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Faculdade de Economia
A Imigração
A Imigração
1 - Introdução………………………………………………………….…..1
2 - Estado das artes………………………………………………………...3
6 - Conclusão……………………………………………………………..40
7 - Referências bibliográficas………………………….…………………41
Anexos
A - Avaliação da página da Internet
B – Texto da ficha de leitura
1 – Introdução
1
Apresento uma lista de referências bibliográficas que dá conta das fontes
utilizadas para a realização do trabalho.
Este trabalho serviu para alargar os meus conhecimentos e a minha
análise crítica acerca do fenómeno social que é a imigração, mas também a minha
capacidade de treino de pesquisa e de análise de informação, triar informação e
conseguir responder se a página é devidamente sustentável para a elaboração do meu
trabalho. No entanto, ao longo do meu trabalho, procurei recolher fontes fiáveis para
corresponder aos objectivos a que me propus. Para isso recolhi informação da Internet,
de jornais e de revistas. Procurei evidenciar conceitos como “cidadania” e
“nacionalidade” através de dicionários, e é claro, não esquecendo os livros que são a
fonte mais fiável para qualquer estudo sociológico.
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2 – Estado das Artes
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2.1 - Imigração em Portugal
2.1.1 - Razões da imigração.
O debate na nossa sociedade em torno deste fenómeno social é cada vez mais
surpreendente, mas também mal informado. Contudo, a SOS RACISMO pretende
contribuir para lançar um verdadeiro debate acerca da imigração em Portugal e na
Europa, revelando dados objectivos que esclarecem os cidadãos sobre a entrada de
imigrantes no país
Portugal foi durante muitos séculos um país que viu muita da sua população
emigrar para outros países, com o objectivo de poderem alcançar uma vida melhor, com
mais algum conforto. No entanto, essa situação (talvez) se tenha invertido, e hoje
Portugal é um país com as “portas abertas” ao mundo, visto que tornou-se num destino
de muitos imigrantes.
Até aos anos noventa do século xx, Portugal foi procurado por imigrantes dos
países lusófonos. Mas actualmente a população dos países de leste ocupa um dos
lugares de destaque na imigração. No entanto o grande “boom” da imigração ocorreu a
partir de 1999 e só no ano 2003 abrandou razoavelmente, (SOS Racismo 2001)
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resulta e que é um grande começo para uma imigração mais radical e mais forte como
aquela a que vimos hoje.
Outra razão é a guerra. A guerra na Europa em países como o Kosovo ou o
Afeganistão. Esta guerra faz cada vez mais refugiados que fogem da miséria e para o
salvamento da sua própria vida tendem a imigrar.
Outro factor que proporciona este fenómeno é a “escassez” económica dos
países em vias de desenvolvimento. Planos de reforma económica e aumento dos
impostos feitos por organizações como o Banco Mundial e o Fundo Monetário
Internacional mergulham alguns países em profunda miséria, o que leva a população a
empobrecer cada vez mais e a tentar estratégias de sobrevivência (SOS Racismo 2001).
No entanto, não podemos esquecer que a globalização também é um factor primordial
no que respeita ao aumento dos fluxos migratórios internacionais. Isto segundo Baganha
et al (2002).
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2.1.2 – Políticas de imigração
Sabemos, sem dúvida nenhuma, que quando alguém pretende abandonar o seu
país de origem para viver a milhares de quilómetros, é porque aí não encontra emprego
e formas de subsistência, caso contrário não iriam abandonar tão facilmente a sua
comunidade. No entanto, o desenvolvimento na última década da “Europa-fortaleza”,
com o seu controlo apertado e sem dúvida nenhuma causada por uma preocupação
devido ao excesso de imigrantes na União Europeia, “a precariedade do estatuto legal
do imigrante provoca, ainda, efeitos perversos nos próprios fluxos migratórios pois ao
ver negado o seu “direito de ir e vir, o imigrante acaba por optar sempre pela
sedentarização clandestina” (SOS Racismo, 2001)
Ao falarmos de políticas de imigração, não podemos colocar de parte a acção do
governo. Após o “Plano Nacional de Imigração” fora apresentado um novo plano,
“Plano Nacional de Imigração”, trouxe algumas novidades e que segundo (Baganha e
Magalhães, 2002) parece que são idênticos:
- Meios de subsistência. Pois não imigrará aquele que não conseguirá sustentar-
se a si próprio e sua família;
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- Vistos de trabalho e residência.
Acordos bilaterais:
Políticas de integração:
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degradados que levava a proliferação dos guetos (como podemos verificar mais na zona
e arredores de Lisboa).
Esta situação é arrasadora, visto que, tem provocado consequências graves na
cidadania, Tais como: discriminação dos imigrantes e dos próprios filhos destes
mesmo que tenham cá nascido;
Preconceitos racistas e xenófobos, que têm dificultado o dialogo
intercultural;
Estes são, talvez, os problemas mais inerentes que os imigrantes enfrentam na
sociedade de há muito tempo. No entanto, será que podemos falar de soluções para os
problemas comuns da imigração? Parece que não. De acordo com as publicações, as
autoridades desde sempre fecharam os olhos sobre esta realidade avassaladora e nunca
se interessaram com as consequências e “repercussões de tal postura no seio de uma
comunidade”.(SOS Racismo 2002)
Quanto a educação, emprego e saúde, foram grandes os bloqueios para poder
transformar as políticas qualitativas do sistema educativo, pois a educação é sem dúvida
um grande pilar no qual assentam as políticas de integração. No entanto, o Estado tudo
fez para que os cidadãos imigrantes e os da sua família sentissem laços de estabilidade
no país de acolhimento. Para tal, elaborou um sistema no qual a educação pudesse
responder ao critério de laicidade; ou seja, onde houvesse respeito mútuo.
Com sabemos, a educação vai mais para além da instrução sendo necessário apostar na
profissionalização e alfabetização dos imigrantes. Hoje em dia para nós já é muito
difícil arranjar emprego no mercado de trabalho, mais difícil será para os imigrantes que
porventura poderão ser analfabetos e com um nível de instrução bastante baixa, para
isso não acontecer é necessário que o governo aposte na educação com medidas
positivas (como já vimos anteriormente). No entanto numa perspectiva sociológica, os
imigrantes não são só pessoas com capacidades de profissionalização e alfabetização
baixa, pelo contrário, é claro que alguns dos imigrantes (como o caso dos ucranianos)
sofrem dificuldades de escolarização mas alguns deles são cidadão com nível de
profissionalização alta, com profissões de excelente intelectualização e mental que por
alguma dificuldade ou infelicidade não conseguem exercer a sua profissão no mercado
de trabalho do seu país, e por isso só têm uma saída, imigrar.
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2.1.3 - Cidadania
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2.2 – A regulação das entradas
Iniciamos este sub capítulo “a regulação das entradas” falando dos retornados.
Começa-mos assim por dizer que, apesar da maioria dos retornados terem
nascido em Portugal, existia ainda uma grande quantidade de imigrantes que não
respeitavam essa premissa. Ou seja, “68% dos retornados com uma idade superior a 15
anos, em 1981, tinham nascido na denominada metrópole” (Pires, NAR).
Segundo Baganha et al, (2002), a lei de 1959 foi posta em revisão e em 1975
criou-se e em termos legais a maior comunidade de imigrantes em Portugal.
Verificamos que a maioria da população que imigrava era de origem africana já
instalada no país e por “retornados” que imigraram quando se deu a independência das
colónias Africanas. A partir daí esses imigrantes conseguiram ou mantiveram a
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nacionalidade portuguesa, com base no Decreto-lei n.º 308-A/75, que veio constituir a
base de todo o processo migratório com origem nos PALOP.
Entretanto foi preciso esperar até 1981 por uma nova ordem de legalidade
destinada a regulamentar a entrada, permanência e saída dos imigrantes, (Decreto-Lei
n.º 264-B/81) ao mesmo tempo que entrava em vigor a Lei da Nacionalidade *. Contudo
este mesmo Decreto-Lei tinha uma tipologia dos vistos que só podiam ser concebidos
pelas embaixadas e consulados portugueses do exterior. No entanto, essa tipologia das
autorizações de residência em Portugal tinha um processo administrativo que
possibilitava a expulsão dos estrangeiros. Ora, finalmente se esses estrangeiros não
dispunham de documentos legais e devidamente organizados, seriam aplicadas1 coimas
às empresas que os transportavam para dentro do país.
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Em 1993, a “Lei dos Estrangeiros” foi revogada e substituída, pela “Decreto-Lei
n.º59/93, de 3 de Março”. No entanto esta revisão foi uma “consequência da entrada de
Portugal na CEE em 1986 e, mais tarde, no espaço de Schengen”.
-“De acordo com a informação tratada por Pires el al. (1987), cerca de 60% dos
retornados em Portugal em 1981 tinha nascido neste país”.
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- Um dos acordos que facilitou a entrada dos imigrantes na Europa neste caso
em Portugal, foi o acordo de Shengen, sendo um factor decisivo para que o número de
imigrantes legais como ilegais pudessem entrar (todos os anos). Esta consequência do
acordo de Shengen, provocou um aumento da natalidade, devido ao aumento de
imigrantes.
.
No entanto, segundo a equipa do (SOS Racismo 2002) isto tudo pode ser revertido se
houver razões para a deportação dos imigrantes, tais como:
- Posse de drogas com intenção de distribuir,
- Alvo de condenações varias,
- Assaltos,
- Ilegais,
- Homicídio,
- Violência domestica.
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2.2.1 - Distribuição geográfica dos estrangeiros legalmente residentes
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15
Com a observação do quadro 1 podemos retirar algumas conclusões:
- 68.86% dos imigrantes de Angola distribuem-se por Lisboa e arredores, como Setúbal
(12.04%). O mesmo acontece com os Cabo Verdianos e os imigrantes de Moçambique.
- Os imigrantes de África do sul distribuem-se por Lisboa, sem dúvida, mas também
pela cidade de Faro. Isto devido à distância da viagem e por serem zonas perto do mar,
o que possiblita o contacto entre Portugal e o continente Africano.
- Lisboa ainda continua a ser a zona que os imigrantes preferem para residir, é o caso
dos imigrantes vindos da América (43.98%). No entanto os Açores parecem ser um
lugar de destaque para os americanos do norte, pois 16.94% residem nos Açores,
enquanto que os americanos do sul como os brasileiros e os venezuelanos preferem
Lisboa e Aveiro para residir. No entanto, estes imigrantes já se dispersam mais por todo
o país. (como podemos observar pelo quadro1).
Em conclusão e através da análise do quadro1 podemos concluir que Lisboa e as suas
áreas periféricas continuam no “topo” das preferências dos imigrantes para residirem.
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Número de Residentes Estrangeiros por Distrito
Mapa 1
Concluímos:
-A cidade de Lisboa é sem dúvida a escolhida pelos vários imigrantes para poderem
refazer a sua vida. (121.039)
-Em seguida também é visível que os distritos de Santarém; Setúbal; Faro e Porto são os
distritos que mais imigrantes permanecem a seguir ao distrito de Lisboa,
- Distritos como Guarda, Bragança, Castelo Branco e Portalegre são os distritos onde
menos imigrantes estrangeiros residem,
-É significativa a presença de imigrantes nos Açores (2.605) e na Madeira (2.836).
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2.3 – Observatório da imigração
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Entretanto, à semelhança dos últimos anos, também em 2003, merecem
particular destaque os nacionais de países do continente africano e do europeu, que
representavam 47.3% (África) e 30.7% (continente europeu) do total de estrangeiros
residentes em Portugal. Seguem – se os do Brasil, Angola, Guiné. No seu conjunto este
três países de estrangeiros residentes legalmente em Portugal. No contexto europeu,
eram os nacionais de Reino unido da Espanha, Alemanha e França os que detinham
mais representação.
Concluímos assim que a população total portuguesa teve um crescimento natural
devido aos imigrantes. (observatório da imigração/Internet)
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2.4 – Imigrantes fenomenais
Os imigrantes passam a ter para sempre uma vida marcada por um confronto
entre duas culturas complementares opostas; isto é, a cultura onde se nasceu, a chamada
“Terra Natal”, e aquela onde se passa a viver, “ país de acolhimento”. A integração
nesta última implica quase sempre um esquecimento da terra e da cultura onde o
imigrante nasceu o que faz sentir uma perda de identidade.
No entanto esta perda de identidade faz-se sentir mais nos imigrantes mais
velhos, que abandonaram o seu país de origem há muitos anos, do que nos mais jovens,
que assimilam muito mais rápido a presença de uma nova cultura.
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No entanto foi durante os Jogos Olímpicos de 2004 em Atenas que Portugal foi
muito bem representado por dois imigrantes naturalizados portugueses: Francis
Obikwelu e Naide Gomes.
Podemos assim concluir que este facto constitui uma excelente oportunidade e
uma maior reflexão sobre os problemas que todos os imigrantes enfrentam desde os
mais comuns, até aos mais conhecidos (como os referidos), mas também uma
contribuição para o desenvolvimento e reconhecimento de nosso país.
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2.5 - Consequências da imigração
Ao longo deste estudo social que é a imigração, revelou-se as razões que levam
as pessoas a saírem do seu país de origem e a imigrarem para um país distante e
desconhecido.
Entretanto, os imigrantes ao longo de todo este processo, passam por coisas que nós não
nos apercebemos e nem sequer imaginamos; isto leva a deduzir as consequências de tal
fenómeno.
Uma das consequências da imigração é o aproveitamento dos proprietários de
empresas, fábricas, e de obras. Os imigrantes são aproveitados pelos “homens de mão-
de-obra clandestina”, que agrupam uma grande quantidade de mão-de-obra ilegal ou
não, e que por fim não lhes pagam as remunerações devidas. A “falta de condições de
trabalho e segurança atira os imigrantes para situações de grande dependência e
fragilidade”
Outra das consequências da imigração é sem duvida o racismo e a Xenofobia.
Esses imigrantes que sofrem maiores dificuldades de racismo são sem dúvida os
imigrantes vindos dos PALOP. O racismo vivido pelos imigrantes passa por todo o
lado, ou seja, sofrem discriminações no trabalho nas escolas na saúde etc. No entanto,
segundo a Equipa do SOS RACISMO (2002:34), existem associações que apoiam as
vítimas de racismo e xenofobia, “ apoiar, coordenar, articular o trabalho das associações
e desenvolver iniciativas diversas com vista ao combate ao racismo e xenofobia, e por
uma igualdade plena de direitos e deveres entre todos os cidadãos”, são alguns
objectivos gerais aprovados no 1º congresso da rede Anti-Racista em 1999 e que por sua
vez continuam mais actuais.
Nas escolas passam por todo o tipo de críticas e insinuações.
Estes são discriminados por viverem em bairros degradados por não falarem a
mesma língua (o caso dos ucranianos) que nós. Vejamos agora uma notícia que
expressa a violência a que os imigrantes estão sujeitos e que esclarece melhor as
consequências terríveis a que por vezes estes imigrantes se submetem.
“Em Junho de 1995, o caso Bairro Alto será o 1º caso de racismo mediatizado. A
história, de um jovem português de origem Cabo-Verdiana é barbaramente assassinado
22
no Bairro Alto na madrugada do dia 10 de Junho por um bando de skinheads. Os
contornos do crime nunca ficaram publicamente claros e no julgamento os agressores
aclamaram estarem a ser julgados como caso exemplar”
23
2.6- Associações / organizações de Apoio a Imigrantes
24
- Obra católica portuguesa das migrações
Campo Mártires da Pátria, 43.r/c
1150-225 Lisboa
Tel. 21 885 21 46
Fax. 21 885 50 72
URL: http://www.cpr.pt/
-INDE
Av. Frei Miguel Contreiras, 54, 3.º
1700- 213 Lisboa
Tel. 21 843 58 71
Fax. 21 843 58 71
URL: http://www.inde.pt/
25
3 – Pesquisa detalhada
Imigração
Razões da imigração
Racismo
Imigrantes ilegais
26
descontrolada?”, “Políticas de imigração e integração”, “Cidadania”, publicações de
(“Mamadou Ba & Miguel Brito”), (SOS Racismo 2002).
No entanto não foi só a partir da pesquisa da Internet que consegui desenvolver
o meu trabalho. Um dia à tarde fui a biblioteca da Faculdade de economia e com as tais
palavras pesquisei autores que estudaram a imigração. Coloquei algumas das palavras
no computador da Faculdade e apareceu o nome de alguns autores importantíssimos que
estudaram a imigração e que de alguma forma contribuíram com as suas diversas
opiniões para um balanço deste fenómeno social. Encontrei autores como Baganha et al.
(2002) Pires (2003) e SOS Racismo (2002). Quanto ao uso de dicionários são fontes de
informação relativas; ou seja, não foi essencial para elaborar o trabalho, apesar de os ter
utilizado para distinguir os conceitos “cidadania” e “nacionalidade”.
A primeira etapa do trabalho para concluir esta parte foi sem dúvida escrever um
plano (relatório) pessoal no qual me pudesse orientar. Em seguida, pouco e pouco
comecei por fazer uma introdução ao meu trabalho. No qual descrevi detalhadamente os
passos do trabalho, para se perceber qual o ponto de vista que ia abordar. Comecei por
mencionar o tema, depois para proceder aos objectivos a que me propus, descrevi o
Estado das Artes (Peixoto 2006) referindo o significado do que é o estado das artes.
Para continuar a desenvolver o tema dentro do estado das artes comecei pelo ponto 2.1.1
com o sub titulo “Razões da imigração”. Ai apresentei o porquê de tal fenómeno social
que está a decorrer por toda a Europa, mas em especial em Portugal. Razões como “falta
de condições de vida, extrema miséria a que vivem os imigrantes no seu país de origem,
guerra, escassez económica, politicas religiosas (pesquisa de Internet: ”razões da
imigração”) e também com o apoio do livro da equipa do SOS RACISMO, entre outras,
foi decisivo para o desenvolvimento deste ponto.
No ponto 2.1.2 “Politicas de imigração” utilizei como fontes a pesquisa da
Internet: “ Mamadou Ba & Miguel Brito (2002) ”, da equipa de SOS RACISMO; mas
também livros: (Baganha e Magalhães 2001). Ai falei das “Leis das Autorizações de
Permanência, da mobilidade dos imigrantes da necessidade de terem consigo
documentos válidos, vistos de trabalho para os consulados nos países de origem”. Referi
também os “Acordos bilaterais”, por serem “ meros mecanismos de controlo das
riquezas e dos recursos hispanos do Terceiro Mundo” (…). E ainda, dento do ponto
2.1.2, não podia deixar de mencionar as “politicas de integração” Entretanto avancei
para o conceito de “cidadania”referente ao ponto 2.1.3.
27
É claro que quando falei de “políticas de imigração”, não podia colocar de lado o
conceito “cidadania”. Pois nem valia a pena falar de “politicas de imigração e de
integração” se não falasse de cidadania, visto que, antes de mais “qualquer destas
politicas deve basear-se na cidadania” mas também com ajuda da equipa do (SOS
RACISMO 2002)
Continuando dentro do estado das artes, e fazendo cada vez mais pesquisa de
fontes para chegar a outros pontos do objectivo do meu trabalho, continuei a ir à
biblioteca da Faculdade de economia. Ai encontrei (como já tinha mencionado) o livro
da autoria de Baganha et al (2002). A partir dessa fonte, elaborei o ponto 2.2 “A
regulação das entradas” e o ponto 2.2.1 “ Distribuição geográfica dos estrangeiros
legalmente residentes”. No que diz respeito ao ponto 2.2 e segundo Baganha (2002),
comecei por seleccionar alguns tópicos no que dizia respeito à regulação das entradas de
imigrantes no país que os iria acolher. No entanto, quando comecei a falar da regulação,
fiz referência ao tipo de imigrantes que Baganha ia estudar. Trata-se de imigrantes
provenientes das ex-colónias; ou seja, de “retornados” que imigraram par Portugal. No
ponto 2.2.1 elaborei um quadro com o objectivo de elucidar a distribuição dos
imigrantes por diferentes cidade do nosso país, e a partir daí conclui que é Lisboa e
cidades dos arredores que se concentra maior população de imigrantes. Acabados os
sub-pontos desta parte, passei para outro ponto do trabalho, o ponto 2.3 que corresponde
ao “Observatório de imigração”.
O observatório de imigração foi retirado da pesquisa de Internet (“imigração”)
mas também a partir do manual “ A imigração em Portugal”na qual nos mostro a página
www.oi.acime.gov.pt e que a partir daí, comecei a investigar essa página chegando às
estatísticas de vários anos. Encontrado os dados que eu queria analisei gráficos e tabelas
com variadíssimas estatísticas e na qual retirei conclusões.
Após a conclusão dessa parte elaborei uma pequena informação acerca de
desporto olímpico; realçando que dois imigrantes naturalizados portugueses (Obikwelu
e Naide Gomes) contribuiriam para o desenvolvimento cultural do nosso país.
Já na etapa final elaboro as “Consequências da imigração”.
Cheguei ao fim do estado das artes.
Na avaliação de uma página da Internet, apostei na página www.oi.acime.gov.pt
uma página com alta fiabilidade e acessibilidade com dados bastante aceitáveis, pois
trata-se de uma página institucional com autoria do Alto-comissário para a imigração e
minorias étnicas que pretende aprofundar o conteúdo das informações e da realidade
28
vivida pelos imigrantes em Portugal. Identifico a morada correspondente ao autor da
organização e também faço um levantamento pessoal dos pontos fortes e fracos que
porventura encontrei.
Elaborei, uma ficha de leitura do texto de Rui Pena Pires, com o levantamento
de palavras-chaves e pontos fortes e fracos da ficha.
Terminada esta parte, procedo a conclusão de todo este trabalho onde manifesto
em algumas linhas a minha opinião acerca deste fenómeno social. Não poderia esquecer
a bibliografia deste trabalho. Para terminar o trabalho elaboro os anexos com a página
da Internet avaliada e com o texto da ficha de leitura.\ Espero que com este trabalho se
tenha esclarecido algumas dúvidas ainda pré-existentes, pois pretendi ser mais
transparente e objectiva possível.
29
4.1- Avaliação de uma página da web
Esta é a página da web que seleccionei para avaliar, visto que, a partir desta
começou grande parte da minha pesquisa para a elaboração do meu trabalho. A partir
desta página encontrei variadíssimas informações úteis para corresponder aos objectivos
contínuos do meu trabalho. Como por exemplo: a elaboração do observatório de
imigração para observar dados estatísticos através de fontes como o INE e os Serviços
de Estrangeiros e Fronteiras, entre outros.
A partir de toda esta busca sintetizada, avalio esta página como um sítio fiável
com anotações e dados bastante aceitáveis, pois trata – se de um sítio governamental da
autoria do Alto-comissário para a imigração e minorias étnicas que pretende aprofundar
o conteúdo das informações e da realidade vivida pelos imigrantes em Portugal.
A equipa do SOS RACISMO deduz de acordo com o Decreto-Lei nº 3-A/96, de
26 de Janeiro, instituiu o Alto-comissário para a imigração e Minorias Étnicas
(ACIME), sendo uma identidade nacional tendo como missão “acompanhar a nível
interministerial o apoio à integração dos imigrantes, cuja presença constitui um factor
de enriquecimento da sociedade portuguesa”. De acordo com o ast.2º,nº1, o Alto-
comissário tem a sua origem em:
- “Promover a consulta do diálogo entre entidades representativas de imigrantes
em Portugal ou “minorias étnicas, em colaboração com os parceiros sociais, as
instituições de solidariedade social e outra entidades públicas e privadas com
intervenção neste domínio”,
-“Contribuir para a melhoria das condições de vida dos imigrantes em Portugal,
de forma a proporcionar a sua integração na sociedade, no respeito pela sua identidade e
cultura de origem”,
-“Propor medidas, designadamente de índole normativa, de apoio aos imigrantes
e às minorias étnicas.” (entre outras)
30
No que diz respeito às funções do ACIME, este pretendeu elaborar protocolos
com várias entidades, como por exemplo o protocolo entre o ACIME e a OIM,
devidamente apoiada financeiramente pela União Europeia, criando um centro de
divulgação de informação para os imigrantes e minorias étnicas. Além dos protocolos,
celebrou vários projectos (eis alguns deles): “Em cada rosto…Igualdade”; “Pelas
Minorias”; “Cidades Digitais” que tem como protocolo celebrado entre o Ministério de
Ciência e Tecnologia e o ACIME. No entanto, após fazermos referência a dados
projectos e protocolos concluímos esta parte, dizendo, que esses projectos foram
celebrados com o objectivo de “combater a info-exclusão; o acesso a grupos
desfavorecidos às tecnologias de informação e do conhecimento; e a valorização escolar
e profissional” etc.
A partir desta página encontrei o autor desta organização governamental que está
devidamente identificado e contactável. Os contactos são:
O autor deste sítio procura através desta página “reunir, tratar, e disponibilizar
informação geral sobre a imigração” (ACIME, 2003)
Nesta página encontrei muitas respostas a muitas perguntas que fiz e que foi
fundamental para a elaboração e desenvolvimento deste trabalho. É uma página que
revela dados estatísticos de vários anos, no qual os leitores poderão comparar esses
31
dados e retirarem conclusões. Na página www.oi.acime.gov.pt podemos encontrar (com
já tinha dito anteriormente) a análise a dados estatísticos, variadíssimas revistas na qual
temos acesso a notícias (ACIME) da imigração, acesso a contactos com as moradas de
várias embaixadas e consulados eis algumas:
32
Horário de atendimento: Seg. – Sex: 8.30h – 16.30h ; Ter. – Qui: 16.30h – 19.30h
(presença Dr.ª Ana Maria Braga)
Pontos fracos:
- Não considero que existem pontos fracos nesta página. Continua afirmar que é
um sítio fiável com anotações bastante aceitáveis e no qual trata de pontos muito fortes
da imigração.
33
5 - Ficha de leitura
Nº de Páginas: 119-187
34
Notas sobre o autor: Nasceu no dia 8 de Abril de 1955 em Portugal.
É professor do departamento de sociologia de Instituto Superior de Ciências do
Trabalho e da Empresa (ISCTE). Obteve o seu doutoramento em 2003.
Introdução
1ª Parte
35
estado do recenseamento geral da população, (1960) residiam em Portugal 29428
estrangeiros dos quais 12101 eram activos. A maioria desses imigrantes eram
compostos por europeus (67%) e brasileiros (22%).
O declínio da emigração portuguesa para o Brasil fez-se acompanhar de uma
conta-corrente, ou seja a imigração superou completamente a emigração
Na segunda metade da década de 60 e os primeiros anos de 70 a aceleração da
industrialização e internacionalização da economia portuguesa, aumentou ligeiramente a
imigração (Lopes, 1996:239-9) e o turismo do Algarve onde se fixavam os ingleses e os
alemães. É nesta época que a imigração no trabalho começa a surgir mas num quadro
ainda restrito. No entanto a partir daí, começa a crescente imigração dos Africanos. Os
fluxos mais importantes realizavam-se com vários motivos: escola e emprego. Os
trabalhadores desqualificados eram empregues sobretudo na construção civil
preenchendo os lugares deixados pelos trabalhadores portugueses emigrados. (Amaro,
1986)
Entretanto devidas as alterações políticas, sociais e económicas iniciadas em
Abril de 1974 a imigração vinda da Europa e da América sofreu uma reafecção, o que
foi superada pelos PALOP. Assim a população residente em Portugal cresceu cerca de
12%, onde a quota de estrangeiros na população total do país passou de 0.33% em 1960
para 1.10% em 1981. Esta imigração teve mudanças qualitativas na segunda metade da
década de 70 que puderam ainda ser melhor evidenciadas com a ajuda de indicadores
demográficos e socioeconómicos sobre os estrangeiros residentes em Portugal.
2ª Parte
36
Com a descolonização, em 1975, abre-se em Portugal o ciclo da imigração. Esse
ciclo é constituindo por dois movimentos repartidos: os portugueses radicados nas
colónias e o inicio da imigração africana. Para podemos distingui-las foi politicamente
construída uma alteração da lei da nacionalidade. Política essa que irá radicalmente
condicionar e alterar as condições de integração dos imigrantes.
Ora vejamos: O acesso ao direito à nacionalidade pelos filhos de estrangeiros nascidos
em Portugal deixa de depender de um tempo mínimo de residência e passa a estar
condicionado pela legalidade da situação do país; Todos os portugueses nascidos em
Portugal (lei de nacionalidade de 1959) sucede agora a limitação de apenas se
considerarem portugueses os filhos de estrangeiros nascido em Portugal; A
independência das ex-colónias portuguesas colocou o problema da perca da
nacionalidade portuguesa aos indivíduos nascidos nas ex-colónias antes dessa mudança
(…).
Após a definição da política da imigração vertida numa concepção restrita da
nacionalidade fez-se a par com o crescimento dos fluxos migratórios internacionais que
vinham em direcção a Portugal, a partir dos anos 80.
Os anos de 1974 a 1975, ficaram conhecidos pelo grande movimento da
população, em que um milhão de portugueses são repatriados das ex-colónias de África.
Após a nova mudança da lei da nacionalização, estes imigrantes já não eram
considerados portugueses e sim imigrantes estrangeiros. E a partir daí Portugal que era
um país de emigração passou para a ser conhecido como o país da imigração (e hoje
essa realidade é bastante vísivel).
De facto a primeira vaga africana pós 1974, foi conhecida por dois tipos de
imigração: imigrantes refugiados e uma migração laboral. Quanto aos imigrantes
refugiados é composta maioritariamente por angolanos e em seguida por
moçambicanos; estes têm expresso determinados perfis que se abrange por serem uma
comunidade jovem, pouco letrada, ou seja com baixos níveis de escolaridade e com
pouca qualificação profissional e onde se empregavam em actividades operárias. No que
se refere a imigração laboral era constituída por imigrantes Cabo-Verdianos. Uma
população trabalhadora já fixada e com alguma dimensão, foi uma imigração
37
incentivada por motivos sociopolíticos e que visou uma corporação de imigrantes
laborais.
3ª Parte
4ª Parte
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Nos dias de hoje é bem visível os novos padrões da imigração. O crescimento de
novos fluxos de imigração é meramente proveniente do Leste europeu, nomeadamente
da Ucrânia, Roménia e Moldávia. No entanto, cada vez mais organismos actuam no
campo da imigração (como por exemplo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras), com o
objectivo de tentarem proteger os imigrantes de actuações racistas desenvolvendo
associações e tentarem diminuírem os fluxos ilegais.
Conclusão
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6 – Conclusão
Após uma longa e exaustiva pesquisa de fontes para realizar este trabalho
consegui organizar as que achei mais revelantes para os meus objectivos que me tinha
proposto. A imigração é um fenómeno vasto e muito denso, podendo ser abordado de
várias maneiras, com vários objectivos e pontos de vista diferente; por isso nunca é
demais tratar deste fenómeno, pois nunca se torna aborrecido.
Quando decidi elaborar este trabalho foi com a intenção de os leitores o lerem e
as suas dúvidas, em parte, se esclarecerem. E também para se sensibilizarem para a
dimensão de fenómeno. Para isso procurei aprofundar alguns pontos de viste; que vai
desde as razões, políticas e cidadania de imigração até à explicação das regiões
geográficas que os vários imigrantes escolhem para residir. Para sensibilizar os leitores
falei das consequências graves que os imigrantes sofrem.
É nesta medidas que foram recolhidas as fontes com o objectivo de conseguir o “
melhor” trabalho possível acerca da imigração.
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7 - Referências Bibliográficas
Livros:
Internet:
www4.fe.uc.pt/fontes/restos/estado_das_artes.htm
16
www.oi.acime.gov.pt
www.oi.acime.gov.pt/modules.php
www.ine.pt
www.ine.pt/prodserv/destaque/2004/d040628-2/d040628-2pdf
www.sef.pt/estatisticas.htm
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