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PARTICIPAÇÃO

Colectividades convidadas – 59

Colectividades presentes – 34 (58%)

N.º participantes – 70

SÍNTESE DAS INTERVENÇÕES

1ª Comunicação – Dra.- Maria João Santos (Vice-Presidente da Direcção da ACCS)

Começou por referir um pouco da história da Associação das Colectividades do


Concelho do Seixal (ACCS), bem como as principais áreas de actuação da mesma.
De seguida apresentou o balanço das reuniões preparatórias para o presente Encontro,
realizadas com as associações do Concelho, dando nota das principais dificuldades
elencadas, bem como das sugestões apresentadas.

Quanto às sugestões as mesmas foram apresentadas em cinco grupos:

 Legislação: onde se abordou a necessidade de se alcançar um correcto e


adequado enquadramento jurídico para o movimento associativo, realçando a
questão do desenvolvimento do Estatuto do Dirigente Associativo Voluntário,
da reapreciação do Estatuto de Utilidade Pública, bem como questões fiscais.

 Diagnóstico social do associativismo concelhio: eventualmente com um estudo


à evolução do Concelho em paralelo com a do movimento associativo

 Parcerias:

o Desenvolver e melhorar com o Poder Local.


o Exigir com o Poder Central.
o Apostar no sector privado.
o Articular melhor com as estruturas concelhias, distritais e nacionais.
o Incentivar entre colectividades.

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 Formação: que deveria ser prioridade dos dirigentes associativos e realizada à
medida e também para funcionários e colaboradores. Surgiu ainda a ideia de ver
efectuada “no local”, ou seja nas próprias colectividades, quase como se tratasse
de consultoria.

 Protocolo com o Instituto de Emprego e Formação Profissional: na


perspectiva de se poder estabelecer uma parceria global para o Concelho do
Seixal, assente por um lado na necessidade de recursos humanos apresentada
pelas colectividades e por outro no vasto mercado de trabalho que o
associativismo pode representar.

Finalmente apresentou as principais linhas de acção da ACCS para o futuro e em


especial para o ano de 2010, assentes na proximidade com as colectividades, na
reivindicação de direitos, na formação, em alguns projectos próprios como a Agita
Seixal e as comemorações do Dia Nacional das Colectividades e na qualificação e
desenvolvimento de parcerias.

2ª Comunicação – Dr. Sérgio Pratas (Jurista, autarca e dirigente associativo)

Começou por fazer uma análise à questão do papel do Movimento Associativo Popular
(MAP) no actual “estado de crise”, sublinhando algumas notas sobre a história do MAP
em Portugal e sobre os modelos de regulação que foram sendo adoptados. De seguida
debruçou-se sobre a análise/avaliação do modelo de regulação (português) vigente,
formulando algumas propostas, para o futuro.

Da conclusão da sua intervenção pode constatar-se que “Estado e o MAP podem, com
vantagens para ambos (e para o país), ser parceiros. Não pontualmente, como acontece
hoje, mas no quadro de uma verdadeira parceria global e estratégica. Tal parceria
implica, designadamente: políticas públicas para a cultura e para o desporto desenhadas
com a participação do MAP; o reconhecimento do MAP como actor dessas políticas;
alterações ao regime jurídico aplicável ao MAP; um maior grau de integração (e
articulação) do trabalho desenvolvido.

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Refere ainda que este novo papel não implicará perda de autonomia e/ou de
independência do MAP “se não for alterada no essencial a estrutura de funcionamento
do MAP; se o MAP continuar ser um espaço de liberdade, de democracia e de
participação; se o MAP continuar a ter uma palavra a dizer noutras áreas, fora do quadro
dessas políticas públicas (solidariedade, integração, formação cívica); se a relação
Estado/MAP assentar numa lógica “horizontal”, pautada pela liberdade, pela autonomia
e pela cooperação; se o MAP continuar a garantir e a promover várias fontes de
financiamento.

3ª Comunicação – Dr. Augusto Flor (Presidente da Confederação Portuguesa das


Colectividades de Cultura Recreio e Desporto).

Partindo do diagnóstico apresentado pelo segundo orador, Dr. Sérgio Pratas, reflectiu
sobre as metodologias e as técnicas a utilizar para ultrapassar as dificuldades e alcançar
o pretendido estatuto de parceiro, com respeito pela autonomia e independência do
movimento associativo. Fez uma abordagem aos vários poderes existentes na sociedade,
nomeadamente no que respeita ao poder político, económico, religioso, social (dos
movimentos sociais) e da comunicação social. Deixou para reflexão se não seria
também o associativismo um verdadeiro poder.

Referiu que para se ser “poder” era necessário, por um lado acreditar que se é “poder” e
por outro, fazer com que também os outros acreditem. Com base nesta afirmação,
referiu que era preciso o dirigente associativo acreditar que não está sozinho e
reconhecer o seu papel e importância.

Abordou ainda a questão da necessidade de estudo do movimento associativo popular,


dando conta do trabalho da Confederação nesta área, referindo-se a alguns protocolos
quer com a Universidade Lusófona, quer com o Instituto Superior de Psicologia
Aplicada (ISPA).

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INTERVENÇÕES DO DEBATE – QUESTÕES COLOCADAS

Durante o debate, de manhã e à tarde usaram da palavra 17 participantes, colocando as


seguintes questões (agrupadas por temas):

1. Legislação dispersa, difícil de interpretar e de cumprir. Com necessidade de


adequação à realidade do pais e do movimento associativo popular (MAP).
a. Desenvolvimento do Estatuto do Dirigente Associativo Voluntário;
b. Revisão do Estatuto de Utilidade Pública;
c. Alteração ao regime do Mecenato;
d. Isenção ou reembolso do IVA suportado pelas colectividades, em todos os
materiais utilizados para a prossecução dos seus fins estatutários, bem como
na remuneração dos prestadores de serviços (técnicos);
e. Análise da legislação aplicável à pesca desportiva.
2. Necessidade de passar à acção, de exigir com acções concretas.
3. Importância de conferir força às estruturas associativas, para melhor poderem
reivindicar.
4. Falta de participação de associados e da própria comunidade. Necessidade de
repensar as formas de cativar os associados e de conquistar a comunidade
5. Ligação às escolas como factor fundamental de desenvolvimento associativo.
Possibilidade de através da Câmara Municipal e da Associação das Colectividades
estabelecer uma parceria global nesse sentido.
6. Moldes de comemoração do Dia Nacional das Colectividades, em 2010.
7. Outras questões importantes para o associativismo como a redução da tarifa de
electricidade e de água.
8. Qualificação dos dirigentes através de formação adequada.
9. Estatuto de parceiro para o MAP e necessidade de “forçar” uma parceria real com o
Poder Central.
10. Os vários tipos de “poder” na sociedade actual e a relação que se estabelece entre os
mesmos.
11. O MAP como verdadeiro “poder”, consciente dessa realidade e reconhecido como
tal.

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DECLARAÇÃO FINAL

Os participantes no 6º Encontro de Colectividades, depois de debatidos os temas em


causa:

1. Afirmam a importância da iniciativa para a troca de experiência e o estreitar de


laços entre as colectividades.

2. Defendem como fundamental a organização e a modernização das


colectividades, identificando como principais dificuldades a falta de recursos
humanos e financeiros, bem como de legislação adequada.

3. Afirmam a importância da estruturação do movimento associativo nacional e a


necessidade de as bases conferirem força as suas estruturas.

4. Reconhecem como principais parceiros as Autarquias Locais, mas entendem que


tais parcerias podem ser desenvolvidas e melhoradas.

5. Reconhecem a necessidade da formação, de alargar as parcerias e de conhecer


melhor a realidade para melhor intervir.

6. Afirmam que Estado e Movimento Associativo Popular têm uma história que se
cruza repetidamente e que ambos apresentam uma missão comum: a satisfação
de necessidades colectivas.

7. Realçam a necessidade de se analisar e repensar o relacionamento entre o


associativismo e o Estado, assente numa relação de parceria, onde cada um dos
parceiros mantenha a sua autonomia e individualidade e seja respeitado.

8. Entendem que o momento que se vive cria um ambiente propício para uma
profunda transformação do papel, da importância e do espaço de actuação do
Movimento Associativo Popular.

9. Defendem que esta realidade reclama o desenvolvimento de um novo quadro


jurídico para o Movimento Associativo Popular assente no reforço da sua
autonomia, num novo estatuto, o de parceiro e numa maior transparência.

10. Consideram o Movimento Associativo um verdadeiro Poder, em paralelo com o


Poder Político, Económico, Religioso, Social e da Comunicação Social.

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