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Respostas lacônicas
Nada é pior para um entrevistador que uma resposta vaga e lacônica. Por outro lado, respostas
longas demais demonstram que o candidato está nervoso e pode ter esquecido o cerne da questão,
tentando substituir o conteúdo por quantidade. Esse tipo de resposta é indelicada e desperdiça o
tempo precioso do entrevistador com histórias que não têm ligação com a questão que está sendo
discutida. Segundo Berna, "com tanta preocupação em agradar, os candidatos acabam se perdendo e
dando respostas evasivas".
Um bom ensaio, incluindo o feedback de alguém cuja opinião lhe seja relevante, ajudará a formular
as respostas, que devem ser equilibradas entre responder adequadamente às perguntas do
entrevistador e manter seus comentários com duração apropriada.
Uma resposta estruturada e concisa indica pensamento organizado e demonstra que o candidato não
só tem o domínio do assunto, como também sabe como comunicá-lo. Antecipar perguntas permite
preparar e praticar respostas - o segredo para assegurar que o entrevistado está comunicando algo
importante e convincente. Ser eficiente em uma entrevista é semelhante a ser um bom orador. Cada
resposta é resumida e pode conter alguns dos mesmos elementos de um discurso feito a um público
maior, mas mais sutilmente.
Especialmente ao responder a perguntas cruciais e complexas ou a perguntas que requeiram
respostas em partes, é preciso estruturar a explicação, de modo que o ouvinte possa acompanhar
facilmente o está sendo dito. Por exemplo, é possível delinear as repostas no discurso de abertura
que indica o escopo do que seguirá. Cada parte da resposta, então, pode ser destacada ou sinalizada
de algum modo, para mostrar de qual subtópico se está falando - do mesmo modo que os títulos em
negrito de um artigo. Por último, pode-se encerrar as considerações com algo que junte as idéias e
convide o entrevistador a intervir. "Você não deve se preocupar em falar muito pouco ou falar
muito. Tem que se preocupar em falar o suficiente e de maneira organizada".
A lógica é o meio pelo qual se faz os argumentos racionais que dão sustentação às opiniões -
conectando idéias, fornecendo evidência e chegando a conclusões para uma mensagem persuasiva.
Quando se fala de forma lógica, as pessoas conseguem seguir o raciocínio de quem fala e ver como
e por que esta pessoa chegou a ele. A lógica existe sob diversas formas, incluindo: uma seqüência
natural ou série de pensamentos, como os passos de um processo; raciocínio partindo de uma causa
a um efeito; dando apoio a uma afirmação geral, com um exemplo específico ou ilustração, ou indo
de exemplos a uma generalização.
Em uma situação de entrevista, a lógica relaciona-se à idéia de estrutura porque demonstra ordem,
por meio do pensamento - essas são qualidades-chave para qualquer emprego. Do contrário, se um
candidato faz afirmações gerais sem um raciocínio adequado ou sem exemplos que lhes dêem
suporte, ou apresenta idéias de modo desconexo, o entrevistador terá pouca base para concluir que
ele realmente tem conhecimentos e que é capaz de liderar outros de modo persuasivo ou, ainda, de
se comunicar efetivamente com a gerência.
"A lógica está ligada às respostas que você dá em detrimento ao teu histórico de carreira e a sua
experiência".
Contato visual
Um bom contato visual não precisa ser ininterrupto, pois ninguém gosta de ser encarado, mas deve
ser interrompido apenas ocasional e momentaneamente.
"É péssimo quando você entrevista alguém e essa pessoa está com o olhar perdido, isso demonstra
desleixo, falta de concentração e até uma certa insegurança nas pessoas", afirma Berna.
Caso seja difícil manter contato visual, é bom que este seja praticado durante a preparação para uma
entrevista. O candidato pode pedir a ajuda de um colega ou de um tutor para avaliar quão bem ele se
sai e o que deve ser melhorado.
Fala clara
O entrevistado não tem de ser um ator ou locutor para falar de modo claro, mas é preciso estar
consciente disso e se esforçar. Poucas coisas podem arruinar uma primeira impressão boa como
uma fala descuidada, enrolada ou ininteligível. Isso faz as pessoas pensarem que o candidato não se
importa se o que diz é ouvido ou compreendido, e o ouvinte pode se cansar em breve. Às vezes, a
fala confusa indica timidez ou falta de autoconfiança.
"Às vezes o candidato deixa de falar de maneira simples para falar sofisticadamente, tentando
enriquecer o seu repertório. Acho que falar bem não significa falar de maneira complexa. Falar bem
significa falar de maneira simples, transparente e ter um discurso tranqüilo. Ou seja, fazer com que
o interlocutor goste da conversa".
Praticar, inclusive gravando e revendo seus hábitos de fala, em conjunto com uma boa orientação e
um bom feedback, pode ajudar bastante a tornar sua fala audível, clara, confiante e natural.
Nos jogos de futebol, quem faz uma falta leve toma cartão amarelo como advertência. Já quem
comete uma infração mais grave corre o risco de ser expulso da partida, com um cartão vermelho.
Na hora da entrevista de emprego, algumas atitudes podem ser fatais e acabar com sua chance de
conquistar a vaga. "Qualquer demonstração de falta de caráter e idoneidade é cartão vermelho",
afirma Priscila Mendes, consultora da Hay Group e especialista em entrevista do Empregos.com.br
. Ela e Fernando Dias, consultor do Career Center, mostram quais são os piores erros que um
candidato pode cometer e o que fazer para "marcar vários gols" durante a entrevista de emprego.
Cartão amarelo
Pequenos deslizes que costumam ser tolerados pelos entrevistadores - mesmo assim, evite-os ao
máximo:
• Celular ligado durante a entrevista: É uma situação bastante desagradável, pois, além de
interromper a conversa, demonstra desatenção e desorganização. Se acontecer, peça
desculpas e desligue o aparelho imediatamente;
• Timidez: Você pode perder boas oportunidades de se expor e falar mais sobre suas
competências se estiver envergonhado. Procure ficar à vontade e não tenha medo de explorar
as deixas que o selecionador dá para que fale mais de si.
• Não se preparar: Não pesquisar sobre a empresa, assim como não saber perfeitamente todas
as informações de seu currículo, pode deixá-lo inseguro na hora de interagir com o
entrevistador.
• Não perceber os sinais do recrutador: Se você está falando e o selecionador olha para o
relógio, talvez seja hora de você frear seu discurso. Esse e outros sinais não podem ser
ignorados para que haja uma boa fluência entre vocês.
• Nervosismo e ansiedade: Às vezes você está tão preocupado com seu desempenho que acaba
exagerando e atropelando a fala do entrevistador. Mostrar-se interessado é importante, mas
sem estar descontrolado.
Cartão laranja
Vai depender do estilo e do humor do selecionador acatar ou não esses erros. Na dúvida, passe bem
longe deles:
• Roupa exagerada: Alguns recrutadores até dão uma segunda chance se o candidato, apesar
da vestimenta inadequada, mostrar-se competente. Outros alegam que a primeira impressão
é a que fica e costumam não tolerar um visual extravagante (leiam-se roupas muito
apertadas, decotes e saias que remetam à vulgaridade e cores berrantes).
• Arrogância: Em grau leve, a arrogância pode até ser encarada como excesso de
autoconfiança. Mas o arrogante, em geral, é desagradável e pensa que já sabe de tudo -
atitude que pode não agradar muito o entrevistador.
• Atraso: Falta de pontualidade na entrevista de emprego é uma tremenda gafe. Se você tiver
uma boa justificativa, talvez seja compreendido. Caso contrário, não se espante se tomar um
cartão vermelho do selecionador logo no início da "partida".
• Responder sobre seu ponto fraco com uma característica considerada boa: Já virou clichê
apontar como ponto fraco algo como "perfeccionismo", qualidade normalmente bem vista
em qualquer profissional. Cabe ao recrutador decidir se a resposta foi forçada ou natural.
• Excesso de intimidade: Achar que o entrevistador é seu amigo pode minar suas chances de
conquistar a vaga. Extroversão e pró-atividade são importantes, mas tentar forçar uma
situação de intimidade pode assustar o selecionador.
Cartão vermelho
Aqui, a tolerância é zero para os erros cometidos abaixo:
Marcando gol
Após saber quais são os piores erros que o candidato pode cometer na entrevista, veja algumas
atitudes que podem ser um diferencial positivo na busca pelo emprego:
• Fazer perguntas ao selecionador: Dúvidas que não tenham sido esclarecidas, como tipo de
trabalho a fazer ou condições de trabalho (salário, benefícios, horário, etc) podem e devem
ser colocadas à mesa. Caso o candidato tenha pesquisado algo mais sobre a empresa, pode
comentar a respeito e tirar dúvidas também. Isso demonstra interresse pela vaga e pró-
atividade.
• Enviar uma mensagem de agradecimento: Após a entrevista, é de bom gosto enviar uma
mensagem agradecendo a oportunidade ao selecionador. A atitude, ainda pouco comum no
Brasil, normalmente é feita por profissionais de cargos mais altos e demonstra apreço pela
chance de poder mostrar suas competências.
Você passou na primeira etapa do processo seletivo. Seu currículo cumpriu o papel de vender sua
imagem de forma positiva e você foi chamado para participar de uma entrevista. Ufa! Parabéns!
Agora é só manter a calma, se preparar e seguir em frente para ser contratado.
Pelo menos é o que garante a psicóloga Sandra Regina Gouveia Moreira, que trabalha há mais de 15
anos com seleção de profissionais.
Em uma entrevista, a primeira coisa com a qual você deve se preocupar é chegar no horário. Chegar
15 minutos antes do horário marcado é melhor ainda, pois demonstra interesse e respeito para com
o entrevistado. Outro item a ser observado é a roupa. Opte sempre por roupas discretas, como:
calças sociais, ternos, camisas, ternos femininos, cores sóbrias e pouca maquiagem.
Você pode ser um ótimo profissional, mas lembre-se do ditado "você raramente tem uma segunda
chance para criar uma boa aparência". Então capriche no visual.
O segundo passo da entrevista é demonstrar quais são suas qualidades e justificar os motivos pelos
quais a empresa deveria contratá-lo. Por isso, faça um planejamento antes de ir à entrevista.
Raciocine sobre os objetivos da entrevista, saiba que terá de responder questões como "quem é
você?", "o que já fez?", "o que seu último empregador acha de você?", "quais os resultados que
você conseguiu para a empresa?" e "o que você pode fazer pela nova empresa?".
É muito importante também fazer uma pesquisa para obter o máximo de informações possíveis
sobre a nova empresa, para não se frustar depois de contratado. Jamais demonstre ansiedade durante
a entrevista. Se você foi chamado é porque já passou pela primeira fase: a análise do currículo.
Então não tenha medo.
Durante a entrevista, seja natural e espontâneo. Caso não entenda uma pergunta, não tenha vergonha
de questionar. "Dizer que não entendeu a questão e pedir para o entrevistado repetir não significa
que você é uma pessoa menos qualificada para o cargo", alerta Sandra.
Apesar de estar em processo de competição com outras pessoas, procure esquecer os outros. Dê o
seu melhor e se mesmo assim não for escolhido, é porque a empresa não é adequada para você.
"Não esqueça que você não está apenas sendo escolhido, você também está escolhendo", lembra
Sandra. Portanto, é preciso haver um encontro de interesses para dar certo. Muitas vezes, as
empresas não estão atrás do mais inteligente, mas daquele que mais se adapta às necessidades delas.
3. Pesquise o máximo de informações sobre a empresa. Você não está apenas sendo escolhido, você
também está escolhendo
4. Preste bastante atenção no que irá usar. Prefira roupas discretas (nada de cores extravagantes,
jeans, bermuda e camiseta). Mantenha o cabelo cortado e as unhas em ordem. Tenha sempre em
mente que não pode exagerar na roupa (você não está indo para uma festa), nem na maquiagem.
Lembre-se, você raramente tem uma segunda chance para criar uma boa aparência
6. Chegue no horário (ou, se puder, com 15 minutos de antecedência). Caso tenha algum problema e
precise chegar atrasado, avise e pergunte se há algum problema; se irá atrapalhar a agenda do
entrevistador e se existe alguma outra opção
7. Irradie entusiasmo
10. Olhe nos olhos. Olhe para a pessoa com quem está falando. Hoje em dia, é bastante comum que
mais de uma pessoa o entreviste ao mesmo tempo
11. Não fale mal da empresa anterior, dos seus ex-colegas e, claro, do seu ex-chefe
12. Não fique mexendo em objetos, estalando muito os dedos ou olhando no relógio toda hora. Isso
demonstra ansiedade.
14. Durante a entrevista, fique atento para não deixar nenhuma pergunta sem ser respondida.
Também não é aconselhável arrumar desculpas para as falhas que você cometeu ao longo da sua
vida profissional.
16. Não fume, não masque chicletes e nem use óculos escuros
18. Se tiver dúvidas sobre o cargo, sobre a empresa, não tenha vergonha, pode perguntar!
20. Confie em você. E se a resposta não for positiva, não se sinta um perdedor. Foi apenas um
processo que não deu certo, mas que serviu como treino para as próximas vezes
Candidatos não devem hesitar em fazer perguntas durante processo de seleção, diz especialista em
desenvolvimento profissional.
Por Rômulo Martins
A entrevista é uma técnica utilizada por pesquisadores,
psicólogos, jornalistas, dentre outros profissionais para
analisar comportamentos, cruzar informações, levantar e
divulgar dados.
Em Recursos Humanos, é uma das ferramentas mais
importantes para recrutar pessoas. “É uma oportunidade
para que duas partes analisem a possibilidade de se
relacionar”, afirma Elaine Saad, em evento realizado pela
ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos),
em São Paulo.
Presidente da ABRH São Paulo e especialista em
desenvolvimento profissional, ela assegura: na hora da entrevista de emprego não adianta o
candidato se transformar em uma pessoa que ele não é. “Soa falso e o entrevistador percebe”, diz.
Além disso, os processos de recrutamento e seleção são integrados e os profissionais envolvidos
nessa tarefa costumam conversar sobre os resultados obtidos em cada etapa e cruzar dados para
verificar se há contradição. “É muito perigoso mostrar um padrão de comportamento que, às vezes,
é muito diferente do seu. Por isso, a primeira grande regra é: seja você mesmo, dentro dos limites da
educação e da etiqueta profissional”, orienta Elaine.
Colocar-se em posição de inferioridade perante o selecionador também não faz sentido, diz a
presidente da ABRH São Paulo: “Não quero dizer que o candidato tem de ser arrogante. Ele está no
processo de seleção para se apresentar, entender o que a empresa quer e analisar se, na visão dele,
os interesses da organização fazem sentido para a sua carreira”.
Como se portar em uma entrevista de emprego, segundo especialista em desenvolvimento
profissional:
- Ser pontual;
- Apresentar-se de traje social no primeiro contato. Se o candidato perceber que o ambiente é
informal, pode arriscar em outras etapas do processo de seleção;
- Comparecer à entrevista de emprego com o currículo atualizado;
- Ser objetivo nas respostas, jamais monossilábico;
- Sanar todas as dúvidas que surgirem durante a entrevista.
* Uma dica: Antes da entrevista é importante informar-se sobre a empresa e sua cultura em sites
corporativos ou redes sociais.
Dicas sobre como se comportar antes, durante e após o processo seletivo de uma empresa
No início do ano, é natural que as pessoas se animem em estabelecer uma série de mudanças em
suas vidas. Procurar um emprego está entre as principais. E, com isso, buscam ajuda em diversas
fontes sobre como se comportar em um processo seletivo.
Mesmo sentindo-se preparadas para ocupar a vaga, é natural que as pessoas fiquem nervosas antes
de participar de uma entrevista de emprego. As atuais exigências feitas pelas empresas - que
aumentam conforme o cargo se eleva - são as principais responsáveis por esse incômodo causado
nos candidatos. Por esse motivo, é preciso que eles tenham consciência das dificuldades e saibam se
portar diante delas.
Para os consultores da BSP Career, além de estar preparada psicologicamente para participar de
uma entrevista de emprego, a pessoa necessita prestar atenção em alguns detalhes que podem fazer
toda a diferença. Desde o currículo ideal até o agradecimento pela oportunidade: o entrevistador
está atento a tudo e o candidato, se não quiser ficar pra trás no mercado de trabalho, precisa se
adequar a todas as exigências.
Seguem, abaixo, dicas que podem ajudar o candidato a fazer a diferença no processo seletivo:
- O seu currículo é a chance de causar "a primeira boa impressão". Ele deve possuir alguns
conceitos básicos: objetividade, assertividade e clareza. Por isso ele precisa, muitas vezes, ser
reestruturado, enfatizando:
* quantificação e qualificação dos resultados alcançados
* foco na(s) área(s) de interesse
- Uma oportunidade surgiu e você não foi o escolhido? Não desista! Lembre-se que determinação,
persistência e, principalmente, "motivação" são fatores imprescindíveis nas tomadas de decisões.
Estas variáveis "subjetivas" permeiam a carreira dos executivos, não só em processo de transição,
como também ao longo de toda a trajetória profissional.
- E-mail de agradecimento ao entrevistado. Você já fez isso? Parece um pequeno detalhe, mas que
pode garantir sua vaga na empresa. Confirma sua imagem apresentada na entrevista, ressalta seus
pontos fortes, o diferencia dos demais. Não sabia disso? Fique atento às novas "leis" da etiqueta
corporativa para garantir seu espaço no mercado.
- Recebeu a ligação para a entrevista? Deixe para acertar salário e benefícios pessoalmente. Face a
face você pode valorizar mais seu trabalho e sua experiência. E se a ligação foi só para perguntar
sobre esses valores, tente argumentar e gerar uma oportunidade de entrevista pessoal.
Mais do que palavras, gestos e sinais podem revelar os verdadeiros sentimentos e sensações de uma
pessoa quando interage com os outros - se está à vontade ou não, se está dizendo a verdade ou não,
etc. Durante a entrevista de emprego, mais do que nunca, é importante estar atento a todos os seus
movimentos corporais e expressões faciais para transmitir uma boa impressão ao entrevistador. É
bom lembrar que os recrutadores são treinados para detectar e captar os mínimos detalhes de suas
atitudes - positivas ou não. O importante, no final das contas, é transparecer que está seguro e
preparado para enfrentar a situação. Para não escorregar, siga as dicas de Priscila Mendes,
especialista em entrevista do Empregos.com.br e consultora do Hay Group Brasil e de João Pedro
Caiado, consultor em recursos humanos e fundador da Human Development Organization.
Dicas especiais
Antes da entrevista - Se você for tímido e estiver muito ansioso para a entrevista, procure se
alongar momentos antes de conversar com o recrutador. "Se não estiver se sentindo confortável, vá
ao banheiro e faça um alongamento", diz Priscila. Controlar a respiração também é um ótimo
recurso para ficar mais relaxado.
Casos de descaso
Pois é, isto é cada vez mais comum no mundo corporativo e de recursos humanos. Já atuei na área e
conheço bem seus meandros. Hoje, como consultor de empresas, continuo vivendo situações
semelhantes aos candidatos a uma vaga de trabalho.
O candidato a uma vaga, assim como o consultor, tem que ter paciência para saber perceber as
oportunidades. Afinal, nós somos os maiores interessados (na visão de alguns).
O fato é que depois desta maratona de entrevistas e reuniões vem a expectativa da resposta: será que
fui aprovado? Será que meu projeto é interessante aos olhos do futuro cliente? Será que preencho os
requisitos necessários para a vaga?
Bem, a demora no retorno é angustiante. Principalmente para o candidato a uma vaga, pois ele não
escolheu esta condição de "desempregado".
Passam os dias e nada. Não há um retorno sequer para dizer: "estamos analisando e daremos uma
resposta em tantos dias". Passam alguns dias, às vezes uma semana, e o candidato e o consultor com
aquela sensação esquisita: ligo para saber o andamento do processo ou aguardo um pouco mais?
Logo vêm o seguinte dilema: "se ligar posso parecer ansioso, desesperado, aflito e isso não é bom.
Porém, se não ligar posso parecer desligado, desinteressado, arrogante e isso também não é bom".
O que tem acontecido na maioria dos casos que vivencio e acompanho de colegas consultores,
profissionais desempregados e similares é exatamente o descaso em fornecer um retorno aos
envolvidos no processo.
As razões podem ser as mais variadas possíveis. Descaso por falta de tempo, por esquecimento, por
desorganização interna, por desinteresse, por "achar" que já havia enviado um retorno, por vergonha
de dizer que o candidato não foi aprovado, por cancelamento da vaga ou do projeto e assim por
diante.
A palavra é forte, mas é descaso . Descaso principalmente com o ser humano. Com a pessoa que foi
contatada pela empresa, por parte do "profissional" que, por algum motivo, se interessou em entrar
em contato.
A solução é simples: respeito. Em minha história profissional na área de recursos humanos aprendi
e pratiquei o retorno ao candidato, por mais simples que fosse a vaga na qual estava participando.
Houve casos de cancelamento da vaga, atraso no processo, indecisão do gestor, etc. Mas as pessoas
envolvidas eram monitoradas do andamento ou encerramento do processo. Seja por carta, e-mail ou
o melhor: contato telefônico.
Casos de descaso não faltam. É uma pena que estão aumentando justamente num momento onde
temos mais tecnologia para responder aos envolvidos. Por isso, reforço que o problema está na
pessoa. No despreparo, na falta de treinamento, de vivência ou pior, na falta de respeito.
Mais do que pensar a respeito é preciso agir. Mudar a postura. Da mesma forma que o tempo é
destinado para convocar, solicitar, organizar uma reunião ou entrevista é preciso organizar um
tempo para o retorno do processo.
Para você que é candidato a uma vaga: ligue, cobre uma posição. Não se sinta incomodando, pois
este é seu direito. O direito de fazer o que é correto.
Para você que atua do outro lado: simplesmente faça. Lembre-se que no futuro você poderá estar na
mesma situação. Por isso, faça aos demais o que gostaria que fizessem com você.
Sucesso.
No entanto, existem algumas ações que não devem faltar para a realização de uma entrevista de emprego bem-sucedida e que podem
ser avaliadas pelo próprio candidato. A partir dessa simples análise é possível saber se você foi objetivo, se agradou ao entrevistador ou
se poderia ter agradado mais. E ainda poderá identificar erros cometidos e se preparar melhor para quando estiver novamente diante
do selecionador.
O Empregos.com.br preparou para você uma lista com os itens mais importantes a serem analisados depois de uma entrevista de
seleção. Leia cada um deles abaixo e selecione somente aqueles nos quais sua resposta for "sim":
E então, como você se saiu? Se assinalou mais de dez itens, seu desempenho foi bom. Caso contrário, treine mais os pontos fracos - se
preferir, peça ajuda a amigos e veja as matérias do Guia da Entrevista, do Empregos.com.br, para estar mais bem preparado para a
próxima oportunidade.
É importante lembrar que vários fatores que envolvem a entrevista estão fora do seu controle. Um exemplo disso é a postura do
selecionador, que é instruído e experiente a ponto de agir de maneira diferente, de acordo com a situação.
É interessante que o candidato saiba que há um processo interno na empresa que desencadeia o
trabalho do selecionador. Quando o processo de seleção tem início, já foi levantada a real
necessidade da contratação e já está claro o perfil do profissional que a empresa busca.
Sem dúvida, esse perfil não se restringe apenas aos aspectos concretos da vida pessoal, profissional
e formação - ele vai mais além, buscando características que indiquem sua adaptação à cultura geral
da empresa, ao ambiente de trabalho, ao estilo de comando da chefia, ao relacionamento
interpessoal com colegas, clientes e fornecedores e outras características particulares a cada
empresa e a cada grupo de trabalho.
No geral, as empresas possuem políticas de RH que estabelecem critérios de seleção, mas o próprio
selecionador avalia a necessidade da utilização de diversas técnicas como: dinâmica de grupo, teste
psicológico, entrevista e prova situacional para complementar e validar o processo de seleção.
Confira no Dicionário do Processo Seletivo definições para esses e outros termos que fazem parte
do processo de seleção.
É importante que o candidato esteja sempre consciente de que ele é o maior interessado em facilitar
o seu contato com o entrevistador/selecionador, pois é ele quem vai traçar seu próprio perfil. O
selecionador é apenas responsável pela decodificação e comparação dos dados com as
características do profissional procurado pela empresa.