Apocalipse: o Livro Selado com 7 selos, capítulo 6

Por Ruy Porto Fernandes

O livro que foi escrito por dentro e por fora, e selado com 7 selos (Ap 5.1), se torna a
palavra viva do próprio Deus e revela o Seu propósito para com o Universo e para o destino
de Satanás, conforme o restante do livro do Apocalipse registra.

Os versículos de 1 a 7 do capítulo 6 apresentam uma correspondência marcante entre o

Cordeiro, os quatro Seres Vivente, que nos foram apresentados nos capítulos 4 e 5, com a
humanidade na terra, representada pelo apóstolo João, e com os quatro cavalos e seus
cavaleiros, que emergem do livro vivo de Deus.

Tal fato é explícito nas visões da abertura dos 4 primeiros selos, efetuada somente pelo
Cordeiro. Pelo convite que cada Ser Vivente faz ao apóstolo João, para se deslocar e ver o que
iria acontecer. E, somente então, na revelação do que emerge do livro vivo. Como se a
conclusão de tal mistério e revelação dependesse da integração de todos: de Deus, de Cristo,
dos Seres Celestiais e dos filhos de Deus participantes da revelação.

Na série de estudos dos capítulos 4 e 5 observamos que a origem de tudo o que é Bom,
e em contraposição ao Mal, está em Deus, sob o governo de todos os seres celestiais ali
mencionados, que formam um mesmo corpo em unidade e cooperação com Deus. Portanto,
temos que recordar que a Imanência de Deus ao Universo também é revelada por meio dessa
interação, e conforme a simbologia do texto que nos remete á realidade que nos cerca, por
meio do atual conhecimento cientifico de nós mesmos e do universo.

Contudo, o próprio apóstolo João, que testemunha tais visões, afirmou anteriormente
em carta (1Jo 5.19), dirigindo-se carinhosamente aos seus “filhinhos”, que o mundo está no
maligno. E, que é confirmado por meio da revelação do Senhor Jesus Cristo, e de Sua
mensagem de Boas Novas, que o Filho de Deus se manifestou para desfazer as obras do diabo
(1Jo 3.8).

Portanto, o que podemos reconhecer da revelação destes quatro cavalos que emergem
desse livro vivo selado é que o Mal também é imanente a este planeta terra, ao nosso mundo.
Isto, porque estes quatro cavalos e cavaleiros simbolizam tudo o que de mal é realizado por
meio da religião (cavalo branco), da política e governo (cavalo vermelho), da economia e
comércio (cavalo preto) e da ciência (cavalo amarelo).

E isto, devido ao governo de demônios e potestades infernais (Ef 2.2; 6.12; Cl 2.15)
que atuam por meio de cavaleiros (do ser humano) que não se submetem ao governo de Deus
(Iaveh Elohim) e do Senhor Jesus Cristo. Pois até mesmo os seres celestiais, que estão no
meio, em frente e ao redor do trono, se sujeitam e se prostram adorando ao que está assentado
sobre o trono, e cantam um novo cântico ao Cordeiro.

Portanto, tudo pode ser sintetizado na expressão de Ap 5.13. E ouvi toda a criatura
que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que
neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de
graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre.

Niterói, 10 de dezembro de 2009.