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Este documento descreve os cinco requisitos essenciais de uma relação de emprego: (1) o trabalho deve ser prestado por uma pessoa física, (2) o trabalho deve ser pessoal, (3) o trabalho não pode ser eventual, (4) o trabalho deve ter uma contraprestação onerosa, e (5) o trabalhador deve estar subordinado ao empregador. O documento também discute cada um destes requisitos em mais detalhes.
Description originale:
Relação de emprego. Ricardo Jahn.
Titre original
5517.Texto 02 RelaAcAao de Emprego- Requisitos Ricardo Jahn
Este documento descreve os cinco requisitos essenciais de uma relação de emprego: (1) o trabalho deve ser prestado por uma pessoa física, (2) o trabalho deve ser pessoal, (3) o trabalho não pode ser eventual, (4) o trabalho deve ter uma contraprestação onerosa, e (5) o trabalhador deve estar subordinado ao empregador. O documento também discute cada um destes requisitos em mais detalhes.
Este documento descreve os cinco requisitos essenciais de uma relação de emprego: (1) o trabalho deve ser prestado por uma pessoa física, (2) o trabalho deve ser pessoal, (3) o trabalho não pode ser eventual, (4) o trabalho deve ter uma contraprestação onerosa, e (5) o trabalhador deve estar subordinado ao empregador. O documento também discute cada um destes requisitos em mais detalhes.
J verificamos que existe diferena entre relao de trabalho e
relao de emprego, alm de termos identificado quais os requisitos de uma relao de emprego. Passemos agora a analisar cada um desses requisitos. a) trabalho prestado por pessoa fsica (empregado). Para que exista uma relao de emprego necessrio que o servio seja prestado por uma pessoa fsica, no podendo ser prestado por um animal ou por pessoa jurdica. J no outro polo da relao (empregador), este pode ser pessoa fsica ou jurdica. A realizao de servios por pessoa jurdica impede o reconhecimento de uma relao de emprego. No entanto, pode haver situaes de fraude em se constituir uma pessoa jurdica para realizar servios, com objetivo de burlar a legislao trabalhista. Nesse caso poder ser desconstituda tal situao, por meio de ao judicial, para que se reconhea que de fato uma relao de emprego. b) pessoalidade. Pessoalidade no se confunde com pessoa fsica. Est a indicar que o trabalho deve ser realizado intuitu personae, isto , que o prprio empregado que deve realizar os servios, sem poder mandar outro em seu lugar. Do lado do empregador no existe essa caracterstica. O empregador, que de regra pessoa jurdica, pode ter alteraes subjetivas e isso no prejudicar a relao de emprego. H alguns casos, contudo, como a morte de empregadores pessoas fsicas ou profissionais liberais, em que a alterao pode prejudicar a relao de emprego, levando a sua extino. c) no eventualidade na prestao do trabalho. O eventual o espordico, momentneo. Podemos dizer que o eventual aquilo que no contnuo, habitual e permanente. Ao se analisar uma relao de emprego devemos ter presente a continuidade, habitualidade e permanncia deste vnculo que liga o empregado ao empregador, mesmo no caso de trabalhos determinados ou por obra certa. d) onerosidade. Na relao de emprego, espcie de relao de trabalho, o empregado realiza os servios e recebe a contra-prestao atravs de um salrio/remunerao. Podemos dizer que a onerosidade tem a ver com uma contra-prestao de fundo econmico, cuja retribuio pode ser em dinheiro ou
mista. Neste caso, composta por dinheiro, vales-alimentao, valestransporte ou
auxlios diversos (moradia, alimentao), todos de contedo econmico. d) subordinao. A subordinao a relao atravs da qual o empregado acata ordens, determinaes do empregador. No tem a ver com subordinao econmica, nem subordinao em relao a sua pessoa, nem com subordinao tcnica (nesta, muitas vezes o empregado bem mais qualificado para a realizao das tarefas, como no caso de servios profissionais de mdicos, auditores, contadores, advogados). A relao de subordinao diz estritamente a realizao das tarefas vinculadas com os servios. Deste modo o empregado fica subordinado as ordens do empregador, bem como sujeito a sua fiscalizao nos trabalhos realizados. e) alteridade. No se trata de um requisito essencial nas relaes de emprego, mas de um princpio que determina que os riscos da atividade do empregador correm por sua conta e risco, no sendo o empregado responsvel por eventual sucesso ou insucesso do empreendimento. Independente de o empregador ter grande lucro ao final do ms ou um prejuzo, o salrio do empregado ser sempre devido. Ricardo Jahn Juiz do Trabalho / TRT-RS