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Mário Nogueira:
«Há impactos imediatos que os professores salvaguardam» com
acordo com ministério
O portavoz da plataforma sindical da Educação, Mário Nogueira, disse hoje aos docentes das escolas
da Pedrulha, Coimbra, que «há impactos imediatos que os professores salvaguardam» se
ratificarem um entendimento sobre a avaliação de desempenho com o miistério

• Movimento de professores critica acordo entre sindicatos e ministério


• Professores decidem hoje ratificação de acordo com ME e suspensão dos protestos
• Sindicatos reafirmam «benefícios» de entendimento com Ministério sobre avaliação

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Perto de cinquenta docentes do Agrupamento de Escolas da Pedrulha, Coimbra, aprovaram hoje a ratificação do
entendimento a que chegaram sábado os sindicatos dos professores e o ministerio da educação sobre a avaliação de
desempenho dos docentes.

A declaração a assinar pelas duas partes deve conter, para além do memorando de entendimento, «deve conter as
apreciações dos sindicatos dos professores, necessariamente negativas, sobre a política educativa do
governo», sustenta a moção hoje votada pelos docentes em todas as escolas do páis.

O texto foi aprovado por unanimidade e aclamação nas escolas da Pedrulha numa reunião onde participaram 46 docentes
no auditório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e na qual estiveram os dirigentes
sindicais Mário Nogueira e José Ricardo, da Federação Nacional dos Professores (FENPROF) e da Federação Nacional dos
Sindicatos da Educação (FNE), respectivamente.

Durante a reunião, Mário Nogueira explicou que, com a assinatura da declaração conjunta, «há impactos imediatos que
os professores salvaguardam».

«Tanto a FNE como a FENPROF trabalharam muito para este entendimento para resolver algumas questões no
imediato, mas as questões de fundo mantêm-se. Está-me a custar muito os ataques vindos de colegas nossos,
a desvalorizar este entendimento com o ME, apenas para confundir ainda mais os professores», sustentou, por
seu turno, José Ricardo.

De acordo com Mário Nogueira, «os protestos mantêm-se em relação à política».

Segundo o líder da FENPROF, hoje realizam-se 1.300 reuniões com professores por todo o país e os resultados dos
primeiros encontros davam conta da aprovação da moção, à semelhança do que aconteceu em Coimbra.

«É muito grave que alguns colegas tentem convencer os professores de que isto é zero, estão a fazer um bom
serviço ao governo» censurou.

Ao responder aos colegas durante a reunião, Mário Nogueira disse que ao prever cerca de meio milhão de observações de
aulas aos professores a avaliar, o ME «criou um regime de avaliação burocratizado», que representa «um absurdo
completo».

«Está nas mãos da ministra da Educação reconhecer que, para a reforma do sector, precisa de ter um canal
permanentemente aberto com os professores e as organizações sindicais», sublinhou José Ricardo,
vice-secretário-geral da FNE.

Para Mário Nogueira, «o governo mostra fragilidades» em áreas como a educação e a saúde.

«Temos que aproveitar o ano que aí vem, o ano mais fragilizado que o governo vai ter. Este entendimento
não termina com a nossa luta», sublinhou ainda.

Este entendimento com o Ministério da Educação (ME) «defende os professores, estabelecerá importantes
processos negociais e abre perspectivas futuras de luta», é sublinhado num texto hoje distribuído sobre as
vantagens e desvantagens da assinatura da declaração conjunta.

http://sol.sapo.pt/Common/print.aspx
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A moção aprovada sublinha que o entendimento com o ME «é importante para os professores, mas não resolve as
questões de fundo, pelo que deverá manter-se uma forte acção sindical e reivindicativa».

O «forte recuo a que o ME foi obrigado, no designado primeiro ciclo de avaliação dos professores será um
importante contributo para a estratégia de alteração profunda do modelo de avaliação que impôs e que não
serve as escolas nem os professores».

O texto sublinha que, com o entendimento, fica garantido que os docentes a classificar este ano serão uniformemente
avaliados, através de procedimentos mínimos, e que eventuais classificações inferiores a «Bom» não terão consequências.

Entre as apreciações negativas dos sindicatos a incluir na declaração conjunta figuram críticas ao Estatuto da Carreira
Docente, que deve ser revisto, ao modelo de direcção e gestão escolar, à legislação sobre educação especial e ao
encerramento de escolas.

«É neste quadro de protesto, mas também de construção, que os professores e educadores, com as suas
organizações, continuarão a agir e lutar», é referido.

A Plataforma Sindical de Professores decide hoje se ratifica o acordo alcançado sábado com o Ministério da Educação (ME)
em matéria de avaliação de desempenho e se suspende as acções de protesto agendadas para o terceiro período.

Para isso, realiza-se hoje nas escolas de todo o país o «Dia D», de reflexão, onde serão discutidos com os professores os
termos do entendimento alcançado com a equipa ministerial e votada a sua ratificação, bem como a suspensão, ou não,
das segundas-feiras de protesto, previstas para as capitais de distrito.

Segundo o acordo, a avaliação de desempenho avança este ano lectivo para os docentes dos quadros em condições de
progredir e para os contratados, num total de sete mil, tendo em conta apenas quatro critérios, que serão aplicados de
igual forma em todos os estabelecimentos de ensino.

Por outro lado, quer neste ano lectivo, quer no próximo, todas as classificações de «regular» e «insuficiente» terão de
ser confirmadas com nova avaliação, no ano lectivo seguinte.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/Common/print.aspx

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