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FIXAO DE JURISPRUDNCIA
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24/10/2014
A presuno de inocncia, aqui, imbrica-se com outros direitos fundamentais, uma vez que a priso
provisria, derivada meramente da imputao, desveste-se de sua indeclinvel natureza cautelar,
perde o seu carter de excepcionalidade (artigo 5, inciso LXVI, CF), traduz punio antecipada, viola o
devido processo legal (artigo 5, inciso LIV, CF) e resulta no tratamento do imputado como culpado.
Esse raciocnio, prprio do processo penal, a toda evidncia, tem aplicao ao processo em que se
apura a prtica de ato infracional: ubi eadem ratio, ibi idem jus [onde houver o mesmo fundamento
haver o mesmo direito], escreveu o ministro.
Toffoli argumentou que, embora a medida socioeducativa tenha natureza pedaggica, tem a
caracterstica de privar o menor de liberdade e por isso reveste-se de carter sancionatrio-aflitivo.
Ao decretar a internao antes do trnsito em julgado, o juiz violou o princpio da presuno de
inocncia uma vez que, antes do trnsito em julgado da sentena, somente se admite internao
revestida de natureza cautelar e o dever de fundamentar a deciso, previsto no artigo 93, inciso IX,
da Constituio Federal e no artigo 106 da Lei 8.069/90 (nenhum adolescente ser privado de sua
liberdade seno em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade
judiciria competente).
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*Texto alterado s 14h35 do dia 22 de setembro de 2014 para correo.
Pedro Canrio editor da revista Consultor Jurdico em Braslia.
Revista Consultor Jurdico, 22 de setembro de 2014, 6h01
http://www.conjur.com.br/2014-set-22/menor-internado-transito-julgado-sentenca?imprimir=1
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