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Um sentimento conserva
irmos
Os sentimentos passados.
A camlia imaculada,
O gosto no po do povo?
Fernando Pessoa
Vitorino Nemsio
DE CONSOADA
Natal Divino
Encolhido
lareira,
Ao que pergunto
Respondo
Na fogueira.
Como um cadver
Familiar
De triste melancolia
Os caminhos onde um dia
Vi os Magos galopar
Miguel Torga
Natal
Natal
Que nasceu.
um menino e Deus.
E recebeu
De bichos de estrebaria.
A misso singular
De carregar a cruz da nossa redeno.
Agora, nos cueiros da imaginao,
Miguel Torga
Natal
Sorri apenas
A quem vem,
Enquanto a Me,
Na pgina da noite:
Tambm
Menino Deus...
Imaginada,
E fico a meditar
No milagre dobrado
Se enternece
E enternece
Em Deus no acredito.
Os coraes,
Miguel Torga
De horizontes pequenos.
Humanas alvoradas...
A divindade o menos.
Miguel Torga
Natal
LITANIA DO NATAL
Nem pareces o mesmo,
A noite fora longa, escura, fria.
Deus menino
Exposto
De joelhos me pus
E as mos erguia.
Jos Rgio
NATAL BEIRA-RIO
FALAVAM-ME DE AMOR
passado!
terra.
s tu ficaste a ti acostumado.
erra.
Vem tu, Poesia, vem, agora conduzir-me
beira desse cais onde Jesus nascia...
Serei dos que afinal, errando em terra firme,
Precisam de Jesus, de Mar, ou de Poesia?
David Mouro-Ferreira
Natlia Correia
NO CORTEM O CORDO
No cortem o cordo que liga o corpo
criana do sonho,
asteride,
no o removam.
viva
mrmore.
da criana
aonde chega
exacerbada,
nica.
NATAL DE 1971
Natal de qu? De quem?
Natal de caridade,
as cinzas de milhes?
Natal de honesta f,
Natal de liberdade
e at Natal de amor?
em ser-se concebido,
um mundo que no h?
em de um ventre nascer-se,
e torturados so
em de morte morrer-se,
e de ser-se esquecido?
Jorge de Sena
O Natal no ornamento
Dia de Natal
da histria
sonoro de ocasio
convenes
s escondidas de todos