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tinha que...
Espere! disse Manoel, dando um tapa na testa. Me
lembrei agora. Eu sou Univitalista.
O qu?
Univitalista. uma religio nova. Talvez por isso no
esteja no computador.
Em que vocs acreditam?
Numa poro de coisas que eu no me lembro agora,
mas a vida eterna uma delas. Isso eu garanto. Pelo menos
foi o que me disseram quando eu me inscrevi. A
recepcionista no parecia muito convencida, mas pegou um
livreto que mantinha ao lado do computador e foi direto na
letra U. No encontrou nenhuma religio com aquele
nome.
Ela novssima explicou Manoel. Ainda estava em
teste.
A recepcionista sacudiu a cabea, mas disse que
iria consultar o seu chefe.
Manoel deveria voltar ao seu lugar e esperar a
deciso do chefe.
E Manoel voltou para o seu lugar, e desta vez o
homem sentado ao seu lado que puxou conversa. Abriu
os braos e disse:
Voc acredita nisto?
Eu... comeou a dizer Manoel, mas o outro no o
deixou falar.
tudo encenao. tudo truque. Eles tentam nos pegar
at o ltimo minuto.
Por favor. Eu...
Olha a.
O homem tinha se levantado e estava chutando as
nuvens que cobriam o cho da sala de espera.
Isso gelo seco! Voc acha mesmo que existe vida
depois da morte? Voc acha mesmo que ns estamos aqui?
Esto tentando nos engambelar. tudo propaganda
religiosa. tudo...
Mas o Manoel saltou sobre o homem, cobriu sua cabea
com a camisola, atirou-o no cho e sentou-se em cima dele.
Para ele ficar quieto e no estragar tudo. Afinal, mesmo
que fosse s propaganda, era a vida eterna.
1. A respeito do texto acima, correto afirmar que:
a) Trata-se de uma crnica, pois no h subjetividade, nem
um tema definido.
b) Trata-se de uma crnica, pois aborda subjetivamente um
tema da atualidade a partir de uma narrativa.
c) Trata-se de uma notcia de jornal, pois prima pela
inteno de informar o leitor a respeito de um tema atual.
d) Trata-se de uma notcia de jornal, pois objetivo em sua
inteno de fazer com que o leitor reflita.
e) Trata-se de uma crnica jornalstica, pois informa o leitor
a respeito da atual discusso que envolve a questo
religiosa.
2. Observe o trecho:
No existia um cu s para ateus. Nem (existia um cu*)
para agnsticos. Tambm no eram permitidas converses
"post-mortem" (...)
*Trecho subentendido