gerações. Num certo
sentido, hoje somos afortunados pelo fato de nossos ancestrais primitivos terem escolhido
tal meio, porque algumas dessas primeiras "mensagens" sobreviveram, enquanto
mensagens em materiais menos duráveis teriam sido perdidas. (Talvez isso tenha
ocorrido com muitas
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delas.) Por outro lado, comunicação por tal meio era incrivelmente difícil. Pense, por
exemplo, nos problemas de distribuição que o Serviço Postal dos Estados Unidos teria,
hoje, se o meio de correspondência fosse 100 libras (cerca de 45 kg) de pedra. Eles têm
problemas suficientes com cartas de meia onça (cerca de 14 g).
O primeiro livro que conhecemos é um relato caldeu sobre o Dilúvio. Esta história
está inscrita numa placa de argila de 4000 a.C, ante datando o Gênesis em cerca de 2000
anos (Tuchman, 1980).
Um meio de comunicação que fosse leve e portátil era necessário. O primeiro
meio bem-sucedido foi o papiro (lâminas feitas da planta do papiro e coladas, de maneira
a formar um rolo de 20 a 40 pés - cerca de 6 a 12 metros - de comprimento, às vezes,
fixado a um cilindro de madeira), que passou a ser usado mais ou menos a partir de 2000
a.C. Em 190 a.C, pergaminhos (feitos de couro de animais) passaram a ser usados. Os
gregos montaram grandes bibliotecas em Efeso e Pérgamo (no que hoje é a Turquia) e
em Alexandria. De acordo com Plutarco, a biblioteca de Pérgamo continha 200.000
volumes, em 40 a.C. (Tuchman, 1980).
No ano 105 da Era Cristã, os chineses inventaram o papel, o meio moderno de
comunicação. Entretanto, porque não havia um meio efetivo de duplicação das
comunicações, o conhecimento erudito não podia ser amplamente distribuído.
Talvez, a maior invenção isolada, na história intelectual da raça humana, tenha
sido a imprensa. Embora os tipos móveis tenham sido inventados na China, por volta de
1100 (Tuchman, 1980), o mundo ocidental deu seu crédito a Johannes Gutenberg, que
imprimiu sua Bíblia com tipos móveis, em uma impressora, em 1455. A invenção de
Gutenberg foi efetiva e imediatamente colocada em uso em toda a Europa. Pelo ano de
1500, milhares de cópias de centenas de livros (chamados "incunabula") foram
impressas.
O primeiro periódico científico surgiu em 1665, quando, coincidentemente, dois
diferentes periódicos começaram sua publicação: o Journal cies Sça vans, França, e o
Philosophical Transactions of the Royal Society of London, na Inglaterra. Desde aquela
época, os periódicos têm servido como o principal meio de comunicação nas ciências.
Atualmente, cerca de 70.000 periódicos científicos e técnicos são publicados em todo o
mundo (King et al., 1981).
A HISTÓRIA DA IMRAD
Os primeiros periódicos publicavam artigos que chamamos "descritivos".
Tipicamente, um cientista reportaria "Primeiro, eu vi isto e então eu vi
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aquilo" ou "Primeiro fiz isto e então fiz aquilo." Geralmente, as observações eram em
ordem cronológica simples.
Este estilo descritivo era apropriado para o tipo de ciência que estava sendo
reportada então. De fato, esta forma direta de relatar é ainda usada hoje em periódicos do
tipo "letters" ("relatos"), no caso, relato de casos em Medicina, descrições de
levantamentos geológicos, etc.
Na segunda metade do século dezenove, a Ciência começou a mudar
rapidamente e de modos crescentemente sofisticados. Especialmente por causa do
trabalho de Louis Pasteur, que confirmou a teoria de moléstias causadas por germes e
que desenvolveu métodos de culturas puras para estudar microrganismos, tanto a Ciência
como o relato da Ciência fizeram grandes avanços.
Neste tempo, a metodologia tornou-se de suma importância. Para aquietar seus
críticos, muitos dos quais eram fanáticos partidários da teoria da geração espontânea,
Pasteur achou necessário descrever seus experimentos com apurado detalhe. Porque
pesquisadores razoavelmente competentes puderam reproduzir os experimentos de
Pasteur, o princípio da reprodutividade dos experimentos tornou-se um dogma
fundamental da Filosofia da Ciência e uma seção de métodos separada abriu caminho
para a forma mais estruturada do formato IMRAD.
Por eu ter estado próximo à ciência da Microbiologia por muitos anos, é possível
que eu superestime a importância deste ramo da Ciência. Não obstante, realmente
acredito que a cura de doença infecciosa foi o maior avanço na História da Ciência. Além
disso, defendo que um breve recordar desta história pode ilustrar a Ciência e o seu relato.
Aqueles que acreditam que a Energia Atômica ou a Biologia Molecular são os "maiores
avanços" devem ainda prezar o paradigma da Ciência moderna fornecido pela história da
doença infecciosa.
O trabalho de Pasteur teve prosseguimento, no início dos 1900s, pelo trabalho de
Paul Ehrlich e, nos anos 30, pelo trabalho de Gerhard Domagk (drogas a base de sulfa). A
Segunda Guerra Mundial foi a razão do desenvolvimento da penicilina (pela primeira vez
descrita por Alexander Fleming, em 1929). A estreptomicina foi descrita em 1944 e logo
depois da Segunda Gueixa Mundial, a louca, mas maravilhosa procura por "drogas
milagrosas" produziu as tetraciclinas e dúzias de outros antibióticos eficientes. Assim,
esses desenvolvimentos levaram à eliminação virtual dos flagelos da tuberculose, da
septicemia, da difteria, das pestes, do tifo e, através de vacinações, da varíola e da
paralisia infantil (polio).
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Como estes milagres estavam emergindo de nossos laboratórios de pesquisa
médica depois da Segunda Guerra Mundial, é lógico que o investimento em pesquisa
cresceria muito. Este fator indutor positivo para a Ciência foi logo (1975) somado a um
fator negativo, quando os soviéticos lançaram o Sputnik ao redor do planeta. Nos anos
seguintes, quer por conta de mais "milagres", quer por medo dos soviéticos, o governo
dos Estados Unidos (e outros) despejaram bilhões de dólares adicionais em pesquisa
científica.
Dinheiro produz Ciência. E Ciência produz artigos. Montanhas deles. O resultado
foi uma poderosa pressão para a existência e a criação de muitos periódicos novos. Os
editores de periódicos, em defesa própria, se não por outras razões, começaram a exigir
que os manuscritos fossem escritos de forma sucinta e bem organizada. O espaço do
periódico tornou-se muito precioso para ser desperdiçado com verbosidade ou
redundância. O formato IMRAD, que havia lentamente progredido desde a última parte do
século dezenove, agora tornou-se usado quase universalmente, em periódicos de
pesquisa. Alguns editores aderiram ao IMRAD, porque eles ficaram convencidos de que
era a forma mais simples e mais lógica de comunicar resultados de pesquisa. Outros
editores, talvez não convencidos pela lógica simples do IMRAD, não obstante, entraram
na onda, porque, de fato, a rigidez do IMRAD economiza espaço (e custo) nos periódicos
e porque o IMRAD faz a vida mais fácil para os editores e aqueles que dão os pareceres
(também conhecidos como revisores), "padronizando" a maioria das partes de um
manuscrito.
A lógica do IMRAD pode ser definida na interrogativa: Que questão (problema) foi
estudada? A resposta é a Introdução. Como o problema foi estudado? A resposta são os
Métodos. Quais foram as descobertas? A resposta são os Resultados. O que estas
descobertas significam? A resposta é a Discussão.
Agora, parece-nos claro que a simples lógica do IMRAD ajuda o autor a organizar
e escrever o manuscrito e o IMRAD fornece um caminho simples para os editores,
revisores e, por último, para os leitores seguirem, na leitura do artigo.
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CAPÍTULO 3
Página 9
À primeira leitura, esta definição pode parecer excessivamente complexa ou, pelo
menos, prolixa. Aqueles entre nós, entretanto, que deram nina mão em seu esboço,
pesamos cada palavra cuidadosamente e duvidamos que urna definição aceitável possa
ser fornecida de forma adequada, em poucas palavras. Porque é importante que
estudantes, autores, editores e todos os demais interessados entendam o que é um artigo
científico e o que não 6, pode ser útil trabalhar com esta definição, para ver o que ela de
fato significa.
"Uma publicação científica primária aceitável" deve ser "a primeira descoberta".
Certamente, as primeiras descobertas de novos dados de pesquisa geralmente ocorrem
através de uma apresentação via oral em um encontro científico. O ponto de vista da
postulação do CBE, porém, é que esta descoberta seja mais do que a regurgitação do
autor; a primeira descoberta efetiva completa-se somente quando toma uma forma que
permita aos especialistas da mesma área do autor (tanto agora, como no futuro)
compreender completamente e usar aquilo que foi descoberto.
Assim, informação suficiente deve ser apresentada de forma que usuários
potenciais dos dados possam (1) ter acesso às informações, (2) repetir os experimentos e
(3) avaliar o processo intelectual. (As conclusões do autor são justificáveis pelos dados?).
Então, a descoberta pode ser "suscetível à percepção sensorial". Isto pode ser visto como
uma frase inábil, porque, na prática normal, isto simplesmente significa publicada;
entretanto, esta definição permite que a descoberta seja fornecida não apenas em termos
de ma-
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teriais visuais (periódicos impressos, microfilme, microficha), mas também, quem sabe,
em formas não impressas, não visuais. Por exemplo, "publicação" na forma de fitas
cassetes, se aquela publicação atinge os outros requisitos fornecidos pela definição,
constituir-se-á em uma publicação efetiva. E, certamente, os novos periódicos eletrônicos
estão de acordo com a definição de publicação válida, (ou, como pode-se gaiatamente
observar: "Publicações eletrônicas têm a capacidade de adicionar toda uma nova
demência ao modo como as pessoas obtêm ou lêem literatura.") O que se pode dizer
sobre material colocado numa página eletrônica? Alguns editores tomaram a posição de
que isto realmente é "publicação" e que bloqueará publicação posterior em um periódico.
Aqui está como a American Society of Microbiology (ASM) estabeleceu sua orientação
(Instruções aos Autores, Journal of Bacteriology, janeiro, 1998):
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A ordem do IMRAD básico é tão eminentemente lógica que, cada vez mais, ela é
usada por muitos outros tipos de redações descritivas. Se se está escrevendo um artigo
sobre Química, Arqueologia, Economia ou crime nas ruas, o formato IMRAD é geralmente
a melhor escolha.
Isto é normalmente verdade para artigos que descrevem estudos científicos. Há,
claro, exceções. Como exemplo, relatórios de estudos de campo nas Ciências Agrárias e
relatórios de casos clínicos nas Ciências Médicas não se enquadram perfeitamente neste
tipo de organização. Entretanto, mesmo nestes artigos "descritivos", a mesma progressão
lógica do problema à solução é geralmente apropriada.
Ocasionalmente, a organização, mesmo dos artigos de laboratório, deve ser
diferente. Se alguns métodos são usados para atingir diretamente resultados
relacionados, é desejável combinar Materiais, Métodos e Resultados em uma seção
"Experimentação". Raramente, os resultados podem ser tão complexos ou fornecer tais
contrastes que a discussão imediata torne-se necessária e uma combinação de
Resultados e Discussão é então desejável. Além disso, muitos periódicos de publicação
de originais apresentam "Notas" ou "Pequenas Comunicações", nas quais a organização
IMRAD é abreviada.
Vários tipos de organização são usadas nas áreas descritivas da Ciência. Para
determinar como organizar certos artigos e qual padrão geral usar, vocês terão que
consultar as Instruções aos Autores de seu periódico alvo. Se vocês estiverem em dúvida
de qual periódico ou se o periódico publica artigos com tipos muito diferentes, vocês
podem obter informação geral em livros de consulta apropriados. Por exemplo, os vários
tipos principais de artigos médicos são descritos em detalhe por Huth (1990) e os muitos
tipos de artigos e relatórios de engenharia estão delineados por Michaelson (1990).
Resumindo, eu defendo a posição de que a preparação de um artigo científico
tem menos a ver com uma tarefa literária do que com organização. Um artigo científico
não é literatura. O artífice de um artigo científico não é um autor, no sentido literário.
Alguns de meus colegas antiquados acreditam que artigos científicos devam ser
literatura, que o estilo e o talento de um autor devam estar evidentes e que as variações
no estilo aumentam o interesse do leitor. Eu discordo. Eu acredito que os cientista devem,
de fato, estar interessados em ler literatura e talvez, mesmo, em escrever literatura, mas a
comunicação de resultados de pesquisa 6 um procedimento mais prosaico. Como Booth
(1981) colocou, “Grandiloqüência não tem lugar na redação científica".
Hoje, o cientista médio, para manter-se em um campo, precisa examinar os dados
reportados em um grande número de artigos. Conseqüentemente, os
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cientistas (e, claro, os editores) devem procurar um sistema de relato de dados que seja
uniforme, conciso e claramente inteligível.
OUTRAS DEFINIÇÕES
Se o "artigo científico" é o termo empregado para o relatório de pesquisa original,
como poderia isto ser diferenciado de relatórios de pesquisa que não são originais ou que
não são científicos ou de alguma maneira falham em qualificar-se como artigos
científicos? Vários termos específicos são comumente usados: "artigos de revisão",
"relatórios de encontro", "resumo de encontro".
Um artigo de revisão pode rever qualquer coisa, mais tipicamente o trabalho
recente em uma área de assunto definido, ou o trabalho de um indivíduo ou grupo em
particular. Assim, o artigo de revisão é construído para resumir, analisar, avaliar ou
sistematizar informação que já foi publicada (relatórios de pesquisa em periódicos).
Embora muito do ou todo o material de um artigo de revisão já tenha sido previamente
publicado, o espectro de publicação duplicada não aflora, normalmente, porque a
natureza de nova discussão do trabalho de revisão fica usualmente óbvio (geralmente, no
título da publicação, como Microbiology and Molecular Biology Reviews, Annual Review of
Biochemistry, etc). Não se assuma, entretanto, que as revisões não contenham nada de
novo. Dos melhores artigos de revisão surgiram novas sínteses, novas idéias e teorias e,
mesmo, novos paradigmas.
Um relatório de encontro é um artigo publicado em um livro ou periódico, como
parte dos relatórios de um simpósio, de um congresso nacional ou internacional, de um
"workshop" (oficina de aprendizagem), de uma mesa redonda ou assemelhados. Tais
encontros não são normalmente delineados para a apresentação de dados originais e os
relatórios resultantes (em um livro ou periódico) não são qualificados como publicações
originais. Relatórios de encontros são geralmente artigos de revisão, contendo releitura de
trabalho recente de determinados cientistas ou trabalhos atuais de certos laboratórios.
Algo do material relatado em alguns encontros, (especialmente os excitantes), é uma
forma preliminar de reportagem, na qual dados novos, originais, são descritos, geralmente
acompanhados de especulação interessante. Mas, usualmente, estes relatos preliminares
não qualificam, eles nem têm a intenção de qualificar-se, como artigos científicos. Mais
tarde, geralmente muito mais tarde, tal trabalho é validamente publicado em um periódico
de artigos originais; nesta ocasião, os becos sem saída foram resolvidos, todos os
detalhes experimentais essenciais foram descritos (de forma que um pesquisador
competente possa repetir os experimentos) e a especulação prévia amadureceu em
conclusões.
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Conseqüentemente, a vasta literatura referente a encontros que surge na
imprensa, normalmente não é original. Se dados originais são apresentados em tais
contribuições, os dados podem e devem ser publicados (ou republicados) em um
periódico de arquivo (de originais). Por outro lado, a informação pode efetivamente ser
perdida. Se uma publicação em um periódico de originais segue-se à publicação em um
relatório de encontro, podem ocorrer problemas de direitos autorais e de permissão (veja
capítulo 31), mas o problema mais grave da publicação duplicada (duplicata de
publicação de dados originais) normalmente não ocorre e nem deve ocorrer.
Resumos de encontros (meeting abstracts), assim como anais de encontros ou
assemelhados (conference proceeding), são de vários tipos. Conceitualmente, entretanto,
eles são semelhantes a relatórios de encontros, no fato deles poderem conter e
geralmente contêm informação original. Eles não são publicação original, nem tampouco
publicação de um resumo pode ser considerada um impedimento para uma publicação
posterior de um relatório completo.
No passado, houve um pouco de confusão com relação ao típico resumo de um
parágrafo publicado como uma parte do programa ou distribuído durante um encontro
nacional ou um congresso internacional, junto com o programa. Sempre foi entendido que
os artigos apresentados nestes encontros seriam, mais tarde, submetidos para publicação
em periódicos de originais. Mais recentemente, entretanto, tem havido uma tendência a
fazer resumos estendidos (ou "sinopses"). Porque a publicação de todos artigos
completos, apresentados em um grande encontro, como a maioria dos congressos
internacionais, é muito caro, e porque tal publicação ainda não é um substituto para a
publicação válida, oferecida pelo periódico de originais, o movimento no sentido de
ampliar o resumo faz muito sentido. O resumo estendido pode fornecer virtualmente tanta
informação quanto um artigo completo; tudo que lhe falta são os detalhes experimentais.
Entretanto, precisamente porque faltam detalhes experimentais, ele não pode ser
qualificado como um artigo científico.
Aqueles que estão envolvidos com publicação destes materiais deveriam ver a
importância da definição cuidadosa dos diferentes tipos de artigos. Mais e mais
publicadores, organizadores de encontros e cientistas, individualmente, estão começando
a concordar com essas definições básicas e sua aceitação geral irá tornar muito clara a
comunicação da informação científica, lauto a primária quanto a secundária.
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CAPÍTULO 4
IMPORTÂNCIA DO TÍTULO
Ao preparar um título para um artigo, o autor fará bem em recordar um fato
importante: aquele título será lido por milhares de pessoas. Talvez poucas pessoas, se
alguma, irão ler o artigo inteiro, mas muita gente lera o título, tanto no jornal original
quanto em uma das publicações secundárias (resumos e índices). Por isso, todas as
palavras no título devem ser escolhidas com grande cuidado e suas associações umas
com as outras devem ser cuidadosamente manejadas. Talvez, o erro mais comum em
títulos defeituosos, e certamente o mais desastroso em termos de compreensão, é uma
sintaxe (ordem das palavras) defeituosa.
O que é um bom título? Eu defino como o menor número possível de palavras
que descrevem adequadamente o conteúdo do artigo.
Lembrem-se de que os serviços de resumo e de indexação dependem muito da
precisão do título, assim como acontece com muitos sistemas computadorizados
individuais de catalogação de literatura em uso, hoje. Um artigo impropriamente intitulado
pode ser virtualmente perdido e nunca alcançar a clientela pretendida.
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COMPRIMENTO DO TÍTULO
Ocasionalmente, o título é muito pequeno. Um artigo foi submetido ao Journal of
Bacteriology com o título "Studies on Brucella" (Estudos sobre Brucella). Obviamente, um
tal título não ajuda muito o leitor em potencial. O estudo é taxonômico, genético,
bioquímico ou médico? Nós vamos querer, certamente, saber pelo menos isso.
Muito mais comumente, os títulos são muito longos. Ironicamente, títulos longos
geralmente são menos significativos do que os curtos. Há mais ou menos uma geração,
quando a Ciência era menos especializada, os títulos tendiam a ser longos e não
específicos, como "On the addition to the method of microscopic research by a new way of
producing colour-contrast between an object and its background or between definite parts
of the object itself ("Sobre a adição ao método de pesquisa microscópica, através de uma
nova forma de produzir contraste de cor entre um objeto e seu fundo ou entre partes
definidas do objeto em si") (J. Rheinberg, J. R. Microsc. Soe. 1896:313). Isso certamente
parece ser um título pobre; talvez ele pudesse ser um bom resumo.
Indubitavelmente, a maior parte dos títulos excessivamente longos contém
"desperdício" de palavras. Geralmente, as palavras desnecessárias aparecem logo no
início do título, tais como "Estudos sobre", "Investigações sobre" e "Observações sobre".
As palavras Um ou O de abertura são também desnecessárias. Certamente, estas
palavras são inúteis para fins de indexação.
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Embora estes títulos sejam mais aceitáveis que o simples, eles não são bons o
suficiente, porque são ainda muito gerais. Se o "Ação de" puder ser expresso facilmente,
seu significado deve ficar claro. Por exemplo, o primeiro título acima poderia ser assim
construído: "Inibição do crescimento de Mycobacterium tuberculosis por estreptomicina".
Muito tempo atrás, Leeuwenhoek usou a palavra "animahinculos", uma palavra
descritiva, mas não específica. Howard Raistrick publicou uma importante série de artigos
com o título "Estudos sobre bactérias". Um artigo similar, hoje, teria um título muito mais
específico. Se um estudo focaliza um organismo, o título dará o gênero e a espécie e,
possivelmente, mesmo o número da cepa. Se o estudo focalizar uma enzima em um
organismo, o título não dever se algo como "Enzimas em bactérias". Ele deverá ser
alguma coisa como "Dihidrofolato Redutase produzida por Bacillus subtilis ".
IMPORTÂNCIA DA SINTAXE
Em títulos, seja especialmente cuidadoso com a sintaxe. A maior parte dos erros
gramaticais são devidos a falhas na ordem das palavras.
Um artigo foi encaminhado ao Journal of Bacteriology com o título "Mecanismo de
supressão de pneumonia não-transmissível em rato induzido por Virus da Doença de
Newcastle". A não ser que este autor tenha, de alguma forma, trabalhado em demonstrar
geração espontânea, deve ter sido a pneumonia que foi induzida e não o rato. (O título
seria melhor da seguinte forma: "Mecanismo de supressão de pneumonia não-
transmissível induzida em rato pelo Vírus da Doença de Newcastle".)
Se vocês ainda não acreditarem que bebês resultam de uma visita da cegonha,
eu ofereço este título (Bacteriol. Proc, p. 102, 1968): "Infecções múltiplas entre recém-
nascidos resultantes de implantação com Staphylococcus aureus 502A". (É este o
"Estado-Maior da Vida"?)
Um outro exemplo, encontrei por acaso (Clin. Res. 8:134, 1960): "Primeira
avaliação canina clínica de um novo agente antitumoral, estreptovitacina". Já que aquele
cachorro consegue avaliar estreptovitacina, tenho certo trabalho no qual gostaria que
esse cachorro desse uma olhada.
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ABREVIAÇÕES E JARGÕES
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TÍTULOS EM SÉRIE
A maior parte dos editores com quem falei são contra os arranjos com título-
subtítulo e vinculação entre títulos. O principal arranjo título-subtítulo (títulos em série) era
extremamente comum alguns anos atrás. (Exemplo: "Estudos sobre bactérias: IV. Parede
celular de Staphylococcus aureus"). Atualmente, muitos editores acreditam que é
importante, especialmente para o leitor, que cada artigo publicado "deva apresentar os
resultados de um estudo corrente, independente; assim, títulos de séries numeradas não
são permitidos" ("Instruções aos Autores", Journal of Bacteriology). Artigos em série, no
passado, tinham a tendência a relacionar-se uns com o outros muito de perto, dando
somente partes dos resultados; assim, o leitor ficava em séria dificuldade, a não ser que
toda a série pudesse ser lida de forma consecutiva. O sistema em série era sobretudo
aborrecido para os editores, porque provocava problemas e atrasos. (O que aconteceria,
quando o número IV era aceito, mas o III era rejeitado ou suspenso na revisão?)
Objeções adicionais são que títulos em série geralmente fornecem considerável
redundância; a primeira parte (antes do número romano) é usualmente tão geral, que não
é útil, e os resultados, quando os serviços secundários usam um índice KWIC, ficam
quase inteligíveis, tornando impossível reconstruir tais títulos duplos. (Títulos colocados
como questões também se tornam inteligíveis e, em meu ponto de vista, títulos
interrogativos não devem ser usados).
Títulos vinculados (assim como um título em série, exceto aquele onde dois
pontos substituem o número romano) é consideravelmente melhor, evitando alguns dos
problemas mencionados acima, mas não, certamente, a peculiaridade que resulta da
indexação KWIC. Infelizmente, um periódico científico conceituado, Science, é o
proponente do título vinculado, presumivelmente por considerar importante obter as
palavras mais importantes do título na frente. (Exemplo: "A estrutura do canal de
Potássio: Base molecular do transporte e seletividade de K+- Science 280:69, 1998).
Ocasionalmente, títulos vinculados podem ser um acréscimo para o leitor, mas em minha
opinião, eles parecem pedantes, geralmente colocam a ênfase num termo geral, em vez
de em um termo mais significante, necessitam de pontuação, índices escalonados e, em
geral, resultam em títulos pobres.
O uso de um título direto não torna menor a necessidade da sintaxe própria ou a
forma própria de cada palavra no título. Por exemplo, um título em que se lê "Novo padrão
de cor para a Biologia" parece indicar o desenvolvi-
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CAPÍTULO 5
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da Matemática, esta prática parece ser universal. Tal sistema simples, ordenado de forma
não significante, tem muito a recomendá-lo, mas o sistema alfabético ainda não se tornou
comum, especialmente nos Estados Unidos.
No passado, houve uma tendência a listar o chefe de laboratório como um autor,
quer ele tenha participado ativamente na pesquisa ou não. Geralmente o "cabeça" era
listado por último (segundo de dois autores, terceiro de três etc). Como resultado, a
posição terminal passou a dar prestígio. Assim, dois autores, dos quais nenhum era chefe
de laboratório ou necessariamente professor mais titulado, competiam pelo segundo
lugar. Se havia três ou mais autores, o autor "importante" iria querer a primeira ou a última
posição, mas nunca a do meio.
Uma tendência conciliadora e mais moderna tem sido definir o primeiro autor
como o autor principal e pai original do trabalho que está sendo relatado. Mesmo quando
o primeiro autor é um estudante de pós-graduação e o segundo (terceiro, quarto) autor é
o chefe do laboratório, talvez até um ganhador do Prêmio Nobel, hoje é aceita a forma
que se refere ao primeiro autor como o "autor principal" e que assume que ele ou ela fez a
maior parte da pesquisa.
A tendência dos diretores de laboratório em insistir em ter seus próprios nomes
em todos os artigos publicados a partir de seus laboratórios ainda é de nosso convívio.
Também é o caso da tendência de usar a abordagem "lista de lavanderia", nomeando
como autor praticamente todo mundo do laboratório, incluindo técnicos que devem ter
limpo a vidraria depois que os experimentos acabaram. Além disso, a tendência de
realizar pesquisa em colaboração está seguramente aumentando. Assim, o número médio
de autores está em crescimento.
DEFINIÇÃO DE AUTORIA
Talvez possamos agora definir a autoria, considerando que a lista de autores
inclui aqueles, e apenas aqueles, que ativamente contribuíram para o planejamento total e
execução dos experimentos. Além do mais, os autores deveriam ser normalmente listados
em ordem de importância para os experimentos, o primeiro autor sendo conhecido como
autor principal, o segundo autor sendo o associado mais importante, o terceiro autor
possivelmente sendo equivalente ao segundo, mas tendo, supostamente, menos
envolvimento com o trabalho relatado. Colegas ou supervisores não devem solicitar que
seus nomes estejam nos manuscritos nem permitir que seus nomes sejam postos em
manuscritos que relatam pesquisa com as quais eles mesmos não tenham
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estado intimamente envolvidos. O autor de um artigo deve ser definido como aquele que
assume a responsabilidade intelectual pela pesquisa que está sendo relatada, Entretanto,
esta definição deve ser atenuada pela consciência de que a Ciência moderna, em muitos
campos, é colaborativa e multidisciplinar. Pode ser fora da realidade assumir que todos os
autores possam defendei' Iodos os aspectos de um artigo escrito por colaboradores de
uma variedade de disciplinas. Mesmo assim, cada autor deve ter completa
responsabilidade por sua escolha de parceiros.
Admitamos, a resolução desta questão não é sempre fácil. É geralmente
incrivelmente difícil analisar a contribuição intelectual em um artigo. Certamente, aqueles
que trabalharam juntos intensivamente por meses ou anos, em um problema de pesquisa,
podem ter dificuldade em lembrar quem fez a concepção original da pesquisa ou qual
idéia brilhante foi a chave do sucesso do experimento. O que estes colegas fazem
quando, de repente, tudo fica claro, como resultado da busca pelo tradicional "gaiato do
laboratório ao lado" que nunca teve nada a ver com a pesquisa?
Cada autor listado deve ter feito uma contribuição importante ao estudo que está
sendo relatado; "importante", no que se refere àqueles aspectos do estudo que produzem
informação nova, o conceito que define um artigo original.
A seqüência de autores em um artigo publicado deve ser decidida,
unanimemente, antes que a pesquisa comece. Uma mudança pode ser necessária
posteriormente, dependendo do rumo que a pesquisa tome, mas é tolo deixar esta
importante questão de autoria para ser verificada no final do processo de pesquisa.
Ocasionalmente, eu vi 10 ou mais autores listados no cabeçalho de um artigo (às
vezes só uma nota). Por exemplo, um artigo de F. Bulos et al. (Phys. Rev. Letters 73:486,
1964) tinha 27 autores e somente 12 parágrafos. Tais artigos freqüentemente vêm de um
laboratório que é tão pequeno que 10 pessoas não podem ficar dentro do laboratório, ao
mesmo tempo; deixar o outro sozinho é uma contribuição significante ao experimento.
O que conta na tendência a listar um grande número de autores? Deve haver
várias razões, mas a principal, sem dúvida, relaciona-se à síndrome de publicar ou morrer
Alguns pesquisadores adulam ou bajulam seus colegas tão efetivamente que- eles se
tornam autores da maioria ou de todos os artigos que são produzidos em seu laboratório.
Sua produtividade em pesquisa deve ser, de fato escassa, mas no final do ano, sua lista
de publicações é realmente extensa. Em algumas instituições, tais listas inchadas podem
resultar em promoção, Apesar disso, a prática não é recomendada. Talvez alguns
administradores
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sejam leitos de bobo e vantagens momentâneas são ás vezes obtidas por esses
folgados. Suponho, entretanto, que bons cientistas não permitem n diluição de seu próprio
trabalho, adicionando o nome de outras pessoas pelas suas minúsculas contribuições,
nem eles querem seus próprios nomes manchados pela adição dos nomes de todo um
rebanho de pesos-leves.
Em resumo, o artigo científico deve listar como autores aqueles que contribuíram
substancialmente para o trabalho. O efeito de diluição da abordagem multiautoral afeta os
verdadeiros investigadores. (E, falando como um chefe de edição no passado, é
importante acrescentar que esta prática repreensível leva a pesadelos bibliográficos para
todos nós envolvidos com o uso e o controle da literatura científica). Uma discussão
ampla foi publicada sobre "Diretrizes para autoria em artigos médicos", por Huth (1986).
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ratório, num procedimento padrão que qualquer médico microbiologista usaria e confirma
a patogenicidade. Alguma sentenças importantes são então adicionadas ao manuscrito e
o artigo é publicado. O cientista A e o técnico B são listados como autores; a assistência
do cientista C é noticiada em Agradecimentos.
Suponhamos, entretanto, que o cientista C fique interessado nesta linhagem
peculiar e prossiga, realizando uma série de experimentos bem planejados que levam à
conclusão de que esta linhagem particular não é apenas patogênica para o camundongo,
mas é a responsável por certas infecções humanas raras, cujas causas foram tão
longamente procuradas. Assim, os dois novos conjuntos de dados são adicionados ao
manuscrito e os Resultados e a Discussão são reescritos. O artigo é então publicado,
listando o cientista A, o técnico B e o cientista C como autores. (Pode ocorrer de se listar
o cientista C como segundo autor).
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Notas de rodapé:
* - NT: Aqui, o autor faz uma série de brincadeiras, dando significados diferentes a estas
siglas consagradas, usando palavras que só têm sentido se colocadas na língua inglesa.
** - NT: Odds and Ends, em inglês.
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endereço diferente, o novo endereço deve ser indicado em uma nota de rodapé como
"Endereço Atual".
Quando dois ou mais autores são listados, cada um em uma instituição diferente,
os endereços devem ser listados na mesma ordem dos autores.
O problema mais crucial aparece quando um artigo é publicado por, digamos, três
autores de duas instituições. Em tais situações, cada nome e endereço de autor deve ter
o acréscimo de uma designação tal como os expoentes a, b ou c depois do nome do autor
e antes (ou depois) do endereço apropriado.
Esta convenção é freqüentemente útil para os leitores que podem querer saber se
R. Jones está em Yale ou em Harvard. A identificação clara dos autores e dos endereços
é também de prima importância para vários dos serviços secundários. Para estes serviços
funcionarem apropriadamente, eles necessitam saber se o artigo publicado por J. Jones é
de autoria do J. Jones do Estado de Iowa ou pelo J. Jones da Cornell ou do J. Jones da
Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Apenas quando os autores podem ser
adequadamente identificados, suas publicações podem ser agrupadas em índices de
citação.
PROPÓSITOS
Lembrem-se de que um endereço serve a dois propósitos. Ele serve para
identificar o autor; ele também fornece (ou deveria fornecer) o endereço postal do autor. O
endereço postal é necessário por muitas razões, a mais comum é deixar claro a fonte de
separatas. Embora isto não seja necessário, via de regra, ao fornecer as ruas dos
endereços da maioria das instituições, é imprescindível, atualmente, fornecer o código
postal.
Alguns periódicos usam asteriscos, notas de rodapé ou os Agradecimentos para
indicar "a pessoa a quem perguntas relativas ao artigo devam ser endereçadas". Os
autores deveriam estar atentos à orientação do periódico a este respeito e eles deveriam
decidir previamente quem comprará e distribuirá as separatas e a partir de que endereço
(uma vez que normalmente é a instituição que compra as separatas, não o indivíduo).
A não ser que um cientista deseje publicar anonimamente (ou o mais perto disso
possível), um nome completo e um endereço completo devem ser considerados
obrigatórios.
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CAPÍTULO 6
Como Preparar o Resumo
DEFINIÇÃO
Um resumo deve ser visto como uma mini-versão do artigo. O Resumo deve
fornecer um breve sumário de cada uma das principais seções do artigo: Introdução,
Materiais e Métodos, Resultados e Discussão. Como Houghton (1975) colocou, "Um
resumo pode ser definido como o sumário da informação em um documento".
"Um resumo bem preparado permite aos leitores identificar o conteúdo básico de
um documento de forma rápida e acurada, determinar sua relevância com relação a seu
interesse e, assim, decidir se é necessário ler o documento em sua integridade"
(American National Standards Institute, 1979b). O Resumo não deve exceder 250
palavras e deve ser destinado a definir claramente a que se refere o artigo. O Resumo
deve ser redigido como um único parágrafo. (Alguns periódicos médicos agora redigem
resumos "estruturados", constituídos de alguns parágrafos breves). Muitas pessoas lerão
o Resumo, tanto nos periódicos originais quanto em Biological Abstracts, Chemical
Abstracts ou em uma das outras publicações secundárias (mesmo na edição de
impressão ou em buscas "online", em computadores).
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TIPOS DE RESUMO
As regras acima aplicam-se aos resumos usados em periódicos de originais e, em
geral, sem alterações, nos serviços secundários (Chemical Abstracts, etc). Este tipo de
resumo é freqüentemente conhecido como resumo informativo e é planejado para
condensar o artigo. Ele pode e deve estabelecer de forma breve o problema, o método
usado para estudar o problema e os principais dados e conclusões. Muitas vezes, o
resumo suplanta a necessidade de ler todo o artigo; sem tais resumos, os cientistas não
seriam capazes de manter-se em áreas de pesquisa que evoluem rapidamente. Este é o
tipo de resumo que é usado como um "cabeçalho", na maioria dos periódicos.
Um outro tipo comum de resumo é o resumo indicativo (algumas vezes chamado
de resumo descritivo). Este tipo de resumo é feito para indicar os assuntos contidos em
um artigo, tornando mais fácil, para o leitor em potencial, decidir se lê o artigo. Entretanto,
por causa de sua natureza mais descritiva do que conteudista, ele raramente serve como
um substituto para o artigo completo. Assim, resumos indicativos não devem ser usados
como resumos de cabeçalho em artigos de pesquisa, mas eles podem ser usados em
outros tipos de publicações (artigos de revisão, relatórios de encontros, literatura de
relatórios governamentais etc); tais resumos indicativos são freqüentemente de grande
valor para arquivos de referências bibliográficas.
Uma discussão efetiva sobre os vários usos e tipos de resumo foi feita por McGirr
(1973), cujas conclusões valem a pena ser repetidas: "Quando se escreve o resumo,
lembrem-se de que ele será publicado por si só e deve ter conteúdo em si próprio. Isto
quer dizer que ele não deve conter nem bibliografia, nem figura ou referências... A
linguagem deve ser familiar ao leitor em
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ECONOMIA DE PALAVRAS
Ocasionalmente, um cientista omite algo importante no Resumo. Geralmente, a
falha mais comum, entretanto, é a inclusão de detalhes estranhos.
Eu uma vez ouvi falar de um cientista que teve uma teoria terrivelmente
complicada sobre a relação entre matéria e energia. Então, ele escreveu um artigo
terrivelmente complicado. Entretanto, o cientista, conhecendo as limitações dos editores,
percebeu que o Resumo de seu artigo deveria ser pequeno e simples, já que era para o
artigo ser julgado aceitável. Então, ele gastou horas e horas afiando seu Resumo. Ele
eliminou palavra após palavra até, que, finalmente, todos a verborréia fosse eliminada. O
que ele deixou foi o Resumo mais curto jamais escrito: "E = mc ao quadrado”.
Hoje, muitos periódicos imprimem um Resumo de cabeçalho com cada artigo. Ele
é geralmente impresso (e deveria ser feito) como um parágrafo simples. Pelo fato do
Resumo preceder o artigo em si e porque os editores e revisores gostam de um pouco de
orientação, o Resumo é quase universalmente a primeira parte do manuscrito lido durante
o processo de revisão. Por isso, é de fundamental importância que o Resumo deva ser
escrito de forma clara e simples. Se vocês não conseguirem atrair o interesse do revisor
em seu Resumo, sua causa pode estar perdida. Muito freqüentemente, o revisor pode
estar perigosamente perto de um julgamento final de seu manuscrito depois de ler apenas
o Resumo. Isto poderia acontecer, porque o revisor teve a atenção pouco atraída
(geralmente é o caso). Entretanto, se, por definição, o Resumo for simplesmente uma
pequena versão de todo o artigo, é lógico que o revisor atingirá com ele, geralmente, uma
conclusão preliminar e esta conclusão estará próxima de ser a correta. Com freqüência,
um bom Resumo é seguido por um bom artigo; um Resumo pobre é anunciador do que
está por vir.
Pelo fato de um Resumo de cabeçalho ser solicitado pela maioria dos periódicos
e porque um Resumo para reuniões é um requisito para participação em inúmeros
grandes encontros nacionais e internacionais (participação, às vezes, determinada com
base no resumo apresentado), os cientistas deveriam assenhorar-se dos fundamentos da
preparação de um Resumo.
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CAPÍTULO 7
REGRAS SUGERIDAS
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CITAÇÕES E ABREVIAÇÕES
Se vocês já publicaram uma nota preliminar ou resumo do trabalho, devem
mencioná-lo (com citação) na Introdução. Se artigos muito relacionados foram ou estão
para serem publicados em outro lugar, vocês devem dizê-lo na Introdução,
costumeiramente no ou próximo ao final. Tais referências dão clareza e nitidez à literatura
para aqueles que precisam encontrá-la.
Em adição às regras acima, não esqueçam que seus artigos podem bem ser lidos
por pessoas fora de suas especialidades restritas. Além do mais, a Introdução é o local
apropriado para definir termos especializados ou abreviações que vocês pretendem usar.
Deixem-me colocar isto no contexto, citando uma sentença de uma carta de reclamação
que eu uma vez recebi. A reclamação referia-se a um anúncio que havia aparecido no
Journal of Virology durante minha gestão como Editor-chefe. A seção de avisos anunciou
uma vaga para um virologista no National Institute of Health (NIH) e concluiu com a
afirmação "Um empregador imparcial, M&F". A carta sugeriu que "a designação 'M&F'
poderia ser que o NHI é muscular e aparelhado (fit), musical e flatulento, hermafrodita
(masculino e feminino) ou deseja um candidato maduro (mature applicant) em seus
cinqüenta anos (fifties)".
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CAPÍTULO 8
PROPÓSITO DA SEÇÃO
Na primeira parte do artigo, a Introdução, vocês estabeleceram (ou deveriam tê-lo
feito) a metodologia empregada no estudo. Se necessário, também defenderam a razão
de terem escolhido um método em particular em detrimento de outros métodos
pertinentes.
Agora, em Materiais e Métodos, vocês devem dar todos os detalhes. A maior
parte desta seção deve ser escrita no tempo passado. A principal finalidade da seção de
Materiais e Métodos é descrever (e, se for necessário, defender) o delineamento
experimental e então fornecer detalhes suficientes, de forma que um pesquisador
competente possa repetir o experimento. Muitos (provavelmente a maioria) dos leitores de
seus artigos pularão esta seção, porque eles já conhecem (da Introdução) os métodos
gerais que vocês usaram e eles provavelmente não têm interesse nos detalhes
experimentais. Entretanto, uma redação cuidadosa desta seção é altamente importante,
porque a pedra de toque do método científico é que seus resultados, para que tenham
mérito científico, devam ser reproduzíveis; e, para que os resultados sejam julgados
reproduzíveis, vocês elevem fornecer a base para a repetição dos experimentos por
outrem. Que estes experimentos não serão provavelmente reproduzidos está fora de
cogitação; o potencial para a reprodução
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dos mesmos ou de resultados similares deve existir ou seus artigos não representam boa
ciência.
Quando seus artigos são sujeitos à revisão por especialistas, um bom revisor irá
ler Materiais e Métodos cuidadosamente. Se há uma dúvida séria de que seus
experimentos possam ser repetidos, o revisor recomendará uma rejeição de seus
manuscritos, não importa quão assustadoramente inspirados sejam seus resultados.
MATERIAIS
Como materiais, incluam as especificações técnicas exatas e as quantidades e
fontes ou método de preparação. Algumas vezes, é até necessário listar as propriedades
químicas e físicas pertinentes dos reagentes usados. Evitem o uso do nome das marcas;
o emprego dos nomes genéricos ou químicos é usualmente preferível. Isso evita os
obstáculos inerentes aos nomes patenteados. Além do mais, os nomes comuns são
conhecidos em todo o mundo, enquanto os nomes patenteados podem ser conhecidos
somente no país de origem. Entretanto, se há diferenças conhecidas entre produtos
patenteados e se essas diferenças podem ser críticas (como com certos meios de cultura
microbiológicos), então o uso dos nomes patenteados, mais o nome do fabricante, é
essencial. Quando nomes patenteados, que usualmente são registrados, são usados,
eles devem constar com letras maiúsculas no início (Teflon, por exemplo) para distingui-
los dos nomes genéricos. Normalmente, a descrição genérica deve imediatamente seguir-
se ao nome patenteado, como em lenços faciais Kleenex.
Animais experimentais, plantas e microrganismos devem ser identificados
acuradamente, usualmente pelo gênero, espécie e designações de linhagem. As fontes
devem ser listadas e as características especiais (idade, sexo, tipo genético e estado
fisiológico) descritas. Se um indivíduo humano for usado, o critério de seleção deve ser
descrito e o documento de consentimento deve ser adicionado ao artigo, se pedido pelo
periódico.
Por causa do valor de seus artigos (e de suas reputações) poder ser danificado se
seus resultados não forem reproduzíveis, vocês devem descrever os materiais de
pesquisa com grande cuidado. Estejam atentos às instruções aos autores do periódico ao
qual vocês planejam enviar o manuscrito, porque importantes especificações são
detalhadas lá. Abaixo está uma regra cuidadosa mente descrita, aplicável a linhagens de
células (tirada das Informações aos Autores do In Vitro, um periódico da Associação de
Cultura de Tecido):
Página 38
MÉTODOS
Para métodos, a ordem usual de apresentação é a cronológica. Obviamente,
entretanto, métodos relacionados devem ser descritos juntos e a ordem cronológica
estrita não pode ser seguida sempre. Por exemplo, mesmo se um determinado
experimento não foi feito antes de um certo tempo, na pesquisa, o método deste
experimento deve ser descrito junto com os demais métodos experimentais, não
isoladamente numa parte posterior de Materiais e Métodos.
SUBTÍTULOS
A seção de Materiais e Métodos usualmente tem subtítulos (veja Cap. 16, para a
discussão de como e quando subtitular). Quando possível, construam subtítulos que "se
casem" com aqueles a serem usados em Resultados. A redação das duas seções será
mais fácil se vocês esforçarem-se por obter consistência interna, e o leitor será capaz de
encontrar rapidamente a relação de uma metodologia particular com os Resultados
relatados.
MEDIDAS E ANÁLISES
Sejam precisos. Métodos são semelhantes a receitas de um livro de culinária. Se
uma mistura de reação for aquecida, dê a temperatura. Questões como "de que. forma" e
"quanto" deverão ser precisamente respondidas pelo autor e não serem deixadas para o
revisor ou o leitor montarem o quebra-cabeça.
Página 39
Página 40
em forma bem breve, podem ser incluídos no rodapé de uma tabela ou na legenda de
uma figura.
Página 41
Amostras de sangue foram tomadas de 48 pacientes que concordaram por
escrito... os sujeitos variando em idade de 6 meses a 22 anos (Pediatr. Res. 6: 26, 1972).
Não há problema gramatical com esta sentença, mas a redação hermética deixa o leitor
desejando apenas saber como crianças de seis meses de idade deram seu
consentimento por escrito.
E, claro, sempre olhe para erros de ortografia, tanto nos manuscritos como nas
provas.
Página 42
CAPÍTULO 9
Página 43
tores, para não mencionar os leitores, preferem um pouco mais de digestão prévia.
Aaronson (1977) disse isso de outra forma: "A compulsão de incluir tudo, não deixando
nada de fora, não prova que se tenha informação ilimitada; prova que se teve falta de
discriminação". Exatamente o mesmo conceito, e ele é importante, foi estabelecido há
quase um século atrás por John Wesley Powell, um geólogo que foi Presidente da
Associação Americana para o Progresso da Ciência, em 1888. Nas palavras de Powell:
"O tolo coleta os fatos; o homem sábio os seleciona."
Página 44
EVITAR REDUNDÂNCIA
Não sejam culpados de redundância nos Resultados. A falha mais comum é a
repetição, em palavras, do que já está claro para o leitor, pelo exame das figuras e das
tabelas. Pior ainda é a apresentação propriamente dita, no texto, de todos ou de muitos
dos dados mostrados nas tabelas e figuras. Este erro grave é cometido com tal freqüência
que eu o comento mais longamente, com exemplos, nos capítulos de como preparar as
tabelas e as ilustrações (Caps. 13 e 14).
Não sejam prolixos ao citar as figuras e tabelas. Não digam "E claramente
mostrado, na Tabela 1, que a nocilína inibe o crescimento de N. gonorrhoeae." Diga
"Nocilina inibiu o crescimento de N. gonorrhoeae (Tabela 1)".
Alguns escritores vão muito longe em evitar verbosidade, entretanto. Tais
escritores violam a regra dos antecedentes, a violação mais comum sendo o uso de
artigos definidos ubíquos. Aqui está um iten retirado de um manuscrito médico: "A perna
esquerda, às vezes, apresentou dormência e ela andou... Em seu segundo dia, a região
do joelho estava melhor e no terceiro dia, esta havia desaparecido por completo. "A
palavra esta, presumivelmente, refere-se à dormência, mas do jeito que está escrito, pode
parecer que o antecedente para a palavra seja a região do joelho, mas eu acredito que a
forma de colocar as palavras na segunda frase foi um caso de dormência (do autor).
Página 45
CAPÍTULO 10
DISCUSSÃO E PALAVREADO
A Discussão é mais difícil de definir que as outras seções. Por isso, é usualmente
a seção mais difícil de escrever. E, quer saibam disso ou não, muitos artigos são
rejeitados pelos editores de periódicos, por causa de uma Discussão incompleta, mesmo
que os dados do artigo possam ser tanto válidos como interessantes. Mais
freqüentemente, o verdadeiro significado dos dados pode ficar completamente obscuro
com a interpretação presente na Discussão, novamente resultando em rejeição.
Muitas, se não a maioria, das seções de Discussão são muito longas e prolixas.
Como Doug Savile disse, "Ocasionalmente, eu reconheço o que eu chamo de técnica da
lula: o autor tem dúvida acerca de seus fatos ou de suas explicações e esconde-se atrás
de uma nuvem de tinta protetora" (Tableau, setembro 1972).
Algumas seções de Discussão lembra-nos o diplomata descrito por Allen Drary no
Advise and Consent (Doubleday & Co., Garden City, NY, 1959, p.47), que
caracteristicamente deu "respostas que ficaram cada vez mais intrincadas, enroscadas
nos interstícios da língua inglesa, até que elas finalmente foram tremeluzentemente
desaparecendo, todas juntas, e nada mais restando que uma expressa confusão e um
sorriso polido."
Página 46
COMPONENTES DA DISCUSSÃO
Quais são os componentes essenciais de uma boa Discussão? Eu acredito que
os principais componentes serão fornecidos se forem mantidas as seguintes premissas:
1. Tentem apresentar os princípios, as relações e as generalizações indicadas
pelos Resultados. Mantenham em mente que, numa boa Discussão, vocês discutem -
não recapitulam - os Resultados.
2. Apontem qualquer exceção ou qualquer falta de correlação e definam pontos
não estabelecidos. Nunca optem pela alternativa de alto risco de tentar esconder ou
falsificar dados que não estão bastante estabelecidos.
3. Mostrem como seus resultados e interpretações concordam (ou contrastam)
com trabalho publicado anteriormente.
4. Não sejam tímidos; discutam a implicação teórica de seu trabalho, assim como
quaisquer aplicações práticas possíveis.
5. Estabeleçam suas conclusões tão claramente quanto possível.
6. Resumam suas evidências para cada conclusão. Ou, como os cientistas mais
sábios e experientes lhes dirão, "Nunca assumam nada mais que 4% de hipoteca."
RELAÇÕES FATUAIS
Em termos simples, o objetivo principal da Discussão é mostrar as relações entre
os fatos observados. Ao enfatizar este ponto, eu sempre conto a velha história acerca do
biólogo que treinou uma pulga.
Depois de treinar a pulga por muitos meses, o biólogo foi capaz de obter
respostas a certos comandos. O experimento mais gratificante foi aquele em que o
professor gritava o comando "pule" e a pulga saltava para o ar, no momento em que o
comando era dado.
O professor estava por submeter este memorável feito à posteridade por meio de
um periódico científico, mas ele - à maneira de um verdadeiro cientista - decidiu levar
mais longe seus experimentos. Ele tentou determinar a localização do órgão receptor
envolvido. Em um experimento, ele removeu as pernas da pulga, uma de cada vez. A
pulga amavelmente continuou a pular sob o comando, mas a cada perna que era
sucessivamente arrancada, seus pulos tornavam-se cada vez menos espetaculares.
Finalmente, com a remoção de sua última perna, a pulga tornou-se imóvel. Vezes
seguidas o comando não teve a resposta usual.
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SIGNIFICÂNCIA DO ARTIGO
Muito freqüentemente, a significância dos resultados não é discutida ou não é
discutida adequadamente. Se o leitor do artigo se pega perguntando "E daí?", depois de
ler a Discussão, o que pode ter acontecido é que o autor ficou tão absorvido com as
árvores (os dados) que realmente não percebeu quanto de sol apareceu na floresta.
A Discussão deve terminar com um breve resumo ou conclusão relacionados à
significância do trabalho. Eu gosto da forma como Anderson e Thistle (1947) colocaram
isso: "Finalmente, boa redação, como boa música, termina com um clímax. Muitos artigos
perdem muito de seu efeito, porque o claro fluxo da discussão termina num delta
pantanoso." Ou, nas palavras de T. S. Eliot, muitos trabalhos científicos terminam "não
com um estampido, mas com um soluço."
Um dos pensamentos mais significantes em poesia foi expresso por Sir Richard
Burton em The Kasidah;
Assim, exibam seu pequeno caco do espelho ou façam brilhar um foco de luz em
suas áreas da verdade. A "verdade total" é assunto que melhor seria deixar para os
ignorantes, que proclamam suas descobertas em alta voz, todos os dias.
Quando vocês descreverem o significado de seus pequenos pedaços da verdade,
façam-no de forma simples. As afirmações mais simples evocam maior sabedoria; a
linguagem verbosa e palavras técnicas fantasiosas são empregadas para expressar
pensamentos nebulosos.
Nota de rodapé:
* - NT: Tradução livre. 411
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CAPÍTULO 11
(início de epígrafe) A vida não é tão curta que não haja tempo suficiente para a
cortesia. (fim de epígrafe)
Ralph Waldo Emerson
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SENDO CORTÊS
O elemento importante nos Agradecimentos é simplesmente cortesia. Não há
nada realmente científico sobre esta seção de um artigo científico. As mesmas regras que
se aplicariam em qualquer outra área da vida civilizada devem ser aplicadas aqui. Se
vocês pedirem emprestado um cortador de grama de um vizinho, vocês (eu espero)
lembram-se de agradecer. Se seu vizinho lhes deu uma idéia realmente boa para
ajardinar suas propriedades e vocês então a colocam em prática, vocês deveriam (eu
espero) lembrar de dizer obrigado. E o mesmo em Ciência: se seu vizinho (seu colega)
fornece idéias importantes, auxílio importante ou equipamentos importantes, vocês devem
agradecer-lhe. E devem dizer obrigado por escrito, porque esta é a forma que a produção
científica é apresentada a seu público.
Uma palavra de advertência é necessária. Geralmente, é conveniente mostrar a
redação proposta para Agradecimentos à pessoa cuja ajuda vocês estão agradecendo.
Ela pode pensar que seu agradecimento é insuficiente ou (pior), que ele é muito efusivo.
Se vocês estiveram trabalhando tão de perto com um indivíduo, de quem usaram tanto os
equipamentos como as idéias, esta pessoa é sobretudo um amigo e um colega valioso.
Seria tolo arriscar, tanto sua amizade como as oportunidades de futuras colaborações,
colocando, numa publicação aberta, uma palavra impensada que possa ser ofensiva. Um
agradecimento impróprio pode ser pior que nenhum, afinal, e se vocês prezarem este
conselho e a ajuda de seus amigos e colegas, deverão ser cuidadosos ao agradecer-lhes
de uma forma que os agrade e não que os aborreça.
Além do mais, se seus agradecimentos relatam uma idéia, uma sugestão ou
interpretação, sejam bem específicos a respeito disso. Se a colaboração de seus colegas
for muito enfatizada, ele pode ser colocado na posição delicada e embaraçosa de ter que
defender todo o artigo. Certamente, se seu colega não é um co-autor, vocês não devem
fazê-lo parcialmente responsável pelas considerações básica tratadas em seus artigos.
De fato, seu colega pode não concordar com alguns de seus pontos centrais e não é
cientificamente correto nem ético para vocês expressarem os Agradecimentos de forma
que denote endosso.
Eu gostaria que a palavra "gostaria" desaparecesse dos Agradecimentos.
Gostaria é uma palavra perfeitamente boa, quando vocês querem dizer desejo, como em
"Eu gostaria que tivesse sucesso". Entretanto, se disserem "Eu gostaria de agradecer a
John Jones", vocês estão desperdiçando palavras. Vocês devem também estar
introduzindo a implicação de que "Gostaria de poder agradecer a John Jorres por sua
ajuda, mas ela não foi assim tão grande". "Agradeço a John Jones" é suficiente.
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CAPÍTULO 12
REGRAS A SEGUIR
Há duas regras a seguir na seção de Referências Bibliográficas, assim como na
seção de Agradecimentos.
Primeiro, vocês devem listar somente referências publicadas significantes.
Referências a dados não publicados, resumos, teses e outros materiais secundários não
devem tumultuar a seção de Referências Bibliográficas ou Literatura Citada. Se uma tal
referência parece ser absolutamente essencial, podem adicioná-la entre parênteses ou
como nota de rodapé, no texto. Um artigo que foi aceito para publicação pode ser listado
na Literatura Citada, colocando o nome do periódico seguido de "no prelo" (in press).
Segundo, confira todas as partes de cada referência com o original da publicação,
antes do manuscrito ser submetido e talvez, novamente no estágio de prova. Considere o
que disse um livreiro de outrora: Há mais erros na seção de Referências Bibliográficas de
um artigo que em qualquer outro lugar.
E não se esqueçam, como revisão final, assegurem-se que todas as referências
citadas no texto estão, sem dúvida, listadas na Literatura Citada e que todas as
referências listadas sob o nome Literatura Citada estejam realmente em algum lugar do
texto.
Página 52
ESTILOS DE REFERÊNCIAS
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e por aí vai a argumentação, sobre o nome das pessoas associadas com o fenômeno
citado; às vezes, o leitor deve também ser informado da data, na base de que unia
referência de 1897 deva ser vista diferentemente de uma de 1977.
Afortunadamente, estes argumentos podem ser rebatidos. À medida que vocês
citam as referências no texto, decidam se os nomes e datas são importantes. Se eles não
o são (como, em geral, é o caso), usem somente o número de referência: "Tirosina 6
convertida a fenilalanina nestas condições (13)". Se vocês desejarem salientar o nome do
autor, façam-no no contexto da sentença: "O papel do seio carótido na regulação da
respiração foi descoberto por Heymans (13)". Se vocês desejarem salientar a data,
também podem fazê-lo dentro da sentença: "Estreptomicina foi primeiramente usada no
tratamento da tuberculose em 1945 (13)".
SISTEMA DE ORDEM DE CITAÇÃO
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ABREVIAÇÕES DE PERIÓDICOS
Nota de rodapé:
* - NT: No Brasil, as recomendação da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
são as mais usadas.
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periódicos (custos significantes de impressão podem ser evitados pela abreviação), mas
não havia uniformidade. O Journal of the American Chemical Society era abreviado de
várias formas como "J. Amer. Chem. Soe", "Jour. Am. Chem. Soe", "J.A.C.S.", etc. Estes
sistemas diferentes criaram problemas tanto para os autores como para os publicadores.
Atualmente, há, essencialmente, um único sistema e ele é uniforme. A palavra "Journal" é
agora sempre abreviada com um "J.". (Alguns periódicos omitem os pontos depois das
abreviações). Seguindo algumas regras, os autores podem abreviar muitos títulos de
periódicos, mesmo aqueles pouco familiares, sem consultar a lista na fonte. É útil saber,
por exemplo, que todas as palavras terminadas em "ology" são abreviadas como "I".
("Bacteriology" é abreviada para "Bacteriol."; "Physiology" é abreviada para "Physiol.",
etc). Assim, se a pessoa memoriza as abreviações de palavras comumente usadas nos
títulos, a maioria dos periódicos pode ser abreviada com facilidade. Uma exceção a ser
lembrada é aquela de títulos com uma única palavra (Science, Biochemistry) que não são
nunca abreviados. O Apêndice I lista as abreviações corretas para as palavras mais
comumente usadas em títulos de periódicos.
CITAÇÃO NO TEXTO
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periódico que use este sistema de citação, devem obter uma cópia dos Requisitos
Padronizados para Manuscritos Submetidos à Apreciação em Periódicos Biomédicos.
Cópias individuais sem taxa podem ser obtidas no Secretariat Office, Annals of Internal
Medicine, American College of Physicians, Independence Mall West, Sixth St. at Race,
Philadelphia, PA 19106.
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CAPÍTULO 13
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Figura (adaptada).
Os dados da tabela se refere à:
Temp. (°C) - Crescimento em 48 h (mm)
-50 - 0
-40 - 0
-30 - 0
-20 - 0
-10 - 0
0-0
10 - 0
20 - 7
30 - 8
40 - 1
50 - 0
60 - 0
70 - 0
80 - 0
90 - 0
100 - 0
A Tabela 2 não tem colunas de leituras idênticas e ela parece uma boa tabela,
Mas ela é? A coluna da variável independente (temperatura) parece ser suficientemente
razoável, mas a coluna da variável dependente (cresci-
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mento) tem um número de zeros suspeitos. Vocês devem questionar qualquer tabela com
um grande número de zeros (qualquer que seja a unidade de medida) ou um grande
número de 100s, quando são usadas percentagens. A Tabela 2 é uma tabela inútil,
porque toda ela nos relata que "O embrião de carvalho cresceu em temperaturas entre 20
e 40°C; nenhum crescimento mensurável ocorreu em temperaturas abaixo de 20°C ou
acima de 40°C".
Além de zeros e 100s, suspeite de sinais + e -. A Tabela 3 é de um tipo que
geralmente aparece na imprensa, embora ela não seja, obviamente, muito informativa.
Tudo que esta tabela mostra é que "S. griseus, S. coelicolor, S. everycolor e S.
rainbowenski cresceram sob condições aeróbicas, enquanto que S. nocolor e S.
greenicus necessitaram de condições anaeróbicas ". Toda vez que uma tabela, ou
colunas dentro de uma tabela, possam ser perfeitamente colocadas em palavras, façam-
no.
Alguns autores acreditam que todo dados numéricos devem ser colocados em
uma tabela. A Tabela 4 é um triste exemplo. Isso fica mais triste quando percebemos
(após o fim da nota de rodapé) que os resultados não são estatisticamente significantes,
afinal (P = 0,21). Se esses dados merecessem ser publicados (o que eu duvido), uma
sentença nos resultados seria o suficiente: "A diferença entre os níveis de insucesso -
14% (5 de 35) para nocilina e 26% (9 de 34) para penicilina V potássica - não foi
significante (P = 0,21).
Ao apresentar números, dê somente conteúdos significantes. Valores não-
significantes enganam o leitor ao criarem um falso senso de precisão; eles também
tornam a comparação dos dados mais difícil. Dados não-essenciais, como números de
laboratório, resultantes de simples cálculos, e colunas que não mostram variações
significantes, devem ser omitidos.
FIGURA
Tabela 3. Necessidades de oxigênio de várias espécies de Streptomyces
Os dados da tabela se refere à:
Organismo / Crescimento em condições aeróbicasª / Crescimento em condições
anaeróbicas
Strepíomyces griseus / + / -
S. coelicolor / + / -
S. nocolor / - / +
S. everycolor / + / -
S. greenicus / - / +
S. rainbowenski / + / -
ª Veja Tabela 1 para explicação dos símbolos. Neste experimento, as culturas foram
aeradas por agitação mecânica (New Brunswick Shaking Co. Scientific, NJ).
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Uma outra tabela muito comum, mas inútil é aquela com uma lista de nomes. A
Tabela 5 é um exemplo típico. Esta informação pode ser facilmente apresentada no texto.
Um bom editor de texto retirará este tipo de tabela e incorporará os dados no texto. Eu
mesmo fiz isso milhares de vezes. Além do mais, ao fazê-lo (e isto leva à próxima regra
sobre tabelas), eu encontrei muito freqüentemente que não muito da informação, senão
toda, já estava no texto. Assim, fica a regra: Apresentem os dados no texto ou em uma
tabela ou em uma figura. Nunca apresentem o mesmo resultado em mais de uma forma.
Claro, dados selecionados podem ser isolados para a discussão, no texto.
As Tabelas 1 a 5 fornecem exemplos típicos de espécies de materiais que não
devem ser tabulados. Agora, vejamos o material que deve ser tabulado.
ª Os dois pacientes que sentiram gosto metálico trabalhavam em uma mina de zinco.
b O organismo infectante era uma cepa rara de Cândida albicans que causa vaginite na
levedura, mas não em humanos.
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FIGURA
Tabela 6. Características de Streptomyces produtores de antibióticos
Os dados da tabela referem-se à:
Determinação - S. Fluoricolor - S. Griseus - S. Coelicolor - S. nocolor
Temp. de crescimento ótimo ("C)- -10 – 24 – 28 – 92
Cor do micélio – bronze – cinza – vermelho - Púrpura
Antibiótico produzido – Fluoricillinmicina – Estreptomicina – Rholmondelay ª - Nomicina
Produção de antibiótico (mg/ml) - 4.10878 – 2 - 0
A tabela se refere a:
Organismo – Temp. de crescimento ótimo (ºC) – Cor do micélio – Antibiótico produzido –
ção de antibiótico (mg/ml)
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FIGURA
Tabela 8. Indução de creatinina deiminase em C. neoformans e C. hacillisporus
Figura (adaptada)
Os dados da tabela refere-se à:
Fonte de nitrogênioª – C. Neoformans NIH12 Enzima total - C. Neoformans NIH12
Atividade (U/mg de proteína) – C. Bacillisporus NIH191 enzima total - C. Bacillisporus
NIH191 Atividade (U/mg de proteína)
a O inóculo cresceu em caldo de glicose com sulfato de amônio, foi lavado duas vezes e
transferido para um meio com as fontes de N listadas abaixo.
b Unidades de enzima no extrato celular obtidas a partir de cerca de 10'° células.
Notem que estas tabelas têm três traços horizontais, mas não verticais.
Virtualmente, todas as tabelas são construídas desta forma. Ocasionalmente, linhas
intermediárias (como acima "NIH12 eNIH191", na Tabela 8) são usadas. Os traços
verticais não são usados, porque eles são difíceis de inserir na maioria dos sistemas
tipográficos.
EXPOENTES NOS CABEÇALHOS DAS TABELAS
Se possível, evite usar expoentes nos cabeçalhos das tabelas. Surge confusão,
porque alguns periódicos usam expoentes positivos e alguns usam expoen-
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tes negativos para significar a mesma coisa. Por exemplo, o Journal of Bacteriology usa
"cpm X 10 ao cubo" para referir-se a milhares de contagens por minuto, enquanto que o
Journal of Biological Chemistry usa "cpm X 10 ao cubo” para os mesmos milhares de
contagem. Não é possível evitar tais rótulos no cabeçalho da tabela (ou em figuras), seria
mais razoável colocar a convenção que está sendo usada no rodapé (ou na legenda da
figura), em palavras que eliminassem a ambigüidade.
INDICADORES DE MARGEM
O título da tabela (ou a legenda de uma figura) é como o título do artigo em si. Isto
é, o título ou a legenda devem ser concisos e não divididos em duas ou mais cláusulas ou
sentenças. Palavras desnecessárias devem ser omitidas.
Tome extremo cuidado com os rodapés de suas tabelas. Se devem ser definidas
abreviações, vocês podem freqüentemente dar toda ou a maior paradas definições na
primeira tabela. Então, as demais tabelas podem ter simplesmente a nota de rodapé:
"Abreviações como na Tabela 1".
Note que "temp."(Tabelas 1, 2, 6 e 7) é usada como uma abreviação de
"temperatura". Por causa do espaço limitado das tabelas, a maioria dos periódicos
encoraja as abreviações de certas palavras, nas tabelas, que não devem ser abreviadas
no texto. Coloquem com letra maiúscula tais abreviações usadas como primeiras palavras
em um cabeçalho de coluna; não use ponto (exceto
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Página 69
Nos dia atuais, muitos autores que estão familiarizados com técnicas de
computação, podem facilmente criar eletronicamente suas próprias tabelas. O Word e o
Word Perfect permitir-lhes-á criar uma tabela diretamente num formato, usando o
aplicativo de processamento do word. No Word, vocês podem criar uma tabela
meramente escolhendo a Inserção de Tabela desejada. Podem, também, transformar
texto em um formato de tabela, selecionando o texto que vocês desejarem converter e
"clicando" a opção Converta Texto em Tabela no menu da Tabela. O menu permitirá a
vocês selecionarem o número de colunas que desejam, o número de linhas e a largura da
coluna requeridos. Todos este itens podem ser facilmente mudados, se vocês
descobrirem que suas tabelas necessitam de ajustes. Vocês podem também partir uma
tabela para inserirem um texto, adicionarem linhas de grades e arrumarem textos na
tabela em ordem crescente ou decrescente.
Uma vez que vocês criam o formato de sua tabela, coloquem o texto em cada
quadro. A tecla "tab" leva-os de um quadro ao próximo. Vocês podem escolher o tamanho
e tipo de letra. Se vocês alinharem suas tabelas pela margem esquerda, não é necessário
alinhar a margem direita. Seus alinhamentos vão depender do número de colunas que a
tabela inclui e da largura que a coluna deve ter para conter os dados. Muito espaço entre
os dados em cada coluna pode tornar a tabela difícil de ler.
Os dados para tabelas podem também ser colocados, usando o Excel ou outros
programas semelhantes. O Excel pode também converter dados num for mato de tabela.
Alguns periódicos aceitam tabelas colocadas cm seus programas de processamento do
redator de texto como parte de seus manuscritos. Outros preferem que vocês imprimam a
tabela separada, adequada pai a copia fotográfica (veja "Cópia Adequada para
Fotografia" acima). Tabelas adequadas para fotografia devem ser imprimidas em papel
com maior gramatura, impressas em impressora a laser com 600 dpi (dots per inch -
pontos por polegada). Naturalmente, a tabela não deve ter manchas e ser rotulada
claramente com o número e o cabeçalho.
Página 70
CAPÍTULO 14
QUANDO ILUSTRAR
No capítulo anterior, discuti certos tipos de dados que não devem ser tabulados.
Eles não devem ser colocados em figuras também. Basicamente, gráficos são tabelas na
forma de figuras.
A questão é a seguinte. Certos tipos de dados, particularmente aqueles esparsos
ou monotonamente repetitivos, não precisam ser colocados juntos nem numa tabela, nem
num gráfico. Os fatos são sempre os mesmos: o custo de preparar e imprimir uma
ilustração é alto e devemos considerar necessário ilustrar nossos dados apenas quando o
resultado é realmente um ganho para o leitor.
Isto leva-me à repetição, porque muitos autores, especialmente aqueles que
estão apenas começando, pensam que uma tabela, um gráfico ou um esquema, de
alguma forma adicionam importância aos dados. Assim, em busca de credibilidade, há
uma tendência a converter uns poucos elementos dos dados em vistosos gráficos ou
tabelas. Meu aviso é: não façam isto. Seus colegas mais experimentados e a maioria dos
periódicos não serão enganados; eles logo deduzirão que (por exemplo) três ou quatro de
suas curvas em seus gráficos são
Página 71
Página 72
FIGURA
Fig. 1. Incidência de infeções hospitalares.
(Cortesia de Erwin F. Lessel.)
Figura (adaptada): Gráfico de barras que marca 56 como número total de pacientes; 6
como número de infecções e 14 como média do número de dias no hospital.
FIGURA
Tabela 9. Efeito de estreptomicina, de isoniazida e de estreptomicina mais isoniazida
sobre Mycobacterium tuberculosisª
Figura (adaptada)
Os dados da tabela referem-se à :
Tratamento b – Porcentagem de culturas negativas em sem. – Porcentagem de culturas
negativas em 4 sem. – Porcentagem de culturas negativas em 6 sem. – Porcentagem de
culturas negativas em 8 sem.
Estreptomicina – 5 – 10 – 15 - 20
Isoniazida – 8 – 12 – 15 - 15
Estreptomicina + isoniazida -30 -60 – 80 – 100
Página 73
FIGURA
Figura (adaptada): Gráfico da Duração do tratamento (semanas) pelas Culturas
negativadas (%).
Os dados da tabela referem-se à:
Página 74
anos recentes. E agora, que as impressoras a jato de tinta e a laser tomaram o lugar das
impressoras matriciais, baratas, mas de baixa qualidade de impressão, a maioria dos
laboratórios científicos têm capacidade de produzir gráficos min a qualidade adequada
para publicação, por meio de métodos de computador (veja "Criando Eletronicamente
Gráficos para Artigos Científicos", abaixo).
As técnicas de produção eletrônica de gráficos variam muito de programa puni
programa. Entretanto, os princípios de produção de bons gráficos, quer leitos na forma
antiga, quer por meio de computador, pelos mais modernos programas, não variam. O
tamanho das letras e símbolos, por exemplo, deve ser escolhido de forma que a
impressão final do gráfico no periódico seja clara e legível.
O tamanho da legenda deve ser baseado na redução fotográfica, feita
antecipadamente, que será usada no processo de impressão. Este fator torna-se
especificamente importante, se vocês combinarem dois ou mais gráficos em uma única
ilustração. Combinado ou não, cada gráfico deve ser tão simples quanto possível. "O
desastre mais comum em ilustração é incluir muita informação em uma figura. Quanto
mais pontos são feitos em uma ilustração, maior é o risco de confusão e
desencorajamento do revisor" (Briscoe, 1990).
A figura 3 é um gráfico agradável. A legenda é grande suficiente para permitir
redução fotográfica. A figura é enquadrada, em vez de ter dois lados (comparada com a
Fig. 2), tornando um pouco mais fácil estimar os valores do lado direito do gráfico. O autor
marcou os pontos no interior da curva e não no exterior.
Página 75
FIGURA
(Pedir orientação)
custos de impressão. Mais importante, o leitor tem uma compreensão muito melhor,
vendo, em justaposição, elementos relacionados. Não estenda a ordenada ou a abcissa
(ou a legenda explanatória) mais do que o gráfico necessita. Por exemplo, se seus dados
têm valores entre 0 e 78, o número máximo deve ser 80. Vocês podem ter a tendência de
estender o gráfico até 100, um simpático número redondo; esta necessidade é
especialmente difícil de resistir, se os dados fornecem porcentagens, para as quais a
variação natural é de 0 a 100. Precisam resistir a esta tentação, entretanto. Se vocês não
o fizerem, parte de seus gráficos será vazia; pior, a parte viva de seus gráficos ficará em
dimensão menor, porque desperdiçaram talvez 20% ou mais da largura (ou altura) com
espaço vazio, em branco.
Página 76
FIGURA
(Pedir orientação)
Fig. 4. Relação dose-efeito de cefazolina e de cefradina (44).
SÍMBOLOS E LEGENDAS
Se há espaço no gráfico em si, usem-no para apresentar as chaves dos símbolos.
No gráfico de barras (Fig. 1), os sombreamentos das barras seriam um pouco difícil de
definir na legenda; fornecendo-os como chaves, eles não necessitam de definições
posteriores (e são evitados montagem adicional, conferência de provas e custos).
Se precisarem definir os símbolos na legenda da figura, vocês devem usar
somente símbolos que são considerados padrões e que estão disponíveis na maioria dos
sistemas de impressão. Talvez os símbolos mais padronizados são círculos, triângulos e
quadrados abertos e fechados. Se vocês tiverem somente uma curva, usem círculos
abertos para os pontos de referência; usem triângulos abertos para a segunda, quadrados
abertos para a terceira, círculos fechados para a quarta e assim por diante. Se
necessitarem de mais símbolos, vocês provavelmente têm muitas curvas para um gráfico
e devem tentar dividi-lo em dois. Se precisarem usar um pouco mais de símbolos,
qualquer editor de texto tem o sinal de multiplicação (x). Diferentes tipos de linhas
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de união (sólida, tracejada) podem também ser usadas. Mas não usem diferentes tipos de
linhas de união e diferentes símbolos.
Gráficos devem ser desenhados com nitidez. Ao imprimir, estes "emaranhados de
linhas" ficam em branco e preto; não há cinzas. Qualquer coisa desenhada muito de leve
(mais a maioria das manchas e rasuras) não aparecerão na impressão; entretanto, o que
aparece, pode aparecer muito preto, talvez de forma embaraçosa. Felizmente, vocês
podem determinar antecipadamente como seu gráfico ficará depois de impresso,
simplesmente fazendo fotocópias. A maior parte das fotocopiadoras funcionam como
câmaras próprias para imprimir.
O que eu disse acima assume que irão construir os gráficos vocês mesmos. Se
isso ocorrer, estas diretrizes são úteis. Se alguma outra pessoa em sua instituição
prepara os gráficos, vocês devem ser capazes de fornecer instruções razoáveis, estando
de posse dos elementos essenciais. Se vocês não tiverem experiência em construção de
gráficos, e tal talento não está facilmente disponível em sua instituição, vocês devem
provavelmente tentar encontrar um bom estabelecimento comercial de arte. Os cientistas,
às vezes, se surpreendem pelo fato de artistas poderem fazer em minutos, a preço
razoável (usualmente) o que, para eles, levaria horas para fazer. Confecção de gráficos
não é um trabalho para amadores.
Com relação às legendas, elas normalmente devem ser feitas em páginas
separadas, não na base ou no alto das ilustrações. A principal razão para isso é que as
duas porções devem ser separadas no processo de impressão, sendo a legenda
produzida por processos de impressão a as ilustrações por processos fotográficos.
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Página 79
de cinza podem ser incluídas. Aplicativos do tipo desenho são melhor usados para
desenhos lineares. Programas de desenho incluem o Adobe Illustrator e o
MacromediaFreeHand. Estes programas não foram projetados para amadores. Embora o
Illustrator e o FreeHand sejam similares em funções, o FreeHand tem propriedades
tipográficas melhores. O Illustrator é popular, porque ele trabalha bem com outros
aplicativos do Adobe. Um programa de desenho barato e fácil de usar para o Macintosh é
o SmartSketch. O ChemDraw é um programa de desenho para criação de estruturas
químicas. Enquanto outros programas de desenho foram aperfeiçoados, o ChemDraw
tem omissões no que se refere a tipos de superfície, a comprimento e espessura de
ligações químicas, a espessura de linhas e a outros parâmetros para criação de
estruturas químicas.
Programas de pintura usam brochas eletrônicas, borrachas e pincéis de uma
maneira semelhante a dos pintores para criar novas ilustrações ou para limpar ou retocar
fotografias e desenhos existentes. Programas de pintura são baseados em pixel. Pixels
são blocos retangulares ou quadrados minúsculos que compõem uma tela gráfica de
computador. Quando vocês "pintam" sobre uma tela de computador, estão, na realidade,
tornando cada pixel aceso ou apagado, permitindo que ele apareça preto, branco ou em
uma determinada cor. O PhotoShop do Adobe é o programa de pintura melhor conhecido;
ele trabalha com o Illustrator, podendo-se importar e exportar imagens entre os dois
programas. PhotoShop é um programa bem acabado, empregado por usuários
especialistas no assunto e experientes. Para usuários menos sofisticados, a Adobe tem
um programa muito menos extenso e fácil de usar, o PhotoDeluxe, que tem muitas das
funções do PhotoShop. Estes dois programas podem ser usados para retocar fotografias
ou desenhos que estão desbotados ou que estão muito claros ou muito escuros ou com
pouco contraste de cor. Paintshop Pro do Windows é um aplicativo similar.
Página 80
Uma das mais úteis contribuições para escrever e publicar artigos científicos é o
uso de aplicativos eletrônicos para criar gráficos. O Excel, um programa de planilha,
contém alguns formatos de esquemas e gráficos. Dados que entram em células nas
colunas do programa podem ser convertidos em um esquema ou gráfico, usando outra
propriedade do programa. Programas de planilha oferecem um número limitado de estilos.
Muitas pessoas usam programas deste tipo, como o Excel, Lotus ou outros, para gravar
dados provisórios, a medida que eles estão sendo obtidos. Os dados em um programa de
planilha podem também ser exportados para um programa de figuras, a fim de se obter
uma maior variedade de formatos.
DeltaGraph Professional é um software de programas especificamente projetados
para esquemas e gráficos. Muitos formatos estão disponíveis, embora seja mais prudente
ficar com os de desenhos bidimensionais simples. Dados colocados no Excel ou outros
aplicativos de planilha podem ser importados para o DeltaGraph. Os formatos incluem os
gráficos tipo pizza, de barras e lineares, mas também incluem tanto esquema de
dispersão de pares XY e formatos lineares como gráficos polares. Programas
dedatashow também têm a facilidade de produzir gráficos, embora estes sejam orientados
para uso empresarial e são geralmente impróprios para uso científico.
Página 81
Os intervalos de medida que vocês escolherem devem ser os mesmos por todo o
gráfico. Por exemplo, se um gráfico de linha de tempo representa incrementos anuais,
faça cada intervalo de tempo no eixos dos xs igual a todos os outros, tanto em medida
como no período de tempo representado. Se vocês estiverem usando linhas, assegurem-
se de que cada linha colocada no gráfico tenha igual destaque visual em relação às
outras. Variem o visual somente se quiserem que uma dada variável, presente nos dados,
apareça realçada, quando comparada a outras. Uma alternativa é criar linhas de igual
espessura e cor, nas quais cada linha usa um símbolo diferente no ponto do nódulo.
Defina claramente cada dado colocado, com uma legenda ou usando texto de explicação
ao lado de cada linha.
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colocados incluem um grande número de variáveis, podem ser colocados rótulos para dar
nome a cada variável.
Quando usarem linhas como variáveis dos dados, grafem-nas com pelo menos
0,5 pontos de espessura, mas não mais grossas que 1,0 ponto, se suas linhas forem
100% pretas. As linhas podem ser diferenciadas por símbolos ou usando um diferente
padrão de traçado para cada variável dos dados. Quando usarem símbolos, mantenham-
nos com o mesmo tamanho; 10 ou 11 pontos funcionam bem. Quando trabalharem com
linhas tracejadas, mantenham todas as linhas com a mesma espessura, mas assegurem-
se que cada padrão de linha seja suficientemente diferente dos outros, para clareza.
Evitem usar linhas de grade dentro do gráfico, a não ser que elas sejam necessárias para
a clareza. Pequenas marcas isoladas podem freqüentemente fornecer a informação
necessária. A informação que descreve as variáveis dos dados pode geralmente ser
realçada, criando uma legenda que mostre seu uso. Quando escreverem a legenda para
um gráfico, descrevam cada colocação de dados de forma não ambígua e fácil de seguir.
O gráfico indicado na figura 5 é o gráfico mostrado anteriormente na figura 3,
refeito em DeltaGraph Pro. A chave no canto superior direito da figura 5
FIGURA
Pedir orientação
(Mol. Cen, Genet 178:21-25, 1980; cortesia de Franklin Leach; refeito em DeltaGraph Pro
por cortesia de IV T. Glenn).
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descreve cada variável dos dados, visualmente. A legenda abaixo do gráfico descreve
cada variável num texto detalhado.
O gráfico da figura 6 contém os mesmos dados do gráfico da figura 5. Na figura 6,
as variáveis dos dados são indicadas com linhas tracejadas.
FIGURA
Pedir orientação
A figura 7 é o mesmo gráfico com o eixo dos xs indicado em cinza mais claro, de
forma a não confundir o traço com os importantes indicadores de dados. Se vocês
desejarem incluir linhas de grade para clareza, façam-no com a espessura de 1 ponto
com 15% de cinza. Entretanto, as linhas de grade da figura 7 dão ao gráfico uma
aparência muito confusa.
FIGURA
Pedir orientação
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CAPÍTULO 15
FOTOGRAFIAS E MICROFOTOGRAFIAS
Se seus artigos tiverem que ser ilustrados com uma ou mais fotografias, que se
transformam em fotogravuras (veja Glossário de Termos Técnicos) no processo de
impressão, há vários fatores que devem ter em mente.
O principal fator com o qual devem se preocupar, entretanto, é a apreciação
adequada do valor das fotografias para a história que vocês estão apresentando. O valor
pode variar de essencialmente zero (neste caso, como no caso de tabelas e gráficos
desnecessários, elas não devem ser apresentadas), até o valor que transcende àquele do
texto em si. Em muitos estudos da ultraestrutura celular, por exemplo, a significância do
artigo está nas fotografias.
Se suas fotografias (especialmente microfotografias eletrônicas) são de prima
importância, vocês devem primeiro se perguntarem qual periódico tem a mais alia
qualidade de padrões de reprodução (telas de .fotogravuras de 150 a r'()() linhas, fundo
coberto) para imprimir estudos de estrutura fina. Em Biologia, os periódicos publicados
pela American Society for Microbiology e pela The Rockefeller University Press são
especialmente conhecidos pelos seus altos padrões com relação ao assunto.
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ENQUADRAMENTO E MONTAGEM
Qualquer que seja a qualidade de suas fotografias, vocês querem que elas sejam
impressas de forma legível. Até certo ponto, podem controlar este processo, se usarem
suas cabeças.
Se vocês estiverem conscientes de que certos detalhes podem ser perdidos por
redução excessiva, há várias formas de evitarem isso. Toda vez que precisarem da
fotografia toda, enquadrem os quatro cantos. Depois, selecionem a parte importante; isto
é especialmente útil se vocês puderem adaptar o tamanho da foto ao tamanho da coluna
ou da página do periódico. Vocês podem então, sem susto, escrever na margem da
impressão ou na capa: "imprima com o tamanho de uma coluna (ou com o tamanho de
uma página), sem redução fotográfica". Lidando com fotografias tão cuidadosamente
produzidas, contendo instrução razoável, provinda do autor, a maior parte dos editores de
cópia terão prazer em concordar. As figuras 8,9 e 10 mostram fotografias com e sem
produção. Uma maior fidelidade de reprodução é obtida, quando vocês fornecem
fotografias do tamanho exato, não necessitando nem de aumento nem de redução. Uma
redução significante (mais de 50%) deve ser evitada. Maior redução de gráficos é
possível, se as letras puderem resistir a isso. Não há necessidade de impressão em papel
"glossy", como pedido por certos periódicos, desde que a superfície sensível da folha seja
polida.
Usualmente, vocês podem colocar marcas de montagem nas margens das
fotografias. Vocês não devem jamais colocar marcas de montagem diretamente sobre
uma fotografia (excetuando as margens). Marcas na margem podem ser usadas, às
vezes, especialmente se as fotografias são montadas sobre cartolina ou outro material de
apoio. Por outro lado, marcas de montagem podem ser colocadas em um papel
transparente de cobertura ou sobre uma fotocópia que acompanhe a fotografia. Lápis de
rotulação costuma ser adequado para isso.
Um truque útil que vocês podem tentar é o seguinte: Cortem dois "Ls", talvez com
15 cm de altura, 7,5 cm na base, 2,5 cm de largura feitos de papel cartão preto. Se agora
vocês invertem um dos "Ls" e o colocarem sobre o outro, vocês têm à disposição um
retângulo ajustável com o qual podem montar suas fotos. Através deste tipo de
montagem, vocês podem colocar marcação i\c \v produção nos locais onde se podem
obter melhores figuras.
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FIGURA
Descrição de figura: figuras microscópicas.
Pedir orientação
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FIGURA
Descrição de figura: Figuras microscópicas.
Pedir orientação
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FIGURA
Descrição de figura: Figuras microscópicas.
Pedir orientação
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FOTOGRAFIAS COLORIDAS
Embora muitos laboratórios estão atualmente equipados para executá-las,
fotografias coloridas são raramente impressas em periódicos; os custos são, às vezes,
proibitivos. Muitos periódicos imprimirão uma ilustração colorida se o editor concordar que
a cor é necessária para mostrar um determinado fenômeno e se o autor puder pagar
(talvez por meio de patrocínio) parte ou todo o custo adicional de impressão. Portanto,
suas fotos de laboratórios devem ser normalmente feitas em preto e branco, porque isto é
que pode ser impresso. Embora
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fotografias coloridas possam ser impressas em preto e branco, elas sempre ficam
esmaecidas e não têm a fidelidade das fotografias originais em preto e branco.
Nos últimos anos, o custo para imprimir ilustrações com quatro cores diminuíram
um pouco e o uso de cores em alguns campos (Medicina Clínica, Cristalografia, por
exemplo) tornou-se comum. Além disso, muitos periódicos médicos têm um grande
número de anúncios em quatro cores e fotografias coloridas podem então ser impressas
no texto com custo mínimo (a maior parte do custo sendo absorvido pelos anunciantes).
Ocasionalmente, diapositivos coloridos são preferíveis às cópias, para reprodução em
periódicos.
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50.000 dólares, dependendo de suas características. Uma outra forma de obter imagens
digitais é usar uma câmara padrão e processar as fotografias num formato digital, tal
como um Photo-CD.
Página 92
CAPÍTULO 16
Nota de rodapé:
* - NT: Tradução livre.
Página 93
Página 94
Portanto, meu aviso para vocês é firme neste ponto. Se desejarem que seus
manuscritos sejam publicados (e para que mais vocês os estão enviando?), tenham plena
certeza de que o manuscrito enviado esteja digitado claramente, sem erros, no estilo do
periódico e que esteja completo em todos os sentidos. Isto é uma obrigação.
Seus manuscritos devem estar digitados ou impressos em papel branco, de 216
por 279 mm (8 1/2 por 11 pol.) ou ISO A4 (212 por 297 mm), com margens de pelo menos
25 mm (1 pol.). Esta cópia é enviada em disquete, se essa for a solicitação do publicador.
PAGINAÇÃO DO MANUSCRITO
É conveniente que se comece cada seção do manuscrito em uma nova página. O
título e os nomes dos autores ficam usualmente na primeira página e esta deve ser a
página 1. O resumo é a segunda página. A Introdução começa na terceira página e cada
uma das seções seguintes (Materiais e Métodos, Resultados ele.) então se iniciam em
uma nova página. As legendas de figuras são agrupadas em uma página separada. As
tabelas e figuras (e as legendas das figuras) devem ser colocadas no final do manuscrito,
não entremeadas ao longo dele.
Historicamente, o sistema de "nova página" foi uma necessidade de muitos
periódicos, porque a antiga tecnologia de impressão necessitava de separação de
materiais diferentes. Se, por exemplo, o estilo do periódico exigia tipos de 8 pontos no
Resumo e de 9 pontos na Introdução, estas duas seções deveriam ir para máquinas de
composição diferentes. Então, a cópia deveria ser cortada, a não ser que as divisões
naturais fossem fornecidas antes.
Devido à flexibilidade das fotocopiadoras modernas, as cópias não precisam ser
cortadas. Ainda assim, é uma boa idéia preservar estas divisões naturais. Mesmo que as
divisões não ajudem mais os processos de impressão, elas lhes são freqüentemente úteis
no processo de revisão do manuscrito. Geralmente, por exemplo, vocês podem decidir
(ou o revisor pode exigir) que um determinado método seja adicionado, expandido,
diminuído ou retirado. A vantagem é que a seção de Materiais e Métodos pode ser
redigitada da página da mudança até o fim, sem perturbar o resto do manuscrito.
Provavelmente, apenas a quantidade de espaço em branco na última paginados Materiais
e Métodos mudará. Mesmo se o novo material exigir espaço adicional, vocês não
precisam perturbar as seções posteriores. Suponham, por exemplo, que a seção de
Materiais e Métodos em seus manuscritos originais acabe na página 5, os Resultados
comecem na página 6 e então não exista espaço em branco suficiente na página 5
Página 95
MARGENS E TÍTULOS
Seus manuscritos devem ter margens largas. Uma polegada (cerca de 25 mm) no
alto, uma na base e uma em ambos os lados 6 o mínimo. Precisarão deste espaço para
seus próprios usos, durante a revisão tio manuscrito. Depois, o editor de cópia e o
compositor necessitarão desse espaço para colocar as instruções necessárias. Também,
é vantajoso usar papel com linhas numeradas para facilitar a indicação dos problemas
durante os processos de editoração e de impressão.
Depois de digitarem a versão final, examinem seus títulos cuidadosamente. Os
títulos principais ("Materiais e Métodos" etc.) não têm problemas, geralmente. Esses
títulos devem ser centrados, com espaço acima e abaixo.
Além dos títulos principais, a maior parte dos periódicos usam subtítulos (por
exemplo, parágrafo introdutório em negrito). Estes devem ser planejados como uma forma
de marcação, para orientar o leitor através do artigo. Consultem um número recente do
periódico para determinar que tipos de títulos ele usa. Se o periódico usa negrito ou itálico
em subtítulos, faça-o dessa forma. Títulos e subtítulos devem ser "rótulos", não
sentenças.
Não cometa o erro comum de usar um terceiro (ou mesmo um quarto) nível de
título, a não ser que tal uso seja especificado pelo periódico. Dois níveis de título são
usualmente suficientes para artigos de pesquisa e muitos periódicos não permitem mais.
Periódicos de revisão, entretanto, especificam em geral três ou quatro níveis de títulos,
devido ao maior comprimento dos artigos de revisão.
PROBLEMAS ESPECIAIS
Tenham em mente que a digitação feita por vocês não é muito diferente daquela
que será feita mais tarde pelo compositor. Se tiverem um problema com seus
manuscritos, é provável que o compositor também terá um problema. Vejam se podem
identificar e então resolver alguns destes problemas, no sentido de facilitar para vocês e
para o compositor. Por exemplo, a maior parte dos aparelhos para escrever (como a
ultrapassada máquina de escrever) move-se inexoravelmente para frente, significando
que é difícil ou impossível estabelecer localizações acima e abaixo de uma linha. Os
computadores resolveram ou tornaram mais fácil muitos problemas, mas colocar uma
fração numérica com
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seu traço na vertical, como ab-c / de-x pode ainda ser difícil. Mude a forma para (ab-c)/
(de-x) e não haverá problema. Do mesmo modo, é difícil colocar uma letra inferior
diretamente abaixo de uma superior. Assim, a2 elevado a primeira potência não é
problema, mas a elevado a primeira potência sobre 2 é um problema. O termo ax ao
quadrado no texto é um problema para alguns aparelhos de escrever. A alternativa mais
fácil é colocar "a raiz quadrada de ax ao quadrado”. Se uma fórmula não pode ser
colocada de uma forma adequada para ser digitada, vocês devem considerar a
possibilidade de enviá-la na forma de um desenho feito a tinta Nankin. Vocês irão assim
evitar um monte de problemas pata si e para o compositor e poderão salvar-se de
bastante aflição. A câmera colocará sua fórmula perfeitamente; os aparelhos de escrever
não.
Um outro problema é a diferença de grafia entre o Inglês americano e o Inglês
britânico. Para evitar dificuldades para vocês mesmos, assim como para os compositores
e revisores das provas, usem a grafia americana em um manuscrito que será enviado
para um periódico, nos Estados Unidos e usem a grafia britânica em um manuscrito a ser
enviado para um periódico, na Grã- Bretanha.
O MANUSCRITO ELETRÔNICO
Os computadores agora têm um enorme impacto na forma como os artigos
científicos são escritos e publicados. A maior parte dos periódicos de Ciência estão
atualmente aceitando envios de autores no formato digital, e muitos estão começando a
manter versões eletrônicas "online" (disponível por computador). Tradicionalmente, o
processo de escrever e publicar artigos científicos desenvolveu-se passo a passo, em um
processo linear. O autor enviava um sumário de seu manuscrito a um periódico. O artigo,
se fosse de interesse do publicador, era revisado pelos editores e especialistas da área.
Seus comentários eram usados para aperfeiçoar o trabalho. Quando o trabalho era
publicado, uma biblioteca classificava o artigo e catalogava-o para futuro acesso.
No passado, estes processos eram independentes um do outro e indivíduos e
departamentos separados os faziam. Nos atuais periódicos de publicação, o processo
mudou. O orçamento encolheu e o processo de revisão ficou mais veloz. As funções
evoluíram, com os autores tomando-se digitadores e artistas gráficos, além de cientistas;
os publicadores freqüentemente dão aos autores diretrizes e modelos para uso na
redação de seus manuscritos. Os publicadores, em geral, fornecem padrões para a
apresentação visual que têm a intenção de ajudar o processo de impressão e de melhorar
a clareza dos conceitos contidos no texto. (!om o advento da publicação computacional,
poucos indivíduos ou departamentos acadêmicos ainda se fiam no digitador. De fato,
muitos editores dr periódicos deixaram a cargo dos autores, pelo menos parte da
montagem paia publicação do manuscrito.
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"HARDWARE"
COMPUTADORES E IMPRESSORAS
Um computador pessoal - quer usando um sistema de operação da Macintoch,
quer do Windows - é, claro, a peça essencial do "hardware" (conjunto compreendido pelo
computador e seus acessórios). A maioria dos laboratórios e das universidades agora
usam computadores pessoais conectados uns aos outros, em grandes redes, com um
servidor que fornece, a todas as unidades, acesso a arquivos, a aplicativos e à Internet.
Se vocês estiverem usando Windows, um computador com um processador mais lento
como um 4K6 e a velha versão 3.1 do Windows servirá plenamente à maioria de seus
propósitos. Entretanto, se estiver disponível, um processador Pentium de 133 mHz
fornecerá melhor adequação para a criação de gráficos. Os computadores Macintosh
mais velhos, mais lentos, preencherão satisfatoriamente a maior parte de suas
necessidades do processador de texto, embora o Power Macs, mais moderno, mostrar-
se-á mais útil no que se refere a aplicativos (documentos previamente preparados para
preenchimento pelo usuário) para confecção de gráficos. Estão listados abaixo algumas
outras características importantes a serem consideradas, quando forem preparar seus
manuscritos eletrônicos.
Disco rígido: seus discos rígidos portam seus aplicativos e programas. A não ser
que vocês planejem usar muitos aplicativos e criarem muitos arquivos de gráficos, um
disco de 1,2 gigabytes tem usualmente memória suficiente. A maioria das máquinas
atuais vem com um disco rígido de pelo menos 1,2 gigabytes.
"Drive" de CD-ROM: Muitos computadores hoje vêm com um "drive" (dispositivo
de entrada) que pode ler CDs ("Compacl disks"). Muitos "softwares" de programas
estão atualmente disponíveis em CD-ROM.
Memória: se vocês estiverem usando seus computadores para escrever algo,
podem realizá-lo com 8 megabytes de RAM ("random access meinory" -memória de
acesso randômico). Entretanto, se vocês planejarem criar gráficos e correr mais de um
aplicativo de cada vez, vocês necessitarão de pelo menos 16 megabytes de RAM. A
maioria das máquinas modernas vem com pelo menos 16 megabytes. Se vocês
estiverem trabalhando com fotografias digitais e outros gráficos com tons contínuos,
planejem uma necessidade de pelo menos 32 megabytes de RAM.
Monitor: Os monitores vêm em vários tamanhos - 15 pol., 17 pol. e 20 pol.; são
grandes o suficiente para visualizar quase uma página inteira do texto, de uma vez.
Além disso, vocês abrem uma segunda página para com-
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"SOFTWARE"
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para prevenir erros no contexto; entretanto, a revisão das provas para erros contextuais é
usualmente muito mais eficiente, se vocês não tiverem que parar constantemente para
corrigir erros de digitação. Virtualmente, Iodos os corretores ortográficos permitem a
criação de um dicionário com os termos científicos costumeiros e palavras incomuns.
Para afastá-los da possibilidade de confiarem demais em corretores de ortografia, eu lhes
ofereço o seguinte poema de Janet Minor, intitulado "Spellbound" (que pode significar
encantado ou escrito corretamente - Nota da Tradutora):
Nota de rodapé:
* - NT: A finalidade deste poema é mostrar que quando a palavra está grafada certa, mas
não tem sentido no contexto, ou a frase está gramaticalmente incorreta, o corretor de
texto nada assinala. Assim, a autora, no título, usou palavra que tem dois sentidos
diferentes, dependendo do contexto. No poema, usa palavras, que estão sublinhadas na
tradução, cujos sons, ao ler o poema em voz alta, parecem querer dizer o que está escrito
acima, mas, pela grafia das palavras, ou está escrito errado ou tem outro significado ou
está gramaticalmente incorreto, a saber: 1, revue, teatro de revista em vez de review,
revisão; 2. sea, mar, em vez de see, ver; 3. run, em vez de runned erro gramatical; 4.
threw, arremessado, em vez de trought, através dele; 5. your, seu, em vez de you, você;
6. too no, muito não, em vez de to know, saber; 7. tolled me sew, multou-me, costurando-
me com linha, referindo- se a linhazinha vermelha que aparece em baixo da palavra
errada, feita pelo corretor de texto, em vez told me so, assim me disse.
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APLICATIVOS ESPECIALIZADOS
Várias disciplinas e mesmo determinados periódicos geralmente têm diferentes
necessidades com relação a seus formatos de citação. Além do mais, muitos programas
do processador de texto não criam formatos de citação próprios para certas disciplinas.
Estão disponíveis aplicativos para fornecer-lhes os formatos de citação ou de bibliografia
que vocês querem ou necessitam. EndNotes, um dos aplicativos mais comumente
usados, permite-lhes produzir modelos que se adequam às suas necessidades. (Veja
capítulo 12, "Como citar as Referências", para obter mais informação sobre programas de
citação e bibliografia.)
Se vocês precisam criar tabelas e esquemas eficazes, muitos programas estão à
sua disposição. O Microsoft Word permite-lhes criar excelentes tabelas. Vocês podem
colocar tantas linhas e colunas quantas forem preciso, no tipo e tamanho de letra que
forem necessários para seu periódico. O DeltaGraph Pro, tanto para Macintoch como para
Windows, tem muitos diferentes tipos de estilo de esquemas e gráficos para serem
escolhidos. Os dados podem ser batidos diretamente ou importados de um programas de
montagem, como o Lotus ou o
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Excel. Tipos e tamanhos de letras podem ser padronizados. Linhas de grade podem ser
selecionadas por espessura e localização, de acordo com a necessidade. Chart, um
programa da Microsoft, que é também parte do conjunto de programas do Microsoft Office
96, serve para construir esquemas, usando dados do próprio programa ou do Excel, um
outro componente do Office 96. Ele pode transportar um esquema que vocês criaram no
PowerPoint, o aplicativo de apresentação de "slides" do Office. Os desenhos encontrados
nestes modelos gráficos estão focalizados principalmente nas necessidades de
empresas, mas também podem ser úteis para confeccionar esquemas e gráficos
científicos simples.
Alguns periódicos aceitam tabelas intercaladas com o texto. A maior parte dos
periódicos, entretanto, requerem que os gráficos sejam impressos em forma de cópias
feitas com a resolução mínima de 600 dpi. As fotografias precisam ser geralmente
entregues impressas em papel glossy, no tamanho de 8 X 10 pol.. Alguns periódicos
aceitam fotografias digitalizadas, com a resolução mínima de 1200 dpi. Certos periódicos
aceitam gráficos confeccionados eletronicamente. Pesquisem as exigências do periódico
antes de fazerem a confecção definitiva dos gráficos ou outra forma artística de
apresentação. (Veja Cap. 13. "Como construir Tabelas eficazes", e Capítulo 14, "Como
preparar Gráficos eficazes", para maiores informações sobre programas de criação de
gráficos e tabelas.)
MODELOS
Modelos são combinações de texto e formatos de página que codificam o arranjo
básico da página. Um modelo inclui especificações para cada iten, como margens, tipos
de letras para o texto, cabeçalhos maiores ou menores e título. Um modelo pode ser
criado tanto para as aplicações do processador de texto, como para os de diagramação
de página. Os modelos não automatizam inteira-
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mente os processos; melhor, eles tornam mais fácil, para o escritor, a preparação do
manuscrito, fornecendo um formato básico que pode ser modificado para necessidades
específicas. Por exemplo, um autor pode modificar um modelo para obter todas as
exigências de estilo de um determinado periódico. Modelos são também uma forma de
manter uniformidade, quando se trabalha em colaboração. Modelos podem ser criados
para definir letras, páginas de títulos e o manuscrito completo.
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referem. Quando estão buscando seus artigos, um outro fator que ajuda, tanto no
Macintoch como no Windows, é a possibilidade de ver a data e a hora de criação deles.
Se vocês estão procurando pelas versões mais recentes e não se lembram do nome que
vocês deram, procurem pela data de criação.
Quando estiverem prontos para editar uma versão eletrônica de seus
manuscritos, imprimam-na. Estes impressos podem ser feitos em baixa resolução, se
vocês não têm acesso imediato a impressoras de alta resolução. Quando vocês enviarem
seus artigos ao periódico, isto deve seu feito com uma impressão de pelo menos 300 dpi.
Cópias manchadas ou de baixa resolução, feitas por impressoras de jato de tinta, ou com
a qualidade de impressão matricial não são aceitáveis. Como mencionado acima, a maior
parte dos periódicos preferem que o trabalho artístico, incluindo esquemas e tabelas,
tenham a qualidade de impressão a laser de 600 dpi ou mais.
Página 105
pode ser excluído) num disquete ou outra forma de disco, como cartuchos de Syquest ou
de Zip. Os periódicos também pedem três a cinco cópias do manuscrito, acompanhando a
versão eletrônica. Toda a correspondência enviada para um periódico, incluindo o disco e
todas as cópias em papel, deve ser rotulada com as iniciais do autor e o último nome.
Vocês também devem colocar se o disco é para Macintoch ou Windows, que "softwares"
usaram e qual versão. Além disso, forneçam uma cópia impressa dos arquivos
armazenados em seu disco ou cartucho, com a descrição do que cada arquivo contém.
DIAGRAMAÇÃO E TIPOLOGIA
Pelo fato de muitos periódicos e publicações profissionais atualmente aceitarem
artigos no formato eletrônico, vocês podem ter a necessidade de descobrir que formato a
publicação requer e colocar as páginas do processador de texto de acordo com ele, antes
da submissão. As exigências da publicação devem incluir colocação de margens, tipos de
letras e estilos de cabeçalho. Os periódicos usualmente especificarão tais considerações
sobre o formato, assim como sobre a justificação e o alinhamento do texto. Se estão
enviando seus artigos eletronicamente, vocês precisam saber um pouco mais sobre
tipologia e sobre confecção de página, além do básico do processador de texto.
Página 106
MARGENS
Muitos periódicos especificam os tamanhos de margem preferidos. Seus
programas do processador de texto permitem-lhes colocar larguras para todas as suas
margens. Dentro das margens do alto e da base, vocês podem colocar números de
página sucessivos, qualquer texto identificador que selecionem e mesmo a data e a hora.
A informação colocada desta forma é referida como cabeçalho ou rodapé, dependendo se
é colocada no alto ou na base da página. Vocês podem colocar o número da página no
alto da mesma, como um cabeçalho, ou na base, como um rodapé. Vocês podem centrar
o número da página no alto ou na base ou podem colocá-lo à esquerda ou à direita, no
alto ou na base. Vocês ainda podem posicionar os números de página de rosto dentro das
margens internas ou das externas ou em ambas. Vocês precisam consultar os editores
dos periódicos, ao qual vocês estão enviando, com relação às suas preferências sobre a
colocação do número das páginas.
JUSTIFICAÇÃO E ALINHAMENTO
A justificação descreve o alinhamento particular das letras. O texto justificado à
esquerda, o formato mais comum, alinha verticalmente pelo lado esquerdo. Ele pode ficar
irregular à direita, significando que as letras não ficam alinhadas verticalmente no lado
direito. Um texto justificado, o estilo usualmente empregado na impressão de livros, alinha
verticalmente em ambas as margens, esquerda e direita. As aplicações do processador
de texto produzem textos justificados, adicionando ou subtraindo os espaços entre
palavras em cada linha, para forçar o alinhamento em ambas as margens, esquerda e
direita. Embora seu programa do processador de texto permita-lhes fazer isto facilmente,
muitos periódicos preferem que vocês enviem material eletrônico no formato justificado à
esquerda e irregular do lado direito. Fazendo isso, evitam a necessidade do sistema de
impressão deles ter que cancelar os comandos de seus programas do processador de
texto.
HlFENIZAÇÃO
Aplicações do processador de texto permitem hifenização automática. O
computador consulta um dicionário e as regras de hifenização que são construídas dentro
do aplicativo. Estes dicionários nem sempre podem ser-lhes úteis, especialmente porque
a terminologia científica não é freqüentemente encontrada no dicionário comum do
processador de texto. Seus programas do processador de texto lhes permitirão, também,
hifenizar manualmente palavras desconhecidas.
Página 107
TIPOLOGIA
A tipologia eletrônica vem em duas diferentes arquiteturas - TrueType e
PostScript. O PostScript foi desenvolvido para impressoras a laser e fornece fontes
(letras) estreitas e claras, independente de como a imagem aparece na tela. O TrueType
trabalha bem sobre a tela, mas pode causar problemas quando convertido para
impressão. É mais útil para "slides" projetados do computador e para outros materiais que
serão vistos no monitor. Sempre usem fontes do PostScript para propósitos de
publicação.
Times Roman é o tipo de fonte mais freqüentemente especificada para letra do
texto do corpo do artigo. Ela é um tipo de letra serifada de fácil leitura. (A letra serifada
tem tracinhos, chamados serifas, no final das linhas mais grossas, formando cada
caractere). A fonte usualmente especificada para títulos em artigos enviados
eletronicamente é o Helvetica, uma fonte não-serifada. (Os caracteres não-serifados não
têm terminais serifados nos finais das linhas mais grossas e, ao contrário dos serifados,
são balanceados por igual, com espessuras iguais em todas as linhas). Os periódicos
também geralmente preferem que a letra do texto para um manuscrito enviado tenha 12
pontos de tamanho e espaço duplo entre linhas para tornar fácil ler e comentar por sobre
o que está escrito. (Nos Estados Unidos, as letras são medidas em pontos, com 72
pontos perfazendo uma polegada).
O tipo de letra padrão para símbolos científicos é, apropriadamente, a Symbol.
Periódicos científicos geralmente preferem que vocês usem Symbol quando preparem
seus artigos. Outros tipos de letras são especificamente delineados para fórmulas
matemáticas e químicas. Algumas publicações os aceitam, mas outras não. Se vocês
estão usando um tipo de letra diferente de Symbol, vocês devem estar seguros que o
periódico tenha uma cópia do tipo de letra que vocês estão usando. Consultem o
periódico sobre as preferências do editor a este respeito. Usando um tipo de letra para
símbolos, especial para gráfico, e enviando uma cópia impressa do gráfico como trabalho
artístico para publicação, geralmente não haverá nenhum problema.
Página 108
REVISÃO FINAL
Depois que o manuscrito foi implantado, é conveniente que vocês façam duas
coisas.
Primeiramente, leiam vocês mesmos. Ficarão surpresos de quantos manuscritos
são enviados a periódicos sem terem sido verificados depois do final da digitação -
manuscritos tão cheios de erros de digitação que às vezes mesmo o nome do autor está
escrito errado. Recentemente, um manuscrito foi enviado por um autor que estava muito
ocupado para fazer a revisão, não só da versão final do manuscrito, mas também da carta
de apresentação. Sua carta dizia: "Espero que vocês considerem este manuscrito não
aceitável." Nós o consideramos.
Em segundo lugar, peçam a um ou mais de seus colegas que leiam seus
manuscritos antes de enviá-los ao periódico. Pode ser que o significado de uma ou mais
partes de seus artigos esteja completamente confuso para seus colegas. Claro, isto pode
ser porque seus colegas sejam burros, mas é possível que estas partes de seus
manuscritos não estejam claras como deveriam estar. Vocês devem também pedir a um
cientista, que é especialista em um campo de trabalho diferente, para ler seus artigos e
anotar palavras e frases que ele ou ela não entenderam. Isto, talvez, seja a forma mais
fácil de identificar jargões que podem estar presentes em seus manuscritos. Além disso,
peçam a alguém, cujo conhecimento da língua seja razoavelmente especializado, para
que leia os manuscritos. Em resumo, a revisão doméstica de seus manuscritos, feita por
especialistas, deve incluir revisão por (1) um cientista que trabalha no mesmo campo que
vocês, (2) por um cientista que trabalha em um campo não-relacionado e (3) por uma
pessoa altamente competente na língua em que os manuscritos foram escritos. O
gerenciamento cuidadoso deste processo anterior a submissão é necessário para
aumentar as chances de aceitação pelo periódico. Esperem suar um pouco, se vocês
ainda não o fizeram. Como certa vez as Instruções aos Autores do Journal of General
Microbiology colocou, podemos afirmar que "A leitura fácil é fruto de uma escrita
trabalhosa".
Página 109
CAPÍTULO 17
ESCOLHA DO PERIÓDICO
As escolhas de a quem e como enviar o manuscrito são importantes. Alguns
manuscritos são enterrados em periódicos impróprios. Outros são perdidos, danificados
ou têm sua publicação atrasada por causa da displicência por parte do autor.
O primeiro problema é a quem submeter o manuscrito. (Na verdade, vocês terão
que ter chegado a uma decisão sobre isso, antes de digitar o manuscrito de acordo com
as Instruções aos Autores). Obviamente, suas escolhas dependem da natureza de seus
trabalhos; vocês precisam identificar aqueles periódicos em sua área específica.
Uma boa forma de começar ou de refrescar suas memórias é pesquisar em um
número recente do Current Contents. É geralmente fácil determinar, apenas na base do
título, que periódicos podem publicar artigos em suas áreas. Somente pelo exame da lista
de conteúdos, entretanto, vocês podem determinar que periódicos estão publicando
artigos em suas áreas. Vocês podem também obter informações úteis, conversando com
colegas.
Para identificar que periódicos poderiam publicar seus manuscritos, vocês
Página 110
devem fazer várias coisas: leiam a declaração de cabeçalho (uma frase usualmente
encontrada na página frontal, na frente da publicação, dando o nome do periódico, o
publicador e uma breve afirmação ou propósito), numa edição recente de um determinado
periódico que vocês estão considerando; leiam os parágrafos de "abrangência" que
geralmente são fornecidos nas Instruções aos Autores e examinem cuidadosamente a
lista de conteúdos de uma edição atual.
Pelo fato dos periódicos terem-se tornado mais especializados e porque mesmo
os periódicos mais antigos têm mudado freqüentemente seu propósito (por necessidade,
à medida que a Ciência, ela própria, mudou), vocês precisam estar seguros de que o
periódico que estão considerando está presentemente publicando trabalho do tipo que
vocês se propõem a enviar.
Se vocês enviarem seus manuscritos para um periódico errado, uma de três
coisas pode acontecer, todas ruins.
Primeiro, seus manuscritos podem simplesmente retornar a vocês com o
comentário de que seu trabalho "não é adequado para este periódico". Geralmente,
entretanto, este julgamento não é feito antes da revisão do manuscrito. Um parecer de
"não adequado" depois de semanas ou meses de espera não é nada que os façam
felizes.
Segundo, se o periódico é periférico em relação a seus trabalhos, seus
manuscritos podem ter recebido uma revisão pobre ou injusta, porque os revisores (ou
editores) do periódico podem estar vagamente familiarizados com suas áreas específicas.
Vocês podem ser submetidos ao trauma da rejeição, mesmo que os manuscritos tivessem
a possibilidade de serem aceitos no periódico certo. Ou podem terminar com uma perda
de qualidade, através das revisões sugeridas, com as quais vocês não concordam, e que
não melhoram seus manuscritos. E, se seus manuscritos realmente têm deficiências,
vocês não serão capazes de beneficiar-se da crítica que vem dos editores do periódico
certo.
Terceiro, mesmo que seus artigos forem aceitos e publicados, suas alegrias terão
vida curta se vocês posteriormente descobrirem que seus trabalhos são virtualmente
desconhecidos, porque foram enterrados em uma publicação que os especialistas de sua
área não lêem. Esta é outra boa razão, a propósito, para conversar com os colegas, antes
de decidir sobre o periódico.
O FATOR PRESTÍGIO
Se vários periódicos forem adequados, importa qual vocês selecionam? Talvez
não deveria, mas importa. É uma questão de prestígio. Pode ocorrer que seu progresso
futuro (promoções, patrocínios) seja determinado somente pela sorte. Mas não
necessariamente. Pode, perfeitamente, ser que um velho
Página 111
Página 112
O FATOR CIRCULAÇÃO
Se vocês desejarem determinar a circulação comparativa de vários periódicos, há
uma forma fácil e acurada de fazê-lo nos periódicos dos Estados Unidos. Procure entre as
páginas finais das edições de novembro e dezembro e vocês encontrarão "Statement of
Ownership, Manegement and Circulation" (Declaração de Bens, Administração e
Circulação). O serviço postal dos Estados Unidos solicita que cada publicador agraciado
com privilégios de desconto em envio postal (e quase todos os periódicos científicos se
beneficiam desta facilidade) arquive e publique uma declaração anual. Esta declaração
inclui dados de circulação básica.
Se vocês não podem determinar a circulação comparativa dos periódicos que
estão considerando e não têm nenhuma outra maneira de acessar fatores de prestígio
para compará-los, existe um instrumento muito útil para avaliar comparativamente os
periódicos científicos. Eu refiro-me no Journal Citation Reports (Relatório de Citação dos
Periódicos), um suplemento do Science Citation Index (índice de Citação do Science).
Usando este documento de referência, vocês podem determinar que periódicos são
citados mais freqüentemente, tanto em termos quantitativos totais como em termos de
média de citação por artigo publicado ("fator de impacto"). Especialmente, o fator de
impacto parece ser uma base razoável para o julgamento da qualidade dos periódicos. Se
a média de citação de artigo do periódico A é duas vezes maior que a média de citação
de artigo do periódico B, há pouca razão para se questionar que o periódico A seja o
periódico mais importante.
O FATOR FREQÜÊNCIA
Um outro fator a considerar é a freqüência do periódico. O tempo de espera para
publicação num periódico mensal é quase sempre menor do que aquele de um periódico
quadrimestral. Assumindo que os tempos de revisão sejam iguais, a demora adicional dos
periódicos quadrimestrais alcançará 2 ou 3 meses. Desde que a espera para publicação,
incluindo o tempo de revisão editorial que é muitas vezes (provavelmente na maioria das
vezes) de 4 a 7 meses, em média, o tempo de espera de um periódico quadrimestral
chega a ser de até 10 meses. Lembrem-se, também, de que muitos periódicos, quer men-
Página 113
FATOR AUDIÊNCIA
Prestígio, circulação e freqüência são todos importantes, mas qual clientela vocês
estão pretendendo atingir ? Se estão relatando um estudo fundamental em Bioquímica,
vocês deveriam, claro, tentar fazer seu artigo ser publicado em um periódico internacional
de prestígio. Por outro lado, suponham que seus estudos relatem uma moléstia tropical
encontrada somente na América Latina. Nesta situação, a publicação no Nature não
alcançará a clientela que necessita e pode usar sua informação. Vocês deveriam publicar
em um periódico da América Latina, provavelmente em espanhol.
EMPACOTAMENTO E ENVIO
Depois que vocês decidiram a quem submeter seus manuscritos, não
negligenciem a tenacidade necessária para enviá-los.
Como vocês os embalam? Cuidadosamente. Sigam o conselho de um velho
editor-chefe: Muitos manuscritos são perdidos, retardados desastrosamente ou
danificados no correio, geralmente porque são impropriamente empacotados. Não
grampeiem o manuscrito. Danos podem resultar tanto da grampeamento, como da
posterior remoção do grampo. São preferíveis clips gigantes. (Nota especial: Sempre
retenham pelo menos uma cópia dos manuscritos, mesmo que conservem o manuscrito
em um arquivo de computador. Eu fiquei sabendo de vários patetas que enviaram as
únicas cópias existentes de seus manuscritos e houve um inesquecível ranger de dentes
quando os manuscritos e as ilustrações originais foram perdidos para sempre). Quando
enviarem um disquete de computador com uma ou mais cópias do manuscrito, usem um
pacote especial para disquete ou assegurem-se de que ele esteja recoberto por pedaços
de papelão.
Coloquem o manuscrito e os disquetes em um envelope de papel manila grosso
ou mesmo uma caixa de correio reforçada. Quer vocês usem ou não um envelope bem
fechado, devem ser espertos o suficiente para colocar uma fita adesiva de reforço sobre a
aba de fechamento.
Autores não devem enviar fotografias maiores que as adequadas. O tamanho
máximo é de 8 1/2 por 11 polegadas. Fotografias maiores geralmente danificam-se
durante o trânsito.
Página 114
FIGURA
Descrição de figura: Tirinha animada do Snoop formada por 4 quadrinhos.
Legenda: No primeiro, o Snoop lê uma folha próximo a uma caixa de correio. Está
escrito: “Querido colaborador,”. No segundo, o Snoop caminha enquanto lê. Está escrito:
“Estamos devolvendo-lhe seu manuscrito. Ele não preenche nossas necessidades atuais.”
No terceiro, Snoop está sentado de frente a uma máquina de escrever com uma folha na
mão. Está escrito: “Obs.: Notamos que você enviou sua história por postagem de primeira
classe.” No quarto, Snoop está sentado de frente para a máquina de escrever fazendo
uma expressão facial de dúvida. Está escrito: “Refugo deveria ser enviado por postagem
de terceira classe.”.
PEANUTS – Tm. Reg. U.S. Fot. Off. - All rigth is reserved Copyrigth 1976 by United
Feature Syndicate, Inc.
Quadrinhos reimpressos com permissão do United Feature Syndicate, Inc.
Assegurem-se de que vocês colocaram o suficiente de selo e que enviaram o
pacote por um meio postal de primeira classe. A maioria dos envelopes de papel manila
postados no coireio dos Estados Unidos é enviada como postagem de terceira classe e
seus manuscritos serão tratados como de terceira classe e entregues no mês seguinte, se
vocês negligenciarem em indicar "First Class Mail" (Postagem de Primeira Classe - carta
registrada ou Sedex, no Brasil) de forma bem visível, no pacote, ou se não colocarem
uma quantidade de selos suficiente (ou pagar as taxas mais altas do Sedex).
A maior parte dos periódicos científicos não pedem que o autor forneça envelopes
de retorno com taxa postal previamente paga, embora muitos periódicos em outros
campos de trabalho insistam em tal exigência. Aparentemente, o tamanho
comparativamente reduzido dos manuscritos científicos faz com que o custo efetivo, para
os publicadores, de pagar a postagem de volta, seja menor que o do armazenamento de
estoque de envelopes.
Página 115
Envio trans-oceânico deve ser por via aérea. Um manuscrito enviado da Europa
para os Estados Unidos, ou vice versa, chegará dentro de 3 a 7 dias, se enviado por via
aérea; por mar, o tempo é de 4 a 6 semanas.
A CARTA DE APRESENTAÇÃO
Finalmente, notem que devem sempre enviar uma carta de apresentação junto
com o manuscrito. Cartas de apresentação de manuscritos trazem problemas imediatos:
A qual periódico o manuscrito está sendo submetido? É um manuscrito novo, de revisão
pedida por um editor (e, se for isso, qual editor?) ou um manuscrito talvez mal-enviado por
um revisor ou um editor? Se há vários autores, qual deve ser considerado o autor
responsável pelo envio, em que endereço? O endereço é de especial importância, porque
aquele indicado no manuscrito pode não ser o normalmente usado pelos autores que
estão contribuindo. O autor responsável deve também incluir seu número de telefone,
endereço eleletrônico e número de fax na carta de apresentação ou na página frontal do
manuscrito. Normalmente convém sugerir o editor apropriado (em periódicos com vários
editores) e possíveis revisores.
Sejam gentis com o editor e coloquem porque vocês enviaram aquele pacote em
particular. Devem tentar dizer algo gentil, como feito recentemente por uma carta em
Inglês impecável, mas escrita por alguém cuja língua nativa não é o Inglês: "Ficaremos
felizes se nosso manuscrito der a vocês um orgasmo completo". (* - Nota de rodapé)
Prezado Dr.______ :
Nesta correspondência, estão incluídas duas cópias completas do manuscrito de
Mary Q. Smith e John L. Jones, intitulado "Fatty Acid Metabolismo in Cederia neteri", que
está sendo enviado para possível publicação na seção de Fisiologia e Metabolismo do
Journal of Bacteriology.
Este manuscrito é novo, ele não está sendo avaliado em nenhum outro lugar e
relata descobertas que ampliam os resultados que publicamos anteriormente em The
Journal of Biological Chemistry (145:112-117, 1992). Um resumo deste manuscrito foi
apresentado anteriormente (Abstr. Annu. Meet. Am. Soe. Microbiol., p. 406, 1993).
Sinceramente, Mary Q. Smith
Nota de rodapé:
* - NT: O autor da carta usou o termo "satisfaction", em Inglês, querendo dizer satisfação.
Entretanto este termo pode ter, para os nativos da língua inglesa, a conotação de
orgasmo.
Página 116
APÓS A CORRESPONDÊNCIA
A maioria dos periódicos envia uma carta de "aviso de recebimento", quando o
manuscrito é recebido. Se souberem que o periódico não o faz, adicionem ao manuscrito
um envelope com o próprio endereço, para que o editor possa acusar o recebimento. Se
vocês não receberem um aviso de recebimento em duas semanas, telefonem ou
escrevam para o escritório editorial a fim de verificar se seus manuscritos foram realmente
recebidos. Eu soube de um autor cujo manuscrito foi perdido no correio e que somente
depois de 9 meses descobriu o problema, por ocasião de ter humildemente perguntado se
os revisores teriam chegado a uma decisão sobre o manuscrito.
Os correios sendo o que são e os editores e revisores ocupados sendo o que são,
não fiquem espantados se não receberem uma decisão dentro de um mês, após o envio
do manuscrito. A maioria dos editores de periódicos, pelo menos os bons, tentam chegar
a uma decisão num prazo de 4 a 6 semanas; se for necessária uma demora maior, por
alguma razão, eles fornecem alguma explicação ao autor. Se vocês não receberem
nenhuma palavra sobre a situação do manuscrito depois de transcorridas 6 semanas, não
é impróprio enviar ao editor um polido pedido de explicação. Se nenhuma resposta for
recebida e o tempo de espera chegar a 2 meses, um telefonema pessoal não deve ser
descartado.
Página 117
CAPÍTULO 18
Página 119
FIGURA
Descrição de figura: Tirinha animada do Snoop formada por 4 quadrinhos.
Legenda: No primeiro, o Snoop lê uma folha enquanto caminha. Está escrito: “Querido
colaborador”. No segundo, o Snoop pára próximo de sua casa continuando a ler. Está
escrito: “Obrigado por enviar sua história à nossa revista.” No terceiro, Snoop está sobre
sua casa, próximo a uma máquina de escrever com uma folha na mão. Está escrito: “para
economizar tempo, estamos incluindo duas tiras de rejeição...” No quarto, Snoop está
deitado sobre o telhado de sua casa, sobre a máquina de escrever fazendo uma
expressão facial de tristeza. Está escrito: “... uma para esta história e uma para a próxima
história que você nos enviar!”
PEANUTS – Tm. Reg. U.S. Fot. Off. - All rigth is reserved Copyrigth 1976 by United
Feature Syndicate, Inc.
Quadrinhos reimpressos com permissão do United Feature Syndicate, Inc.
O PROCESSO DE REVISÃO
Vocês, como autores, devem ter alguma idéia dos porquês e dos para quês do
processo de revisão. Para isso, eu descreverei as orientações e os procedimentos que
são típicos da maioria das editoras. Se vocês puderem entender (e, quem sabe, até
apreciar) algumas das razões que levam as decisões editoriais a serem tomadas, talvez
possam aumentar, em tempo, a taxa de aceitação de seus manuscritos, simplesmente
ficando cientes de como lidar com editores.
Quando seus manuscritos chegam pela primeira vez à editora, o editor (ou o
editor-chefe, se o periódico tem um) toma algumas decisões preliminares. Primeiro, o
manuscrito tem a ver com o assunto da área coberta pelo conteúdo do periódico? Se
claramente isso não acontece, o manuscrito é imediatamente devolvido ao autor que o
enviou, junto com uma breve nota sobre a razão desta ação. Raramente um autor seria
capaz de desafiar tal decisão com sucesso e não é usualmente nada engraçado tentar. É
uma parte importante do trabalho do
Página 120
Querido Dr._________ :
Examinei seu manuscrito_______ e notei, em sua carta de 23 de agosto, que o
senhor se justifica, sem pedir desculpas pela condição da submissão original. Não há
realmente nenhuma desculpa para a porcaria que submeteu posteriormente em seu
reenvio.
O manuscrito está sendo aqui devolvido ao senhor. Eu sugiro que procure outro
periódico.
Atenciosamente, ________________.
Somente depois que estas duas condições básicas (um manuscrito apropriado
sobre o assunto adequado) são preenchidas é que o editor está pronto a aceitar o
manuscrito para publicação.
Neste ponto, o editor deve realizar duas importantes funções. Primeiro, precisa
fazer o serviço de casa. Isto é, devem ser feitos registros cuidadosos, de forma que as
duas cópias do manuscrito possam ser seguidas através do processo de revisão e (se o
manuscrito for aceito) do processo de produção. Se o
Página 121
periódico tem um editor-chefe, e muitos dos grandes têm, esta atividade é normalmente
uma parte de sua atribuição. E importante que este trabalho seja feito acuradamente, de
forma que o que está acontecendo com o manuscrito seja conhecido todo o tempo. É
também importante que o sistema inclua a construção de vários dispositivos de detecção,
para que as inevitáveis demoras na revisão, extravio nos correios e outros desastres
possam ser percebidos pelo editor ou pelo editor-chefe, no menor tempo possível.
Segundo, o editor deve decidir quem irá rever o manuscrito. A forma de agir da
maioria dos periódicos é selecionar dois revisores para cada manuscrito. (De novo,
lembrem-se de que alguns periódicos têm mais de um editor, geralmente chamados
"editores associados", que lidam diretamente com revisores e autores). Obviamente, os
revisores devem ser especialistas na área do autor, ou suas recomendações não terão
valor. Normalmente, o editor começa com o Corpo Editorial do periódico. Quem, no corpo
editorial, tem a experiência apropriada sobre o assunto, para avaliar um manuscrito em
particular? Geralmente, por causa do caráter altamente especializado da Ciência
moderna, somente um (ou nenhum) membro do corpo editorial tem a requerida
familiaridade com o assunto de um determinado manuscrito. O editor deve então obter um
ou os dois revisores fora do corpo editorial, freqüentemente chamados "revisores
temporários" ou "consultores editoriais". (Uns poucos periódicos não têm Corpo Editorial e
dependem inteiramente de avaliadores temporários). Às vezes, o editor deve fazer uma
porção de contatos antes de conseguir identificar os revisores apropriados para um dado
manuscrito. A seleção de revisores pode ser facilita da se forem mantidos registros
apropriados. Muitos dos periódicos publicados pela American Chemical Society, por
exemplo, mandam questionários aos revi sores em potencial. Com base em suas
respostas aos questionários, registros computadorizados das áreas de especialização dos
revisores são estabelecidos e mantidos.
A revisão por especialistas da mesma área funciona? De acordo com Bishop
(1984), "A resposta a esta questão é um sonoro Sim! Todos os editores, e muitos autores,
afirmarão que dificilmente há um artigo publicado que não tenha sido, com freqüência,
melhorado substancialmente pelas revisões sugeridas pelos avaliadores".
A maioria dos periódicos usam revisores anônimos. Alguns periódicos colocam os
autores no anonimato, retirando seus nomes das cópias do manuscrito enviadas aos
revisores. Minha própria experiência está de acordo com o que disse um famoso cientista
canadense, J. A. Morrison, (1980): "Argumenta-se, ocasionalmente, que, para evitar
injustiça, os autores também deveriam ser anônimos, mesmo considerando-se que será
muito difícil consegui-lo. Na verdade, os editores encontram poucas situações de injustiça
e tendência a estardalhaço
Página 122
por parte dos avaliadores; talvez para 0,1 %, ou menos, dos manuscritos manuseados,
um editor é obrigado a desconsiderar os comentários do avaliador".
Se os revisores forem escolhidos de forma correta, as revisões serão
significativas e o editor ficará numa posição confortável para tomar uma decisão com
relação à publicação do manuscrito. Quando os revisores devolverem os manuscritos com
seus comentários, o editor deve então encarar o momento da verdade.
Normalmente, os editores não querem e não podem usar comentários que não
documentados. Entretanto, uma vez eu pedi a um distinto historiador da Ciência que
revisasse o manuscrito de um livro a respeito da História da Filosofia da Ciência. Sua
revisão compreendia somente três sentenças, embora tenha sido uma das revisões mais
claras que eu jamais vira:
Querido Bob:
Eu nunca antes ouvira falar sobre [o nome do autor] e a partir do que está no
resumo do livro eu realmente não quero ouvir falar dele a partir de agora. Parece para
mim muito distante de qualquer idéia que eu tenha de Ciência, História ou, seguramente,
de Filosofia. Eu não o tocaria nem com uma longa haste.
Cordialmente, ________________.
Muito tem sido escrito sobre o processo de revisão por especialistas da mesma
área. Afortunadamente, foi publicado um livro (Lock, 1985), contendo descrições e
análises desta literatura (281 referências). Embora muita crítica tenha sido apontada,
sobre vários aspectos do sistema de revisão por especialistas da mesma área, o fato dela
ter sido usada quase universalmente, de forma praticamente imutável, desde cerca de
1750, prova sem dúvida seu valor.
A DECISÃO DO EDITOR
Às vezes, a decisão do editor é fácil. Se ambos os revisores colocam "aceito" com
nenhuma ou pouca revisão, o editor não tem problema. Infelizmente, há muitas situações
em que as opiniões dos dois revisores são contraditórias. Em lais casos, o editor precisa
tomar a decisão final ou enviar o manuscrito para um ou mais revisores adicionais, para
determinar se pode ser estabelecido um consenso. O editor pode assumir a primeira
opção se for razoavelmente especialista no assunto da área do manuscrito e, assim,
servir como um terceiro revisor; é especialmente obrigado a fazer isto, se o comentário
detalhado de um
Página 123
FIGURA
Descrição de figura: Tirinha animada do Snoop formada por 4 quadrinhos.
Legenda: No primeiro, o Snoop lê uma folha próximo a uma caixa de correio. Está
escrito: “Querido colaborador”. No segundo, o Snoop lê uma folha enquanto caminha.
Está escrito: “Obrigado por enviar sua história.” No terceiro, Snoop está sentado sobre
sua casa lendo a folha. Está escrito: “Nós lamentamos que ela não preencha nossas
necessidades atuais” No quarto, Snoop está sentado sobre o telhado de sua casa lendo a
folha. Está escrito: “Se ela algum dia o fizer, estaremos em apuros”
PEANUTS – Tm. Reg. U.S. Fot. Off. - All rigth is reserved Copyrigth 1976 by United
Feature Syndicate, Inc.
Quadrinhos reimpressos com permissão do United Feature Syndicate, Inc.
Página 124
editor, assumindo-se que seja um bom caráter, não se esconderá atrás de revisores
anônimos. As decisões serão apresentadas aos autores como sendo de autoria do editor
e de fato elas o são.
A decisão do editor será uma de três tipos gerais, comumente expressas por uma
palavra, como "aceito", "rejeitado" ou "modificar". Normalmente, uma destas três decisões
será alcançada dentro de 4 a 6 semanas, depois da submissão do manuscrito. Se vocês
não forem comunicados a respeito da decisão do editor dentro de 8 semanas, ou não lhes
fornecerem nenhuma explicação pela demora, não tenham medo de telefonar ou escrever
ao editor. Vocês têm o direito de esperar uma decisão, ou pelo menos um relatório, dentro
de um período de tempo razoável; também, seus pedidos de informação podem trazer à
luz um problema. Obviamente, a decisão do editor pode ter sido feita, mas a carta
portando esta decisão pode ter sido perdida ou retardada pelo correio. Se a demora foi
causada dentro do escritório do editor (usualmente por falta de resposta de um dos
revisores), suas solicitações servirão para desencadear o esforço no sentido de resolver o
problema, qualquer que seja ele.
Além disso, vocês não devem nunca ter medo de falar com o editor. Com raras
exceções, os editores são quase sempre pessoas terrivelmente agradáveis. Nunca os
considerem adversários. Eles estão do seu lado. Sua única meta como editores é publicar
boa ciência em linguagem inteligível. Se esta não é a sua meta também, vocês
seguramente estão lidando com um adversário mortal; entretanto, se compartilham o
mesmo objetivo, terão no editor um aliado resoluto. Vocês estão aptos a receber conselho
e orientação que possivelmente não estão à venda.
A CARTA DE ACEITAÇÃO
Finalmente, recebe-se a "palavra". Suponha que a carta do editor anuncie que
seus manuscritos foram aceitos para publicação. Quando receberem tal carta, vocês têm
todo o direito de brindar-se com uma taça de champagne ou com um sundae
incrementado ou o que quer que vocês costumem fazer quando têm motivo para celebrar
e admirarem-se a si próprios. A razão desta celebração ser adequada é a relativa raridade
do evento. Nos bons periódicos (nos de Biologia, pelo menos), somente cerca de 5% dos
manuscritos são aceitos na forma como foram enviados.
A CARTA DE MODIFICAÇÃO
Mais freqüentemente, vocês receberão do editor um conjunto de envelo-
Página 125
pes de papel manila, contendo seus disquetes, as duas cópias do manuscrito, duas ou
mais listas, rotuladas como "comentários dos revisores", e uma carta do editor. A carta
deve ser algo como "Seu manuscrito foi recebido e está sendo devolvido com os
comentários e sugestões pertinentes. Acreditamos que estes comentários lhes ajudarão a
melhorar seu manuscrito". Esta é a fraseologia inicial de uma carta de modificação típica.
De forma alguma, vocês devem ficar desconsolados quando receberem tal carta.
Realisticamente, não devem esperar pela coisa mais rara de acontecer, a carta de
aceitação sem um pedido de modificação. A vasta maioria dos autores que submetem
seus trabalhos receberão uma carta de modificação ou uma carta de rejeição, de forma
que vocês devem contentar- se com a primeira.
Quando receberem uma carta de modificação, examinem cuidadosamente a carta
e os comentários dos revisores que a acompanham. (Com maior probabilidade, a carta de
modificação é uma carta formal e os comentários anexos é que são significantes). A
grande questão, agora, é se vocês podem e estão dispostos a fazer as mudanças pedidas
pelos revisores.
Se os dois revisores apontam para o mesmo problema no manuscrito, quase
sempre ele é um problema. Ocasionalmente, uma avaliação pode ser tendenciosa, mas
raramente duas delas simultaneamente o serão. Se os avaliadores interpretarem mal, os
leitores o farão. Assim, meu conselho é: se dois avaliadores interpretaram mal o
manuscrito, descubram o que está errado e corrijam-no, antes de reenviar o manuscrito
ao mesmo periódico ou a outro.
Se as mudanças requeridas são relativamente poucas e superficiais, vocês
devem seguir em frente e fazê-las. Como o Rei Arthur costumava dizer: "Não fiquem
montados em seus altos cavalos a não ser que tenham um fosso profundo a atravessar".
Se uma revisão mais ampla é pedida, entretanto, vocês devem voltar atrás e dar
uma olhada geral em suas posições. Uma de várias circunstâncias deve existir.
Primeiro, os revisores estão certos e vocês agora vêem que há falhas
fundamentais em seus artigos. Neste caso, devem seguir as indicações deles e reescre-
verem os manuscritos de acordo com elas.
Segundo, os revisores pegaram vocês em um ou dois pontos, mas alguma coisa
da crítica não é válida. Neste caso, vocês devem reescrever o manuscrito com dois
objetivos em mente: incorporar todas as mudanças sugeridas, que vocês podem
razoavelmente aceitar, e tentar cortar ou deixar mais claro aqueles pontos aos quais os
revisores (erradamente, em suas opiniões) fizeram objeção. Finalmente e muito
importante, quando vocês enviarem o manuscrito revisado, forneçam anotações,
indicando, ponto por ponto, onde vocês colocaram os assuntos que se referem a cada
comentário dos revisores.
Página 126
Página 127
A CARTA DE REJEIÇÃO
Agora vamos supor que vocês recebam uma carta de rejeição. (Quase todos os
editores dizem "inaceitável" ou "inaceitável na presente forma"; raramente é usado o
termo mais forte "rejeitado"). Antes que vocês comecem a lastimar-se, façam duas coisas.
Primeiro, lembrem-se de que vocês têm muita companhia; a maior parte dos bons
periódicos têm uma laxa de rejeição de aproximadamente 50 % (ou mais). Segundo,
leiam a carta de rejeição cuidadosamente, porque, como as cartas de modificação, há
diferentes tipos de rejeição.
Muitos editores classificarão a rejeição em um de três tipos. Primeiro, há
(raramente) uma rejeição total, o tipo de manuscrito que o editor "nunca
FIGURA
Descrição de figura: Tirinha animada do Snoop formada por 4 quadrinhos.
Legenda: No primeiro, o Snoop lê uma folha próximo a uma caixa de correio. Está escrito:
“Querido colaborador”. No segundo, o Snoop lê uma folha enquanto caminha. Está
escrito: “Recebemos seu último manuscrito” No terceiro, Snoop está sentado sobre o
telhado de sua casa, ao lado se uma máquina de escrever, lendo a folha. Está escrito:
“Por que você remeteu ele para nós?” No quarto, Snoop está sentado sobre o telhado de
sua casa, ao lado da máquina de escrever, lendo a folha. Está escrito: “Já fizemos,
alguma vez, algo para ofendê-lo? ”
PEANUTS – Tm. Reg. U.S. Fot. Off. - All rigth is reserved Copyrigth 1976 by United
Feature Syndicate, Inc.
Quadrinhos reimpressos com permissão do United Feature Syndicate, Inc.
Página 128
mais quer ver" (uma frase direta, mas que nenhum editor de tato colocaria numa carta de
rejeição). Segundo e muito mais provável, há o tipo de manuscrito que contém alguns
dados úteis, mas os dados têm falhas sérias. O editor provavelmente reconsidera um tal
manuscrito, se ele for amplamente revisado e reenviado, mas ele não recomenda reenvio.
Terceiro, há um tipo de manuscrito que é basicamente aceitável, exceto por um defeito no
trabalho experimental - talvez a falta de um experimento-controle - ou pela presença de
uma grande falha na composição do manuscrito (sendo os dados aceitáveis).
Se suas "rejeições" forem do terceiro tipo, vocês devem considerar os
necessários reparos, como detalhados nos comentários dos revisores, e reenviar uma
versão revista ao mesmo periódico. Se vocês puderem adicionar o experimento controle,
como pedido pelo editor, a nova versão poderá com certeza ser aceita. (Muitos editores
rejeitam um artigo que necessite de experimentação adicional, mesmo que seja fácil
modificá-lo para que fique aceitável). Ou, se vocês fizerem, no manuscrito, a importante
mudança pedida; por exemplo, totalmente reescreverem a Discussão ou converterem
todo o artigo em uma nota, seus manuscritos reenviados provavelmente serão aceitos.
Se suas rejeições são do segundo tipo (com falhas sérias, de acordo com a carta
de rejeição do editor e os comentários dos revisores), vocês provavelmente não devem
reenviar o mesmo manuscrito para o mesmo periódico, a não ser que possam convencer
o editor de que os revisores julgaram erradamente seus manuscritos. Vocês devem,
entretanto, reter os manuscritos até que eles possam ser fortalecidos com maiores
evidências e conclusões mais claras. Reenvio destes "novos" manuscritos ao mesmo
periódico poderia então ser uma opção razoável. Suas cartas de apresentação devem
citar o manuscrito anterior e estabelecer brevemente a natureza do novo material.
Se suas rejeições são do primeiro tipo (rejeição total), seria inadequado reenviar
os manuscritos ao mesmo periódico ou ainda argumentar sobre isto. Se os manuscritos
forem realmente ruins, vocês provavelmente não devem reenviá-los para lugar nenhum,
por medo de que a publicação possa prejudicar suas reputações. Se há, neles, trabalho
que possa ser salvo, incorporem as partes pertinentes num novo manuscrito e tentem
novamente, em um periódico diferente.
Coragem! Vocês terão algum dia uma quantidade de cartas de rejeição suficiente
para cobrir uma parede. Vocês devem começar a apreciar o fraseado delicado que às
vezes é usado. Poderia ofender alguém uma carta como a seguinte? (Esta é
supostamente a nota de rejeição de um periódico econômico chinês.)
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CAPÍTULO 19
O PROCESSO DE PROVA
O que se segue é uma breve descrição do processo que seus manuscritos
seguem depois que eles foram aceitos para publicação.
O manuscrito usualmente vai para um procedimento de edição de cópia durante o
qual os erros ortográficos e gramaticais são corrigidos. Além disso, o editor de cópia
padronizará todas as abreviações, unidades de medida, pontuação e grafia, de acordo
com o "estilo" do periódico em particular, no qual seus manuscritos serão publicados. O
editor de cópia pode dirigir-lhes perguntas, se qualquer parte de suas apresentações não
estão claras ou se qualquer informação adicional for necessária. Estas questões
aparecerão como "questões ao autor", na margem das provas enviadas ao autor. Alguns
periódicos mandam a cópia editada do manuscrito de volta ao autor para aprovação,
antes que a matriz seja feita.
O manuscrito é digitado ou o arquivo eletrônico em seu disquete é colocado em
um sistema de computador que pode comunicar-se com um sistema de impressão, que
produzirá as provas de seus artigos. Os códigos do compositor, que indicam as letras e a
diagramação da página, caso vocês não tenham enviado um arquivo eletrônico, serão
também empregados para compor as palavras
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PALAVRAS ERRADAS
Mesmo que o erro não afete grandemente a compreensão, não é muito bom para
suas reputações que ele se torne motivo de chacota. Os leitores
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saberão o que vocês queriam dizer se seus artigos referirem-se à "nosocomical infeccion"
e eles rirão disso, mas vocês não acharão graça. (* - Nota de rodapé)
Com relação a eixos de ortografia, eu me lembro do professor de Inglês que teve
a oportunidade de fazer um comentário produtivo sobre este assunto. Um estudante
escreveu errado, numa redação, a palavra "burro" (em vez de "burrow"-Nota da
Tradutora). Num comentário na margem, o professor escreveu: "Um 'burro' é um asno; um
'burrow' é um buraco no chão. As pessoas deveriam realmente saber a diferença." Sendo
eu mesmo um professor de Inglês, claro, concordo com este sábio comentário.
Entretanto, eu acabei talvez defendendo uma opinião contrária (por causa de minhas
precárias habilidades matemáticas), em uma ocasião anterior, quando eu disse, "Eu não
tenho notícia de colheita/matemática a partir de um buraco no chão". (** - Nota de rodapé)
Uma corporação de suprimentos para grandes laboratórios enviou um anúncio
com letras garrafais em negrito, no cabeçalho, proclamando que "A qualidade é
consistante, (# - Nota de rodapé) porque nós nos preocupamos". Certamente espero que
eles se preocupem mais com a qualidade de seus produtos do que eles o fizeram a
respeito da qualidade de sua ortografia.
Embora todos nós, relacionados com publicação, ocasionalmente não dormimos,
preocupados com relação a erros tipográficos típicos, eu me consolo em saber que,
quaisquer que sejam as falhas causadas por minha vista, elas serão provavelmente
menos graves do que alguns dos eixos monumentais cometidos pelos meus antecessores
de publicação.
Meu erro favorito de todos os tempos ocorreu em uma Bíblia publicada na
Inglaterra, em 1631. No sétimo mandamento lê-se: "Tu cometerás adultério" (## - Nota de
rodapé). Eu acredito que o Cristianismo ficou realmente muito popular após a publicação
desta edição. Se esta afirmação parece blasfema, eu preciso somente contar-lhes de uma
outra edição da Bíblia, impressa em 1653, na qual aparece a linha: "Saiba tu, que os
iníquos herdarão o reino de Deus".
Se vocês conferem a prova da mesma forma e na mesma velocidade com que
ordinariamente lêem artigos científicos, provavelmente não perceberão 90% dos erros
tipográficos.
Descobri que a melhor forma de conferir a prova é lê-la e, em seguida, estudá-la.
A leitura, como eu mencionei, deixará passar 90% dos erros, mas ela
Nota de rodapé:
* - NT: O artigo apareceu erradamente, em Inglês, com a palavra "nosocomical" em lugar
de "nosocomial" que, em português, quer dizer nosocômica ou nosocomial ou hospitalar,
dando, no texto, em Inglês, uma idéia de algo cômico.
** - NT: A palavra colheita, em Inglês é "math", que é também usada como abreviação da
palavra matemática, na linguagem coloquial.
# - NT: Foi grafado "consistam" em vez de "consistent", em Inglês, que quer dizer
consistente, em português.
## - NT: "Thou shalt commit adultery", na forma arcaica, com thou, forma antiga de you, e
shalt, segunda pessoa de shall, no Inglês antigo; está faltando a palavra not: "Thou not
shalt adultery".
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captará erros de omissão. Se o impressor pulou uma linha, ler com a finalidade de
compreensão é a única forma de percebê-lo. Alternativamente, ou além disso, duas
pessoas podem conferir a prova, um lendo enquanto outro segue o manuscrito.
Para perceber a maioria dos erros, entretanto, vocês precisam examinar devagar
cada palavra. Se deixam seus olhos pularem de um grupo de palavras para o próximo,
como se faz na leitura normal, perceberão nada mais que poucos erros de ortografia.
Especialmente, vocês devem estudar os termos técnicos. Lembrem-se de que
compositores tipográficos não são cientistas. Um bom compositor será capaz de colocar a
palavra "cherry" (cereja) 100 vezes, sem erro; entretanto, eu me lembro de ter visto em
uma prova de artigo, que a palavra "Escherichia" foi escrita erradamente 21 vezes
consecutivas (de quatro formas diferentes). Eu também fico imaginando os possíveis usos
para um composto cuja fórmula foi impressa como C12H6Q3.
Mencionei a devastação que pode ocorrer pela colocação errada da vírgula na
casa decimal. Esta observação leva a uma regra geral na conferência das provas.
Examinem detalhadamente cada um dos números. Sejam especialmente cuidadosos na
conferência das tabelas. Esta regra é importante por duas razoes Primeiro, erros
freqüentemente ocorrem na digitação de números, especialmente em material de tabelas.
Segundo, vocês são as únicas pessoas que podem perceber tais erros. Muitos erros
ortográficos são pegos na seção de impressão das provas ou na seção editorial do
periódico. Entretanto, estes profissionais conferentes das provas pegam erros, passando
os olhos pelas provas; o conferente das provas não tem meios de saber se "16" deveria
ser "61".
Página 134
FIGURA
Descrição de figura: Texto com vária marcações. A esquerda há uma numeração por
linha que vai de 4 a 52. A direita há, nas linhas que são marcadas no texto, alguns
símbolos.
Fig. 11. Uma cópia da prova corrigida. (Agradecimentos à Waverly Press Inc. pela
impressão desta amostra com vários erros. Uma prova normal da Waverly teria tão
poucos erros que seria inútil para ilustrar nossos propósitos.)
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FIGURA
Descrição de figura: Figura descrita no corpo do texto.
ACRÉSCIMOS ÀS PROVAS
No início deste capítulo, eu afirmei que são enviadas provas aos autores a fim de
que eles possam assegurar-se da precisão da composição do artigo. Na forma de
negativa, devemos afirmar que o estágio de prova não é o momento para revisão,
refraseamento, adição de material mais recente ou qualquer outra mudança significante
em relação à edição final do manuscrito. Há três boas razões para que vocês não façam
mudanças substanciais nas provas.
Primeira, uma consideração ética: desde que nem as provas nem as mudanças
nas provas são vistas pelo editor, a não ser que o periódico seja tão pequeno a ponto de
ter apenas um funcionário, é simplesmente impróprio fazer mudan
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ças substanciais. O manuscrito aprovado pelo editor, depois de revisão por especialistas,
é aquele que deverá ser impresso, não alguma nova versão, contendo material que não
foi visto nem pelo editor, nem pelos revisores.
Segunda, não é conveniente perturbar o material já composto, a não ser se de
lato necessário, porque novos erros tipográficos podem ser introduzidos.
Terceira, as correções são caras. Por serem caras, vocês não devem abusai do
publicador (possivelmente uma sociedade científica da qual vocês são membros leais em
outras circunstâncias); além disso, vocês podem ser golpeados com uma cobrança
substancial em dinheiro, pelas alterações feitas. Muitos periódicos absorvem os custos de
um número razoável de alterações dos autores, mas muitos, especialmente aqueles com
editores-chefes ou gerentes de empresas, irão, cedo ou tarde, cair em cima de vocês,
caso sejam inegavelmente responsáveis por muita alteração nas provas.
Um tipo de acréscimo à prova é freqüentemente permitido. A necessidade ile se
fazer isso aparece quando um artigo do mesmo assunto ou de assunto correlato é
publicado, enquanto os seus estão em processo de impressão. À luz do novo estudo,
vocês ficam tentados a reescrever várias partes de seus artigos. Vocês precisam resistir a
esta tentação, pelas razões que colocamos acima. O que podem fazer é preparar uma
breve nota (apenas algumas sentenças), Adendo às Provas, descrevendo a natureza
geral do novo trabalho e dando a referência bibliográfica. O Adendo pode então ser
impresso no fim, sem perturbar o corpo do artigo.
ACRÉSCIMO ÀS REFERÊNCIAS
Muitas vezes, aparece um novo artigo que vocês gostariam de acrescentar às
suas Referências Bibliográficas, de forma que não seja necessário fazer nenhuma
mudança apreciável no texto, a não ser adicionar umas poucas palavras, talvez, e o novo
número da nova referência. (O que se segue assume que o periódico empregue o sistema
de número de acordo com a ordem alfabética.)
Agora, ouça o seguinte. Se vocês adicionarem uma referência bibliográfica na
prova, não renumerem as referências. Muitos, se não a maioria dos autores, cometem
este erro e é um erro sério. É um erro, porque as muitas mudanças então necessárias na
lista de referências e no texto, onde quer que o número apareça, envolvem custo
significante; novos erros podem ser introduzidos, quando as linhas afetadas forem
redigitadas e, quase sempre, vocês perderão pelo menos uma das referências do texto.
O(s) velho(s) número(s) aparecerá(ão) na impressão, provocando confusão na literatura.
O que vocês devem fazer é adicionarem à nova referência uma letra "a". Se a
nova referencia, colocada em ordem alfabética, for cair entre as referências
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16 e 17, coloquem a nova referência como "16 a". Desta forma, a numeração do resto da
lista não precisa ser mexida.
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QUANDO RECLAMAR
Se vocês não aprenderam nada mais neste capítulo, eu espero que pelo menos
agora saibam que vocês devem fazer o controle de qualidade na reprodução das
ilustrações, em periódicos. De acordo com minha experiência, acho que autores demais
reclamam do fato depois de consumado (depois da publicação), sem ter nunca percebido
que só eles poderiam ter evitado o que quer que seja que eles tenham a reclamar. Por
exemplo, os autores, muitas vezes, reclamam que suas figuras foram impressas de
cabeça para baixo ou do lado errado. Quando pude verificar, constatei que, em quase
todos os casos, a parte da fotografia que estava marcada com a palavra "alto", na prova,
era também aquela que estava voltada para cima no periódico; o autor simplesmente não
o percebeu. Na realidade, o autor enganou-se duas vezes, a primeira, ao ser negligente
na marcação da palavra "alto" na fotografia enviada ao periódico e novamente, falhando
em notar que o impressor marcou "alto" no lado errado da prova.
Assim se vocês vão reclamar, façam-no no estágio de prova. E, acredite ou não,
sua queixa será recebida com prazer. Aqueles de nós que pagamos a conta achamos que
investimos pesadamente em colocar as especificações que podem fornecer qualidade à
reprodução. Nós precisamos de seus controles de qualidade, entretanto, para
assegurarmo-nos de que nosso dinheiro não foi gasto em vão.
Os bons periódicos são impressos por bons impressores, pagos por bons
publicadores. Os artigos publicados terão seus nomes neles, mas as reputações, tanto
dos publicadores como dos impressores, também estão em jogo. Eles esperam que vocês
trabalhem a seus lados para produzir um produto superior.
Porque os editores-chefes deste tipo de periódico devem proteger a integridade
do produto, aqueles que eu conheci nunca contratam um impressor exclusivamente na
base de preço baixo. John Ruskin estava sem dúvida certo, quando disse que "Há
raramente algo neste mundo que alguém não possa fazer um pouco pior e vender um
pouco mais barato e as pessoas que levam em conta somente o preço são as legítimas
vítimas disso".
Um aviso em uma gráfica salientou o mesmo ponto:
PREÇO
QUALIDADE
SERVIÇO
(escolha quaisquer dois dos acima)
Página 139
CAPÍTULO
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PUBLICAÇÕES EM CD-ROM
A publicação em CD-ROM permite o armazenamento de imensa quantidade de
informação de uma forma relativamente estável. Os leves CDs ocupam pouco espaço e
são, por isso, fáceis de transportar e estocar. Texto, imagens e mesmo pequenos filmes e
animações podem ser armazenados em CD, para serem rodados quando se desejar.
Material novo pode ser facilmente adicionado, de graça, em arquivos-mestres de CD-
ROM e um novo CD pode ser remasterizado (feito um novo arquivo-mestre) e lançado
como atualização.
Aplicativos em CD-ROM podem ser interativos, contendo ligações entre várias
partes do texto que as constituem. Também podem ser feitas associações com uma
animação visual ou com um filme do tipo "QuickTime". Publicadores universitários estão
começando a colocar este tipo adicional de material em algumas de suas reimpressões
em CD. Do modo como a velocidade da tecnologia está aumentando, tais animações
visuais são algo a serem pensadas para trabalho futuro. Ao anotar seus dados, vocês
podem ter feito filmes de algum processo, para outros propósitos. Vocês devem também
ter pensado em preparar animações simples para processos que não são visíveis a olho
nu, porque eles são muito pequenos, muito distantes, muito rápidos ou muito lentos.
Animações podem, de longe, ser mais descritivas que desenhos individuais, se houver a
possibilidade de serem associadas a seus relatos ou artigos. Embora o artigo científico
padrão, enviado ao periódico, ainda não contenha este tipo de material eletrônico, muito
provavelmente o fará num futuro próximo. Em seu livro Visualization of Natural
Phenomena (Visualização do Fenômeno Natural) (1993), Robert S. Wolff e Larry Yaeger
discutiram como o movimento nos fenômenos naturais foram captados eletronicamente e
incluíram um CD de exemplos feito em QuickTime.
A American Chemical Society <http://pubs.acs.org/> fornece assinaturas para
suas publicações em disco. Cada disco é uma edição, contendo o texto original da versão
impressa. A versão do CD é um hipertexto associado com gráficos, esquemas e tabelas
adicionais fornecidos a cores ou em preto e branco. Hipertexto é um método de criar e
apresentar um texto que pode ser conectado a outro item, mesmo quando os dois são
partes do mesmo documento, ou quando o outro item é um outro gráfico relacionado, um
documento arquivado em outra parte do CD ou na rede. As notas de rodapé são
diretamente associadas a texto e a figuras. Se um assinante deseja imprimir um artigo, a
reprodução é a laser.
Como muitos outros grandes publicadores, a American Society for Microbiology ¦
http://www.asmusa.org <http://www.asmusa.org/> está em processo de implantação de
versões para
Página 141
COMPOSIÇÕES ELETRÔNICAS
Atualmente, faz-se composição eletrônica (apostila), colocando junto cópias de
arquivos eletrônicos, a fim de criar um documento novo, personalizado. As seleções
podem ser feitas a partir de livros, periódicos ou impressos de texto escrito pessoalmente.
Geralmente, é necessário obter permissão dos detentores do direito autoral do material
que está sendo usado (veja Cap. 31).
A versão eletrônica de diferentes composições difere do processo padrão. Nesta
versão de rápido desenvolvimento, o processo é baseado em artigos selecionados,
reportagens ou capítulos de livros tirados da vasta quantidade de dados armazenados
nos bancos eletrônicos. Quando alguém precisa fazer uma nova compilação de um
conjunto de materiais, a pessoa faz a seleção do conteúdo armazenado em um banco de
dados. Quando for feita a seleção de artigos e ilustrações e o número de cópias for
solicitado, a coleção é imprimida e embalada para distribuição, como se fosse um "livro".
Escritores e publicadores atualmente falam mesmo em documento "virtual", que não
existe fisicamente, mas somente como arquivos associados eletronicamente.
Um dos maiores bancos de dados em desenvolvimento no momento é o CUPID,
o "Consortium for University Printing and Information Distribution" (Consórcio para
Impressão e Distribuição Universitárias). Os participante acadêmicos do Consórcio
incluem a Universidade de Cornell, a iniciadora, as Universidades de Harvard e Princeton
e outras instituições. Os membros comerciais incluem a Xerox e a Kodak. Embora este
sistema de armazenamento eletrônico está ainda nos primeiros estágios de seu
desenvolvimento, planos futuros incluem trabalhar com os publicadores que quiserem
participar, devendo estes incluírem uma parte de seu material com direito autoral.
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CAPÍTULO 21
A INTERNET
A Internet é uma vasta rede mundial de sistemas eletrônicos que ligam "host
computers" (computadores principais ou hospedeiros) e usuários numa rede digital. Ela
originou-se da ARPANET, uma rede de computadores desenvolvida pela Advanced
Research Projects Agency (ARPA - Agência de Projetos em Pesquisa Avançada) e outras
agências governamentais relacionadas dos Estados Unidos, nos anos 60s. Tornando-se
operacional em 1969, a ARPANET permitiu aos cientistas e pesquisadores, que
trabalhavam em projetos do governo, comunicarem-se eletronicamente, estando em
lugares distantes um do outro. Os usuários da ARPANET podiam acessar arquivos
armazenados na rede e colaborar com os colegas, através do país. As universidades
estavam entre os primeiros nós, nesta grande rede de computadores.
A medida que a ARPANET cresceu em tamanho, seus arquitetos sentiram a
necessidade de comunicarem-se com outras redes de computadores que estavam sendo
desenvolvidas. Em 1983, a ARPANET foi dividida em duas redes separadas, mas
intercomunicantes, que juntas, formaram a Internet. A associação de outras redes a
Internet original aumentou rapidamente, muito além das ligações inicialmente fornecidas
pelo governo. Por volta de 1985, cerca de 100 redes estavam conectadas ao sistema; em
1990, quando o sistema original ARPANET foi descomissionado, o número de redes
ligadas à Internet crescera para cerca
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Se uma pesquisa não obteve sucesso, vocês precisarão refrasear sua requisição
e torcer para que sejam recompensados pela sua diligência. A mudança para outro
mecanismo de busca, freqüentemente funciona. Muitas das facilidades de busca têm uma
seção de ajuda, que os aconselha sobre como melhor usar palavras-chaves e frases, em
seus programas. Usem estas seções toda vez que puderem, porque, o fato de saberem
como trabalhar com um aplicativo de busca pode não ser de ajuda, quando mudarem
para outra.
Enquanto os robôs da Internet podem procurar todo um texto não-indexado,
quando alguém inicia uma busca, material indexado obtém resultados mais rápidos. Para
que seus materiais sejam indexados por um aplicativo de indexação, seu publicador deve
arquivar a informação junto com o índice. Se vocês estão publicando independentemente
na Web, terão que arquivar seus trabalhos de forma a permitir indexação para mecanismo
de busca.
Página 146
como a MEDLINE, estão cada vez mais disponíveis, grátis para o público em geral; a
MEDLINE pode ser obtida através do Grateful Med ou do Pub Med, p.ex.. Algumas fontes
"online" estão disponíveis somente para membros que pagam assinatura ou num ritmo de
hora em hora. Outra fonte de informação é o "newsgroup" (grupo de discussão) (veja
Capítulo 23, "E-mail e Newsgroups").
LINKS E HIPERTEXTOS
Um link (ou hiperlink) refere-se à capacidade da Web de usar hipertexto -um
método de criar e apresentar texto e outros objetos que podem ser associados uns aos
outros, assim formando documentos não-lineares. Na Web, um "link" é conhecido como
um URL (Uniform Resource Localor - Locador de Recurso Uniforme). O URL pode
aparecer como um texto ou como um gráfico; cada tipo de URL tem um formato padrão.
Quando o URL é acionado, o "browser" transfere vocês ao "site", onde a informação está
locada.
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disponíveis. Os melhores podem explicar em detalhe como a Internet funciona, que "links"
há e como transcrever um documento de texto padrão em código HTML, de forma que ele
possa ser lido por um "browser" da Web.
ADOBE ACROBAT
Se vocês desejam que o leitor seja capaz de importar cópias imprimíveis de seus
artigos, de forma a reter a diagramação do original eletrônico, vocês podem usar o
aplicativo Acrobat Distiller. Acrobat, um programa criado pela Adobe, converte seus
arquivos em algo chamado PDF (Portable Docu-ment Format - Formato de Documento
Portátil). Um arquivo neste formato pode ser visto na tela com o Acrobat Reader, que se
pode importar livremente do "site" do Adobe Web <http://www.adobe.com/>. O arquivo
PDF pode ser copiado e impresso, com fontes substitutas que são parte do aplicativo.
(Nota: ao contrário do Acrobat Reader, o Distiller não é um "software" livre). O Adobe
Acrobat trata o texto como uma imagem e, portanto, ele gasta muita memória.
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científicos e outros artigos publicados nestes "sites" são revisados por editores e
especialistas, da mesma forma que o material impresso.
Enquanto a impressão tem a vantagem da revisão editorial e por especialista e de
fornecer vários tipos de versões da mesma informação, ela é também lenta. Outra
desvantagem são os erros tipográficos e outros erros, que, uma vez impressos, não
podem ser corrigidos. O estágio de prova é a última chance de perceber tais erros; depois
disso, eles são eternos. Vários meses de produção são necessários para levar uma
matéria até a impressão e a distribuição pelo correio toma outras dias mais. Podem levar
meses a vários anos para que a literatura responda a um artigo específico, porque a
interação entre especialistas via palavra escrita é lenta.
Steven Harnad foi um dos primeiros indivíduos a reconhecerem o potencial da
Internet para a interação de especialistas em um meio que ele chamou "eletronic
skywritting" (escrita aérea eletrônica). Ele é o editor da PSYCOLOQUY, um periódico que
foi transformado, em 1989, em uma publicação eletrônica de referência, patrocinada pela
American Psychological Association. Sua versão UseNet, "sci.psycology.digest", é livre
para os assinantes. Para assinar, mande uma mensagem por e-mail ao seguinte
endereço: <listserv@pucc.bitnet:"sub psyc Firstname Lastname">. Os artigos de Harnad
sobre publicação eletrônica de artigos científicos podem ser encontrados no endereço
<ftp://ftp.princeton.edu/pub/harnad <http://ftp.princeton.edu/pub/harnad>.
ARQUIVANDO INFORMAÇÃO
Os periódicos, tradicionalmente, têm arquivado seus materiais como cópias
impressas. Agora, o arquivamento pode ser feito eletronicamente, publicadores de
periódicos especializados estão começando a responsabilizar-se por esta área também.
Entretanto, devido aos custos em tempo, dinheiro e especialização, o arquivamento é
agora também feito por parceiros terceirizados, sendo os dados fornecidos pelo
publicador.
Não existe um padrão particular corrente para determinar a melhor forma de
arquivar os dados. Bancos de dados eletrônicos "online", CD-ROMs e disquetes que
guardam grandes quantidades de dados, são todos usados. Decisões acerca de onde e
como armazenar ilustrações que estão separadas do texto ainda têm que ser tomadas.
Impressos têm a vantagem de serem portáteis, mas uma cópia serve apenas a um leitor.
Dados eletrônicos permitem uma busca de informação com alto nível de interatividade,
com muitos leitores acessando informação ao mesmo tempo.
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CAPÍTULO 22
O Periódico Eletrônico
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cinado por uma entidade de pesquisa ou universidade, como parte de sua Intranet (em
oposição a Internet total). Entre os muitos publicaclores "online" importantes estão os
seguintes:
ProjectMuse<http://www.press.jhu.edu/muse.html>, patrocinado pela Hopkins
University Press, oferece acesso eletrônico pela Internet ao texto completo de cerca de 40
periódicos publicados pela editora.
Academic Press <http://www.idealibrary.com/> está oferecendo "online" sua lista
completa de cerca de 170 periódicos.
Blackwell Science <http:www.blackwell-science.com <http://www.blackwell-
science.com/> publica livros e periódicos "online", em Ciência, Tecnologia e Medicina.
Elsevier Press <http:www.elsevier.com <http://www.elsevier.com/> planeja ter
todos os seus cerca de 1000 títulos "online" até o final de 1998.
Springer-Verlag <http:www.springer.co.uk <http://www.springer.co.uk/> está
presentemente desenvolvendo seu serviço "online" em cooperação com a IBM.
O maior problema envolve a diagramação da página eletrônica. A impressão nem
sempre preserva o visual de interesse e a integridade, na conversão para a Web. Embora
a Web ofereça recursos adicionais, incluindo som, movimento e vídeo, estes itens
precisam ser fornecidos pelo autor e inseridos no texto em HTML. Devem ser fornecidos
"links" para as locações referenciadas. Outro problema é a necessidade de mudar
símbolos e fórmulas matemáticas do impresso para ilustrações gráficas. Formatos
gráficos para impressão não podem ser lidos pelos "browsers" da Web; eles precisam ser
convertidos em formatos compatíveis com a Web, como o GIF ou o JPEG.
As exigências aos autores variam para cada publicação eletrônica. Algumas
publicações irão converter documentos do processador de texto em HTML e gráficos em
formatos que o "browser" da Web possa ler. Outras publicações, particularmente aquelas
dirigidas a uma clientela que entende de computador, requerem que o autor converta
seus arquivos do processador de texto num formato HTML.
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CAPÍTULO 23
E-mail e Newgroups
E-MAIL
E-mail refere-se a correio eletrônico, mensagens que podem ser enviadas
eletronicamente a qualquer pessoa em sua rede ou de outra rede, a qualquer momento
ou lugar. A rede pode ser local, costumeiramente instalada em um "site" específico, ou ela
pode ser parte da Internet. Se vocês têm acesso a uma rede em seu "site", peça ao
administrador para mostrar-lhes como enviar e receber correspondência. Usar a Internet
para mandar mensagens eletrônicas pode ser ainda mais fácil, fazendo com que seu
computador seja também ligado à Internet. O correio eletrônico é talvez o recurso
disponível aos usuários da Internet mais popular e mais amplamente usado. E-mails,
faxes e videoconferência ajudam as pessoas a trabalharem em colaboração sem precisar
estar face a face.
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS
Para mandar uma mensagem por correio eletrônico a alguém, vocês precisam
saber o endereço eletrônico dessa pessoa. Um endereço eletrônico usualmente consiste
do nome do usuário seguido de uma @, seguida pelo nome do hospedeiro (nome do
provedor de acesso do usuário), seguido pelo nome do
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domínio. O endereço c todo escrito geralmente com letra minúscula, sem espaços entre
os segmentos. Por exemplo, o endereço para um Professor Magon Thompson, na
Universidade Estadual do Arizona pode sermthomp@asu.edu
<mailto:sermthomp@asu.edu>, onde "mthomp" é o nome do usuário, "asu" é o nome do
hospedeiro e ".edu" é o domínio, neste caso, o domínio refere-se à instituição
educacional. Outros sufixos de domínios freqüentemente usados são ".com" para
empresas comerciais, ".gov", para endereços governamentais e ".org" para organizações
sem fins lucrativos. Endereços internacionais incluirão um domínio de país, como ".uk."
para United Kingdom (Reino Unido).
Vocês podem também mandar e-mail para alguém que tem uma conta em um
provedor de acesso comercial "online" como a American OnLine (AOL). O endereço
consistir-se-á do nome do usuário, seguido de uma @, seguida do nome do hospedeiro
do provedor de acesso "online". No caso da AOL, o endereço eletrônico do Magon
Thompson pode ser mthomp@aol.com <mailto:mthomp@aol.com>.
Vocês podem manter uma lista de endereços eletrônicos pessoais em um arquivo
de endereços que é parte das aplicações do correio eletrônico. Novos endereços podem
ser adicionados e os velhos editados, usando as funções de "pull-down" do menu (menu
com uma barra para baixo que pode ser acionada à vontade pelo usuário).
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quem suas mensagens na caixa principal. Quando isso for feito, acionem o botão "send"
(enviar) para transmissão imediata (ou "delayed" - retardada, se vocês estão normalmente
"offline"- com o computador desligado).
Para responder a uma mensagem, pressionem o botão "Reply" (resposta),
quando a mensagem que vocês desejam dar de resposta estiver colocada. Digitem nas
caixas apropriadas e coloquem suas mensagens. Se vocês desejam enviar uma cópia de
seus manuscritos para comentários, junto com a mensagem, eles podem ser copiados e
passados diretamente na caixa de mensagem, se forem curtos. De outra forma, mandem
seus manuscritos como um anexo. O anexo será aberto do outro lado, na forma como ele
aparece em suas telas, desde que o computador receptor tenha o mesmo programa que
vocês. Se este não é o caso, salvem uma cópia de seus artigos como "Text Only"
(unicamente texto) ou ASCII, e os enviem neste formato.
NEWSGROUPS
Os "newsgroups" (grupos de discussão) são compostos de indivíduos de uma
área de interesse específica que desejam ler e escrever uns aos outros sobre tópicos que
lhes concernem. Alguns grupos de discussão têm milhares de subscritos, enquanto que
outros são limitados a tão poucas pessoas quanto 10 a 15 membros. O bibliotecário
"online" de vocês pode dizer-lhes se há um "newsgroup" em sua disciplina.
Os "newsgroups" dependem de uma função da Internet chamada Usenet (Users
Network - rede de usuários). Com este sistema, um usuário da Internet, em qualquer lugar
do mundo, pode enviar uma mensagem do tipo "Usenet" aos membros de um grupo
específico. Todos os grupos de discussão têm um nome, colocado em letra minúscula,
com segmentos separados por pontos, tal como endereços de acesso na Internet. Por
exemplo, tópicos que têm a ver com Ciência em geral podem ser acessados sob
"newsgroups" com um prefixo "sei" e o prefixo "sci.med" cobre tópicos relacionados com
medicina. Um "newsgroup"
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Página 158
CAPÍTULO 24
Página 159
à medida que o periódico propriamente dito está sendo impresso.) Se esse processo é
usado, é importante que vocês mandem logo seus pedidos. Devolvam o pedido junto com
as provas, se assim vieram, no tempo mais curto possível, em vez de esperar por um
pedido de compra oficial a ser moído através dos moinhos de suas instituições. Tentem
obter um número de ordem de compra, mesmo que possa ser demorado obter a ordem
de compra ela mesma.
Algumas reimpressões de periódicos são atualmente manufaturadas em
pequenas prensas de offset, num processo essencialmente não-relacionado com a
fabricação do periódico. Nos recentes anos, o custo do papel aumentou tremendamente;
o desperdício de papel inerente à impressão "junto com o periódico" fez este sistema ficar
economicamente inviável.
O sistema mais novo tem uma vantagem imensa: reimpressões de seus artigos
podem ser feitas a qualquer momento, em qualquer número. Além disso, se vocês
publicam em um periódico que o possui, vocês não precisam nunca se preocupar acerca
de conseguir reimpressões.
QUANTAS SOLICITAR
Mesmo que vocês possam pedir mais tarde, é melhor encomendar logo de início.
Muitos periódicos cobram preços altos para as primeiras 100 reimpressões, para cobrir os
custos de montagem e impressão. As 100 posteriores são geralmente muito mais baratas,
o pequeno acréscimo no preço total é um reflexo somente dos custos com papel e tempo
de impressão adicionais. Desta forma, se vocês imaginam que precisarão de cerca de
100 reimpressões, peçam 200, peçam 300. A diferença de preço é tão irrisória que será
tolo não pecar pelo excesso. A lista de preços da tabela 11 é típica de muitos periódicos.
FIGURA
Figura(adaptada): Tabela
Legenda: Lista de preços de reimpressões: Journal of Bacteriology
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resumos, mas não leram o artigo em si, porque o periódico não está disponível em sua
instituição. (Espere um monte de requisições pouco depois que seus artigos forem
listados no Current Contents.) Vocês devem responder a tais requisições? Francamente,
se vocês enviam reimpressões, afinal de contas, acredito que esse grupo mereça ser
colocado em primeiro lugar.
O terceiro grupo de requerentes será o de seus colegas, pessoas das quais vocês
conhecem ou os nomes ou os laboratórios, por perceberem que eles estão envolvidos em
seus próprios campos de trabalho ou nos relacionados. Vocês devem responder a tais
requisições? Provavelmente sim, porque sabem que as reimpressões serão realmente
usadas. A principal consideração que vocês devem fazer, neste caso, é se não seria
melhor preparar uma lista para envio postal, de forma que vocês e alguns de seus
colegas possam trocar reimpressões sem perder tempo e dinheiro com as requisições.
Vocês devem colecionar reimpressões? Se a resposta é sim, como fazê-lo? Isto,
claro, é com vocês, mas alguns conselhos podem ser úteis.
Vocês devem considerar, a princípio, que as reimpressões são úteis, se é que
são, como uma conveniência. Diferentemente de livros e periódicos, elas não têm
absolutamente valor econômico. Eu soube de muitos cientistas proeminentes que, na
aposentadoria, aborreceram-se, porque suas vastas coleções de reimpressões não
puderam ser vendidas, nem nenhuma instituição as aceitava como presente e porque
mesmo trituradores de papel as recusaram por causa dos grampos.
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(porque seria inconveniente ter que recorrer ao processo de intercâmbio entre bibliotecas,
de novo).
Se vocês têm, ou pretendem ter, uma vasta coleção de reimpressões, nenhum
sistema de arquivamento simples irá fornecer recuperação eficiente. Devem ser feitos
registros. Os registros (provavelmente em fichas de 3 X 5 pol.) podem ser mantidos de
várias formas. O fichamento pode ser estabelecido de forma breve, para autores e co-
autores e para qualquer número de entradas de assuntos. Todas as fichas devem ser
mantidas em um arquivo (caixa de sapato?). As reimpressões, elas mesmas, podem ser
armazenadas com números de acesso, com este número marcado em todas as fichas por
autor ou por assunto. A manutenção de tais registros é relativamente fácil e
surpreendentemente eficiente.
Alternativamente, vocês podem registrar suas reimpressões em um arquivo de
computador. Vários programas de "softwares" estão disponíveis para este tipo de
processamento de registros.
O QUE COLECIONAR
Que reimpressões vocês devem colecionar? Chegamos ao coração do problema,
ou pelo menos à aorta. A não ser que vocês sejam realmente um colecionador por
personalidade, devem limitar suas coleções àqueles itens que são convenientes. Pelo fato
de vocês não poderem colecionar de tudo, a melhor regra é colecionar o difícil. Vocês não
devem colecionar reimpressões de artigos publicados em periódicos que possuem, e,
provavelmente, não devem colecionar reimpressões de periódicos que estão facilmente
disponíveis em quase todas as bibliotecas. Vocês devem colecionar reimpressões de
artigos publicados em periódicos pequenos, especialmente os estrangeiros, ou em
relatórios de encontros ou outras publicações extemporâneas. E vocês devem colecionar
reimpressões que contêm ilustrações coloridas ou de alta qualidade, porque elas não
podem ser fotocopiadas satisfatoriamente. Assim, medindo-se em termos de
conveniência, suas coleções de reimpressões não precisam suplantar a biblioteca do
saguão abaixo, mas ser convenientes para ter acesso, em seus próprios arquivos, a
materiais que não estão disponíveis na biblioteca. Além do mais, as reimpressões são
suas; vocês podem fazer marcas nelas, cortá-las e arquivá-las de qualquer maneira que
julgarem útil.
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CAPÍTULO 25
Página 164
PREPARANDO UM ESBOÇO
Diferentemente de artigos de pesquisa, não há uma organização prescrita para
artigos de revisão. Portanto, vocês deverão desenvolver as sua próprias. A regra principal
para escrever um artigo de revisão é preparar um esboço.
O esboço deve ser preparado cuidadosamente. Ele os auxiliará na organização
de seus artigos, o que é o mais importante. Se seus artigos de revisão forem organizados
corretamente, todo o conjunto da revisão será bem definido e as partes componentes
integrar-se-ão numa ordem lógica.
Obviamente, vocês devem preparar o esboço antes de começarem a escrever, é
conveniente determinar se um periódico de revisão (ou periódico de originais que também
publica artigos de revisão) estaria interessado em tal manuscrito. Possivelmente, o editor
quererá limitar ou expandir o conteúdo dos artigos propostos por vocês ou adicionar ou
retirar alguns dos tópicos.
As Instruções aos Autores do Microbiology and Molecular Biology Reviews instrui
da seguintes forma: "... um sumário de tópicos recebido ... será avaliado pelos editores e,
se o material for satisfatório, os autores serão convidados a escrever a revisão".
O esboço não só é essencial para o preparo da revisão, como é também muito útil
para os leitores potenciais dela. Por esta razão, muitos periódicos de revisão imprimem o
sumário no início do artigo, em que aquele serve como uma tabela de conteúdos,
conveniente para os propósitos do leitor. Um sumário bem construído é mostrado na
figura 12.
FIGURA
Descrição de figura: Sumário
Figura 12. Sumário de um artigo de revisão.
INTRODUÇÃO - 592
PATOFISIOLOGIA - 593
Etiologia - 593
Fatores de Patogenicidade - 593
Bases Genéticas e Fisiológicas para a Produção da Toxina - 593
AS TOXINAS - 594
Estrutura - 594
Anlígenos Relacionados com a Toxina - 594
Sítios de Ligação - 595
Ação das toxinas sobre a Adenilato Ciclase - 596
Adenilato Ciclase Solubilizada e Toxinas - 597
Co/atores Requeridos para a Atividade da Toxina - 597
Envolvimento da Guanosina 5'-Monofosfato (GMP) - 597
Efeito do Aumento do 3', 5'-Monofosfato de Adenosina Cíclico Intracelular - 598
Variabilidade na Ativação da Adenilato Ciclase - 598
Similaridade entre Hormônios Glicoprotéicos e outras Toxinas Bacterianas - 598
Vacinas e Imunidade - 599
ENTEROTOXINAS NOS SISTEMAS IN VIVO - 600
Modelos do Animal Completo - 600
Ensaio da Alça Ilíaca - 600
Ensaio da Permeabilidade da Pele - 601
ENTEROTOXINAS NOS SISTEMA IN VITRO - 601
Fantasmas de Eritrócito - 601
Células da Adrenal - 602
Células Adiposas Isoladas - 603
Linfócitos e Linhas de Células Linfocfticas e a Resposta Imune - 603
Fibroblastos - 604
Outros Sistemas Celulares - 604
DISCUSSÃO - 605
CONCLUSÕES - 606
LITERATURA CITADA - 606
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TIPOS DE REVISÃO
Depois de realmente escrever uma revisão, vocês também precisam determinar
os requisitos críticos do periódico ao qual vocês planejam enviar o manuscrito. Alguns
periódicos pedem avaliação crítica da literatura, enquanto que outros estão mais
interessados em abranger toda a bibliografia. Há também questões de organização, estilo
e ênfase que vocês devem ter em mente, antes de irem mais longe.
De forma geral, os periódicos de revisão tradicionais preferem, e alguns pedem,
avaliações criteriosas e críticas da literatura publicada no assunto. Muitas das série de
"livros" ("Annual Review of " - Revisão Anual de, "Recent Advances in" - Recentes
Avanços em, "Yearbook of' - Livro Anual de, etc), entretanto, publicam revisões que têm a
finalidade de compilar e anotar, mas não necessariamente de avaliar os artigos
publicados num assunto particular, durante um período definido de tempo. Algumas áreas
ativas de pesquisa são revisadas anualmente. Os dois tipos de artigos de revisão servem
a um propósito, mas os diferentes propósitos precisam ser conhecidos.
Até uma certa época, os artigos de revisão tendiam a apresentar uma análise
histórica. De fato, as revisões, são geralmente organizadas em ordem cronológica.
Embora este tipo de revisão seja atualmente menos comum, não se deve deduzir que a
História da Ciência ficou menos importante. Há ainda lugar para a História.
Hoje, entretanto, a maior parte das revisões preferem tanto revisões de qual é o
"estado em que as coisas estão" como revisões que forneçam um novo entendimento
para um campo em rápida evolução. Somente a literatura recente no assunto é
catalogada ou avaliada. Se vocês estiverem revendo um assunto que não foi ainda
revisado ou um no qual apareceram desentendimentos e polêmicas, cobrir um pouco
mais as bases históricas seria apropriado. Se o assunto foi efetivamente revisado
anteriormente, o ponto de partida para as suas revisões deverá ser a data da revisão
prévia (não a data de publicação, mas a data até a qual a literatura foi revisada). E, claro,
suas revisões devem começar citando a revisão prévia.
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muitos especialistas. O artigo de revisão também será lido por muita gente de campos
relacionados, porque a leitura de boas revisões é a melhor forma de manter-se atualizado
em sua ampla área de interesse. Finalmente, os artigos de revisão são valiosos no
processo de ensino, para que o uso pelo estudante aumente. (Por estas razões, a
propósito, peçam montanhas de reimpressões de qualquer artigo de revisão que
publiquem, porque serão soterrados por pedidos de separata.)
Porque o artigo de revisão deve ter uma ampla e variada clientela, seu estilo de
redação deve ser muito mais geral do que costuma ser o de artigo de pesquisa. Jargões e
abreviações especializados devem ser eliminados ou cuidadosamente explicados. Seu
estilo de redação deve ser mais expansivo do que telegráfico.
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CAPÍTULO 26
DEFINIÇÃO
Um relatório de encontro pode ser de vários tipos. Entretanto, deixe-nos lazer
algumas considerações e, a partir destas, tentar pintar um quadro do que um encontro
mais ou menos típico costuma ser.
Tudo começa, é claro, quando vocês são convidados a participar de um encontro
(congresso, simpósio, "workshop", painel de discussão, seminário, colóquio), os
resultados deles serão publicados. Neste início, vocês devem parar para perguntar a si
mesmos e aos organizadores do encontro e editores, exatamente o que está envolvido
com a publicação.
A questão mais relevante, ainda que geralmente ela fique encoberta, é se o
volume de resultados será definido como primário. Se vocês ou outros participantes
apresentarem previamente dados não publicados, a questão que se afigura (ou pelo
menos deveria) é se os dados publicados nos resultados de encontro têm sido
considerados publicação válida, assim impedindo publicação posterior em um periódico
de originais.
A medida que mais e mais cientistas e suas sociedades ficam cientes da
necessidade de definir suas publicações, haverá menos problemas. Por uma razão:
encontros ficaram tão populares nos últimos anos que relatórios de en-
Página 169
contros tornaram-se uma parte muito substancial do total da literatura, em muitas áreas
da Ciência.
A intenção clara, eu acredito, é definir relatórios de encontros como publicação de
dados primários não-válida. Isto se deve ao reconhecimento de três importantes
considerações: (1) A maior parte dos resultados de encontros são instantâneos,
publicações efêmeras, não largamente compradas por bibliotecas científicas, em todo o
mundo; assim, por causa de circulação e disponibilidade limitadas, elas não passam no
quesito fundamental de publicação válida. (2) Muitos relatórios de encontros são
essencialmente artigos de revisão, que não se qualificam como publicações primárias ou
eles são relatórios preliminares que apresentam dados e conceitos que podem ainda ser
exploratórios ou parciais e com os quais os cientistas ainda não se atrevem a contribuir
para uma publicação primária. (3) Relatórios de encontros não são normalmente
submetidos a revisão por especialistas ou a mais que o mínimo, o de ser editado;
portanto, pela falta de qualquer controle de qualidade efetivo, muitos publicadores
renomados agora definem os volumes de resultados de encontros como não-primários.
(Há, claro, exceções. Alguns resultados de encontros são editados de forma rigorosa e
seus prestígios são iguais aos dos periódicos de originais. De fato, alguns resultados de
encontros aparecem como matérias de periódicos).
Isto é importante saber, para que possam resolver se, ou não, seus dados serão
enterrados em um obscuro volume de resultados de encontros. Isto também responde
mais amplamente como devem escrever o relatório. Se o volume de resultados é julgado
como sendo publicação primária, vocês devem (e o editor não terá dúvida de assim
indicar) preparar seus manuscritos no estilo do periódico. Devem fornecer detalhes
experimentais completos e apresentar tanto seus dados, como suas conclusões dos
dados, tão seriamente como o fariam em um periódico prestigioso.
Se, por outro lado, vocês estão contribuindo para um volume de resultados que
não é uma publicação primária, o estilo de redação pode ser (e deve ser) bem diferente.
O requisito fundamental de reprodutibilidade, inerente às publicações primárias, deve ser
agora ignorado. Vocês não precisam, e provavelmente não devem, ter uma seção de
Materiais e Métodos. Certamente, vocês não precisarão fornecer os detalhes intrincados
que podem ser necessários para que os especialistas da área reproduzam os
experimentos.
Nem é necessário fornecer a usual revisão da literatura. Seus artigos de periódico
posteriores irão alimentar cuidadosamente, com seus resultados, a fábrica de ciência pré-
existente; seus relatórios de encontros devem ser delineados para fornecer as novas
descobertas e as especulações para a audiência presente. Somente periódicos de
originais têm a responsabilidade de ser os depositários oficiais.
Página 170
FORMATO
Se seus relatórios de encontro não são artigos científicos primários, em que,
realmente eles devem diferir do artigo científico usual?
Um relatório de encontro é geralmente limitado a uma ou duas páginas impressas
ou a 1000 até 2000 palavras. Usualmente, os autores podem beneficiar-se de uma
simples fórmula como "no máximo cinco páginas de manuscrito, com espaço duplo e não
mais que três ilustrações (qualquer combinação de tabelas, gráficos ou fotografias)".
APRESENTANDO NOVAS IDÉIAS
Como dito acima, o relatório de encontro pode ser relativamente curto, porque a
maior parte dos detalhes experimentais e muito da revisão da literatura podem ser
eliminados. Além do mais, os resultados podem usualmente ser apresentados de forma
breve. Pelo fato de que os resultados completos serão presumivelmente publicados mais
tarde, em um periódico de originais, somente as descobertas significantes precisam ser
apresentadas no relatório de encontro.
Por outro lado, o relatório de encontro deve abrir um grande espaço para
especulação. Editores de periódicos de originais podem ficar bem nervosos com relação a
discussão de teorias e possibilidades que ainda não foram amplamente apoiadas por
dados. O relatório de encontro, entretanto, deve servir ao propósito de ser um verdadeiro
relatório preliminar; ele deve apresentar e encorajar especulação, teorias alternativas e
sugestões para pesquisa futura.
Os encontros, eles mesmos, podem ser excitantes, precisamente porque
realmente servem como um fórum para a apresentação de idéias muito novas. Se as
idéias forem realmente inéditas, elas não foram ainda totalmente testadas. Elas podem
fazer água. Por isso, o encontro científico típico deve ser encarado como um anúncio e os
resultados publicados devem refletir esta conotação. Os controles estritos de editores
rigorosos e da revisão por especialistas são adequados para periódicos de originais, mas
estão fora de cogitação para a literatura de encontros.
O relatório de encontro típico, portanto, não necessita seguir a usual progressão
de Introdução, Materiais e Métodos, Resultados e Discussão, que é padrão para o artigo
de pesquisa primário. Ao contrário, deve ser usada uma abordagem abreviada. O
problema é estabelecido; é colocada a metodologia usada (mas não descrita em detalhes)
e os resultados são apresentados brevemente, com uma, duas ou três tabelas ou figuras.
Então, faz-se especulações sobre os resultados mais significantes, geralmente com
considerável extensão.
Página 171
EDITANDO E PUBLICANDO
Finalmente, é necessário somente relembrar-lhes que o editor dos resultados,
usualmente o organizador do encontro, é o único árbitro sobre as questões relacionadas
com a preparação do manuscrito. Se o editor distribuiu Instruções aos Autores, vocês
devem segui-las (assumindo que querem ser convidados para outros encontros). Vocês
não precisam preocupar-se com rejeição, uma vez que os relatórios de encontros são
raramente rejeitados; entretanto, se vocês concordaram em participar do encontro, devem
então seguir todas as regras estabelecidas. Se todos os participantes seguirem as regras,
quaisquer que sejam elas, o volume resultante exibirá uma consistência interna razoável e
será um crédito para tudo que a ele diz respeito.
CAPÍTULO 27
LIVROS CIENTÍFICOS
Livros são importantes era todas as profissões, mas eles são especialmente
importantes nas ciências. Isto ocorre, porque a unidade básica da comunicação científica,
o artigo de pesquisa primário, é curto (tipicamente cinco a oito páginas impressas, na
maior parte dos campos de conhecimento) e muito específico. Portanto, para fornecer
uma visão geral de um ramo significante da Ciência, os escritores de livros científicos
organizam e sintetizam o conhecimento relatado em uma determinada área, numa
embalagem muito maior e mais significante. Em outras palavras, conhecimento científico
novo torna-se significante, através da seleção e da triagem de pedacinhos e porções que,
unidos, fornecem uma visão mais ampla. Assim, as plantas e flores individuais e mesmo
as ervas daninhas tornar-se-ão uma plantação.
Livros científicos, técnicos e de Medicina são de vários tipos. Nas categorias mais
gerais, eles podem ser considerados monografias, livros de referências bibliográficas,
livros textos e livros comerciais. Pelo fato de haver diferenças significantes entre estes
quatro tipos, um revisor deve entender as distinções.
Monografias. Monografias são os livros mais usados pelos cientistas. As
Monografias são escritas de cientista para cientista. Elas são especializadas e
detalhadas. Na forma, elas são o equivalente a um grande artigo de revisão.
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Algumas monografias são escritas por autores isolados; a maior parte é escrita
por vários autores. Se um grande número de autores estão contribuindo para uma
monografia, deve haver um ou mais editores que juntam os tópicos individuais e então
editam as contribuições na forma de um volume bem estruturado. (Esta é a teoria, mas
nem sempre a prática). Tal monografia pode ser montada pelo correio; alternativamente, é
organizado um encontro, são lidos artigos e um volume resultante contém os "resultados"
destes eventos.
Como um publicador de longa, se não boa, permanência no cargo, eu agora
expressarei uma opinião mau humorada. Se, como um bom revisor crítico, vocês querem
comentar acerca de "o ultrajante preço alto dos publicadores", saibam do que vocês estão
falando. (Isto, a propósito, é uma boa regra geral para todos os aspectos de fazer revisão
crítica de livros.) Minha opinião é a seguinte: alguns revisores críticos têm uma visão
precária acerca de preços de livros; alguns usam mesmo uma fórmula simplista, dizendo,
talvez, que qualquer livro que custe até 10 cents de dólar por página impressa está bem,
mas que um preço mais alto que 10 cents de dólar por página "é malograr a comunidade
científica". A realidade é que os preços de livros realmente variam e devem variar muito; a
variação não depende primariamente do tamanho do livro, mas do tamanho da clientela.
Um livro com um potencial de venda de 10.000 ou mais exemplares pode ser barato; um
livro com um potencial de venda de 1.000 a 2.000 exemplares deve ter um preço alto, se
o publicador quiser continuar em seu ramo de negócios. Assim, o preço de 10 cents de
dólar por página (isto é, 20 dólares para um livro de 200 páginas) pode ser uma
insanidade para uma monografia especializada.
Livros de referências bibliográficas. Pelo fato da Ciência produzir dados em
profusão, os publicadores de Ciência produzem uma ampla variedade de compilações de
dados. Muitos deles são da variedade Manual. Alguns dos campos mais extensos têm
enciclopédias e dicionários próprios. Bibliografias eram antes um tipo de livro de
referências bibliográficas, mas relativamente poucas estão sendo produzidas hoje em dia.
Como a busca de bibliografia através do computador ficou comum, bibliografia impressa,
na maioria dos campos, tornou-se obsoleta.
Livros de referências bibliográficas são caros de produzir. Muitos são produzidos
por editores comerciais, que delineiam o produto e empregam cientistas como
consultores, para assegurar a qualidade do produto. Os trabalhos de referências
bibliográficas publicados, principalmente os trabalhos com mais de um volume são, em
geral, caros. Do ponto de vista do revisor crítico, as considerações essenciais são a
utilidade e a precisão dos dados reunidos no livro.
Livros textos. Os editores amam os livros textos (livros didáticos), porque é aí que
o dinheiro reside. Um texto bem-sucedido, para cursos de graduação,
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Análise da clientela. O principal objetivo de um revisão crítica de livros é fornecer
informação suficiente para leitores potenciais, de forma que eles possam decidir se
devem comprar o livro. Para fazer isto, o revisor crítico deve definir o conteúdo do livro e
também a clientela do livro. Quem poderia ler o livro e por quê?
Muitos livros têm diferentes clientelas. Por exemplo,Lady Chatterley's Lover (O
amante de Lady Chatterley), de D.H. Lawrence, tem uma grande clientela geral, sendo a
principal razão disso o fato do livro ser sobre sexo explícito. Entretanto, uma clientela
diferenciada (mais científica?) estaria na mente do revisor crítico que escreveu a seguinte
crítica que apareceu na matéria de novembro de 1959 do Field and Streain (Campo e
Riacho):
(Inicio do trecho em destaque) Embora escrito há muitos anos, O Amante de Lady
Chatterley acabou de ser reeditado pela Grove Press e esta ficção, que se refere à vida
diária de um guarda-caças inglês, é ainda de considerável interesse para os leitores que
apreciam o ar livre, na medida em que ela contém muitas passagens sobre criação de
faisões, sobre o aprisionamento de caçadores ilegais, formas de controlar pragas e outras
tarefas e deveres de um guarda-caças profissional. Infelizmente, a gente se vê obrigado a
prosseguir com dificuldade através de muitas páginas de materiais estranhos, para poder
descobrir e conhecer estas luzes, colocadas entre linhas, sobre o gerenciamento de um
campo de caça das Midlands (Terras Médias da Inglaterra),e, na opinião deste crítico,
este livro não pode substituir o Practical Gamelceeping (Manual Prático do Guarda-Ca-
ças) de J. R. Miller.(fim do trecho em destaque).
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substituir um termo técnico preciso, que o seja. O revisor crítico pode espantar-se, de
quando em quando, mas um livro que consegue, de forma clara, apresentar conceitos
científicos ao grande público, não deve ser punido por uma imprecisão ocasional.
Finalmente, para livros comerciais (assim como para outros livros científicos do
gênero), o revisor crítico deve tentar definir a clientela. Pode qualquer pessoa que lê
literatura entender o livro, ou é necessário um certo nível de competência científica?
Se um revisor crítico realizou bem seu trabalho, um leitor potencial saberá se
deve ou não ler o livro em consideração e porquê.
Informação para Impressão. No alto da revisão crítica do livro, o revisor crítico
deve listar a lista completa de informações para impressão. A ordem usual é a seguinte:
título do livro, edição (se há outra além da primeira), nome(s) do(s) autor(es) ou do(s)
editor(es), publicador, local (cidade na qual o publicador está localizado), ano de
publicação, número de páginas e lista de preços do livro. Por convenção, cidades bem
conhecidas não são seguidas dos nomes do estado ou do país. Um publicador localizado
em Nova Iorque é listado em "Nova Iorque", não em "Nova Iorque, NI." e em Londres é
listada como estando em "Londres", não em "Londres, RU".
Capítulo 28
OBJETIVO DA TESE
A tese de doutoramento, na Ciência, serve supostamente para apresentar
pesquisa original do candidato. Este propósito é para provar que o candidato é capaz de
fazer e comunicar pesquisa original. Portanto, uma tese apropriada deve ser semelhante
a uma artigo científico, que tem o mesmo objetivo. Uma tese deve exibir a mesma forma
de escrita disciplinada que seria requisitada para a publicação em um periódico.
Diferentemente do artigo científico, a tese pode descrever mais de um tópico e pode
apresentar mais de uma abordagem para algum tópico. A tese pode apresentar todos ou
a maior parte dos dados obtidos na pesquisa relacionada com a tese do estudante. Por
isso, a tese usualmente pode ser maior e mais abrangente que um artigo científico. Mas o
conceito de que a tese deve ter uma extensão de um tomo de 200 páginas é errado.
Muitas teses de 200 páginas contêm cerca de 50 páginas de boa ciência. As outras 150
páginas compreendem descrições inchadas de detalhes insignificantes.
Tenho visto um grande número de teses de doutoramento e assessorei a redação
e organização de um bom número delas. Baseando-me nesta experiência, conclui que
quase não há regras gerais aceitas para estas preparações. Muitos tipos de redação
científica são altamente estruturadas. A tese não o é. A forma
Página 179
"certa" de escrever uma tese varia muito de instituição para instituição e mesmo de
professor para professor, dentro do mesmo departamento, da mesma instituição.
A parte mais empoeirada da maioria das bibliotecas é aquela área onde as teses
departamentais são guardadas. Sem dúvida, muitas porções de conhecimento útil estão
contidas em teses, mas quem tem tempo ou paciência de aventurar-se através de
centenas de páginas de trivialidade para encontrar uma página ou duas de conhecimento
útil?
Reid (1978) foi um dos muitos que sugeriram que a tese tradicional não serve
mais a nenhum propósito. Nas palavras de Reid, "Requisitos de que um candidato precise
produzir dissertação em estilo tradicional prolixo, para obter o grau de doutor em ciências,
deve ser abandonado... A dissertação tradicional expansiva alimenta a falsa impressão de
que um registro típico deve ser sem qualquer tabela, gráfico ou procedimento
experimental bem-sucedido ou mal-sucedido".
Se uma tese tem um objetivo real, este objetivo deveria ser o de determinar
aptidão literária. Talvez, as universidades sempre tenham se preocupado acerca do que
aconteceria a suas imagens se viesse à tona que um grau de doutor tenha sido dado a
um iletrado. Por isso, a necessidade de tese. Colocado de forma mais positiva, o
candidato atravessou um processo de maturação, disciplina e erudição. O "bilhete" de
saída é uma tese satisfatória.
É de utilidade mencionar que a tese nas universidades européias são levadas
muito mais a sério. Elas servem para mostrar que o candidato tem uma grande
maturidade e pode tanto fazer Ciência como escrever Ciência. Tais teses devem ser
defendidas, após alguns anos de trabalho e algumas publicações primárias, com a tese
sendo, ela mesma, um "artigo de revisão" que traz tudo isto reunido.
"DICAS" PARA A REDAÇÃO
Há poucas regras para escrever uma tese, exceto aquelas que devem existir em
suas instituições. Se vocês não têm regras a seguir, devem ir à biblioteca departamental e
examinar as teses submetidas por graduados anteriores do departamento, especialmente
aqueles que tiveram fama e fortuna. Talvez vocês sejam capazes de detectar um aroma
comum. Tudo que funcionou no passado, para outros, deve provavelmente funcionar para
vocês, agora.
Geralmente, uma tese deve ser escrita no estilo de um artigo de revisão. Seu
objetivo é rever o trabalho que os levou à obtenção do título. Seus dados originais (quer
tenham sido previamente publicados ou não) devem, claro, ser incorporados, fortalecidos
com todos os detalhes experimentais. Cada uma das vá-
Página 180
rias seções devem ser realmente delineadas, pautando-se pelas partes do artigo de
pesquisa (Introdução, Materiais e Métodos, Resultados, Discussão). De maneira geral,
entretanto, as partes devem ser colocadas juntas como num artigo de revisão
monográfico.
Sejam cuidadosos acerca dos subtítulos. Se vocês têm uma ou várias seções de
Resultados, estes devem ser os seus resultados, não uma mistura de seus resultados
com aqueles de outros autores. Se precisam apresentar resultados de outrem, para
mostrar como eles confirmam ou contrastam com os seus, vocês devem fazer isto na
seção de Discussão. Por outro lado, pode surgir confusão, ou, pior, vocês podem ficar
sobrecarregados de dados levantados na literatura.
Comecem com, e trabalhem a partir de, um esboço cuidadosamente preparado.
Em seus esboços e em suas teses, vocês descreverão, claro, em meticuloso detalhe,
seus próprios resultados de pesquisa. E também costumeiro rever todo o trabalho
relacionado. Além do mais, não há nenhum obstáculo numa tese, como deve haver no
estabelecido pela arte de fazer artigos de revisão, em adotar a velha tradição, de forma
que é geralmente desejável voltar na história de seu assunto. Vocês podem, assim,
montar uma revisão, realmente valiosa, da literatura de seu campo, enquanto, ao mesmo
tempo, aprendem algo sobre a História da Ciência, o que pode tornar-se a parte mais
preciosa da educação de vocês.
Recomendo que dêem especial atenção à Introdução em suas teses, por duas
razões. Primeiramente, em benefício próprio, vocês precisam deixar claro que problema
estão estudando, como e porque vocês selecionaram aquele problema, como o
enfrentaram e o que aprenderam durante o curso de seus estudos. O resto da tese deve
então fluir facilmente e logicamente, a partir da Introdução. Em segundo lugar, porque as
primeiras impressões são importantes, vocês não devem querer perder seus leitores
numa nuvem de ofuscação, de cara.
tempo integral, nem podem contar com a pronta disponibilidade do orientador de suas
teses. Coloquem seis meses, no mínimo.
Certamente, as partes publicáveis de seus trabalhos de pesquisa devem ser
escritas como artigos e enviadas, se possível, antes que vocês deixem a instituição. Será
difícil fazer isto após deixarem a instituição e será mais difícil ainda, com o passar dos
meses.
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CAPÍTULO 29
ORGANIZAÇÃO DO ARTIGO
A melhor maneira (em minha opinião) de organizar um artigo para apresentação
oral é seguir os mesmos passos lógicos que se seguiria usualmente ao escrever um
artigo, começando com "qual era o problema?" e terminando com "qual é a solução?"
Entretanto, é importante lembrar que apresentação oral de um artigo não se constitui
numa publicação e, por isso, aplicam-se regras diferentes. A grande distinção é que o
artigo publicado deve conter todo o protocolo experimental, de tal forma que os
experimentos possam ser repetidos. A apresentação oral, todavia, não precisa e não deve
conter todos os detalhes experimentais, a não ser, por acaso, que vocês tenham sido
chamados para administrar um soporífico num encontro de insones. Citação extensiva da
literatura lambem é indesejável, em uma apresentação oral.
Se vocês aceitarem minha afirmação de que a apresentação oral deve ser
organizada com as mesmas linhas de um trabalho escrito, eu não preciso dizer nada mais
sobre "organização". Este material está coberto no Capítulo 26. "Como Escrever um
Relatório de Encontro".
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APRESENTAÇÃO DO ARTIGO
Muitas apresentações orais são curtas (com um limite de 10 minutos, em muitos
encontros). Assim, mesmo o conteúdo teórico deve ser adaptado em relação àquele de
um artigo escrito. Não importa quão organizadas, muitas idéias apresentadas muito
rapidamente ficarão confusas. Vocês devem ater-se a seus pontos ou resultados mais
importantes e enfatizar isto. Não haverá tempo para apresentarem todas as suas outras
novas idéias.
Há, claro, outros tipos mais longos de apresentação oral. Um tempo típico
permitido para apresentações de simpósio é 20 minutos. Uns poucos são mais longos.
Um seminário é normalmente de uma hora. Obviamente, vocês podem apresentar mais
material, se tiverem mais tempo. Neste caso, devem seguir devagar, apresentando
cuidadosamente uns poucos pontos ou temas mais importantes. Se andam muito rápido,
especialmente no começo, sua audiência perderá o fio da meada; os sonhos do dia
começarão e suas mensagens serão perdidas.
"SLIDES"
Em pequenos encontros científicos informais, vários tipo de recursos visuais
podem ser usados. Retroprojetores, cartazes e até lousas podem ser efetivamente
usados. Na maior parte dos encontros, porém, diapositivos de 35 mm são a linguagem
permitida. Todo cientista deveria saber como preparar "slides" eficazes; ainda hoje, a
observação da maioria dos encontros, rapidamente indica que muitos não o sabem.
Aqui estão algumas considerações que são importantes. Primeiro, os "slides"
devem ser delineados especialmente para uso na apresentação oral. "Slides" preparados
a partir de gráficos que foram retirados de publicação de periódicos são raramente
eficazes e geralmente não são nem sequer legíveis. "Slides" preparados a partir de um
manuscrito feito no processador de texto ou a partir de um periódico impresso ou livro não
são quase nunca eficazes. Precisa ser também lembrado que "slides" devem ser mais
largos que altos, o que é exatamente o oposto das dimensões preferidas para ilustrações
impressas. Mesmo que os "slides" de 35 mm sejam quadrados (medidas externas de 2 X
2 polegadas ou 0,5 X 0,5 mm), a câmara convencional de 35 mm produz uma imagem
que é de 36,3 mm de largura por 24,5 mm de altura; além disso, as telas são
normalmente mais largas que altas. Assim, são preferidos "slides" orientados
horizontalmente.
Segundo, "slides" devem ser preparados por profissionais ou, pelo menos, com o
uso de equipamento profissional. O Processador de texto é adequado, se
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uma fonte de tamanho grande for selecionada. Uma letra não serifada, como a Helvetica,
tende a ser bem adequada para "slides". Seus gráficos com certeza serão gerados por
computador.
Terceiro, deve ser lembrado que a luz nas salas de encontros é raramente a
ótima para "slides". O contraste é, portanto, importante. Os melhores "slides" (mais
legíveis) têm texto preto em um fundo branco.
Quarto, "slides" não devem ser cheios. Cada "slide" deve ser designado para
ilustrar um ponto em particular ou talvez para resumir uns poucos dados. Se um "slide"
não pode ser entendido em 4 segundos, é um "slide" ruim.
Quinto, vá ao saguão ao lado da audiência. Inspecione o projetor, o controle
remoto e as luzes. Esteja seguro de que seus "slides" estejam inseridos na ordem
adequada e na orientação apropriada. Não há necessidade de, e não há desculpas para,
"slides" que aparecem fora da seqüência, de cabeça para baixo ou fora de foco.
Normalmente, cada "slide" deve conter uma colocação visual simples, facilmente
inteligível. O "slide" deve suplementar o que se está dizendo no momento em que o
"slide" está na tela; ele não deve simplesmente repetir o que vocês estão dizendo. E
vocês não devem nunca ler o texto do "slide" para a audiência; fazer isso seria um insulto
às suas audiências, a não ser que vocês estejam dirigindo-se a um grupo de analfabetos.
"Slides" que são atenciosamente elaborados e bem preparados podem aumentar
grandemente o valor da apresentação científica. "Slides" pobres teriam arruinado Cícero.
A AUDIÊNCIA
A apresentação de um artigo em um encontro científico é um processo de mão
dupla. Porque o material que está sendo comunicado no encontro científico é,
supostamente, uma informação mais recente, disponível no campo de trabalho em
questão, tanto os conferencistas como a audiência devem aceitar certas regras. Como
indicado acima, os conferencistas devem apresentar seus materiais clara e efetivamente,
de forma que a audiência possa entender e aprender a partir da informação que está
sendo comunicada.
Quase certo, a audiência para uma apresentação oral será mais diversificada que
a da leitura de um artigo científico. Portanto, a apresentação oral deve ser r: posia ni iii i
nível mais geral do que seria em um artigo escrito. Evitem detalhe técnico. Definam
termos. Expliquem conceitos difíceis. Um pouco de redundância pode ser muito útil.
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podem mesmo rearranjar a seqüência de seus "slides", à medida que editam seus
materiais. Podem também rearranjar, adicionar ou retirar "slides" através de um tipo de
visualização, em tamanho reduzido, dos visuais reais.
USANDO COR NA APRESENTAÇÃO DE "SLIDES"
Quando vocês estão trabalhando com cor, decidam-se por um esquema de cores,
antes de começarem a preocupar-se com a legibilidade e o efeito em uma apresentação.
A legibilidade é muito importante. O texto deve destacar-se de seu fundo e um bom
contraste entre o fundo e seus textos dependerá disso. Se vocês escolherem uma cor
escura para o texto, usem uma mais clara, mais suave, para os elementos de fundo. Uma
boa combinação é um fundo amarelo claro com texto azul escuro brilhante. Bordas podem
ser feitas com azul mais escuro. Esta combinação de cores fornecerá bons impressos
para distribuição à platéia. Se desejarem usar um fundo escuro, como um cinza escuro ou
azul marinho, as letras e outros elementos devem ser brancos, amarelo pálido ou outra
cor pálida. Esta combinação de cor ficará bem na tela, mas não fornecerá os melhores
impressos. Fiquem cônscios, entretanto, de que é fácil exagerar nos efeitos de cor e
arruinar uma apresentação que poderia ser boa.
Uso consistente de cor adicionará uma qualidade adicional às suas
apresentações. Se usarem a mesma cor de forma consistente, para cada elemento,
através da projeção de "slides", ela comunicará suas idéias sem confusão. Por exemplo,
se estão usando bordas azuis-escuras numa forma retangular padrão, não mudem a
forma para um triângulo, no meio do caminho, na apresentação. Mudar a cor no meio do
caminho, numa apresentação, será ainda pior. Os membros da platéia quererão saber por
que fizeram a mudança e, inconscientemente, procurarão pela razão, mesmo quando não
houver nenhuma. Modelos geralmente fornecem um esquema de cor que funciona bem.
Se não gostam do desenho do modelo, mas gostam das cores, usem-nas como parte da
apresentação do "slide" que vocês realmente preferem. Para concluir suas
apresentações, adicionem um "slide" preto; isto é o que o profissional faz.
TRANSIÇÕES DO DATA-SHOW
Transições são efeitos visuais aplicados a um "slide", quando ele aparece em
uma tela. Elas podem ser tão simples como um esvanecimento ou uma aparição gradual
suave de um novo "slide", exatamente igual nos filmes, quando uma nova cena se abre.
As transições do tipo do esvaecimento podem ser aplicadas para aparecer de cima para
baixo, de baixo para cima, da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda.
Muitos efeitos sonoros estão incluídos,
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mas isto está completamente fora de cogitação numa apresentação científica. Qualquer
que seja a transição que vocês escolherem, usem-na de forma homogênea, de um "slide "
para outro.
Vocês também podem usar uma construção para suas apresentações. Em vez de
ter todo o "slide" mostrado de uma vez, ele pode ser construído. A primeira visão trará
somente o título; quadros sucessivos são expostos ao público, um de cada vez. Os
quadros previamente expostos permanecem ainda na tela. A construção adiciona um
impacto de suspense e um pouco de ação a um formato imóvel. Embora as construções
adicionem interesse a uma apresentação, limitem seu uso somente àquilo para o que elas
funcionam bem. Se usada para cada "slide, a construção também fica tediosa. Vocês
podem estabelecer o tempo a ser colocado entre a apresentação de um "slide" e a de
outro, automaticamente, de forma a dar-lhes o tempo exato para falar sobre o material, ou
vocês podem controlar a apresentação de "slide" para "slide", acionando o mouse.
Recursos como estes permitem que programas eletrônicos de data-show
ofereçam muitas formas de melhorar a clareza e de adicionar interesse a uma
apresentação.
Quando usarem apresentações eletrônicas, convém levar uma série de slides ou
transparências com vocês, no caso de problemas. Aparato eletrônico nem sempre
funciona, especialmente se depararem com um técnico que realmente não sabe como
lidar com o equipamento.
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CAPÍTULO 30
TAMANHOS E FORMATOS
Em anos recentes, sessões de pôster têm-se tomado mais comum, tanto em
encontros nacionais, como nos internacionais. (Pôsteres são cartazes, nos quais
cientistas mostram seus dados e descrevem seus experimentos). A medida que a
presença em encontros aumentou e que foi maior a pressão exercida sobre o comitê de
programação para organizar mais e mais artigos para apresentação oral, alguma coisa
teve que mudar. Os grandes encontros anuais, como os da Federação das Sociedades
Americanas de Biologia Experimental, chegou ao ponto em que salas de reunião
disponíveis ficavam simplesmente esgotadas. E, mesmo quando uma quantidade
suficiente de salas estava disponível, o grande número resultante de sessões simultâneas
dificultava ou impossibilitava aos cientistas participantes assistirem ao trabalho que estava
sendo apresentado por colegas.
De início, os comitês de programação simplesmente rejeitavam qualquer número
de resumos que se julgasse estar além das capacidades de espaço das salas de
reuniões. Então, sessões de pôster foram desenvolvidas, os comitês de programação
puderam atenuar as rejeições, avisando os "rejeitados" que eles
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ORGANIZAÇÃO
A organização do pôster normalmente segue o formato IMRAD, embora
considerações gráficas e a necessidade de simplificação devam ser mantidas em mente. I
lá muito pouco texto em um pôster bem delineado, devendo a maior parte do espaço ser
tomada por ilustrações.
A Introdução deve ser apresentada sucintamente; o pôster será falho a não ser
que estabeleça claramente os objetivos, logo no início. A seção de métodos
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será muito breve; talvez apenas uma sentença ou duas serão suficientes para descrever o
tipo de abordagem usada. Os resultados, que é geralmente a menor seção de um artigo
escrito, é usualmente a parte mais importante de um pôster bem feito. A maioria do
espaço disponível será usada para ilustrar os resultados. A Discussão deve ser breve.
Alguns dos melhores pôsteres que eu vi não usavam o título "Discussão", em vez disso, o
título "Conclusões" aparecia em cima do painel, com as conclusões individuais talvez
apresentadas na forma de sentenças curtas numeradas. As citações da literatura devem
ser o mínimo possível.
PREPARANDO O PÔSTER
Vocês devem numerar seus pôsteres de acordo com o programa do encontro. O
título deve ser curto e chamativo (se possível); se for muito longo, ele pode não caber no
módulo de apresentação. O título deve ser legível a uma distância de 10 pés (3 m). O tipo
de letra deve ser nítido e negro, e a letra deve ter cerca de 30 mm de altura. Os nomes
dos autores devem ser algo menor (talvez 20 mm). A letra de texto deve ter cerca de 4
mm de altura. (Um tamanho de letra de 24 pontos é adequado para o texto). Letras
adesivas (exemplo, Letraset) são uma excelente alternativa, especialmente para os
cabeçalhos. Um bom truque é usar letras adesivas para seu título, montando-as em
máquinas de montagem padrões, de 2 14 polegadas. Vocês podem então enrolar seus
títulos e colocá-los em suas maletas e então colá-los no quadro de pôsteres, no encontro.
Os computadores também podem produzir letras de tamanho adequado.
Um pôster deve ser auto-explicativo, permitindo que diferentes leitores pros-sigam
em seu próprio ritmo. Se o autor tem que gastar a maior parte de seu tempo meramente
explicando o pôster em vez de responder às questões científicas, o pôster é um tremendo
fiasco.
Muito espaço em branco no pôster é importante. Preenchimento excessivo
afastará as pessoas. Tente fazê-lo de forma bem clara, o que significa que ele seja visto
na ordem certa, embora muitas pessoas ainda lerão o pôster de trás para diante. Impacto
visual é particularmente crítico em uma seção de pôster. Se vocês não têm talento para
desenho, considerem a possibilidade de obter ajuda de um artista gráfico. Tal profissional
pode produzir um pôster atrativo, mesmo no estilo tradicional de cartaz ou no novo
formato de reprodução fotográfica única (superstaf).
Robin Morgan, Professor de Ciências de Animais e Alimentos da Universidade de
Delaware, disse-me isto: "Sou um daqueles cientistas 'fiel à Ciência', que ama pôsteres e
também faz uma porção deles. Escrevo o texto no
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processador de texto e preparo gráficos individuais como EPS, usando McDraw Pro,
DeltaGraph e Quark. Então, mando as partes individuais para um artista gráfico. O artista
adiciona um pouco de cor aqui e ali e coloca tudo isto de forma adequada. Eu então o
imprimo numa gráfica e obtenho a lâmina. O custo é de mil dólares por pôster (muito alto
para muitos cientistas), mas é ótimo trazer para casa um pôster depois de um encontro e
colocá-lo em seu escritório ou laboratório".
Um pôster deve conter realces, de forma que os passantes possam facilmente
discernir se o pôster é algo de interesse deles. Se estão interessados, haverá um montão
de tempo para responder sobre detalhes. Também, é uma boa idéia preparar impressos,
contendo informações mais detalhadas; eles serão apreciados por colegas com
especialidades similares.
Um pôster pode realmente ser melhor que uma apresentação oral para mostrar os
resultados de um experimento complexo. Em um pôster, vocês podem organizar os
realces das várias linhas de estudo, de forma a dar a leitores informados a chance de
reconhecer o que está acontecendo e então obter os detalhes, se assim o desejarem. A
apresentação oral, como estabelecida no capítulo precedente, é melhor para explorar um
único resultado ou ponto.
O que é realmente bom com relação a pôsteres é a variedade de ilustrações que
podem ser usadas. Não há impedimento (como geralmente acontece em publicação em
periódico) para o uso de cor. Todos os tipos de fotografias, gráficos, desenhos, pinturas,
raios X e "quadrinhos" podem ser apresentados.
Tenho visto muitos pôsteres excelentes. Alguns cientistas certamente têm
considerável criatividade. É óbvio que estas pessoas estão orgulhosas da ciência que
estão fazendo e ficam felizes de colocá-la em um belo quadro.
Também tenho visto muitos pôsteres terríveis. Alguns eram simplesmente mal
desenhados. A grande maioria dos maus pôsteres eram ruins, porque o autor estava
tentando apresentar muita coisa. Blocos imensos de material escrito, especialmente se os
tipos são pequenos, não serão lidos. Multidões irão ficar em volta de pôsteres simples,
bem ilustrados; os pôsteres entulhados, cheios de palavras, serão ignorados.
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CAPÍTULO 31
IMPORTÂNCIA DA ORIGINALIDADE
Em qualquer tipo de publicação, vários princípios legais e éticos precisam ser
considerados. As principais áreas a serem consideradas, que sempre estão relacionadas
entre si, referem-se a originalidade e a direitos autorais ("copyright"). Para evitar multas
por plágio ou desrespeito aos direitos autorais, certos tipos de permissão são obrigatórios
para que o trabalho de uma determinada pessoa e, às vezes, mesmo o seus próprios,
sejam publicados.
Em publicação científica, o lado ético da questão é mesmo o mais importante,
porque a originalidade em Ciência tem um significado mais profundo que em outros
campos. Uma pequena história pode ser reimpressa muitas vezes, sem violar os
princípios éticos. Um artigo de pesquisa primário, entretanto, pode ser publicado em um
periódico de originais somente uma vez. Publicação duplicada pode ser legal se for obtida
a apropriada permissão de direito autoral, mas isso é universalmente considerado Um
pecado mortal contra a ética da Ciência. "Publicação repetitiva dos mesmos dados ou
idéias por diferentes periódicos, estrangeiros ou nacionais, reflete esterilidade científica e
constitui-se em explora-
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AUTORIA
A lista de nome dos autores (veja Cap. 5) é de considerável importância ética.
Pode cada autor listado ter responsabilidade intelectual pelo artigo? Esta questão veio a
tona muitas vezes nos anos recentes. Várias pessoas listadas como autores de artigos
publicados, que mais tarde mostraram conter dados fraudulentos, tentaram escapar ã
culpa, alegando ignorância. "Realmente não me engajo no que o meu co-autor está
fazendo" tem sido a reclamação típica. Mas esta desculpa não cola. Todo autor de um
artigo deve ter responsabilidade pela validade da ciência que está sendo relatada.
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Página 196
Página 197
_____ _____
Assinatura do Autor data Assinatura do Autor data
_______ _________
Assinatura do Autor data Assinatura do Autor. data
________________________ ______________________
Assinatura do Autor Assinatura do Autor
data data
Página 198
tos autorais), foi fundado um Centro de Liberação de Direitos Autorais. A maior parte dos
publicadores científicos de qualquer tamanho tem aderido ao Centro. Esta casa de
liberação centralizada torna possível, a um usuário, fazer quantas cópias quiser sem a
necessidade de obter permissão prévia, desde que o usuário estiver disposto a pagar, ao
Centro, o direito autoral estabelecido pelo publicador. Assim, o usuário necessita lidar
somente com uma fonte, em vez de ter que encarar a necessidade de pedir permissão e,
então, pagar direitos autorais a centenas de diferentes publicadores.
Pelo fato de, tanto a ética científica, quanto a lei de direitos autorais, serem de
fundamental importância, todo cientista deve ser agudamente sensível a elas.
Basicamente, isto significa que vocês não devem republicar tabelas, figuras e partes
substanciais de texto, a não ser que obtiveram permissão do detentor dos direitos
autorais. Mesmo assim, é importante que rotulem tais materiais reimpressos, usualmente
com uma linha que dá o crédito, como se segue: "Reimpresso com permissão de
(referência do livro ou periódico); direito autoral (ano) de (proprietário do direito autoral)".
Quando vocês não dão o crédito próprio às fontes, mesmo breves frases do
trabalho de outra pessoa podem ser uma violação à ética de sua profissão. Estes
desrespeitos à ética, ainda que não intencionais, podem afetar de forma adversa a
permanência entre seus pares.
Simplesmente citar, esta é a responsabilidade de qualquer cientista para manter a
integridade da publicação científica.
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CAPÍTULO 32
MANTENHAM A SIMPLICIDADE
Nos primeiros capítulos deste livro, eu apresentei um esquema dos vários
componentes que podem supostamente compor um artigo científico. Talvez, com este
esquema, o artigo não será totalmente escrito por si mesmo. Se este esquema, este
formato de organização, for seguido, porém, eu acredito que a escrita será bem mais fácil
que de outra forma.
Sem dúvida, vocês ainda precisam usar a língua inglesa. Para muitos de vocês,
isto é difícil. Se sua língua nativa não é o Inglês, vocês deverão ter problemas. O Writing
Research Papers: An Easy Guide for Non-Native-English Speakers (Escrevendo Artigos
de Pesquisa: Um Guia Fácil para Pessoas de Língua Materna diferente do Inglês), da
Stapleton (1987) pode ser útil. Se nasceram em países de língua inglesa, vocês ainda
terão problemas, porque a língua nativa de muitos de seus leitores não c o Inglês.
Aprendam a apreciar, como muitos editores chefes aprenderam, a beleza
cristalina de uma sentença declarativa simples. Vocês então evitarão muitos problemas
gramaticais sérios e tornarão tudo mais fácil para as pessoas cuja língua nativa não é o
Inglês.
Nota de rodapé:
*NT; Este capítulo é destinado às pessoas que pretendem submeter seus artigos
científicos a periódicos publicados na língua inglesa.
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car palavras masculinas quanto femininas, de modo que, como colocado na frase em
Inglês, parece que o que o FDA proíbe são os resfriados e não as drogas - Nota da
Tradutora). Talvez, a próxima proibição da FDA seja para todos os resfriados e os
virologistas terão que descobrir uma outra linha de trabalho.
Como é bem conhecido, o The Washington Post ganhou vários prêmios Pulitzers.
As vezes, porém, seus revisores de provas são pegos dormindo. Um exemplo é o
seguinte (de uma matéria do Post de 1 de novembro de 1979):
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FALANDO METAFORICAMENTE
Embora a metáfora não esteja coberta pelas regras acima, eu sugiro que vocês
observem suas comparações e metáforas. Usem-nas raramente em redação científica. Se
as usarem, usem-nas com cuidado. Nós todos vimos metáforas misturadas e notamos
como a compreensão fica misturada junto com as metáforas. (Visualize o seguinte: "A
virgin forest is a place where the hand of a man has never set foot" - Uma floresta virgem
é um lugar onde a mão de um homem nunca fincou pé). O fora do comum com esta linha
é. que ela é um tipo que eu chamo de "metáfora auto-destrutiva". A favorita em minha
coleção foi engenhosamente concebida pelo eminente microbiologista L. Joc Berry. Após
uma de suas sugestões que foram rapidamente negadas pelo voto de um comitê, Joc
disse: "Doy, I got shot down in flames before I ever got off lhe ground" - Caiu, eu consegui
ser derrubado em chamas antes mesmo de ter saído do chão".
Fiquem atentos para expressões populares. Estas são usualmente comparações
e metáforas (p. ex., tímido como um camundongo). O emprego de comparações e
metáforas usadas cm determinado momento resulta em escrita interessante e pitoresca; o
uso delas após ultrapassadas, torna a redação confusa.
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Algumas palavras tornaram-se conhecidas, usualmente por terem sido indelevel-
mente ligadas a alguma outra palavra. Um exemplo é a palavra "leap" (salto); um "leap" é
insignificante até que ele seja um "quantum leap" (salto de um quantum). Um outro
exemplo é o verbo "wreak" (desafogar, vingar-se). Pode-se "wreak havoc" (vingar-se
devastadoramente), mas nada mais parece ficar "wreaked" (saciado) estes dias. Como o
dicionário diz que "wreak" significa "to bring about" (trazer à tona), qualquer um pode ser
capaz de "wreak a weak pain for a week" ("trazer à tona uma fraca dor por uma semana").
"To wreak a wry smile" (Para trazer à tona um sorriso torto), tentem dizer: "I've got a weak
back" (Eu consegui umas costas fracas). Quando alguém perguntar quando vocês
conseguiram isto, respondam-lhe: "Oh, about a week back" (Oh! Há cerca de uma
semana atrás). ("At the local deli, we call this tongue in cheek on wry" - No linguajar local,
nós chamamos isto de língua na bochecha torta). Aquela pessoa pode então responder:
"Wow. That boggles the mind" (Uau! Isto espanta a mente). Vocês, então,
inteligentemente podem perguntar o que mais é possível causar espanto/ fazer-se de
errado ("gets boggled"), hoje em dia.
MAU USO DE PALAVRAS
Atentem também para palavras auto-destrutivas ou que sejam redundantes. Eu
recentemente ouvi alguém descrito como um "well-seasoned novice" (noviço bem-
conservado). Um artigo de jornal referia-se a "young juveniles" (jovens juvenis). Num
aviso em uma loja para colecionadores de selos e moedas lia-se: "authentic réplicas"
(réplicas autênticas). Se há alguma expressão que é mais dúbia que "7 a.m. in lhe
morning" (7 da manhã de manhã), ela é a expressão "viable alternative" (iillcrnalivn
viável). (Se uma alternativa não for viável, ela não é uma alternativa).
Certas palavras são usadas erradamente milhares de vezes, na escrita científica,
Algumas das piores ofensas são as seguintes:
amount. Usem esta palavra quando se referirem a uma massa ou agregado.
Usem número, quando estiverem envolvidas unidades. "An amount of cash" (Uma porção
de dinheiro) está correto. "An amount of coins" (uma quantidade de moedas) é errado.
and/or. Esta é uma construção relaxada, usada por milhares de autores, mas
aceita por poucos editores experientes. Bernstein (1965) disse: "Quaisquer que sejam
seus usos em Inglês legal ou comercial, esta combinação é uma monstruosidade visual e
mental que deve ser evitada em outras formas de escrita".
case. Esta é a palavra mais comum na linguagem de jargão científico. Deve ser
substituída por expressão menor e mais curta: "in this case" (neste caso) significa "here"
(aqui); "in most cases" (na maioria dos casos) significa "usually" (usualmente); "in ali
cases" (em todos os casos) significa "always" (sempre); "in no case" (em nenhum caso)
significa "never" (nunca).
each / every. Se eu tivesse um dólar por "todo o" (every) erro que eu cometi,
quanto eu teria? A resposta é um dólar. Se eu tivesse um dólar para "cada" (each) erro
que eu cometi, eu seria um milionário.
Página 206
it. Este útil pronome comum pode causar problema, se o antecedente não estiver
claro, como no aviso onde se lê: "Free information about VD. To get it, call 555-7000"
(Informação grátis sobre VD. Para obter isso, chame 555-7000 - o "it", aqui traduzido por
"isso", pode referir-se à informação ou ao VD - Nota da Tradutora).
like. Freqüentemente usada como uma conjunção. Deve ser empregada como
uma preposição. Quando necessitar de uma conjunção, substitua por "as". "Likeljust said,
this sentence should have started with "As" (Do mesmo modo que eu disse, esta sentença
deveria ter-se iniciado por "como").
only. Muitas sentenças são "somente" ("only") parcialmente compreensíveis,
porque a palavra only está posicionada corretamente na sentença "apenas" (only)
algumas vezes. Considere esta sentença: "I hit him in the eye yesterday" (Eu bati nele, no
olho, ontem). A palavra only pode ser adicionada no início da sentença (Somente eu bati
nele, no olho, ontem), no fim da sentença (Eu bati nele, no olho, ontem somente) ou entre
qualquer duas palavras, dentro da sentença (Eu somente bati nele, no olho, ontem; Eu
bati somente nele, no olho, ontem; Eu bati nele somente, no olho, ontem; Eu bati nele, no
olho somente, ontem), mas olhe para as diferenças de significado que daí resultam.
quite. Esta palavra é freqüentemente usada em redação científica. A próxima vez
que vocês perceberem que ela está em seu manuscrito, retirem- na e leiam a sentença
novamente. Perceberão, sem exceção, que "quite is quite unnecessary" ("quite" é
"praticamente" desnecessário).
varying. A palavra "varying" significa mudando ("changing "). Geralmente usada
erroneamente, quando se quer dizer vários ("various"). "Various concentrations" (Várias
concentrações) são concentrações definidas que não variam.
which. Embora "which" (que) e "that" (que) possam ser usados alternativamente,
às vezes, não é possível fazer isso. A palavra "which" é propriamente usada num sentido
"não-restritivo", para introduzir uma cláusula que não é essencial ao resto da sentença;
"that" introduz um termo essencial. Examinem estas duas sentenças: "Mutantes CetB,
which are tolerant to colicin E2, also have an altered..." (Mutantes CetB, que são
tolerantes a colicina E2, também têm uma... alterada...). "Mutantes CetB that are tolerant
to colicin E2 also have an altered..." (Os mutantes CetB que são tolerantes a colicina E2
também têm uma ... alterada). Notem a diferença substancial de significado. A primeira
sentença - uma oração explicativa - indica que todos (ali) os mutantes CetB são tolerantes
a colicina; a segunda sentença indica que somente alguns dos mutantes CetB são
tolerantes à colicina.
while. Quando existe uma relação de tempo, o uso de "while" é correto; de outra
forma, usar "whereas" seria uma melhor escolha. "Nero fiddled while Rome burned" (Nero
tocava harpa enquanto Roma queimava) é adequado. Não o é dizer "Nero fiddled while I
wrote a book on scientific writing" (Nero tocou harpa, enquanto que eu escrevi um livro
sobre redação científica).
Mau uso de palavras pode, às vezes, servir de entretenimento, se não para
esclarecimento, Eu sempre apreciei a palavra "thunderstruck" (fulminado), embora eu
nuca tenha tido o prazer de encontrar alguém que tenha ficado chocado (struck) por um
trovão (thunder). Jimmy Durante construiu seu estilo de humor, usando palavras
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mal empregadas. Nós todos as apreciamos, mas quase nunca isso contribui para a
compreensão. Raramente pode-se usar uma coisa distorcida em desenho, para adicionar
interesse pitoresco à sua fala ou à sua escrita*(nota de rodapé). Uma frase que eu usei
várias vezes é o clássico "I'm really nostalgic about the future" (Eu realmente estou
saudoso acerca do futuro).
Isto me lembra a história de um estudante de pós-graduação que havia chegado
recentemente neste país, vindo de um dos mais remotos países do mundo. Ele tinha um
extenso vocabulário em Inglês, desenvolvido em muitos anos de estudo assíduo.
Infelizmente, ele teve poucas oportunidades de falar a língua. Logo depois de sua
chegada a este país, o diretor convidou um grupo de estudantes e professores para um
chá da tarde. Alguns dos membros da faculdade logo engajaram o novo estudante
estrangeiro na conversação. Uma das primeiras perguntas feitas foi "Você é casado? O
estudante disse: "Oh, yes, I am most entrancingly married to one of the most exquisite
belle of my country, who will soon be arriving here in the United States, ending our
temporary bifurcation" (Oh, sim! Eu estou muito arrebatadoramente casado com 1 das
beldades mais especiais de meu país, que logo estará chegando aqui, nos Estados
Unidos, terminando nossa bifurcação temporária). Os membros da faculdade trocaram
olhares de interrogação - então, veio a próxima pergunta: "Você tem filhos?" O estudante
respondeu: "No". Depois de pensar um pouco, ele decidiu que esta resposta precisava de
alguma explicação, então, disse: "You see, my wife is inconceivable" (Vejam, minha
esposa é inconcebível). Com isso, seus interlocutores não conseguiram esconder seus
sorrisos, de modo que o estudante, percebendo que cometera um passo em falso, decidiu
tentar novamente. Ele disse: "Perhaps I should have said that my wife is impregnable"
(talvez eu devesse ter dito que minha esposa é inexpugnável). Quando este comentário
foi recebido com francas gargalhadas, o estudante resolveu tentar uma vez mais: "I guess
I should have said my wife is unbearable " (Eu suponho que deveria ter dito que minha
esposa é insuportável).
Deixando de lado a seriedade, há algo, sobre o uso (mais do que sobre o abuso)
do Inglês em escrita científica, que merece comentário especial?. Calma, Eu darei a
vocês uma resposta tensa/sobre tempo de verbo ("tense answer").
Nota de rodapé:
*NT: fazendo um trocadilho, porque "picturesque", simula "picture", pintura.
Página 208
rão usar o tempo presente; estão citando conhecimento estabelecido. Vocês deveriam
dizer isso da mesma forma que diriam "A Terra é redonda". (Se foi provada, através de
experimentos posteriores, a falsidade de resultados prévios publicados, o uso do passado
em vez do presente seria apropriado).
Seus próprios trabalhos atuais deves ser referidos no tempo passado.
Presumivelmente, ao relatar seus trabalhos, eles ainda não são conhecimento
estabelecido, só depois deles serem publicados. Se vocês determinaram que a
temperatura ótima de crescimento para Streptomyces everycolor foi 37°C, vocês deveriam
dizer "S. everycolor cresceu melhor a 37°C". Se vocês estão citando trabalho já publicado,
possivelmente os seus próprios, é então correto dizer "S. everycolor cresce melhor a
37ºC".
Em um artigo científico típico, vocês normalmente vão e voltam entre os tempos
passado e presente. A maioria dos Resumos devem ser no passado, porque vocês estão
se referindo a seus próprios resultados presentes. Da mesma forma, as seções de
Materiais e Métodos e de Resultados devem ser no passado, à medida que vocês
descrevem o que fizeram e o que descobriram. Por outro lado, muito da Introdução e da
Discussão deve estar no tempo presente, porque estas seções geralmente enfatizam
conhecimento previamente estabelecido.
Suponham que sua pesquisa refira-se ao efeito da estreptomicina em
Streptomyces everycolor. O tempo pode variar mais ou menos como se segue.
No Resumo, vocês devem escrever: "Foi testado o efeito da estreptomicina sobre
S. everycolor, crescido em vários meios. O crescimento de S. everycolor, medido em
termos de densidade óptica,foi inibido em todos os meios testados. A inibição foi mais
pronunciada em altos níveis de pH".
Na Introdução, sentenças típicas podem ser: "A estreptomicina é um antibiótico
produzido por Streptomyces griseus (13). Este antibiótico inibe o crescimento de certas
outras linhagens de Streptomyces (7, 14, 17). O efeito da estreptomicina em S. everycolor
é relatado neste artigo.
Na seção de Materiais e Métodos, vocês deverão escrever: "O efeito da
estreptomicina foi testado na inibição do crescimento de S. everycolor, em agar de
Tripticase de soja (BBL) e vários outros meios (Tabela 1). Várias temperaturas de
crescimento e níveis de pH foram empregados. O crescimento/o/medido em termos de
densidade óptica (unidades Klett)".
Nos Resultados, vocês devem escrever: "O crescimento de S. eveycolor foi
inibido por estreptomicina em todas as concentrações (Tabela 2) e em todos os níveis de
pH (Tabela 3) testados. A inibição máxima ocorreu em pH 8,2; a inibição foi desprezível
abaixo do pH 7".
Na Discussão, vocês devem escrever: "S. eveycolor foi mais suscetível a
estreptomicina em pH 8,2, enquanto que S. nocolor é mais suscetível em pH 7,6 (13).
Várias outras espécies de Streptomyces são mais suscetíveis a estreplomicina mesmo
em níveis de pH mais baixos (6, 9, 17).
Página 209
Página 210
EUFEMISMOS
SINGULAR E PLURAL
Figura
Descrição de figura: Desenho em quadrinho de Johny Hart. No primeiro quadrinho há a
figura de uma caverna. No segundo quadrinho há uma caverna e a figura de uma pessoa
caída ao chão.
Legenda:
Loja de Departamentos
-Tem bifes, Jerry?
-Eu tenho que ser mais cuidadoso sobre o significado das palavras.
Página 211
Por exemplo, vocês devem dizer "10g foi adicionado" e não "10g foram
adicionados" (em Inglês). Isto porque uma única quantidade foi adicionada. Somente se
10 g foram adicionados, lg de cada vez, seria correto dizer "10 g foram adicionados".
O problema de singular-plural também aplica-se a substantivos. O problema é
grave em redação científica, especialmente em Biologia, porque muitas de nossas
palavras são formas derivadas do latim. Muitas dessas palavras retêm seus plurais
latinos; pelo menos elas o fazem, quando usadas por escritores cuidadosos.
Muitas dessas palavras (por exemplo, data - dados -, media - meios) têm entrado
no discurso popular, onde o plural latino "a" é simplesmente desconsiderado como um
plural. Muitas pessoas habitualmente usam construções do tipo "data is" (dados é) e
provavelmente nunca usaram o verdadeiro singular, datum (dado, em Latim).
Infelizmente, esse uso relaxado tornou-se tão comum fora da Ciência que mesmo certos
dicionários o toleram. O Tenth New Collegiate Dictionary (Décimo Novo Dicionário
Acadêmico) da Webster, por exemplo, dá "the data is plentiful" (Data é abundante), como
um exemplo de uso aceitável. "O escritor cuidadoso" (Bernstein, 1965), entretanto, diz
que "O uso de data como se ele fosse um nome no singular é um solecismo (erro)
comum".
Este problema de "plural" foi comentado por Sir Ashley Miles, o eminente
microbiologista e professor de The London Hospital Medical College (Faculdade de
Medicina do Hospital de Londres), em uma carta a mim enviada como Editor das ASM
News (44:600, 1978) (Notícias da Associação da ASM).
Página 212
was accomplished" (separação dos compostos foi finalizada) pode ser substituída por "the
compounds were separated" (os compostos foram separados); "transformation of the
equations was achieved" (transformação das equações foi realizada) pode ser substituída
por "the equations were transformed" (as equações foram transformadas).
Um outro problema com substantivos resulta do uso deles como adjetivos.
Normalmente, não há problemas com tal uso, mas vocês devem ficar atentos para
problemas especiais. Nós não temos problema com "liver disease" (doença do fígado)
(mesmo que o adjetivo hepático pudesse ser um substituto para "liver" - próprio do fígado,
substantivo adjetivado anteposto a um substantivo). O aspecto do problema é ilustrado
pelas seguintes sentenças de minha autobiografia: "When I was 10 years old, my parents
sent me to a child psychiatrist. I went for a year and a half. The kid didn't help me at ali"
(Quando eu tinha 10 anos de idade, meus pais enviaram-me para um psiquiatra infantil.
Eu fui por um ano e meio. O garoto / cabrito / logro /caçoada - kid pode significar muitas
coisas, além de criança - não me ajudou, afinal). Eu uma vez vi um anúncio, em The New
York Times, de todos os lugares, com o título "Good News for Home Sewers" (Boas novas
para costureiras / cloacas domésticas); não consegui perceber se se tratava de um
anúncio sobre compostos para limpeza de canos ou para agulhas e linhas.
O problema toma-se pior quando conjuntos de nome são usados como adjetivos,
especialmente quando adjetivos verdadeiros aparecem na construção. "Tissue culture
response" (resposta da cultura de tecido) é desajeitado; "infected tissue culture response"
(resposta da cultura de tecido com infecção) é incompreensível (a não ser que as
resposta possam ser infectadas).
Vocês impressionarão os editores do periódico, e talvez suas famílias e amigos,
se pararem de cometer quaisquer erros óbvios de gramática e de ortografia, que possam
ter caracterizado suas falas e seus discursos anteriormente. O Apêndice 3 lista certas
palavras e expressões comumente vistas em redação científica, que são freqüentemente
escritas ortograficamente erradas ou mal usadas.
NÚMEROS
Página 213
tanto o número, como a unidade de medida. Por exemplo, suas sentenças poderiam
começar com "O reagente A (3 ml) foi adicionado" ou elas poderiam começar com "Três
mililitros do reagente A foi adicionado". Na verdade, há ainda outra exceção, embora ela
raramente apareça. Em uma sentença, contendo uma série de números, se pelo menos
um deles for de mais de um dígito, todos os números devem ser expressos com
numerais. (Exemplo: "Eu dei água para 3 cientistas, leite para 6 cientistas e cerveja para
11 cientistas").
Referi-me à "regra", porque esse emprego é de fato muito usado. Entretanto, o
uso varia. The Chicago Manual of Style (Manual de estilo de Chicago) (1993) especifica
que números de um ou dois dígitos (um a noventa e nove) podem ser representados por
escrito. O Style Manual Committee, Council of Biology Editors (Comitê de Manual de
Estilo, Conselho de Editores de Biologia) (1994), especifica numerais para tudo que pode
ser contado (1 de suas recomendações com a qual eu não me preocupo).
MISCELÂNEA
Página 214
lada: "Women, without her man, is a savage" (Mulher, sem seu homem, é uma selvagem).
Gramaticalmente, isto também está correio. Uma feminista, entretanto, e ocasionalmente
um homem liberal, colocará um hífen após "woman" e uma vírgula depois de "her". Então,
teremos: "Woman - without her, man is a savage" (Mulher - sem ela, o homem é um
selvagem).
Seriamente, nós todos precisamos chegar a entender que a masculinização na
língua tem resultados "selvagens". Escrita científica tem sido publicada para nos mostrar
como evitar o uso de linguagem masculinizada (American Psychological Association,
1994: Maggio, 1997).
Deixe-me finalizar onde eu comecei, de novo enfatizando a importância da
sintaxe. Toda vez que a compreensão sair pela janela, erros de sintaxe são geralmente os
responsáveis. As vezes, erro de sintaxe é simplesmente engraçado e a compreensão não
é perdida, como nestes dois itens, selecionados de anúncios: "For sale, fine German
Shepherd dog, obedient, well trained, will eat anything, very fond of children" (À venda, um
bom cachorro German Shepherd, obediente, bem treinado, comerá qualquer coisa, gosta
muito de crianças). "For sale, fine grand piano, by a lady, with three legs" (A venda, um
piano grande em bom estado, por uma senhora, com três pernas).
Mas olhem para esta sentença, que é semelhante a milhares que têm aparecido
na literatura científica: "Thymic humoral factor (THF) is a single heat-stable polypeptide
isolated from calf thymus composed of 31 amino acids with molecular weight of 3,200"
(Fator humoral do timo - THF - é um polipeptídeo termoestável simples isolado de timo de
bezerro de 31 aminoácidos com peso molecular de 3.200). A frase "with molecular weight
of 3,200" (com peso molecular de 3.200) deveria logicamente ser complemento do nome
precedente "acids" (ácidos), querendo dizer que os aminoácidos têm um peso molecular
de 3.200. Menos lógico, talvez, seria que o timo do bezerro tivesse um peso molecular de
3.200. Menos lógico ainda (por causa de sua distância na sentença) seria o THF ter um
peso molecular de 3.200, mas, de fato, isto era que o autor estava tentando nos dizer.
Se vocês têm qualquer interesse, qualquer que seja, de aprender mais
efetivamente o uso do Inglês, vocês deveriam ler The Elements of Style (Os elementos do
Estilo) de Strunk e White (1979). Os "elementos" são dados brevemente (em 85 páginas!)
e claramente. Qualquer um, que escreve algo, deve ler e usar este famoso li vrinho.
Depois que tiverem dominado Struck e White, prossigam imediatamente com o Fowler
(1965). Não o revendam; não economizem 200 dólares. Claro, se vocês realmente
querem ter um monopólio sobre bom Inglês científico, comprem três cópias (uma para o
escritório, outra para o laboratório, uma para casa) deste livro, soberbo à quintessência,
chamado Scientific English (Inglês Científico) (Day, 1995).
Página 215
CAPÍTULO 33
Evitando Jargão
DEFINIÇÃO DE JARGÃO
Página 216
Página 217
Aqui estão alguns conceitos importantes que todos os leitores deste livro
deveriam seguir. Ele são, entretanto, expressos em jargão científico típico. Com um
pequeno esforço, vocês podem provavelmente traduzir estas sentenças para um Inglês
mais simples:
Página 218
fruto de qualquer árvore do gênero Malus, a dita fruta sendo usualmente redonda e de cor
vermelha, amarela ou verde), numa base de uma por dia, com absoluta certeza, manterá
um membro primário de um estabelecimento de cuidados com a saúde longe de seu
ambiente de trabalho.
5. Mesmo com o protocolo experimental mais sofisticado, é muitíssimo pouco
provável que a capacidade de realizar façanha novelesca de prestidigitação possa ser
instilada em um canino aposentado.
6. Um conglomerado sedimentar em movimento para baixo, num declive, não ganha
adição de material musgoso.
7. Os dados experimentais resultantes indicam que não há utilidade em desancar um
eqüino falecido.
BUROCRÁTESE
Página 219
ce sem fim, seus significados não ficam claramente evidentes. Examinem o seguinte, uma
importante regulamentação federal (Code of Federal Regulations -Código de
Regulamentações Federais, Título 36, Parágrafo 50.10, EUA), designada para proteger
árvores contra lesão; este aviso foi colocado nas áreas de recreação do National Capital
Park and Planning Commission (Parque da Capital Nacional e Comissão de
Planejamento), na área de Washington:
(a) Lesão geral. Nenhuma pessoa pode podar, cortar, levar embora, arrancar, cavar,
abater, perfurar, mudar, serrar, lascar, mover, rachar, escalar, molestar, tomar, quebrar,
destruir, colocar fogo, queimar, chamuscar, pintar, marcar ou fazer qualquer coisa que
interfira com, mexa com, mutile, mal use, perturbe ou danifique qualquer árvore, arbusto,
planta, gramado, flor ou parte deles, nem qualquer pessoa poderá permitir que qualquer
produto químico, quer sólido, líquido ou gasoso, possa infiltrar-se, seja gotejado, drenado
ou sirva para preencher, seja aspergido, usado para sujar por fora ou injetado dentro de
qualquer árvore, arbusto, planta, gramado, flor ou parte deles, exceto quando
especificado, autorizado por autoridade competente; nem qualquer pessoa irá fazer
fogueiras ou construir posto ou usar qualquer caldeira de piche, fogareiro, rolo de
asfaltamento ou outro aparelho dentro de uma área coberta por esta parte, de maneira
que o vapor, fumaças ou calor deles provenientes possam lesar qualquer árvore ou outra
vegetação.
(TRADUÇÃO: Não causem confusão com coisas que crescem.) (fim de citação)
Figura
Descrição de figura: Quadrinhos de Calvin e Hobbes. No primeiro quadrinho aparece
Calvin e seu pai. No segundo, aparece apenas Calvin. O terceiro mostra Calvin e no
quarto quadrinho aparece Calvin e seu pai.
Legenda:
Calvin -Ei pai, sabe o que eu percebi? Que significado das palavras não é uma coisa fixa!
Qualquer palavra pode significar qualquer coisa.
Calvin -Dando às palavras novos significados, o inglês comum pode tornar-se um código
exclusivo ! Duas gerações podem ser divididas pela mesma língua.
Calvin –Com esta finalidade, estarei inventando novas definições para palavras comuns,
de forma que sejamos incapazes de nos comunicar.
Calvin –Não acha que isto é totalmente cozinheiro? Está bem lubrificado, estou em fase.
Pai –Maravi. fabric. longe fora.
CALVIN AND HOBBES, Direitos autorais de Watterson 1992. Distrib. por UNIVERSAL
PRESS SYNDICATE. Reimpresso com permissão. Todos os direitos reservados.
Página 220
curtas e simples em uma longa fileira de palavras. E, usualmente, a palavra mais longa ou
a série de palavras mais longa não é tão clara como a expressão simples. Eu desafio
qualquer um a mostrar como "at this point in time" (neste momento) quer dizer, em seu
modo enfadonho, mais do que a simples palavra "now" (agora). O conceito denotado por
"if' (se) não melhora, substituindo-o pela expressão pomposa "in the event that" (no caso
em que).
CASOS ESPECIAIS
Talvez a pior ofensa seja a palavra "case" (caso). Não há problema com um caso
sobre conservas ou mesmo um caso sobre gripe. Entretanto, 99% dos usos da palavra
caso é jargão. Em caso de vocês pensarem que 99% é muito alto, façam seus próprios
estudos. Ainda que minha porcentagem seja muito alta, um bom caso pode ser criado
pelo fato de "case" ser usado em muitos casos.
Uma outra palavra que eu considero ofensiva (em todos os casos) é a palavra
"interface". Desde que eu me conheço por gente, o único momento que as pessoas
podem estar em interface é quando elas se beijam.
Uma outra palavra que causa problemas (em alguns casos) é "about" (advérbio
quase, por pouco, aproximadamente, pouco menos, proximamente, a pouca distância, em
redor, em volta, por todos os lados, aqui e ali, para cá e para lá, em direção contrária, em
direção oposta, a par de, à altura de, um após o outro, pouco a pouco; prep.: ocupado
com, interessado em, relativo a, a respeito de, acerca de, sobre, perto de, nas imediações
de, junto a, cerca de, próximo de, em redor de, em volta de, munido de, na posse de,
prestes a, disposto a, de um lado para o outro, aqui e ali, em cima de), não porque é
usada, mas porque é evitada. Como assinalado por Weiss (1982), os escritores parecem
relutantes em usar a palavra clara e comum que é "about" e, em vez disso, usam
substitutos mais cheios de palavras e menos claros, tais como:
approximately - aproximadamente
in connection with - em conexão com
in reference to - em referência a
in relation to - em relação a
regarding - de acordo com
in the matter of - no caso de
in the range of - na proporção de
in the vicinity of - na vizinhança de
more or Icss - mais ou menos
on the onler of - en ordem de
on the subject of - no assunto de
pursuant to - conforme
re – re
reference - referência
relating to the subject matter of- relacionado ao assunto de
relative to - relativo a
respecting - a respeito de
within the ballpark of- dentro do escopo de
with regard to - com relação a
with respect to - com respeito a
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Página 222
CAPÍTULO 34
Como e Quando Utilizar Abreviações
Página 223
BOA PRÁTICA
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UNIDADES DE MEDIDA
Página 225
PROBLEMAS ESPECIAIS
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derivadas do SI, existem nomes especiais e símbolos. (As unidades do SI são "metre" e
"litre"; O National Institute of Standards and Technology (dos Estados Unidos), seguido
pela American Chemical Society e vários outros editores continuam tenazmente
mantendo as grafias americanas "meter" e "liter").
OUTRAS ABREVIAÇÕES
O Apêndice 6 fornece uma lista de abreviações aceitas que agora estão sendo
consideradas para serem padrões. A maior parte delas são do CBE Style Manual -
Manual de Estilo do CEB ou de The ACS Style Guide - Guia de Estilo da Sociedade
Americana de Química (Dodd, 1997). Usem estas abreviações quando necessário. Evitem
a maioria das outras. Aquelas que vocês usarem devem ser introduzidas tão
cuidadosamente quanto vocês introduziriam a realeza.
Página 227
CAPÍTULO 35
Um Resumo Personalizado
Tenho estado ligado a livros e periódicos científicos por mais de 40 anos. Esta
experiência poderia ter instilado em mim um pouco de sabedoria em algum ponto da
carreira; certamente, infiltrou prejuízos, alguns grandes. O que se infiltrou em mim será
agora destilado e fornecido a vocês. Eu deixo a seus cargos, leitores, para que
determinem se esta música filosófica é "coragem" (escrita como "sang", querendo dizer
sangue, coragem, raça, mas soando como canção "song", como usa o dístico do autor
citado acima, Robert Burn - Nota da Tradutora) ou se ela é sermão ou sumário ou
nenhum dos acima.
Através dos anos, eu tive muitas ocasiões de visitar vários laboratórios científicos.
Quase sempre, eu fiquei impressionado, algumas vezes maravilhado, pela qualidade
óbvia dos laboratórios em si e dos equipamentos e suprimentos que eles continham.
Julgando pelas aparências, pode-se acreditar que os instrumentos e reagentes mais
novos e melhores (e muito caros) eram usados nestes laboratórios.
Durante aqueles mesmos anos, eu vi milhares de produções daqueles mesmos
laboratórios. Algumas destas produções (artigos científicos) refletiam claramente a
qualidade inerente e o dinheiro gasto em sua produção. Porém, muitos não refletiam isso.
Vou falar sobre os muitos que não o faziam. Eu lhes pergunto, como eu amiúde
perguntei a mim mesmo, porque muitos cientistas, enquanto capazes de realização
brilhante no laboratório, escrevem artigos que seriam reprovados
Página 228
numa composição de principiantes na escola? Eu lhes pergunto por que certos cientistas
pedirão a mais moderna ultracentrífuga, ainda que ela custe 80.000 dólares e então
recusam-se a gastar apenas alguns minutos em seus computadores para desenhar
corretamente um gráfico dos resultados obtidos com a ultracentrífuga? Cerca de uma
dúzia de questões similares saltam em minha mente. Infelizmente, eu não sei as
respostas e duvido que alguém as saiba.
Talvez não haja respostas. Se não há respostas, fico livre para dar uma pequena
filosofada. (Se vocês chegaram tão longe neste livro, vocês podem heroicamente
agüentar alguns parágrafos mais.)
Se vemos o conhecimento como a casa onde vivemos, o conhecimento científico
nos mostrará como construir nossa casa. Precisamos, entretanto, conhecimento artístico
para tomar nossa casa bonita e necessitamos de conhecimento humanístico para que
possamos entender e apreciar a vida dentro de nossa casa.
Se vemos um artigo científico como o ápice da pesquisa científica, o que ele é,
nós podemos, se tentarmos, torná-lo mais bonito e mais compreensível; nós podemos
fazer isso, enriquecendo nosso conhecimento científico com um pouco de artes e de
humanidades. Um artigo científico bem escrito é o produto de um cientista bem treinado,
sim; mas o cientista capaz de escrever um artigo científico realmente bom é geralmente
também um homem ou uma mulher de cultura.
Estudantes de ciências não devem contentar-se com o estudo das ciências
somente; a Ciência será mais significante se for estudada com o embasamento de outro
conhecimento.
Principalmente os estudantes devem aprender como escrever, porque Ciência
exige expressão escrita. Erudição é valiosa em Ciência; infelizmente, ela é
freqüentemente associada a palavras longas, palavras raras e afirmações complexas.
Para aprender a escrever, vocês precisam aprender a ler. Para aprender a escrever
corretamente, vocês deveriam ler bons escritores. Leiam seus periódicos profissionais,
sim, mas também leiam um pouco da verdadeira literatura.
Muitas universidades fornecem, hoje em dia, cursos sobre redação científica.
Aquelas que não gostariam de envergonhar-se de si mesmas.
O que eu disse neste livro é o seguinte: pesquisa científica não se completa até
que os resultados tenham sido publicados. Portanto, um artigo científico é uma parte
essencial do processo de pesquisa. Ainda, a redação de um artigo preciso e inteligível é
tão importante quanto a pesquisa em si. Assim, as palavras no artigo devem ser pesadas
tão cuidadosamente quanto os reagentes no laboratório. Portanto, o cientista deve saber
como usar as palavras. Desta forma, a educação de um cientista não se completa até que
a capacidade de publicar se instale.
CONFIDÊNCIAS
Até recentemente, eu não estava preocupado, em especial, com o
envelhecimento. Embora notando que meus médicos, por exemplo, vão ficando cada vez
mais jovens, eu assumi que eu poderia acompanhar estes jovens. Recentemente,
entretanto, eu vi um aviso para um videotape sobre "Amniocentesis - A Parenfs Choice"
(Punção amniótica - uma escolha dos pais). O vídeo foi preparado "in conjunction with a
team of prenatal experts" (em combinação com uma equipe de especialistas pré-natais) (*
- nota de rodapé). Gastei anos a fio tentando tornar-me um especialista em alguma coisa,
qualquer coisa, e agora eu vejo que algumas pessoas atingem este estado antes de
nascer. Não é justo.
Nota de rodapé
* - NT: Deveria ser especialistas em pré-natal.
Página 230
falta escanear as pg 230 e 231
Página 231
Página 232
Página 233
APÊNDICE 2
Abreviações que Podem ser Usadas sem Definição em Cabeçalhos de Tabelas (* -
nota de rodapé) (# - nota de rodapé)
Nota de rodapé
* - Instruções aos Autores, Journal of Bacteriohgy. Além dos lermos listados, abreviações
para unidades de medida são aceitas sem definição,
# - NT: As abreviações são paia autores que apresentam seus artigos em língua inglesa.
Página 234
APÊNDICE 3
Erros Comuns de Estilo e Ortografia (* - nota de rodapé)
Errado – Certo
acetyl-glucosamine acetylglucosamine
acid fast bactéria - acid-fast bactéria
acid fushsin - acid fuchsine
acridin orange - acridine orange
acriflavin - acriflavine
aesculin - esculin
airborn - airborne
air-flow - airflow
ampoul - ampoule
analogous - analogous
analize - analyze
bacteristatic - bacteriostatic
baker's yeast - bakers' yeast
bi-monthly - bimonthly
bio-assay - bioassay
biurette - biuret
blendor - blender
blood sugar - blood glucose
bromcresol blue - bromocresol blue
by-pass - bypass
byproduct - by-product
can not - cannot
catabolic repression - catabolite repression
chloracetic - chloroacetic
clearcut - clear-cul
colicine - colicin
Nota de rodapé
* - NT: Os erros listados e corrigidos abaixo são de utilidade para escritores que
apresentarem seus artigos científicos em língua inglesa.
Página 235
Errado - Certo
coverslip - cover slip
co-worker - coworker
cross over (n.) - crossover
crossover (v.) - cross over
darkfield - dark field
data is - data are
desoxy- - deoxy-
dessicator - desiccator
dialise - dialyze
disc - disk
Ehrlenmeyer flask - Erlenmeyer flask
Electronmicrograph - electron micrograph
Electrophorese - subject to electrophoresis
fermenter (apparatus) - fermentor
fermentor (organism) - fermenter
ferridoxin - ferredoxin
fiourite - fluorite
fluorescent antibody technique - fluorescent-antibody technique
fungous (n.) - fungus
fungus (adj.) - fungous
gel atine - gelatin
germ-free - germfree
glucose-6-phosphate - glucose 6-phosphate
glycerin - - glycerol
glycollate - glycolate
gonnorhea - gonorrhea
Gram-negative - gram-negative
gram stain - Gram stain
gyrotory - gyratory
halflife - half-life
haptene - hapten
Hela cells - HeLa cells
Hep-2-cells - HEp-2 cells
herpes virus - herpesvirus
hydrolize - hydrolyze
hydrolyzate - hydrolysate
immunofluorescent techniques - immunofluorescence techniques
india ink - índia ink
indol - indole
Página 236
Errado - Certo
innocula - inocula
iodimetric - iodometric
ion exchange resin - ion-exchange resin
isocitritase - isocitratase
keiselguhr - kieselguhr
large concentration - high concentration
less data - fewer data
leucocyte - leukocyte
little data - few data
low quantity - small quantity
mediums - media
melenin - melanin
merthiolate - Merthiolate
microphotograph - photomicrograph
mid-point - midpoint
moiety - moiety
much data - many data
new-born - newborn
occurrance - occurrence
over-all - overall
papcrgram - paper chromatogram
paraffine - paraffin
Pctri dish - petri dish
Phenolsulfophthalein - phenolsulfonephthalein
phosphorous (n.) - phosphorus
phosphorus (adj.) - phosphorous
planchette - planchet
plexiglass - Plexiglas
post-mortem - postmortem
pyocine - pyocin
pyrex - Pyrex
radio-active - radioactive
regime - regimen
re-inoculate - reinoculate
saltwater - salt water
sea water - seawater
selfinoculate - self-inoculate
simi-compIete - semicomplete
Página 237
Errado - Certo
trypticase - Trypticase
tryptophane - tryptophan
ultra-sound - ultrasound
un-tested - untested
urinary infection - urinary tract infection
varying amounts of cloudiness - varying cloudiness
varying concentrations (5, 10, 15 mg/ml) - various concentrations (5, 10, 15 mg/ml)
Página 238
APÊNDICE
Palavras e Expressões a Evitar (* - nota de rodapé)
Nota de rodapé
* - NT: As palavras e expressões listadas devem ser evitadas pelas pessoas que
escreverem artigos científicos em Inglês.
Página 239
Página 240
Página 241
majority of - most
make reference to - refer to
met with - met
militate against - prohibit
more often than not - usually
needless to say - (leave out, and consider leaving out whatever follows it)
new initiatives - initiatives
no later than - by
of great theoretical and practical - useful
importance
of long standing - old
of the opinion that - think that
on a daily basis - daily
Página 242
Jargão
on account of
on behalf of
on no occasion
on the basis of
on the grounds that
on the part of
on those occasions in which
our attention has been called to the fact that
owing to the fact that
perform
place a major emphasis on
pooled together
presents a picture similar to
previous to
prior to
protein determinations were performed
quantify
quite a large quantity of
quite unique
rather interesting
red in color
referred to as
regardless of the fact that
relative to
resultant effect
root cause
serious crisis
should it prove the case that
smaller in size
so as to
subject matter
subsequent to
sufficient
take into consideration
tcrminate
lhe greul majorily of
the opinion is advanced that
lhe predominate number of
Uso Preferencial
because
for
never
by
since, because
by, among, for
when
we belatedly discovered
since, because
do
stress
pooled
resembles
before
before
proteins were determined
measure
much
unique
interesting
red
called
even though
about
result
cause
crisis
if
smaller
to
subject
after
enough
consider
end
most
I think
most
Página 242
Página 244
APÊNDICE 3
Prefixos e Abreviações para Unidades do
SI (Sistema Internacional)
Nº - Prefixo - Abreviação
10 elevado a -18 - atto - a
10 elevado a -15 - femto - f
10 elevado a -12- pico - p
10 elevado a -9- nano - n
10 elevado a -6- micro -
10 elevado a -3- millim -
10 elevado a -2- centi - c
10 elevado a -1- deci - d
10 - deka - da
10 elevado a 2- hecto - h
10 elevado a 3- kilo - k
10 elevado a 6- mega - M
10 elevado a 9- giga - G
10 elevado a 12- tera - T
10 elevado a 15- peta - P
10 elevado a 18- exa -
Página 245
APÊNDICE 6
Abreviações e Símbolos Aceitos (* - nota de rodapé)
Nota de rodapé
* - NT: Este apêndice destina-se a autores que necessitam escrever seus artigos
científicos em Inglês.
Página 246
Termo - Abieviação ou Símbolo - Termo - Abreviação ou Símbolo
Flavin – FMN - Michaelis Constant - Km
mononucleotide – sem símbolo – milliequivalent - meq
Gauss – G - minimum lethal - MLD
gram – g - dose – sem símbolo
gravity – g - minute (time) - min
guanidine – Gdn - molar (concentration) - M
guanine – Gua – mole - mol
guanosine – Guo - muramic acid - Mur
guanosine – GDP – Newton - N
5'-diphosphate – sem símbolo - nicotinamide adenine - NAD
hemoglobin – Hb - dinucleotide – sem símbolo
hemoglobin, - HbO2 - nicotinamide adenine dinucleotide (reduced) - NADH
oxygenated – sem símbolo
henry - H
heptyl – Hp – normal (concentration) - N
hertz - Hz
hexyl – Hx - nuclear magnetic resonance - NMR
horsepower – hp
hour - h - ohm -
infrared – IR – ornithyl - Orn
inosine – IDP - ortho- - o-
5'-diphosphate – sem símbolo – orthophosphate - P i
international unit – IU – osmole - osmol
intravenous - i.v. - outside diameter - o.d.
isoleucyl – Ile - para- - p-
joule – J – pascal - Pa
kelvin – K – phenyl - Ph
kilogram – kg - plaque-forming units - PFU
kinetic energy – KE – probability - P
lethal dose, median - LD50 – purine - Pur
pyrophosphate - PP i
leucyl – Leu – radian - rad
litre (liter) – l - respiratory quotient - RQ
lumen – Im – reticuloendothelial system - RES
lux - lx
lysinyl – Lys - revolutions per minute - rpm
melting point - mp
messenger ribonucleic acid mRNA – ribonuclease - RNase
ribonucleic acid - RNA
meta- - m ribose - Rib
mclhionyl – Met - ribisomal ribonucleic acid - RNA
methyl - Me
metre (meter) – roentgen - R
Página 247
Página 248
APÊNDICE 7
Requisitos para Submissão de Amostra para um Periódico Eletrônico
PREPARAÇÃO DO MANUSCRITO
Página 249
Resumo
Introdução: deve incluir uma descrição do embasamento teórico e do planejamento do
trabalho e o que já foi feito até agora.
Materiais e Métodos: incluem descrições detalhadas e todos os procedimentos
experimentais.
Resultados: devem ficar claramente estabelecidos e documentados por representações
das descobertas, através de figuras, tabelas ou gráficos.
Discussão: enviem a importância das principais descobertas do trabalho, expandindo os
resultados.
Conclusões: devem fornecer um resumo das descobertas importantes e suas
implicações na área de pesquisa que é focalizada no artigo.
Agradecimentos: devem ser breves.
Referências: devem ser numeradas consecutivamente.
Abreviações do Periódico: devem seguir o Index Medicus/Medline, nomeando seis
autores. Se um trabalho referenciado tem mais de seis autores, usem o primeiro seguido
de et al.
FORMATO HTML
Modelo de Artigo: as imagens devem ser em JPEG ou GIF e os filmes em MPEG, AVI
ou QuickTime contra formato de plataforma ligado a uma página de html separada, com
descrição do filme e tamanho do arquivo em kb.
Referencias "Linkadas": usem número de referência MEDLINE para todas as citações,
se disponíveis.
Estilo Bibliográfico: usem o seguinte estilo.
Colford, Ian A. Writing in the Eletronic Environment: Electronic Text and the
Future of Creativity and Knowledge. Occasional Paper 59,1996, School of Library and
Information Studies, Dalhousie University, Halifax, Nova Scotia, Canada.
Página 250
Página 251
CD-ROM. Significa Compact Disc Read Only Memory e trata-se de um disco de alumínio
moldado, usado para armazenar grandes quantidades de informações digitais. Lido por
"drive" de computador especial para CD-ROM ou aparelhos de som para CDs, um disco
pode reter todo tipo de elemento textual ou gráfico de um artigo científico ou monografia,
incluindo áudio e vídeo.
Chemical Abstracts. O maior e melhor depositário (em forma de resumos) do
conhecimento de Química. Publicado pela American Chemical Society (Sociedade
Americana de Química).
Colocação de título. Veja Legenda.
Composição tipográfica. A composição do manuscrito pelo publicador, de
acordo com a marcação para o compositor fornecida pelo editor de cópia.
Compositor de tipos. Veja Compositor
Compositor. Pessoa que monta os tipos, na tipografia.
Consultor editorial. Veja Avaliador.
Cópia adequada para fotografar. Qualquer coisa que seja adaptada para
reprodução fotográfica em um livro ou periódico, sem necessidade de ser imprimido. Os
autores geralmente fornecem fórmulas complicadas, estruturas químicas, diagrama, etc.
nesta forma para evitar a necessidade de conferência de provas e o perigo de erro na
digitação.
Cópia eletrônica. Quando um artigo manuscrito é feito eletronicamente, através
do processador de texto.
Correio eletrônico (E-mail). Correio eletrônico refere-se ao envio de mensagens
através da Internet, de um computador para outro ou para muitos outros computadores. O
correio eletrônico permite aos cientistas de diferentes partes do país ou do mundo
fazerem trabalho em colaboração, em pesquisa e em projetos escritos, mais facilmente e
de forma mais completa.
Council of Biology Editors (Conselho de Editores de Biologia). Organização
cujos membros estão envolvidos com escrita, edição e publicação de livros e periódicos
em Biologia e campos relacionados. Endereço: 60 Revere Dr., Suite 500, Northbrook, IL
60062.
Current Contents. Publicação semanal que fornece reproduções de conteúdos
de páginas de muitos periódicos. Os cientistas podem, então, ficar atualizados a respeito
do que está sendo publicado em seus campos. Seis diferentes edições são publicadas em
diferentes campos (incluindo Artes e Humanidades), pelo Institute for Scientific
Information (Instituto de Informação Científica).
Declaração de cabeçalho. Declaração feita por um publicador, usualmente na
página de rosto do periódico, dizendo a quem pertence o periódico e uma sentença
sucinta, descrevendo os objetivos e o escopo do periódico.
Página 252
Página 253
Página 254
Página 255
Página 257
Referências Bibliográficas
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Row, Publishers, New York.
Página em branco
Página 261
Índice
Ordenado por Janet Perlman
Página 262
Página 263
Página 264
Crum, John K., 158
CUPID (Consortion for University Printing and Information Distribution - Consórcio para
Informação e Distribuição de Publicação Universitária), 141
Current Contents, 109, 161,252
Dados de linhagem celular, 37-38
Dados eletrônicos, arquivo de, 149
Darwin, Charles, x
Data (dados)
arquivados eletronicamente, 149
com forma do verbo no singular e no plural, 211
de gráficos, 70-83
em seção de Materiais e Métodos, 42-43
em seção de Resultados, 44
em tabelas, 61-69
Data show (apresentação de "slides"), 186-88
Declaração de cabeçalho, em periódicos, 109-10, 194,253
DeltaGraph Professíonal ("software"), 78, 80,82, 101
Desenho, programas de ("software"), 78-79
Desenhos. Veja Ilustrações DeVoto, Bernard, 109
Diagramação de página, 106-07
em publicação eletrônica, 147,152
"software" de computador para, 100-01
Diagramação. Veja Diagramação de página
Direito autoral, 195-99
de e-mail, 156
de composição eletrônica, 141
de publicação eletrônica, 198-99
uso legal de, 195
de fotocópia, 196-98
Direito autoral, formulário de transferência de,196, 197
Disco de zip, 91
Discussão, seção, 7, 44, 45-48
combinação com a seção de Resultados, 12
componentes da, 46
de tabelas, 61 68
definição de, 252
em pôster, 191
em artigo de periódico eletrônico, 249
em artigo de revisão, 164
em teses, 180
Dissertation Abstracts, 181
Distiller (Adobe), 148
Dobie, J. Frank, 178
Documentos "virtuais", 141
Dodd, J.S., 93
"Drive(s)"
de CD-ROM, 97
de zip, 98
do disco rígido, 97
portáteis, para computadores, 98
Drury, Allen, 45
"Each/every", uso e mau uso das palavras, em Inglês, 205
Edição de cópia, 130, 137
Edison, Thomas A., 42
Editoração eletrônica, 69,96-97. Veja também Diagramação de página (Apresentação da
página); Processador de texto
Editor-chefe, 118,253
Editores
de relatórios de encontros, 171
decisão de aceitação do manuscrito, 124
definição de, 252
no processo de revisão eletrônica, 153
função dos, 117-18, 129
manuscrito claro e completo e, 93
Electronic Styles: A Handbook for Citing
Electronic Information, 60
Eliot, George, 221
Eliot, T.S., 47
Elsevier Press, publicadores eletrônicos, 152
E-mail (correio eletrônico), 143, 154-56,252
Emerson, Ralph Waldo, 45,49
Endereços (dos autores), 27-28, 93, 250
Endereços eletrônicos, 154-55
EndNote ("software"), 58-59
Enquadramento (de figuras), 85-89
EPS, arquivos, 79
Erros, Veja também Provas, revisão de
comuns de grafia, uso e mau uso em Inglês, 234-37
contextuais, 99-100
de grafia de palavras, 132-33
em publicações na Web, 149
nas provas, 131
tipográficos. Veja Revisão de provas
Esboço
de artigos de revisão, 164-65
Página 265
de tese, 180
Escrita científica, ix-x, 1-7
abreviações em, 19-20, 31, 51, 56-57, 67, 104, 222-26, 233, 245-47, 249
clareza em, 1
definição de, 255
economia de palavras em, 31-32
ética em, 193, 198,207
história da, 4-5
jargão na, 19, 176, 205, 215-21, 238-43, 253
língua inglesa, uso e mau uso de palavras na, 2-3,200, 205-07
mandamentos da, humor, 203-04
tempo de verbo na, 30, 34, 36,42, 207-09
volume de comemoração, 252
voz ativa X voz passiva de verbo na, 209-10
Escrita telescópica, 40, 41
Esvaecimento (em apresentação de "slides"),188 Et al., 53
Ética, 193, 198,207
Eudora ("software"), 155
Eufemismos, 210
Eurípides, 33
Excel ("software")
para gráficos, 78, 80
para tabelas, 69, 101
Experimentais, animais e plantas, 137
Explorer (Microsoft), 143
Expoentes, em cabeçalhos de tabelas, 66-67
Express (Quark), 100
Expressões populares, 252
Fator de impacto, 252
Figuras, Veja Ilustrações
Filmes,,em artigos de periódicos eletrônicos,249
Fontes de informação eletrônicas, 144, 145-46
Fontes eletrônicas, citações de Referências Bibliográficas, 59-60
Formato
AVI, 349
de bibliografias, 52
de relatórios de encontros, 170
de gráficos, 74-76
de títulos e subtítulos, 95
do IMRAD, 4, 5-7, 11-13, 170, I90-19F 253
do IRDAM, 11
de tabelas, 64-66, 69
modelos de, 102, 107, 186
Formato de arquivo
arquivos do Adobe Acrobat, 101
formato de imagem Photo-CD, 91
para fotografias digitais, 91
para gráficos eletrônicos, 79
para Web, 152
Formato IMRAD, 7
definição de, 253
descrição de, 11-13
em relatórios de laboratório, 12
em sessões de "posters", 190-191
história do, 4, 5-6
relatórios de encontro com, 170
Fórmulas químicas "software" para, 79
em títulos, 19
Fotocópias, direitos autorais e, 196-98
Fotografias, 84-91. Veja também "Slides"
ampliação, 89
colocação na prova de página, 89
enquadramento de, 85-89
escaneamento de, 90
fotografias digitais, 90-91
fotogravuras, 84, 252
fotos coloridas, 89-90
legenda de figura, 89
microfotografias eletrônicas, 84-89
preparação eletrônica, 90-91
provas de, 137
publicação na Web de, 147
setas e letras em, 89
"software" para, 90-91, 101-02
tamanho de, 85
Fotogravuras, 84, 252
Fowler, H, W.,214
Fowles, John, 4 Frações, em tipografia, 96
FrameMaker (Adobe), 100
FreeHand (Macromedia), 79
FTP ("File Transfer Protocol"), 146
Galbraith, J. K., 139
Gardner, John W., 216
GIF, formato, 249
Gilbers, Michael, 201
Página 266
Página 267
Página 268
Página 269
Página 270
Página 271
Página 272
Quadros sinópticos, 14
Quark Express ("software"), 100
QuickTime ("software"), 140, 249
"Quite", uso e mau uso da palavra, em Inglês, 206
RAM, 97
Ratnoff, O.D., 34
Redução eletrônica ã distância ("Electronic skywriting"), 149
Redes de computadores, 142
Redundância, 44, 184,205
Referencias Bibliográficas, 51-60
abreviações de periódicos em, 55-56
adição de, na fase de provas, 136
citações no texto, 56
em artigo de periódico eletrônico, 249
estilos de, 52-56, 57-58
et al., uso em, 53
inclusão de páginas em, 55
na Introdução, 35
na seção de Literatura Citada, 51, 59, 253
na seção de Materiais e Métodos, 39
no resumo, 30
para fontes eletrônicas, 59-60
sistema de nome e ano para, 52-53,55, 57, 254
sistema de número de acordo com a ordem alfabética para, 53-54, 57, 250
sistema de ordem de citação para, 54-55, 57-58,251
"software-" para, 58-59, 101
títulos de artigos em, 51, 52, 55
verificação de , 51
Referências Bibliográficas e Notas, seção de,93
Reimpressões, 158-62, 167, 254
Rejeição do Manuscrito carta de rejeição, 127-29
escolha do periódico, 110
forma própria e clareza da, 92
seção de Discussão e, 45
Relatório de pesquisa. Veja Periódico científico,artigo científico
Relatórios de encontros (Relatórios de conferência), 13-14
como publicação válida, 8
de artigo apresentado oralmente, 182-88,192, 254
definição de, 168-69
formato de, 170 organização de, 169
pôster, preparação de, 189-92
resumo para, 30
Relatórios preliminares, 13
Representação gráfica (desenho). Veja Gráficos;
Tabelas
cópia adequada para fotografar de, 68,69, 288
eletrônicas, 98
em artigos de periódico eletrônico, 249
em preparação de manuscritos, 101-02
formatos de arquivos de, 79 fotografias, 90-91
gráficos gerados por computador, 80-
83 tabelas geradas por computador, 68 eletrônicas. Veja Gráficos eletrônicos em
pôsteres, 192
em artigo de periódico eletrônico, 249
em barras, 80 r em publicações na Web, 147
fotografias, 101-02
lineares, 71,90,137 "slides" para apresentação oral, 183-88
Reprodutibilidade, ix, 6, 9, 37,40, 169
Resultados de encontros, 169, 199. Veja também
Relatórios de encontros Resultados, seção de, 7 clareza da, 43-44
combinação com outras seções, 12
conteúdo da, 39,40,42-44 definição de, 255
Página 273
em pôster, 191
em artigo de periódico eletrônico, 249
em artigo de revisão, 164
em lese, 180
números em, 43
paginação de, 94
redundância nos, 44
tempo de verbo nos, 42, 208
Resumo ("Abstract"), 18, 29-32
abreviações no, 31, 223
como publicação válida, 8
de relatórios de encontro, 30
de tese, 18 I
definição de, 29,250
eletrônico, 104-05
limite de palavras no, 32
paginação de, 94
resumo de cabeçalho ("heading abstract"), 30, 31-32
resumo de encontro ("meeting abstract"), 14,31-32
resumo estendido ("extended abstract"), 14
resumo indicativo ("indicative abstract"), 30
resumo informativo ("informative abstract"), 30
verbo do, 30, 208 Resumo
de cabeçalho, 30, 31-32
de encontro ("Meeting abstract "), 14, 31 -32
estendido, 14
estruturado, 29
indicativo, 30
informativo, 30
Resumo ("Summary"), 47, 255 Reud, W. M, 179
Revelação fotográfica, primeira, 9
Revisão por especialistas da mesma área científica (pares, colegas), 10,40,108, 121-22
anonimato dos revisores em, 121
autopublicação e, 150
definição de, 254
em periódicos eletrônicos, 152-53
Revisões de livros, 175-77
Revisores, 93 Robarcbek, Doug, 1 17
Roberts,WilliamC.,51
Rodapés
como hipertexto, 140
de endereço de autores, 27-28,93
em periódicos, 93
em tabelas, 39, 67
para citações de Referências Bibliográficas, 59
para legenda de figura, 67
para o texto, 93
Rogers,Will,201
Roosevelt, Theodore, 217
Rosner, J. L., 18
Rosten, Leo, 27
Rótulo eletrônico, 105
Ruskin, John, 138
Savile, Doug, 45
"Scanners", 90
Science, 56
Science Citation Index, 252
Scientific English: a Guidefor Scientists and
Other Professionals, xi, 214 Scientific Style and Formal (CBE), 225 Separatas,
158,254
Shockwave (linguagem de programação), 147
Símbolos
comumente aceitos, 245-47
em gráficos, 74-76
Singular/Plural, uso, 210-11 Sinônimos, 204
Sintaxe
definição de, 255 em título de artigo. 15, 17-18, 21
erros de, 214
na seção de Materiais e Métodos,40
Sistema de Havard (referências bibliográfica). Veja Sistema de nome o ano
Sistema de nome e ano (Referências bibliográficas), 52-53,55,57,254
Sistema de numeração na ordem alfabética (referências bibliográficas), 53-54,57,250
Sistema de ordem de citação ( Referências bibliográficas), 54-55,57-5H, 251
Sistema de Vancouver, de referências bibliograficas, 54-55
Sistema Internacional de Unidades, abreviações, 225-26, 244
"Slides", 90
cor de, 187 273
Página 274
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