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Luciana Christante
Ferramentas poderosas
Juergen Schonnop
Desde que o holands Anthony van Leeuwenhoek usou pela primeira vez um microscpio para observar material biolgico, em
1674, a Microbiologia classificou cerca de
5 mil espcies de bactrias muito menos
do que se pode esperar de seres que vivem
neste planeta, como habitantes originais,
h pelo menos 3,5 bilhes de anos.
A Microbiologia clssica sempre trabalhou focada numa nica espcie, cultivada em laboratrio, afirma Daro Abel
Palmieri, do Laboratrio de Biotecnologia
Vegetal da Faculdade de Cincias e Letras
da Unesp em Assis. Com a metagenmica,
explica, tornou-se possvel estudar espcies que no se deixam cultivar em placas
de Petri e estufas a esmagadora maioria.
Em 1g de solo, por exemplo, j foram
identificadas geneticamente cerca de 1
milho de espcies de bactrias, das quais
no mximo 1% sobrevivem isoladas e fora
de seu habitat. Outra vantagem do mtodo
permitir a anlise simultnea do DNA
de todos os micro-organismos de uma
amostra ambiental, diz o pesquisador.
O inspito reino
das arqueas
A metagenmica tem renovado
o interesse pelas arqueas,
organismos procariotos sobre
os quais ainda se sabe muito
pouco, porque muito difcil
cultiv-los em laboratrio,
explica Daro Abel Palmieri,
da Unesp em Assis.
Estes seres unicelulares so
comumente encontrados
em lugares inspitos
muitos quentes, salinos
ou sulfurosos, como os
giseres (foto). Antigamente
eles eram conhecidos
como arqueobactrias,
quando ento pertenciam
ao reino Monera, que era
o nico reino procarioto.
Mas a taxonomia mudou. Nos
anos 1970, concluiu-se que as
arqueas so to diferentes das
bactrias e dos eucariotos que
mereciam ter um reino s para
si. Atualmente os procariotos
so representados pelos
reinos Bacteria e Archaea.
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