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Este documento é uma resenha de um livro que discute o conceito de indústria cultural. A indústria cultural une meios de comunicação de massa como TV e rádio para formar um sistema baseado no capitalismo e que pode alienar e manipular as pessoas. A resenha também discute como a indústria cultural funciona no Brasil, promovendo culturas estrangeiras em vez de valorizar a cultura local.
Este documento é uma resenha de um livro que discute o conceito de indústria cultural. A indústria cultural une meios de comunicação de massa como TV e rádio para formar um sistema baseado no capitalismo e que pode alienar e manipular as pessoas. A resenha também discute como a indústria cultural funciona no Brasil, promovendo culturas estrangeiras em vez de valorizar a cultura local.
Este documento é uma resenha de um livro que discute o conceito de indústria cultural. A indústria cultural une meios de comunicação de massa como TV e rádio para formar um sistema baseado no capitalismo e que pode alienar e manipular as pessoas. A resenha também discute como a indústria cultural funciona no Brasil, promovendo culturas estrangeiras em vez de valorizar a cultura local.
INDSTRIA CULTURAL: O QUE ? COMO FUNCIONA? E QUEM FAZ?
Trabalho apresentado para a diciplina de
Teoria da Comunicao para obteno de nota parcial no curso de publicidade e propaganda nas Faculdades Integradas do Brasil. Ministrada por Rodolfo.
CURITIBA 2013
RESENHA
O livro O que Indstria Cultural (Brasiliense, 2006, 104 pginas) do
escritor e professor, da Escola de Comunicao e Artes da Universidade de So Paulo, Teixeira Coelho retrata em sua nova edio o contexto que j se enxergava no ano de 1980, ano que decorreu a publicao do mesmo. Bem como revela a grande relevncia em entender o que , como funciona e quem d origem a esse fenmeno que cada vez mais cresce em nossa sociedade e podendo ser percebido nas diversas mdias, como a TV e agora com a internet. Segundo Coelho, em seu primeiro captulo, Indstria cultural, cultura industrial; o termo, fundamentado e difundido pelos pensadores alemes da Escola de Frankfurt: Adorno e Horkheimer, denominado Indstria cultural; os meios de comunicao de massa e a cultura de massa surgem do fenmeno da industrializao ocorrida no Sculo XIX. Pois foi nesse momento que o contedo cultural foi visto como produto que passa a ser consumido, feito em srie e, consequentemente, gerador de lucros. Dessa forma, a Indstria cultural seria a juno dos meios de comunicao de massa, como a TV, o rdio, o cinema, os jornais, as msicas e revistas; que teriam o intuito de formar um sistema baseado no modelo capitalista e que em virtude de sua acessibilidade teria o poder de alienar, manipular e controlar socialmente, tendo como produto a cultura de massa. Ele aborda tambm sobre as trs formas de manifestao cultural: cultura superior, mdia e de massa, criadas por Dwight MacDonald, mostrando que a cultura mdia,ou midcult, surge sendo o subproduto dessa indstria se diferenciando em alguns aspectos com a cultura de massa, ou masscult, e tomando emprestado os procedimentos encontrados na cultura superior buscando convencer os consumidores a terem a sensao de terem obtido uma verdadeira cultura, evitando quaisquer indagaes e inquietaes. Alm disso, revela que possvel pensar numa aliana entre a cultura popular e os veculos da cultura pop, resultantes da indstria cultural. No captulo II, Alienao e Revelao na Indstria Cultural, o autor alega que o prazer seria uma forma do saber, ou seja, o prazer no estaria apenas presente nos veculos como forma de entreter, mas sim como forma de desenvolver o saber. Assim como todo produto traz em si os traos do sistema que o gerou, como a necessidade de tornar passivos todos os sujeitos (paternalismo), a transformao em coisa (coisificao ou reificao) de tudo que possa existir, incluindo o homem; encontrados no capitalismo monopolista de organizao, que, de fato, continua a ser uma realidade vista num produto como a TV.
Ele menciona McLuhan, apresentando seus ponto de vista e
pensamentos e dizendo que a mensagem do meio impressa estimulou o surgimento do individualismo, por meio dos livros; e nacionalismo, atravs da TV e Cinema; e que partes de sua viso ainda vlida, enquanto a viso de um mundo como uma aldeia global em que todos participariam ativamente graas a TV j tenha perdido sua validez em meio ao nosso contexto. Coelho tambm resgata a cincia da semitica para explicar o comportamento da indstria cultural em relao ao seu contedo que opera com signos indiciais que desenvolveria conscincias indiciais, ou seja, os signos, conscincias e objetos seriam efmeros, transitrios, no exigiria intuio e sentimento, muito menos examinar logicamente. No havendo uma revelao e sim uma constatao que ocasionaria na alienao, uma vez que o que interessa apenas operar. Enquanto isso no Brasil, essa Indstria Cultural, discutida no captulo III, tem como traos fortes o prprio comercialismo e o capitalismo em geral, sendo assim, todos os veculos de massa se voltariam para apenas uma coisa: vender, e para isso, necessrio criar e manter o hbito de consumir. Essa mesma Indstria estaria voltada tambm para temas, assuntos e culturas estrangeiras, como forma de orientao da economia e comercialismo; particularmente a norte-americana. Dessa forma, tanto o rdio, quanto a TV seriam manipulados indicialmente, sendo assim, toda a informao teria pouco ou nenhum valor de revelao servindo antes para desviar a ateno a determinados assuntos e para fazer de simples propaganda ideolgica. Bem como h vantagens desse contato com culturas estrangeiras conforme os termos estritamente culturais e ideolgicos. Sob o mesmo ponto de vista, a cultura popular brasileira seria sobreposta pela indstria cultural com elementos da cultura estrangeira e haveria o desprezo com os temas do nosso cotidiano, sendo basicamente algo que diverte, distrai e no gera nenhuma reflexo em relao ao que ocorre na vida diria. Alm disso, a Indstria Cultural Brasileira no seria homognea por difundir estrangeirices em vez de ensinar e incentivar o interesse sobre a histria e as tradies da prpria nao. No ltimo captulo, Perspectivas diante da Indstria Cultural, o autor esclarece a razo pela qual ainda torna-se vlida toda a percepo discutida no livro, apesar da transformaes j acontecidas em virtude das inovaes tecnolgicas, pois no chegou a alterar o contedo ou o modo pelo qual produz significados. Em seguida, comparou as condies e situaes encontradas em diversos pases como forma de reao a manipulao e alienao, revelando indivduos crticos e reflexivos em relao a essa realidade; que quase inexiste no Brasil. E consolidou que o caminho a ser seguido para mudar esse fato seria colocar em prtica aes culturais e polticas que tornem as pessoas mais
aptas a aproveitar a exposio forada aos meios de comunicao de massa e
a inspirar na contestao acerca da produo e uso desses meios. Ele sugere uma reforma agrria do ar, para que seja criado programas de rdio ou emissoras de TV, que mostrem os verdadeiros problemas e de criao cultural como ocorrido nos pases europeus, com suas antenas selvagens que competiam com grandes cadeias globais. Pois, para ele, os brasileiros devem sair da posio de seres passivos, ou melhor, sair do estado reflexo crtica paralisada. Coelho finaliza dizendo que encontrar o caminho e o passo certo a ser seguido em meio a toda essa realidade uma tarefa rdua, quanto, necessria. Com isso, Teixeira Coelho nos mostra por meio das inmeras perspectivas de outros tericos, a favor ou contra a Indstria cultural; assim como a viso dele, que esse fenmeno, que teve sua gnese na industrializao, consegue, por meio de seus produtos; tanto nos manipular, alienar, nos tornar individualistas, consumistas, nos narcotizar, gerar conformismo, fuga da realidade, mentiras, pnico; quanto nos informar, ensinar, desenvolver o senso crtico, entreter, orientar, manter ordem, aproximar culturas e gerar mudanas na realidade em que se vive. O que pode ser comparado ao ponto de vista a obra de Umberto Eco, Apocalpticos e Integrados, que tambm revela esses dois lados da Indstria Cultural por meio de um embasamento terico. REFERNCIAS
Coelho, Teixeira. O que indstria cultural / Teixeira Coelho So Paulo
: Brasiliense, 2006. Coleo primeiros passos; 8. 21 reimp. Da 1 ed. de 1980. TRABALHOS FEITOS. Ensaio sobre Indstria cultural. Site apresenta contedo para fins acadmicos. Encontrado em: < http://www.trabalhosfeitos. com/ensaios/ Industria-Cultural/146697.html > Acessado em 01 de abril. TRABALHOS FEITOS. Ensaio sobre A Indstria cultural e os Produtos. Site apresenta contedo para fins acadmicos. Encontrado em: < http://www. trabalhosfeitos. com/ensaios/a-Industria-Cultural-e-o-Produtos/9159.html > Acessado em 01 de abril.