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Ano I • Nº 3 • Agosto 1999 • R$ 5,00

www.embalagemmarca.com.br

design: CLássicos sempre atuais • maçãs e lã de aço, a força da marca


Carta do editor
Cobertura sistemática
C on­ti­nuam a che­gar à
re­da­ção men­sa­gens de
apoio a Em­ba­
za­dos ou es­que­ci­dos.
Ao co­brir um tema,
Embal­ agemMarca procura
dan­do o se­tor de equi­pa­men­
tos.
Li­liam Ben­zi, uma das
lagemMarca, re­for­­çando fazê-lo de for­ma a­bran­­gen­te jor­na­lis­tas de maior trân­si­to
nos­sa con­vic­ção de que es­­ e pro­fun­da. Mensagens e no uni­ver­so da em­ba­la­gem,
tamos no rumo cer­to. Algumas press re­lea­ses en­via­dos à res­pon­de pela re­por­ta­gem de
dessas mensagens encontram- re­vis­ta são ana­li­sa­dos, se­le­ capa. Nela são mos­tra­das
se na se­ção Es­pa­ço A­ber­to. cio­na­dos e preserva­dos como instigantes ten­dên­cias e
Além de aplau­sos, re­ce­ sub­sí­dios para fu­tu­ras re­por­ no­vi­da­des em di­fe­ren­tes
be­mos su­ges­tões e pe­di­dos ta­gens. seg­men­tos re­la­cio­na­dos com
de co­ber­tu­ra de varia­dos Te­mas que ain­da não a in­dús­tria de be­bi­das.
as­sun­tos. Nem sem­pre tem re­ce­be­ram tra­ta­men­to tão Para com­ple­tar, mais um
sido pos­sí­vel res­pon­der com ex­ten­so quan­to me­re­cem ser­v i­ç o de E mba ­
re­por­ta­gens, como con­vém, se­rão ob­je­to de co­ber­tu­ra lagemMarca: a se­ção
dada a li­mi­ta­ção de nos­so sis­te­má­ti­ca na re­vis­ta. Nossa Co­mo En­con­trar, uma lis­ta
es­pa­ço. missão é ofe­re­cer a nos­sos em or­dem al­fa­bé­ti­ca com os
Pela mes­ma ra­zão, é lei­to­res in­for­ma­ção de qua­li­ nú­me­ros te­le­fô­ni­cos das
pu­bli­ca­da ape­nas par­te dos da­de e bom ser­vi­ço. Um em­pre­sas ci­ta­das nas re­por­
press re­lea­ses e comunicados exem­plo des­se com­pro­mis­ ta­gens. Até se­tem­bro.
que tam­bém che­gam à re­da­ so: a en­tre­vis­ta do mês, com
ção. Não sig­ni­fi­ca que os Luiz Car­los Del­ben Lei­te,
de­mais te­nham sido des­pre­ pre­si­den­te da Abi­maq, abor­ Wilson Palhares
agosto de 1999
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br

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Reportagem ENTREVISTA:
redacao@emabalagemmarca.com.br
LUIZ CARLOS
Henrique Fruet, Thays Freitas,
Flávio Palhares, Maria Alexandra Kamei DELBEN LEITE
“O Brasil pode ser o
Colaboradores
Adélia Borges, Celso Barata, Fernando
país do futuro, já.
Barros, Josué Machado, Liliam Benzi, Depende do governo”
Luiz Antonio Maciel, Maria Clara de Maio

12
Diretora de Arte BEBIDAS
Cássia Barros Muitas novidades
em embalagens
Administração
Marcos F. Palhares (Diretor) para ganhar
Eunice Fruet (Financeiro) mercado O BOM BRIL DÁ UM

30
NOVO PASSO
Departamento Comercial
comercial@embalagemmarca.com.br A lã de aço inova mais
José Carlos Pinheiro, Wagner Ferreira uma vez: envoltório vai
Circulação e Assinaturas
ser metalizado
assinaturas@embalagemmarca.com.br
Cesar Torres MARCAS

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Público-Alvo
Como uma commodity
Em­ba­la­gem­Mar­ca é di­ri­gi­da a pro­fis­sio­nais que se transformou em best
ocu­pam car­gos téc­ni­cos, de di­re­ção, ge­rên­cia seller nas gôndolas
e su­per­vi­são em em­pre­sas for­ne­ce­do­ras, con­
ver­te­do­ras e usuá­rias de em­ba­la­gens para
alimentos, be­bi­das, cos­mé­ti­cos, me­di­ca­men­ COMO ENCONTRAR

49
tos, ma­te­riais de lim­pe­za e home ser­vi­ce, bem Telefones das

15
como pres­ta­do­res de ser­vi­ços re­la­cio­na­dos
com a ca­deia de em­ba­la­gem. A re­vis­ta é dis­ FECHAMENTOS empresas citadas
tri­buí­da gra­tui­ta­men­te a ór­gãos go­ver­na­men­ Tampas e rolhas na revista, por
tais, uni­ver­si­da­des, cen­tros de pes­qui­sa, as­so­ diferentes para garrafas ordem alfabética
cia­ções, im­pren­sa e agên­cias de propaganda.
de alcoólicos e vinhos
Fotolito

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Novo Fotolito A SEDUÇÃO
Impressão DA TRADIÇÃO
Camargo Soares Como embalagens
centenárias
Tiragem
5 000 exemplares se mantêm
sempre atuais

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EmbalagemMarca
é uma publicação mensal da
ONTEM, HOJE,
Bloco de Comunicação Ltda. AMANHÃ
Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo Almanaque: uma seção
Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SP
Tel. (011) 5181-6533 com fatos não muito
Fax (011) 5182-9463 conhecidos sobre
embalagens
www.embalagemmarca.com.br
O con­teú­do edi­to­rial de Em­ba­la­gem­Mar­ca é
Carta do Editor 3 case 45
res­guar­da­do por di­rei­tos au­to­rais. Não é per­
mi­ti­da a re­pro­du­ção de ma­té­rias edi­to­riais espaço aberto 6 materiais 34
pu­bli­ca­das nes­ta re­vis­ta sem au­to­ri­za­ção da
posicionamento 18 estratégia 38
Blo­co de Co­mu­ni­ca­ção Ltda. Opi­niões ex­pres­
sas em ma­té­rias as­si­na­das não re­fle­tem design 21 Display 40
ne­ces­sa­ria­man­te a opi­nião da re­vis­ta. análise 26 Eventos 45
foto de capa: andré godoy
Espaço aberto
A en­tre­vis­ta com o Ál­va­ro mostra a
di­men­são que vo­cês es­tão dan­do
ao pa­pel da em­ba­la­gem. Mais do que
téc­ni­co como na per­cep­ção das ten­
dên­cias do mer­ca­do atual.
Mil­ton José de Oli­vei­ra
en­vol­ver e pro­te­ger, a em­ba­la­gem Di­re­tor In­dus­trial
de­ve tra­du­zir a alma da mar­ca. Pa­ra­ Ro­to­mac Ind. e Com. de Má­qui­nas
béns pelo break through na ques­tão. São Pau­lo, SP
Al­fre­do Mot­ta

O
Ge­ren­te da Mar­ca Bom Bril, s as­sun­tos tra­ta­dos por Em­ba­
Bom­bril-Ci­rio la­gem­Mar­ca são mui­to in­te­
São Ber­nar­do do Cam­po, SP res­san­tes. Sem dú­vi­da al­gu­ma um
veí­cu­lo que fal­ta­va para as­ses­so­rar

G os­ta­ria de pa­ra­be­ni­zá-los pela


re­vis­ta. Acre­di­to que vo­cês se­rão
em­pre­sá­rios in­te­li­gen­tes e pro­fis­sio­
nais da co­mu­ni­ca­ção.

C aro Ami­go Wil­son Pa­lha­res, foi


com enor­me ale­gria que re­ce­bi
e li a Emb ­ al
­ ag­ em­Mar­ca no 2.
mui­to fe­li­zes com esta pu­bli­ca­ção.
Mar­cos Vi­ni­cius Tei­xei­ra
Al­can Alu­mí­nio do Bra­sil
Leo­nar­do Re­ves­so
Di­re­tor de Aten­di­men­to
Sal­la de Pro­pa­gan­da
Apre­ciei a qua­li­da­de e o con­teú­do São Pau­lo, SP Umua­ra­ma, PR
da pu­bli­ca­ção e além de ex­pres­sar os
pa­ra­béns, gos­ta­ria de en­fa­ti­zar que
você tem um gru­po de ami­gos den­
tro da Bom­bril-Ci­rio. Es­pe­ra­re­mos
T
ex­to ins­ti­gan­te e ele­gan­te, pro­je­
to grá­fi­co es­me­ra­do, pa­pel e
im­pres­são da me­lhor qua­li­da­de mos­
J á ti­nha gos­ta­do do no 1, mas gos­
tei mais ain­da do no 2. É uma
re­vis­ta que se tem von­ta­de de ler do
an­sio­sa­men­te pe­los pró­xi­mos nú­me­ tram que esta publicação tem rico co­me­ço ao fim e dá von­ta­de de le­var
ros e con­te co­nos­co. Su­ces­so a toda con­teú­do em atraen­te em­ba­la­gem. para casa e mos­trar para todo mun­
a sua equi­pe. Um gran­de abra­ço Tra­ta-se de um fato novo no mer­ca­do do.
Ál­va­ro No­vaes edi­to­rial, fun­da­men­tal para a dis­cus­ Claú­dia Pe­rei­ra
Di­re­tor de Mar­ke­ting, são dos te­mas de in­te­res­se do se­tor. Mar­ke­ting e Ven­das
Bom­bril-Ci­rio Lon­ga vida à Emb ­ al­ ag
­ em­Marc ­ a. Ima­je do Bra­sil
São Ber­nar­do do Cam­po, SP An­to­nio Al­ber­to Pra­do São Pau­lo, SP
Di­re­tor de Re­la­ções Ins­ti­tu­cio­nais

P C
a­lha­res, to­mei co­nhe­ci­men­to da Ve­ra­cel Ce­lu­lo­se aro Pa­lha­res, pa­ra­béns pelo
re­vis­ta atra­vés de co­le­gas pro­fis­ São Pau­lo, SP nú­me­ro 2 da Em­ba­la­gem­Mar­
sio­nais e, como pro­fis­sio­nal de mar­ ca. Tor­ce­mos para que con­ti­nue
ke­ting e pro­fes­sor de de­sen­vol­vi­
men­to de no­vos pro­du­tos, gos­ta­ria
de pa­ra­be­ni­zá-lo pelo veí­cu­lo, pois
P a­ra­béns pela Em­ba­la­gem­Mar­
ca. Cer­ta­men­te te­re­mos a gran­
de re­vis­ta de em­ba­la­gem que fal­ta­
dan­do tudo cer­to.
Jai­me Troia­no
Troia­no Con­sul­to­ria de Mar­ca e
é im­por­tan­te em nos­sa área que a va. Mas que já não fal­ta mais. Com­por­ta­men­to de Con­su­mi­dor
dis­cus­são seja mais am­pla que a bri­ Nél­son Ba­va­res­co São Pau­lo, SP
ga en­tre de­sig­ner e “mar­que­tei­ros”. Ge­rart De­sign

G
An­dré C. R. Ve­lo­so São Pau­lo, SP os­ta­ría­mos de pa­ra­be­ni­zá-los
Pro­fes­sor de De­sen­vol­vi­men­to de pelo ex­ce­len­te ní­vel no qual se
No­vos Pro­du­tos da Fun­da­ção
Ar­man­do Ál­va­res Pen­tea­do, FAAP F i­quei ma­ra­vi­lha­da com a qua­li­
da­de da re­vis­ta, tan­to na con­
fec­ção como na es­tru­tu­ra de co­mu­
en­con­tra Em­ba­la­gem­Mar­ca. O
mer­­ca­do es­ta­va real­men­te ca­ren­te
São Pau­lo, SP de uma re­vis­ta com este per­fil.
ni­ca­ção e con­teú­do. Dar nota dez é Ro­ber­ta G. Oli­vei­ra

F i­quei agra­da­vel­men­te sur­pre­so pou­co para este tra­ba­lho. Marketing e


ao ler Em­ba­la­gem­Mar­ca. A Lau­ra San­chez San­chez Marco A. Ferraroli
re­vis­ta é bo­ni­ta, tem uma dia­ São Pau­lo, SP Ge­ren­te da Di­vi­são de
gra­ma­ção ex­cep­cio­nal­men­te prá­ti­ Em­ba­la­gens Fle­xí­veis
ca, uti­li­za pa­pel de óti­ma qua­li­da­de,
é ino­va­do­ra. E, o mais im­por­tan­te P a­ra­be­ni­za­mos a equi­pe de Em­ba­
la­gem­Mar­ca pela ini­cia­ti­va de
nos ofe­re­cer uma re­vis­ta com in­for­
Al­can Alu­mí­nio do Bra­sil
Mauá, SP
de tudo, é gos­to­sa de ler. Sen­ti o
mes­mo pra­zer, ao lê-la, que te­nho
em uma re­vis­ta de as­sun­tos va­ria­
dos, como Veja e Is­toé.
ma­ções de qua­li­da­de na área de
em­ba­la­gens. Apro­vei­ta­mos a oca­
sião para ex­ter­nar nos­sa ad­mi­ra­ção
P a­ra­béns pela re­vis­ta. Bo­ni­ta, in­for­
ma­ti­va e com um tex­to pri­mo­ro­so.
Es­tou aguar­dan­do os pró­xi­mos nú­me­ros.
Sér­gio Nas­ci­men­to pela ex­ce­len­te qua­li­da­de dos ar­ti­gos Má­rio Blan­der
Con­sul­tor de Em­pre­sas pu­bli­ca­dos na re­vis­ta, que mui­to nos Blan­der & As­so­cia­dos
São Pau­lo, SP au­xi­lia­rá, tan­to no de­sen­vol­vi­men­to São Pau­lo, SP

6 – embalagemmarca • ago 99
P a­ra­béns pelo lan­ça­men­to de
Em­ba­la­gem­Mar­ca. Pa­ra­béns
dos por nos­sa pes­qui­sa. Gos­ta­ria de
pa­ra­be­ni­zá-los pela cla­re­za e ob­je­ti­ G os­ta­ria de pa­ra­be­ni­zá-los pela
re­vis­ta Em­ba­la­gem­Mar­ca.
tam­bém pe­las ma­té­rias abor­da­das já vi­da­de das ma­té­rias da re­vis­ta. Co­­­mo es­ta­mos no iní­cio de ope­ra­
na pri­mei­ra edi­ção, en­tre as quais Ale­xan­dre Por­to ções no mer­ca­do de em­ba­la­gens, a
des­ta­co as que di­zem res­pei­to ao Sel­ler – Con­sul­to­ria, Lo­gís­ti­ca, re­vis­ta está sen­do uma lei­tu­ra obri­
“cus­to Bra­sil”. Foi um pra­zer ler as Pla­ne­ja­men­to In­dus­trial ga­tó­ria.
pa­la­vras do Lin­coln Se­ra­gi­ni. Ar­ley Ri­bei­ro

P
Ar­nold Die­sen­druck alhares, lendo a Carta do Editor Ge­ren­te de Pro­du­tos
Ar­nold Com de Emb ­ a­la­gem­Mar­ca do mês Co­la­tex Ltda.
São Pau­lo, SP de junho, percebi que houve um São Pau­lo, SP
mal-entendido na combinação que

S ou con­sul­tor de lo­gís­ti­ca e es­tou


de­sen­vol­ven­do uma nova em­ba­
la­gem para uma tra­di­cio­nal aguar­
fizemos verbalmente. Você diz que
a revista foi escolhida pela Gazeta
Mercantil para divulgar todos os
Mensagens para EmbalagemMarca
Redação: Rua Arcílio Martins, 53
Chácara Santo Antonio
den­te. Gos­tei imen­sa­men­te da meses uma análise de um segmento CEP 04718-040
São Paulo, SP
ma­té­ria “Tec­no­lo­gia a ser­vi­ço da na área de embalagem. O que pro­
Fax: (011) 5181-6533
es­té­ti­ca”, da edi­ção de ju­lho de pusemos foi publicar eventualmente
Emb ­ al ­ ag
­ em­Marc ­ a. To­dos os con­ um artigo elaborado pela equipe de redacao@embalagemmarca.com.br
cei­tos e es­tra­té­gias men­cio­na­das em técnicos do Panorama Setorial da As men­sa­gens re­ce­bi­das por car­ta,
sua re­por­ta­gem es­tão sen­do ava­lia­ Gazeta Mercantil, quando houver e-mail ou fax po­de­rão ter tre­chos não
das por nos­sa equipe, e as que ain­da coincidência de temas entre a pauta es­sen­ciais eli­mi­na­dos, em fun­ção do
não ti­nham sido apli­ca­das se­rão da revista e o nosso produto. es­pa­ço dis­po­ní­vel, de modo a dar o
alvo de rea­va­lia­ção, pois os re­sul­ta­ Rubens Rolla Filho maior nú­me­ro pos­­sí­vel de opor­­tu­ni­da­
dos men­cio­na­dos de va­lo­ri­za­ção do Diretor comercial da Gazeta des aos lei­to­res. As men­sa­gens po­de­
pro­du­to atra­vés da so­fis­ti­ca­ção da rão tam­­bém ser in­se­ri­das na home
Mercantil Informações Eletrônicas
page de Em­ba­la­gem­Mar­ca.
em­ba­la­gem já ha­viam sido cons­ta­ta­ São Pau­lo, SP
“ ”
ENTREVISTA

O futuro precisa ser hoje um pou­co mais fa­vo­rá­vel são os


de má­qui­nas, in­cluin­do as de
em­ba­la­gens. Não é con­so­lo, pois o
con­jun­to vai mal.
Del­ben Lei­te con­si­de­ra que o país
es­ta­rá con­de­na­do ao sub­de­sen­vol­
vi­men­to se o go­ver­no não in­ter­
rom­per a atual po­lí­ti­ca eco­nô­mi­ca.
Há vin­te anos o país não tem po­lí­
ti­ca in­dus­trial, e isso con­tri­bui
para de­ses­tru­tu­rar se­to­res in­dus­
triais in­tei­ros. Um exem­plo: a área
de au­to­pe­ças foi re­du­zi­da de mais
de 900 in­dús­trias a umas 400.
Des­sas, 80% são mul­ti­na­cio­nais.
O pre­si­den­te da Abi­maq não é
con­trá­rio à glo­ba­li­za­ção, mas
en­ten­de ser ne­ces­sá­rio que toda a
so­cie­da­de pos­sa apro­vei­tar seus
la­dos po­si­ti­vos. Para isso, a seu
ver, se­ria ne­ces­sá­ria uma re­for­ma
tri­bu­tá­ria que não pre­ju­di­cas­se o
pro­du­to bra­si­lei­ro na cor­ri­da con­
tra os im­por­ta­dos, como ocor­re.
foto: andré godoy

Nes­ta en­tre­vis­ta, ele apon­ta al­gu­


mas con­di­ções fun­da­men­tais para
que o sem­pre so­nha­do “país do

N
fu­tu­ro” acon­te­ça no pre­sen­te.

o mun­do in­tei­ro, ape­nas Como está o se­tor de bens de


Luiz Carlos ca­tor­ze paí­ses fa­bri­cam ca­pi­tal em ge­ral e, em par­ti­cu­lar,
Delben Leite, bens de ca­pi­tal me­câ­ni­ o dos seg­men­tos de má­qui­nas des­
cos, um dos fa­to­res que ti­na­das às in­dús­trias fa­bri­can­tes e
presidente da im­pul­sio­nam a eco­no­ usuá­rias de em­ba­la­gens?
Abimaq, mostra mia e ge­ram em­pre­gos. No con­jun­to da pro­du­ção na­cio­nal
Um de­les é o Bra­sil, em e de má­qui­nas im­por­ta­das, nes­tes
como as políticas sé­ti­mo ou oi­ta­vo lu­gar. O país tem úl­ti­mos vin­te anos os re­sul­ta­dos
econômica e po­ten­cial, em ter­mos de ca­pa­ci­ta­ são de­cres­cen­tes.
ção hu­ma­na, de tec­no­lo­gia e de
tributária do fle­xi­bi­li­da­de, para adap­tar-se ao Em que pro­por­ção ?
Brasil afetam jogo duro da glo­ba­li­za­ção para no Em 1980 ti­ve­mos um in­ves­ti­men­
mí­ni­mo man­ter a po­si­ção, con­si­ to de 12,1% do PIB do Bra­sil em
o setor de de­ra Luiz Car­los Del­ben Lei­te, má­qui­nas e equi­pa­men­tos. Ao lon­
máquinas e pre­si­den­te da Abi­maq – As­so­cia­ go da dé­ca­da de 80 es­ses in­ves­ti­
ção Bra­si­lei­ra da In­dús­tria de men­tos atin­gi­ram em mé­dia 8%.
equipamentos, Má­qui­nas e Equi­pa­men­tos. Mas, No ano pas­sa­do che­ga­mos a um
incluindo o nos úl­ti­mos anos, dos 26 seg­men­ in­ves­ti­men­to glo­bal de 2,4%.
tos afi­lia­dos à Abi­maq, os úni­cos Quan­do com­pa­ra­mos os in­ves­ti­
de embalagens que têm mos­tra­do com­por­ta­men­to men­tos per ca­pi­ta rea­li­za­dos em

8 – embalagemmarca • ago 99
má­qui­nas e equi­pa­men­tos no Bra­ Re­cen­te­men­te, um exe­cu­ti­vo de eco­no­mia.
sil e nos paí­ses do pri­mei­ro mun­ uma em­pre­sa ale­mã que fa­bri­ca­va A tri­bu­ta­ção de equi­pa­men­tos no
do, é mais en­tris­te­ce­dor. Em 1997 má­qui­nas aqui co­men­ta­va ser Bra­sil é mui­to di­fe­ren­te da pra­ti­
o Bra­sil in­ves­tiu US$ 176.20 per mais ba­ra­to im­por­tar. A ma­triz ca­da nos paí­ses ex­por­ta­do­res?
ca­pi­ta em bens de ca­pi­tal me­câ­ni­ fe­chou a in­dús­tria aqui e man­tém En­co­men­da­mos à KPMG, em­pre­
cos. A Co­réia, que não tem a só um es­cri­tó­rio de ven­das. Como sa de con­sul­to­ria in­ter­na­cio­nal,
mesma ex­pres­são eco­nô­mi­ca do é pos­sí­vel, se o sa­lá­rio mé­dio do uma pes­qui­sa nos paí­ses do G-7,
nosso país, in­ves­tiu US$ 976.10; a tra­ba­lha­dor ale­mão é bem mais que en­glo­bam as eco­no­mias mais
Ale­ma­nha, US$ 1,227.00; a Fran­ alto que o do bra­si­lei­ro? de­sen­vol­vi­das do mun­do. Cons­ta­
ça, US$ 880.00; os Es­ta­dos Uni­ Veja a tão fa­la­da ques­tão dos ju­ros. ta­mos que ne­nhum de­les tri­bu­ta
dos, mais de US$ 2,000.00. Não há fi­nan­cia­men­tos com­pa­tí­ bens de ca­pi­tal. Toda a fase de


veis com aque­les en­con­tra­dos nos pro­du­ção é isen­ta de tri­bu­tos, o
O que se con­clui dis­so? que re­sul­ta numa di­fe­ren­ça mui­to
Que é pre­ci­so mu­dar com­ple­ta­ gran­de em re­la­ção ao Bra­sil, por­
men­te as nos­sas po­lí­ti­cas eco­nô­ que so­mos tri­bu­ta­dos em toda a
mi­cas, pro­cu­ran­do criar um Nenhum país do G-7 ca­deia pro­du­ti­va. Te­mos in­clu­si­ve
am­bien­te es­tru­tu­ral ma­croe­co­nô­ a in­ci­dên­cia de im­pos­tos em cas­
mi­co fa­vo­rá­vel ao in­ves­ti­men­to tributa bens de ca­ta, exem­plo do PIS, da Co­fins e
pro­du­ti­vo, caso não quei­ra­mos capital. Isso resulta da CPMF. Só es­tes im­pos­tos re­pre­
con­de­nar o Bra­sil a ser eter­na­men­ sen­tam uma di­fe­ren­ça de cus­tos de
te um país sub­de­sen­vol­vi­do. numa diferença muito 8,95% a mais so­bre o pro­du­to
grande em relação ao na­cio­nal em re­la­ção ao im­por­ta­do.
O qua­dro que o se­nhor des­cre­ve é Isso sem con­tar­mos o IPI, que
igual em to­dos os seg­men­tos? Brasil. Aqui se tributa ago­ra está re­tor­nan­do gra­ças à ini­
Não. Nos úl­ti­mos anos al­guns seg­ cia­ti­va do go­ver­no fe­de­ral.
ao longo da cadeia
men­tos têm mos­tra­do com­por­ta­men­
to um pou­co mais fa­vo­rá­vel, como produtiva, inclusive De novo o “Cus­to Bra­sil”. . .


os de má­qui­nas para as áreas de ali­ O “Cus­to Bra­sil” pas­sa por cus­tos
men­tos e far­má­cia, que en­vol­vem
em cascata, com PIS,
de trans­por­te, por cus­tos com­pa­ra­ti­
má­qui­nas para em­ba­la­gens. Ou­tro Cofins, CPMF. . . vos em co­mu­ni­ca­ção, pela ques­tão
exem­plo é o de má­qui­nas para a do ní­vel de es­co­la­ri­da­de da mão-
in­dús­tria de plás­ti­co, que tam­bém de-obra, pela ques­tão da im­po­si­ção
atin­ge o se­tor de em­ba­la­gem. Os tri­bu­tá­ria, pe­las di­fi­cul­da­des bu­ro­
re­sul­ta­dos se­riam me­nos fa­vo­rá­veis paí­ses do pri­mei­ro mun­do, tan­to crá­ti­cas, pelo cus­to ad­mi­nis­tra­ti­vo
para a in­dús­tria de má­qui­nas para em ta­xas de ju­ros quan­to em ter­ que te­mos no país. Um le­van­ta­men­
plás­ti­cos e mais fa­vo­rá­veis para as mos de pra­zos de pa­ga­men­to, de to fei­to pela Abi­maq mos­tra que só
áreas ali­men­tí­cia e far­ma­cêu­ti­ca. amor­ti­za­ção e de ca­rên­cia. Te­mos o ge­ren­cia­men­to de im­pos­tos res­
tam­bém a ques­tão da es­tru­tu­ra tri­ pon­de por 10% dos cus­tos ad­mi­nis­
Quais as ra­zões dis­so? bu­tá­ria, que one­ra so­bre­ma­nei­ra tra­ti­vos de uma em­pre­sa. Isso dá
São mui­tas as ra­zões. A es­tru­tu­ra as em­pre­sas, ge­ran­do cus­tos des­ uma di­fe­ren­ça de cer­ca de 3% no
eco­nô­mi­ca pri­vi­le­gia mui­to mais o ne­ces­sá­rios, im­pe­din­do até que a pre­ço fi­nal do pro­du­to. So­man­do a
ca­pi­tal es­pe­cu­la­ti­vo do que o ca­pi­ so­cie­da­de tome real co­nhe­ci­men­to ques­tão dos ju­ros, aca­ba-se for­man­
tal pro­du­ti­vo. A le­gis­la­ção tra­ba­ do que paga quan­do com­pra um do o tal do “Cus­to Bra­sil”. É uma
lhis­ta tam­bém pe­na­li­za quem pro­du­to. Esse fa­tor re­duz exagera­ di­fi­cul­da­de enor­me. Fora isso, ti­ve­
in­ves­te na pro­du­ção. É uma es­tru­ damente o ca­pi­tal de giro e a ca­pa­ mos mais um equí­vo­co de po­lí­ti­ca
tu­ra rí­gi­da, que de­ter­mi­na um sa­lá­ ci­da­de de in­ves­ti­men­to das em­pre­ eco­nô­mi­ca nos úl­ti­mos anos, que
rio bai­xo para quem tra­ba­lha e um sas. Para com­ple­tar esse quadro foi a ques­tão cam­bial. O câm­bio
gas­to enor­me para quem paga. É adverso, somos confrontados com es­ta­be­le­ci­do de for­ma fic­tí­cia de­ses­
um con­tra-sen­so, uma des­van­ta­ uma po­lí­ti­ca eco­nô­mi­ca glo­bal ti­mu­lou vio­len­ta­men­te as ex­por­ta­
gem em re­la­ção a uma par­ce­la que aca­ba de­ter­mi­nan­do um ções e es­ti­mu­lou as im­por­ta­ções.
im­por­tan­te de paí­ses com os quais de­sem­pre­go fan­tás­ti­co, que re­duz As im­por­ta­ções de bens de ca­pi­tal
con­cor­re­mos, tan­to no mer­ca­do a mas­sa de re­cur­sos e assim im­pe­ pas­sa­ram da mé­dia de US$ 2,4
in­ter­no como no ex­ter­no. de um cres­ci­men­to sau­dá­vel da bi­lhões nos pri­mei­ros qua­tro anos

ago 99 • embalagemmarca – 9
da dé­ca­da de 90 para uma mé­dia de am­bien­te mais com­pe­ti­ti­vo exi­ge está aber­to para mu­dar ru­mos?
US$ 7,8 bi­lhões nes­tes úl­ti­mos qua­ mais es­for­ço ain­da des­sas em­pre­ O go­ver­no, du­ran­te boa par­te da
tro anos. Em 1997, o va­lor de sas. Só que isso pre­ci­sa ser fei­to dé­ca­da de 90, fi­cou fe­cha­do a todo
im­por­ta­ção foi de US$ 11,27 den­tro de um pro­gra­ma pré-es­ta­ tipo de dis­cus­são so­bre es­sas rea­
bi­lhões. O va­lor de ex­por­ta­ção foi be­le­ci­do, onde exis­ta uma po­lí­ti­ca li­da­des, por­que co­lo­cou como um
de US$ 4,53 bi­lhões. Isso mos­tra o in­dus­trial, uma po­lí­ti­ca com me­tas fim em si a con­ten­ção dos ín­di­ces
sal­to fan­tás­ti­co que foi pro­vo­ca­do pré-fi­xa­das. Isso não exis­te no in­fla­cio­ná­rios. So­mos par­cei­ros
por essa po­lí­ti­ca cam­bial. Bra­sil há vin­te anos. quan­to à ne­ces­si­da­de de con­tar­
mos com a es­ta­bi­li­da­de mo­ne­tá­
Como me­dir o “Cus­to Bra­sil”? É a glo­ba­li­za­ção à bra­si­lei­ra. . . ria, mas não po­de­mos tê-la como


En­co­men­da­mos à Pla­nin, de São É uma glo­ba­li­za­ção que trou­xe um fim em si. Ela tem de ser um
Pau­lo, uma aná­li­se de to­dos es­ses ma­le­fí­cios, por­que trou­xe de­sem­ ins­tru­men­to para rea­li­zar o de­sen­
fa­to­res, com des­ta­que para os as­pec­ vol­vi­men­to eco­nô­mi­co que aca­be
tos re­le­van­tes que afe­tam a in­dús­ con­tri­buin­do para o eno­bre­ci­men­
tria de má­qui­nas e equi­pa­men­tos do to do ci­da­dão bra­si­lei­ro. In­fe­liz­
Bra­sil. A in­ci­dên­cia so­bre o fa­tu­ra­ O que vimos com a men­te, o que vi­mos com essa
men­to e o “Cus­to Bra­sil” que afe­ta po­lí­ti­ca bur­ra pos­ta em prá­ti­ca
a pro­du­ção em re­la­ção a ou­tros paí­ política burra posta to­dos es­ses anos foi o em­po­bre­ci­
ses é de 24,85%. em prática nos últi- men­to, o cres­ci­men­to ver­ti­gi­no­so
da po­bre­za, da mi­sé­ria, do de­sem­
A maior com­pe­ti­ti­vi­da­de de im­por­ mos anos foi o pre­go, da dí­vi­da in­ter­na e da dí­vi­
ta­dos não le­va­ria a in­dús­tria empobrecimento, da ex­ter­na bra­si­lei­ra. Res­ta ago­ra
na­cio­nal a in­ves­tir mais em qua­li­ uma con­ta enor­me para toda a
da­de e tec­no­lo­gia? o crescimento so­cie­da­de bra­si­lei­ra pa­gar, mes­mo
Se vol­tar­mos na his­tó­ria e ve­ri­fi­ que se con­ser­te es­sas po­lí­ti­cas
vertiginoso do desem-
car­mos aque­le vo­lu­me de in­ves­ti­ to­das. Es­pe­ra­mos que isso acon­te­
men­tos de que fa­lei, va­mos no­tar prego, da ça e que pos­sa­mos pa­gar.


que na dé­ca­da de 80, que já foi
miséria, da dívida
con­si­de­ra­da uma dé­ca­da per­di­da, O pa­no­ra­ma que o se­nhor pin­ta
o se­tor pro­du­ti­vo como um todo interna e da dívida leva a pen­sar que o Bra­sil, como
– in­dús­tria, ser­vi­ços, agri­cul­tu­ra – pro­je­to de Na­ção, se en­con­tra
in­ves­tiu em mé­dia 8% do PIB bra­
externa do país num beco sem saí­da. O país con­
si­lei­ro. Des­ses 8%, 95% fo­ram se­gui­rá se le­van­tar?
aten­di­dos pela in­dús­tria bra­si­lei­ra pre­go, ge­rou fe­cha­men­to de O povo bra­si­lei­ro é mui­to for­te. A
de bens de ca­pi­tal. E a eco­no­mia em­pre­sas, ge­rou cri­mi­na­li­da­de, po­pu­la­ção bra­si­lei­ra tem con­di­ções
do Bra­sil cres­ceu, se mo­der­ni­zou, ge­rou pro­ble­mas so­ciais, uma de su­pe­rar es­sas di­fi­cul­da­des. O que
con­se­guiu acom­pa­nhar mais de sé­rie de pro­ble­mas. A glo­ba­li­za­ pre­ci­sa­mos é que a par­ce­la da eli­te
per­to os paí­ses mais avan­ça­dos. ção é boa, mas é pre­ci­so que toda bra­si­lei­ra res­pon­sá­vel pe­los des­ti­
Com as mu­dan­ças po­lí­ti­cas que a so­cie­da­de pos­sa apro­vei­tar seus nos da na­ção pen­se real­men­te no
hou­ve, ti­ve­mos um de­crés­ci­mo la­dos po­si­ti­vos. Isso re­quer uma Bra­sil e não sim­ples­men­te nos seus
fan­tás­ti­co dos in­ves­ti­men­tos em po­lí­ti­ca con­cer­ta­da, de lon­go pra­ de­se­jos mais ime­dia­tos, por mais ou
bens de ca­pi­tal me­câ­ni­cos. Essa zo, sem os vai­véns cons­tan­tes da me­nos no­bres que se­jam. Acho bom
que­da foi mui­to maior com re­la­ po­lí­ti­ca bra­si­lei­ra. Re­quer uma res­sal­tar um ponto: nós, bra­si­lei­ros,
ção aos equi­pa­men­tos na­cio­nais. po­lí­ti­ca tri­bu­tá­ria ade­qua­da, uma te­mos de ter cons­ciên­cia de que o
No en­tan­to a eco­no­mia bra­si­lei­ra po­lí­ti­ca mo­ne­tá­ria ade­qua­da, com Bra­sil é um país po­ten­cial­men­te
não avan­çou em re­la­ção aos me­ca­nis­mos fi­nan­cei­ros ade­qua­ rico, mas nós so­mos ex­tre­ma­men­te
de­mais paí­ses do mun­do. Pelo dos, para que o país pos­sa se apro­ po­bres, qua­se mi­se­rá­veis, na mé­dia.
con­trá­rio, an­dou para trás. Isso vei­tar de to­dos os be­ne­fí­cios que a Mas te­mos as con­di­ções ne­ces­sá­rias
de­mons­tra que a in­dús­tria de bens glo­ba­li­za­ção pos­sa tra­zer. e a ca­pa­ci­da­de, se qui­ser­mos, de
de ca­pi­tal me­câ­ni­cos no Bra­sil cons­truir um país rico, de fa­zer que
sem­pre bus­cou no­vos de­sa­fios e Os em­pre­sá­rios bra­si­lei­ros têm- o destino do Bra­sil, tão alar­dea­do
no­vos pa­ta­ma­res de efi­ciên­cia nos se mo­vi­men­ta­do para se fa­zer como um país de gran­de fu­tu­ro,
seus pro­du­tos. É ló­gi­co que o ou­vir pelo go­ver­no? E o go­ver­no, acon­te­ça no pre­sen­te.

10 – embalagemmarca • ago 99
CAPA

há muito de novo para


bebidas Inovações oferecidas ao setor para
ganhar mercado vão da substituição de
materiais a formatos diferenciados
e rótulos que valorizam a embalagem

c
Liliam Benzi 

omo re­fle­xo do que amor­fo hi­dro­ge­na­do, de pa­drão ali­men­tí­cio, em es­ta­do


já acon­te­ce no ex­te­ só­li­do, na par­te in­ter­na da gar­ra­fa. Quan­do em con­ta­to
rior, a in­dús­tria bra­ com as pa­re­des do re­ci­pien­te, suas mo­lé­cu­las per­dem
si­lei­ra de be­bi­das se ener­gia, mu­dan­do para o es­ta­do lí­qui­do, de­pois para
mo­vi­men­ta em bus­ca de ga­so­so e fi­nal­men­te para plas­ma. Fixa-se en­tão nas
no­vas so­lu­ções em em­ba­ pa­re­des como um re­ves­ti­men­to, com es­pes­su­ra de 1
la­gem. A idéia é ga­nhar dé­ci­mo de mi­cron (são ne­ces­sá­rios 3 mi­li­gra­mas de
maior par­ti­ci­pa­ção no mer­ subs­tân­cia para tra­tar uma gar­ra­fa de 500cc).
ca­do, ofe­re­cen­do pro­du­tos de A Si­del afir­ma que o tra­ta­men­to au­men­ta em trin­ta
qua­li­da­de cujo atra­ti­vo de ven­das ve­zes a bar­rei­ra a oxi­gê­nio e em sete a bar­rei­ra a gás
pas­se pela em­ba­la­gem. Nes­se con­tex­to, o vi­dro, for­te­ car­bô­ni­co. Na ar­gu­men­ta­ção da em­pre­sa, com tais pro­
andré godoy

men­te as­se­dia­do, bus­ca saí­das na rou­pa­gem di­fe­ren­cia­ prie­da­des a gar­ra­fa tra­ta­da tor­na-se ideal para acon­di­
da, isto é, em tam­pas e ró­tu­los ino­va­do­res e atra­ti­vos. cio­nar cer­ve­ja, be­bi­das car­bo­na­ta­das em ge­ral e to­dos
A exem­plo do que acon­te­ceu na área de re­fri­ge­ran­ os ti­pos de be­bi­das sen­sí­veis ao oxi­gê­nio.
tes, com o apa­re­ci­men­to do PET (po­lie­ti­le­no te­ref­ta­la­
to) na dé­ca­da de 90, o vi­dro é agora amea­ça­do na área
de cer­ve­jas por esse mes­mo ma­te­rial e por sua ge­ra­ção Gosto de maçã
mais avan­ça­da, o PEN (po­lie­ti­le­no naf­ta­la­to). Ou­tra ca­rac­te­rís­ti­ca im­por­tan­te ga­ran­ti­da pelo
As ten­ta­ti­vas de subs­ti­tuir o mais an­ti­go ma­te­rial AC­TIS é a bar­rei­ra à mi­gra­ção de al­deí­dos, seis ve­zes
uti­li­za­do para acon­di­cio­nar cer­ve­ja não pa­ram de sur­ su­pe­rior à das gar­ra­fas PET con­ven­cio­nais. Isso é fun­
gir, por en­quan­to ape­nas no ex­te­rior. De­pois de al­ter­ da­men­tal em em­ba­la­gens para água mi­ne­ral e cer­ve­ja,
na­ti­vas para via­bi­li­zar o PET nes­se mer­ca­do, com pois, quan­do mi­gram, os al­deí­dos em­pres­tam ao pro­
ma­te­riais como EVOH ou de ca­ma­das múltiplas, os du­to um gos­to se­me­lhan­te ao da maçã.
fa­bri­can­tes de re­si­na e de má­qui­nas afir­mam se­gui­da­ O gran­de se­gre­do do pro­ces­so AC­TIS está na apli­
men­te ter che­ga­do ao ob­je­ti­vo. ca­ção do gás den­tro da gar­ra­fa. Esse se­gre­do está
O anún­cio mais re­cen­te nes­se sen­ti­do foi fei­to pela es­con­di­do a sete cha­ves na cai­xa pre­ta do equi­pa­men­to
Si­del na In­ter­pack, rea­li­za­da na Ale­ma­nha este ano. É AC­TIS20. Ba­sea­da na tec­no­lo­gia da Si­del de ro­ta­ção,
o sis­te­ma AC­TIS (Tra­ta­men­to de Car­bo­no Amor­fo a má­qui­na está equi­pa­da com vin­te es­ta­ções de tra­ba­
para Su­per­fí­cie), que se­gun­do a Si­del já foi ado­ta­do lho e pode tra­tar até 10 000 gar­ra­fas PET de 600ml/
por dez em­pre­sas no mun­do, duas de­las no Bra­sil, a hora. A Si­del ofe­re­ce o AC­TIS como par­te de uma
Al­coa e a Plas­ti­pack. O novo pro­ces­so ba­seia-se na li­nha de en­gar­ra­fa­men­to com­pos­ta por so­pra­do­ra, apli­
apli­ca­ção de uma pe­lí­cu­la (coa­ting) à base de car­bo­no ca­dor de AC­TIS, en­che­do­ra e en­cai­xo­ta­do­ra/pa­le­ti­za­

12 – embalagemmarca • ago 99
do­ra. O fabricante estima o cus­to do pro­ces­so em 1/60 “Além dis­so, es­sas al­te­ra­ções te­riam de ga­ran­tir
de cen­ta­vo de dólar por gar­ra­fa. pro­du­ti­vi­da­de no mí­ni­mo se­me­lhan­te à atual”, ob­ser­
Mes­mo um dos pon­tos que mais di­fi­cul­tam o avan­ va Me­noi­ta, lem­bran­do que uma en­che­do­ra, hoje, tem
ço da gar­ra­fa PET para cer­ve­ja – o fe­cha­men­to, sus­ce­ ca­pa­ci­da­de para tra­ba­lhar com 120 000 la­tas/hora. De
tí­vel à en­tra­da de oxi­gê­nio – está sen­do ata­ca­do. A uma coi­sa o ge­ren­te da Kai­ser tem cer­te­za: “Cada vez
Be­ri­cap, por exem­plo, lançou uma tam­pa plás­ti­ca que mais a em­ba­la­gem será um dos di­fe­ren­ciais na ba­ta­
com­bi­na as pro­prie­da­des de bar­rei­ra do EVOH a oxi­ lha pelo mer­ca­do. Ela é per­ce­bi­da pelo con­su­mi­dor
gê­nio com um ab­sor­ve­dor (sca­ven­ger). A Hei­ne­ken como um ele­men­to que agre­ga va­lor à mar­ca; por­tan­
tes­ta a tam­pa na Ale­ma­nha, na Bél­gi­ca e na Fran­ça. to, quan­to mais tra­ba­lha­da me­lhor.”
No Bra­sil, as in­ves­ti­das do PET na in­dús­tria de cer­ É nis­so que duas gi­gan­tes in­ter­na­cio­nais es­tão
ve­ja ain­da se li­mi­tam ao cam­po das ten­ta­ti­vas. Como in­ves­tin­do. Al­coa e Ras­sels­tein Hoesch apos­tam na
ex­pli­ca Pau­lo Me­noi­ta, ge­ren­te de Pro­du­tos da Cer­ve­ lata com for­ma diferenciada e tam­pa. Esta úl­ti­ma já
ja­rias Kai­ser, a em­pre­sa já está em en­ten­di­men­tos com apre­sen­tou um pro­tó­ti­po de lata re­tam­pá­vel para
vá­rios for­ne­ce­do­res, mas não está se­gu­ra a res­pei­to da be­bi­da. As ca­rac­te­rís­ti­cas mais mar­can­tes da no­vi­da­
tec­no­lo­gia. Ele apon­ta tam­bém pro­ble­mas de cus­to: de são a com­bi­na­ção das van­ta­gens da lata e da gar­
“O pre­ço atual da re­si­na PET e de suas vá­rias com­bi­ ra­fa: vá­rias pos­si­bi­li­da­des de en­chi­men­to – pelo
na­ções in­via­bi­li­za a subs­ti­tui­ção do vi­dro ou da lata”. fun­do (como lata) ou pelo gar­ga­lo (como gar­ra­fa), e
Me­noi­ta pon­de­ra: “Nor­mal­men­te o mer­ca­do cer­ve­jei­ro a chan­ce de con­quis­tar mer­ca­dos pou­co ex­plo­ra­dos
tra­ba­lha com mar­gens mui­to bai­xas”. pela lata.
A po­si­ção da Brah­ma não é di­fe­ren­te. A em­pre­sa No pro­tó­ti­po apre­sen­ta­do pela Ras­sels­tein, o cor­
in­for­ma, atra­vés de sua as­ses­so­ria de im­pren­sa, que, po e a tam­pa são de aço. A em­pre­sa ofe­re­ce ain­da a
em­bo­ra aten­ta ao que ocor­re no Bra­sil e no ex­te­rior pos­si­bi­li­da­de de de­co­rar a nova lata com for­ma­tos
em re­la­ção à em­ba­la­gem de PET para cer­ve­ja, não di­fe­ren­cia­dos e re­le­vos. Num pri­mei­ro mo­men­to a
está tes­tan­do nem tem pre­vi­são de uso des­sa tec­no­lo­ em­ba­la­gem des­per­tou o in­te­res­se ape­nas dos en­va­sa­
gia de acon­di­cio­na­men­to a mé­dio pra­zo. do­res eu­ro­peus de re­fri­ge­ran­tes – des­de que seu pre­ço
não seja su­pe­rior a 5% ao das la­tas con­ven­cio­nais.

Opções em latas
Latas de aço De qual­quer for­ma, A força das promoções
retampáveis: a in­dús­tria cer­ve­jei­ Ou­tro for­te ape­lo do se­tor ocor­re na área de pro­mo­
segunda ra não pára de bus­ ções. A Na­can­co, do gru­po Ame­ri­can Na­tio­nal Can,
geração
car al­ter­na­ti­vas em está co­mer­cia­li­zan­do anéis de aber­tu­ra im­pres­sos para
em­b a­l a­g ens. Um la­tas de alu­mí­nio. As im­pres­sões vão des­de o lo­go­ti­po
ni­cho de mer­ca­do da em­pre­sa, até sím­bo­los para co­le­ção e pro­mo­ções do
em es­tu­do pe­los tipo “achou, ga­nhou”. A im­pres­são é fei­ta pelo sis­te­ma
fa­bri­can­tes é o das ink jet que pode tra­ba­lhar na mes­ma ve­lo­ci­da­de das
la­tas, em que o aço li­nhas de en­chi­men­to. Um for­te ape­lo des­sa ino­va­ção
pro­cu­ra subs­ti­tuir o é vol­ta­do para a ma­nia de co­le­cio­nar.
alu­m í­n io. Nes­t e Apro­vei­tan­do as la­tas con­ven­cio­nais, a ita­lia­na
caso, Pau­lo Me­noi­ Sac­mi está ofe­ren­do ao mer­ca­do uma “tam­pa hi­giê­
ta, da Kai­ser, ace­na ni­ca”. Tra­ta-se de uma tam­pa plás­ti­ca, ter­mo­for­ma­
no­va­men­te com o fa­tor pre­ço como prin­ci­pal bar­rei­ da, apli­cá­vel na lata para evi­tar sua con­ta­mi­na­ção
Fotos: divulgação

ra. “A subs­ti­tui­ção só se­ria viá­vel se a lata de aço du­ran­te o trans­por­te e o ma­nu­seio. Para ga­ran­tir ao
fos­se mais ba­ra­ta”, ele sen­ten­cia. con­su­mi­dor o re­ce­bi­men­to de uma em­ba­la­gem com
No mer­ca­do in­ter­na­cio­nal, con­tu­do, as em­pre­sas su­per­fí­cie lim­pa e es­te­ri­li­za­da a lata re­ce­be uma apli­
já tra­ba­lham no que se po­de­ria cha­mar de “se­gun­da ca­ção de raio ul­tra­vio­le­ta an­tes do fe­cha­men­to. A
ge­ra­ção das la­tas de aço” – em­ba­la­gens com for­ma­ cha­pa ter­mo­for­ma­da é en­tão co­lo­ca­da so­bre a lata e
tos di­fe­ren­cia­dos e sis­te­mas de re­tam­pa­men­to. O
ge­ren­te da Kai­ser ad­mi­te tra­tar-se de um po­de­ro­so
ins­tru­men­to de mar­ke­ting, que no en­tan­to exi­gi­ria
mais in­ves­ti­men­tos na al­te­ra­ção das li­nhas de en­va­se,
pro­je­ta­das para tra­ba­lhar com de­ter­mi­na­dos for­ma­tos
e ta­ma­nhos de la­tas.

ago 99 • embalagemmarca – 13
en­co­lhi­da, à tem­pe­ra­tu­ra de 130°C. O sis­te­ma já está nas apli­ca­do­ras de slee­ve, com ca­pa­ci­da­des que va­riam
sen­do uti­li­za­do pela Pep­si na Itá­lia. Os fa­bri­can­tes de 250 a 500 em­ba­la­gens/mi­nu­to. “Al­guns clien­tes ain­
pre­ten­dem tra­ba­lhar jun­to aos ór­gãos de saú­de de da pre­fe­rem ter­cei­ri­zar a apli­ca­ção em nos­sa fá­bri­ca”,
di­fe­ren­tes paí­ses para tor­ná-lo uma exi­gên­cia le­gal. ex­pli­ca Fres­nel. Pou­co an­tes do se­gun­do se­mes­tre des­
te ano a Slee­ver co­me­çou a pro­du­zir no Bra­sil. “Re­ce­

Sleeve, grande promessa be­mos a bo­bi­na im­pres­sa da Fran­ça e for­ma­mos o tubo.


Em seis me­ses até a im­pres­são será na­cio­na­li­za­da”,
Não res­tam dú­vi­das de que, de to­dos os ma­te­riais de ga­ran­te o di­re­tor da em­pre­sa.
em­ba­la­gem para a in­dús­tria de be­bi­das, o vi­dro é o
que tem so­fri­do mais im­pac­to fren­te à con­cor­rên­cia.
Para con­tor­nar a cri­se, os fa­bri­can­tes es­tão apos­tan­ Potencial do auto-adesivo
do em ele­men­tos que ga­ran­tam ca­rá­ter de mo­der­ni­ Um for­te con­cor­ren­te na ba­ta­lha pela di­fe­ren­cia­ção
da­de à em­ba­la­gem, re­for­çan­do o ape­lo de ven­das. das gar­ra­fas é o ró­tu­lo auto-ade­si­vo. Como ex­pli­ca
Uma das gran­des pro­mes­sas nes­se sen­ti­do são os Sil­via Bag­gio, ge­ren­te de mar­ke­ting da Pro­des­maq, a
ró­tu­los tipo slee­ve (ou man­ga). Por ser mais caro que ado­ção des­se sis­te­ma de ro­tu­la­gem pelo mer­ca­do de
o ró­tu­lo auto-ade­si­vo, esse sis­te­ma está sen­do cres­cen­ be­bi­das, em­bo­ra com gran­de po­ten­
te­men­te ado­ta­do para pro­du­tos com maior va­lor agre­ cial, está em fase em­brio­ná­ria. A pri­
ga­do, como su­cos, néc­ta­res, iso­tô­ni­cos e mix drinks. mei­ra ini­cia­ti­va foi da Sea­gram do
Se­gun­do Gil­les Fres­nel, di­re­tor co­mer­cial da Bra­sil, com o lan­ça­men­to do ró­tu­lo
Slee­ver In­ter­na­tio­nal, em­pre­sa fran­ce­sa ins­ta­la­da no auto-ade­si­vo do rum Mon­til­la Tro­pi­
Bra­sil há cer­ca de dois anos, o slee­ve é ideal para cal Li­mão.
de­co­rar pro­du­tos aos quais se quei­ra im­pri­mir des­ta­ Sil­via acre­di­ta que um dos
que no pon­to-de-ven­da. O di­re­tor da Slee­ver In­ter­na­ mer­ca­dos mais pro­mis­so­res para
tio­nal or­gu­lha-se de es­tar for­ne­cen­do ma­te­rial para a os auto-ade­si­vos den­tro do seg­
pri­mei­ra be­bi­da ro­tu­la­da com slee­ve no Bra­sil, o men­to de be­bi­das seja o de
Dushy, pro­du­zi­do pela em­pre­sa gaú­cha Fan­te. Tra­ta- vi­nhos. A Sea­gram inau­gu­rou o
se de um al­co­pop, uma be­bi­da ga­sei­fi­ca­da ela­bo­ra­ uso de auto-ade­si­vos em vi­nho
das com fru­tas ou ex­tra­tos ve­ge­tais e leve gra­dua­ção no Bra­sil com o Sunny Days. A
al­coó­li­ca (5º). Será ofe­re­ci­do em qua­tro sa­bo­res, em Casa Val­du­ga, tam­bém ado­
gar­ra­fas de 350ml. “Alia­mos o pra­zer do sa­bor, tou-o, para um lote es­pe­cial de
en­con­tra­do no ál­cool, ao atra­ti­vo da em­ba­la­gem”, vi­nhos. No ex­te­rior as
diz o di­re­tor co­mer­cial da Slee­ver. duas gran­des sen­sa­
Em se­gui­da a esse lan­ça­men­to, Fres­nel ga­ran­te que ções na área de ró­tu­
vi­rão ou­tros, es­pe­cial­men­te en­tre os fa­bri­can­tes de los são os cha­ma­dos
cham­pa­nhe, que es­tão apos­tan­do alto nas co­me­mo­ra­ no-la­bel look (sem
ções da vi­ra­da do mi­lê­nio. Até o apa­rên­cia de ró­tu­lo) Vinhos: segmento
fi­nal do ano, há pre­vi­são de lan­ e wash-off (lava e promissor para o
rótulo auto-adesivo
ça­men­to de oito no­vas be­bi­das sai). Am­bos já
na área de bebidas
ro­tu­la­das com slee­ve no país; es­t ão sen­d o
to­das no seg­men­to de mix drink co­mer­cia­li­za­dos pela ale­mã Stein­beis
(be­bi­da al­coó­li­ca e al­gum sa­bor) Pac­ka­ging Group. O no-la­bel look é
e cham­pa­nhe (in­clu­si­ve sem fei­to a par­tir de um fil­me trans­pa­ren­te,
ál­cool). ade­si­vo, e pode ser im­pres­so em ro­to­
Os slee­ves para be­bi­das são gra­vu­ra ou silk-screen. Apli­ca­do na
fei­tos em OPS (po­lies­ti­re­no gar­ra­fa suas bor­das não apa­re­cem. É
orien­ta­do), ma­te­rial que pro­pi­ um ex­ce­len­te subs­ti­tu­to aos pro­ces­sos
cia re­tra­ção de 85% e, tec­ni­ca­ de im­pres­são di­re­ta nas gar­ra­fas.
men­te, é mais ade­qua­do a gar­ A gran­de apli­ca­ção do wash-off
ra­fas do que o PVC. Fres­nel re­cai so­bre as gar­ra­fas reu­ti­li­zá­veis. É
cha­ma aten­ção para a pos­si­bi­li­ apli­ca­do com co­las so­lú­veis em água,
da­de de apli­car slee­ve em la­tas. que se dis­sol­vem sem dei­xar re­sí­duos.
Sleeve: mais Rótulo lavável
destaque no Des­de sua en­tra­da no Bra­sil, a para garrafas Por isso já foi clas­si­fi­ca­do como “eco­
ponto-de-venda Slee­ver já ins­ta­lou cin­co má­qui­ retornáveis lo­gi­ca­men­te cor­re­to”.

14 – embalagemmarca • ago 99
FECHAMENTOS

Segurança e
Novas tampas para bebidas alcoólicas
valor
ajudam a melhorar qualidade dos produtos

n
Wilson Palhares 

divulgação
um mer­ca­do de 500 em­ba­la­gens e, so­bre­tu­do, em tor­
mi­lhões de tam­pas para ná-las atra­ti­vas e ca­pa­zes de real­
gar­ra­fas de be­bi­das çar a per­so­na­li­da­de de seus pro­du­
al­coó­li­cas por ano, no tos, es­tão exi­gin­do tam­pas que
qual a fal­si­fi­ca­ção cres­ce sem reu­nam dois atri­bu­tos – alta ca­pa­
parar, novos fe­cha­men­tos de se­gu­ ci­da­de de de­co­ra­ção e pro­te­ção
ran­ça, com alta qua­li­da­de, são con­tra a in­dús­tria de fal­si­fi­ca­ção.
sempre bem re­ce­bi­dos. Há boas Para res­pon­der à pri­mei­ra exi­
no­tí­cias no se­tor, que na onda da gên­cia, a Pra­da vem uti­li­zan­do na
glo­ba­li­za­ção tem de mo­der­ni­zar- fa­bri­ca­ção das tam­pas plás­ti­cos de
se e ga­nhar qua­li­da­de nas em­ba­la­ en­ge­nha­ria, como ABS e po­li­car­
gens. Nes­se qua­dro, evi­tar a fal­si­ bo­na­to, que pro­pi­ciam aca­ba­men­
fi­ca­ção e agre­gar va­lor à ima­gem to e im­pres­são de alta re­so­lu­ção.
Pilfer-proof de alumínio: pode ser
do pro­du­to sig­ni­fi­ca, sim­ples­men­ O pro­du­to é fei­to com tec­no­lo­gia
aplicada em diferentes terminações
te, não per­der a mar­ca. da ita­lia­na Gua­la, maior fa­bri­can­
Sin­to­ni­za­das com as exi­gên­ te mun­dial de tam­pas para be­bi­ das”. Essa ten­dên­cia se­ria mo­ti­va­
cias dos pro­du­to­res, a Com­pa­nhia das. São tam­pas con­ta-go­tas da pelo fato de os scotch whiskies
Pra­da de Em­ba­la­gens, dona de mo­der­nas, em qua­tro co­res e ver­ te­rem duas apre­sen­ta­ções.
80% do mer­ca­do de fe­cha­men­tos niz, com sis­te­ma de pino e vál­vu­la Para o mer­ca­do ame­ri­ca­no e
para be­bi­das de pri­mei­ra li­nha de se­gu­ran­ça que tra­vam quan­do a par­te do eu­ro­peu é apli­ca­da a tam­
(tipo Gua­la), e a Exi­max, im­por­ tam­pa está fe­cha­da e per­mi­tem pa pil­fer-proof sem con­ta-go­tas.
ta­do­ra de tam­pas da ita­lia­na um flu­xo con­tro­la­do ao ser­vir. Para o mer­ca­do la­ti­no usa-se a tam­
Al­plast, es­tão colocan­do no­vos Para o que­si­to se­gu­ran­ça, a pa Gua­la, com a fi­na­li­da­de de
pro­du­tos no mer­ca­do bra­si­lei­ro. gran­de ino­va­ção apre­sen­ta­da pela mi­ni­mi­zar a fal­si­fi­ca­ção. Isso
A Pra­da está lançando uma Pra­da con­sis­te na co­lo­ca­ção de im­pli­ca es­to­car duas em­ba­la­gens
tam­pa iné­di­ta no país, a Tam­per um anel de se­gu­ran­ça na base da di­fe­ren­tes, pois a ter­mi­na­ção da
Evi­dent Gua­la. “É um pe­que­no tam­pa. Quan­do é des­ros­quea­da o gar­ra­fa não é igual para as duas
gran­de avan­ço na guer­ra con­tra a anel se rom­pe, dei­xan­do vi­sí­vel tam­pas. Obri­ga tam­bém a man­ter
fal­si­fi­ca­ção”, con­side­ra Pau­lo que a gar­ra­fa foi aber­ta. duas li­nhas de pro­du­ção, para apli­
Soa­res Bi­cu­do, ge­ren­te co­mer­cial car as di­fe­ren­tes tam­pas. Para com­
Pilfer-proof de alumínio
andré godoy

da em­pre­sa. Ele con­ta que as mul­ ple­tar, o as­pec­to vi­sual é di­fe­ren­te.


ti­na­cio­nais do ramo, preo­cu­pa­das A Exi­max Co­mér­cio Im­por­ta­ção e “Com a tam­pa pil­fer-proof eli­
em pa­dro­ni­zar mun­dial­men­te suas Ex­por­ta­ção, de São Pau­lo, está mi­na­mos es­ses in­con­ve­nien­tes”,
Tamper Evident Guala, da apre­sen­tan­do uma pil­fer-proof ar­gu­men­ta No­vaes. “Ela pode ser
Prada: inédita no país que, se­gun­do o di­re­tor da em­pre­ apli­ca­da na mes­ma em­ba­la­gem,
sa, Sér­gio No­vaes, “está subs­ti­ uti­li­zan­do uma úni­ca li­nha de
tuin­do a tam­pa Gua­la na Eu­ro­pa, en­gar­ra­fa­men­to, com a pos­si­bi­li­
de­vi­do ao me­lhor ape­lo vi­sual da­de de con­ter ou não con­ta-go­tas,
re­sul­tan­te de uma im­pres­são mais sem ne­nhu­ma mo­di­fi­ca­ção ou
apu­ra­da e de co­res mais de­fi­ni­ re­gu­la­gem de equi­pa­men­tos.”

ago 99 • embalagemmarca – 15
FECHAMENTOS

o peso de uma
rolha Que impacto poderá
ter sobre a imagem de um
vinho a troca da milenar
tampa de cortiça por uma
feita de material plástico?

a o abrir uma gar­ra­fa de


vi­nho e de­pa­rar com
uma ro­lha como as
que apa­re­cem nes­tas
pá­gi­nas, o con­su­mi­dor pre­ci­sa­rá
ser um bom co­nhe­ce­dor para no­tar
que tipo de ma­te­rial tem à sua
de­mais com­po­nen­tes da em­ba­la­
gem, o peso de uma ro­lha pode ser
de­ci­si­vo.
Para os con­su­mi­do­res or­to­do­
xos, a ro­lha de cor­ti­ça é sim­ples­
men­te in­subs­ti­tuí­vel. É ela, e ape­
nas ela, que per­mi­te ao vi­nho
prin­ci­pais ape­los de ven­da são o
pre­ço bai­xo e a qua­li­da­de acei­tá­
vel. Ra­ra­men­te aze­dam, pois seu
giro é mui­to ve­loz. Nes­se caso, a
ro­lha per­de a im­por­tân­cia. Isso
abre opor­tu­ni­da­de para co­lo­car no
mer­ca­do uma tam­pa fei­ta de ma­te­
fren­te. Em­bo­ra te­nha o as­pec­to, a en­gar­ra­fa­do con­ti­nuar vi­ven­do e rial que subs­ti­tua a cor­ti­ça. Não
cor, a con­sis­tên­cia e a fle­xi­bi­li­da­ se de­sen­vol­ven­do. A ro­lha de cor­ pa­re­ce ser uma ta­re­fa mui­to fá­cil,
de de uma au­tên­ti­ca ro­lha de cor­ ti­ça fun­cio­na como pul­mão e fil­tro pois vem sen­do ten­ta­da des­de
ti­ça, como a que é ex­traí­da da do vi­nho, que como to­dos os se­res quan­do se têm as pri­mei­ras no­tí­
cas­ca do so­brei­ro, tra­ta-se de uma vi­vos pre­ci­sa res­pi­rar sem in­su­fi­ cias do uso cor­ren­te do ma­te­rial
tam­pa plás­ti­ca. Um pro­fis­sio­nal ciên­cia nem ex­ces­so. Acon­te­ce como tam­pa de re­ci­pien­tes de
de mar­ke­ting pre­ci­sa de al­gu­ma que é um com­ple­men­to caro, já vi­nho, no sé­cu­lo IX a. C.
for­ma preo­cu­par-se com isso? que a pro­du­ção da ma­té­ria-pri­ma, Os fa­bri­can­tes da ro­lha sin­té­ti­
Sim, se os vi­nhos de sua em­pre­ res­tri­ta pra­ti­ca­men­te a Por­tu­gal e ca, ba­ti­za­da de Win­corc pe­las
sa ti­ve­rem mar­cas re­co­nhe­ci­das Es­pa­nha, se man­tém es­tá­vel, em­pre­sas que a de­sen­vol­ve­ram, a
como de boa qua­li­da­de pe­los apre­ en­quan­to a pro­du­ção de vi­nhos fran­ce­sa BNG e a bel­ga Ge­fi­nex,
cia­do­res mais exi­gen­tes. A res­pos­ cres­ce con­ti­nua­men­te. Ou seja, a sub­si­diá­ria do gru­po sue­co Fa­ger­
ta pode ser não, se a ro­lha for de­man­da é maior do que a ofer­ta. da­la World Foams, acre­di­tam ter
des­ti­na­da a fe­char gar­ra­fas de con­se­gui­do. Ao lan­çar o pro­du­to,
vi­nhos sem pre­ten­sões mais al­tas. Giro veloz afir­mam que a nova ro­lha “não
No pri­mei­ro caso está em pau­ta Já a maio­ria dos vi­nhos, os “de muda nada, o que sig­ni­fi­ca que
Fotos: divulgação

uma ques­tão de ima­gem de pro­du­ mesa”, não che­ga a en­ve­lhe­cer. muda tudo”. Sim­ples­men­te, a
to. No se­gun­do, a so­lu­ção de um Em ge­ral, são con­su­mi­dos ra­pi­da­ Win­corc é apre­sen­ta­da como a
pro­ble­ma téc­ni­co – ou, mais exa­ men­te de­pois de pro­du­zi­dos, como tam­pa que aca­ba com o pro­ble­ma
ta­men­te, de cus­tos. Como to­dos os acon­te­ce com as cer­ve­jas. Seus dos vi­nhos que aze­da­riam nas gar­

16 – embalagemmarca • ago 99
ra­fas por cul­pa da... ro­lha de cor­ti­ ços são con­su­mi­dos na Eu­ro­pa,
ça. Ao con­trá­rio des­ta, a Win­corc so­bre­tu­do na Fran­ça. A em­pre­sa
não tem po­ros, o que im­pe­de a apre­sen­ta como atri­bu­tos da nova
en­tra­da de oxi­gê­nio. ro­lha o fato de ser pro­du­zi­da com
A Win­corc foi fei­ta, de­cla­ra­da­ “ma­te­rial iner­te, fle­xí­vel, fá­cil de
men­te, para atin­gir “mer­ca­dos de ser es­to­ca­do e vir­tual­men­te in­sen­
gran­des vo­lu­mes”, para “con­quis­ sí­vel às va­ria­ções cli­má­ti­cas”. A
tar o mer­ca­do de vi­nhos ven­di­dos Fa­ger­da­la se or­gu­lha de es­tar apre­
em auto-ser­vi­ços”. Leia-se vi­nhos sen­tan­do ao mer­ca­do “um novo
de mesa, já que, no caso da Eu­ro­ pro­du­to, numa cul­tu­ra de mi­lha­res
pa, prin­ci­pal mer­ca­do-alvo da de anos”.
Fa­ger­da­la, as gran­des mar­cas ra­ra­
men­te são ven­di­das em su­per­mer­ Ficou caro
ca­dos. Elas re­pre­sen­tam uma par­te Adria­no Mio­lo, di­re­tor da Vi­ní­co­
mí­ni­ma do mer­ca­do, for­ma­da por la Mio­lo, de Ben­to Gon­çal­ves
vi­nhos que, para sa­tis­fa­ze­r pa­la­da­ (RS), e vice-pre­si­den­te da Uvi­bra
res exi­gen­tes, pre­ci­sam ser pro­du­ – União dos Vi­ti­vi­ni­cul­to­res do
zi­dos com uvas de ce­pas es­pe­ciais Bra­sil para o seg­men­to de vi­nhos
e vin­di­mas ex­cep­cio­nais, além de fi­nos, con­si­de­ra que “a ro­lha de
re­pou­sa­r du­ran­te anos para ad­qui­ cor­ti­ça é in­subs­ti­tuí­vel”. A seu
rir cor­po, bu­quê e sa­bor. Nes­se ver, uma tam­pa sin­té­ti­ca pode,
pro­ces­so, os vi­nhos pre­ci­sam res­ even­tual­men­te, dar cer­to em
pi­rar, e para isso é ne­ces­sá­rio oxi­ vi­nhos de con­su­mo rá­pi­do. Para
gê­nio. isso, no en­tan­to, ele lem­bra que já
O gru­po Fa­ger­da­la está de olho exis­tem ro­lhas de aglo­me­ra­do de
num mercado globalizado de cor­ti­ça, de bai­xo pre­ço e mui­to
grandes dimensões, estimado em efi­ca­zes no fe­cha­men­to.
cer­ca de 10 bi­lhões de rolhas para Se­gun­do Mio­lo, ten­ta­ti­vas fei­
vinho por ano, das quais dois ter­ tas an­te­rior­men­te para subs­ti­tui­
ção da cor­ti­ça de­ram em nada. A
ex­pe­riên­cia de uma vi­ní­co­la,
Idênticas às
que ain­da re­cen­te­men­te
de cortiça,
seu problema vi­nha im­por­tan­do ro­lhas de
é não terem plás­ti­co para uma de suas
porosidade mar­cas, foi in­ter­rom­pi­da
de­vi­do à cri­se cam­bial, que
tornou o pro­du­to mais caro
que a tra­di­cio­nal ro­lha de
cor­ti­ça.
Ain­da que seja um tan­to
im­pon­de­rá­vel, está aí ou­tro
im­por­tan­te com­po­nen­te a ser
le­va­do em con­ta na hora de
de­ci­dir-se pelo uso de ma­te­
riais e com­ple­men­tos de
em­ba­la­gem: o su­pri­men­to
sem so­bres­sal­tos. De qual­
quer for­ma, é im­por­tan­te ter-
se no­tí­cia de que exis­te uma
al­ter­na­ti­va re­la­ti­va­men­te
viá­vel para fe­cha­men­to de
gar­ra­fas de vi­nho, so­bre­tu­do
os mais po­pu­la­res.
POSICIONAMENTO

A DIDáTICA vende
Co­ral apos­ta no de­sign e em
in­for­ma­ções na em­ba­la­gem para
atrair no­vos con­su­mi­do­res de tin­ta mais
m
Henrique Fruet

udan­ç as nos das com mui­to es­for­ço. A de­ter­mi­ ins­tru­men­to es­co­lhi­do para con­se­
há­bi­tos dos con­ na­ção de co­mu­ni­car-se me­lhor guir isso foi a em­ba­la­gem.
su­mi­do­res cos­ com o con­su­mi­dor e man­ter sua To­ma­da essa de­ci­são, foi trans­
tu­m am ge­r ar fi­de­li­da­de é, jus­ta­men­te, a ra­zão mi­ti­do o mes­mo brie­fing para três
tam­bém mu­dan­ças nas em­ba­la­ bá­si­ca por que a Tin­tas Co­ral, con­ agên­cias de de­sign. Nele, a em­pre­
gens de pro­du­tos já con­sa­gra­dos, tro­la­da da bri­tâ­ni­ca ICI, um dos sa pe­dia que as em­ba­la­gens já
que evo­luem para ga­ran­tir fa­tias maio­res gru­pos quí­mi­cos do mun­ exis­ten­tes fos­sem adap­ta­das ao
de mer­ca­do ge­ral­men­te con­quis­ta­ do, tem apos­ta­do na evo­lu­ção das novo pro­du­to. Uma das agên­cias,
em­ba­la­gens de seus pro­du­tos. a Ma­ret­ti, de São Pau­lo, con­si­de­
O co­me­ço do pro­ces­so de rou que o brie­fing do clien­te em
mu­dan­ça se deu há três anos, po­ten­cial não era ade­qua­do. “Fi­ze­
quan­do a Co­ral foi ad­qui­ri­da pela mos duas op­ções de de­sign: uma
ICI, que tem fá­bri­cas tam­bém em le­van­do em con­ta o brie­fing do
países do Mercosul: na Ar­gen­ti­na, clien­te, se­gun­do o qual a em­ba­la­
com a mar­ca Alba, e no Uru­guai, gem an­ti­ga de­ve­ria ser lem­bra­da”,
com a mar­ca Inca. A em­pre­sa bri­ con­ta Clo­vis Ma­ret­ti, di­re­tor de
tâ­ni­ca que­ria lan­çar no país sua cria­ção da agên­cia. “A ou­tra ver­
mar­ca mun­dial, a Du­lux. A ta­re­fa são saiu da maneira que achá­va­
da Co­ral não era fá­cil: mos­trar ao mos que de­ve­ria ser.”
con­su­mi­dor que não se tratava As duas op­ções da Ma­ret­ti,
ape­nas de mais uma mar­ca uma jun­to com as das duas con­cor­ren­
nas pra­te­lei­ras de home cen­ter, tes, fo­ram en­tão sub­me­ti­das a uma
mas sim uma mar­ca pre­mium. O pes­qui­sa de opi­nião de con­su­mi­

Ao comprar a Coral
e lançar no Brasil
sua marca mundial,
Fotos: divulgação

Dulux, a ICI utilizou


a embalagem como
fator de
diferenciação
No design foi levado em conta o apelo ao consumidor de faça-você-mesmo

18 – embalagemmarca • ago 99
con­ta para, por con­ta pró­
pria, ig­no­rar o brie­fing da
Co­ral e ino­var no de­sign
do ró­tu­lo. A em­ba­la­gem
mos­tra por meio de ilus­
tra­ções a uti­li­da­de e a
for­ma de uso de cada
pro­du­to, dis­pen­san­do o
au­xí­lio do ven­de­dor ou
do pin­tor na hora da com­
pra. “Além dis­so, tem
apre­sen­ta­ção mais bo­ni­ta
no pon­to-de-ven­da”, diz
o di­re­tor de cria­ção da
agên­cia. Pode pa­re­cer
ób­vio, mas foi uma ino­
va­ção, logo es­ten­di­da
para ou­tros pro­du­tos da
em­pre­sa. “A Co­ral con­si­
de­ra a em­ba­la­gem um
Recipiente de polipropileno: novidade no Brasil
fa­tor fun­da­men­tal de
co­mu­ni­ca­ção”, diz o ge­ren­te de
do­res, em âm­bi­to na­cio­nal. A ver­ co­mu­ni­ca­ção, Fer­nan­do Po­ya­res.
são al­ter­na­ti­va apresentada pela
Ma­ret­ti foi a ven­ce­do­ra. Para home centers
Até aquele momento, as em­ba­ A maior no­vi­da­de da Tin­tas Co­ral,
la­gens de tin­ta se­guiam um pa­drão no en­tan­to, só che­gou ao mer­ca­do
ex­tre­ma­men­te téc­ni­co, per­fei­ta­ no fi­nal do ano pas­sa­do. Pela pri­
men­te acei­to pe­los prin­ci­pais con­ mei­ra vez, foi utilizado um recipi­
su­mi­do­res, os pin­to­res. Na épo­ca, ente plás­ti­co (de po­li­pro­pi­le­no) no
po­rém, os home cen­ters já con­ acon­di­cio­na­men­to de tin­ta. A ino­
quis­ta­vam seu es­pa­ço nos gran­des va­ção, co­mum em países da Eu­ro­
cen­tros ur­ba­nos. Cada vez mais, o pa, foi in­tro­du­zi­da com a mar­ca
con­su­mi­dor não-pro­fis­sio­nal, lei­ Co­ral­plus, tin­ta acrí­li­ca in­di­ca­da
go no as­sun­to, pas­sa­va a com­prar para a pin­tu­ra de in­te­rio­res e ex­te­
pes­soal­men­te os ma­te­riais de rio­res.
cons­tru­ção que iria pre­ci­sar. Se­gun­do o fa­bri­can­te, uma
A Ma­ret­ti le­vou tudo isso em nova for­mu­la­ção do pro­du­to re­du­

A marca é mundial, mas a decoração da lata brasileira se destaca


ziu o for­te odor ca­rac­te­rís­ti­co a fra­se mais ci­ta­da numa pes­qui­sa bi­li­da­de de “reu­ti­li­za­ção no­bre”
da­que­le tipo de tin­ta. “A em­ba­la­ de opinião rea­li­za­da por en­co­men­ da em­ba­la­gem, como vaso, cai­xa
gem di­fe­ren­cia­da, vol­ta­da es­pe­ da da Co­ral com 900 pessoas. de fer­ra­men­tas e até ma­le­ta de
cial­men­te para o pú­bli­co de home Com a nova em­ba­la­gem, na pes­ca, por aque­les que qui­se­rem
cen­ters, fun­cio­nou como es­tí­mu­lo hora de pin­tar não há ne­ces­si­da­de unir o útil ao agra­dá­vel. Uma das
para que o con­su­mi­dor ex­pe­ri­ de trans­fe­rir a tin­ta para ou­tro maio­res van­ta­gens da em­ba­la­gem
men­tas­se a nova fór­mu­la do pro­ re­ci­pien­te a fim de po­der usar o de po­li­pro­pi­le­no em re­la­ção à lata
du­to”, diz Po­ya­res. rolo. Essa eta­pa foi eli­mi­na­da com de aço é o fato de não cor­rer o ris­
Dis­po­ní­vel nas ver­sões 5 li­tros a ade­qua­ção da boca da em­ba­la­ co de amas­sar du­ran­te o trans­por­
e 18 li­tros, a em­ba­la­gem foi bem gem plás­ti­ca ao ta­ma­nho da fer­ra­ te. A em­pre­sa, po­rém, pre­ten­de
su­ce­di­da des­de o lan­ça­men­to. men­ta. Ou­tro gran­de atra­ti­vo, na usar a em­ba­la­gem plás­ti­ca so­men­
“Fi­nal­men­te pen­sa­ram em nós” foi ar­gu­men­ta­ção da Co­ral, é a pos­si­ te para a Co­ral­plus.

A reação de um concorrENTE
A Su­vi­nil, em­pre­sa do gru­po
Basf, lí­der no seg­men­to de tin­tas
imo­bi­liá­rias no Brasil, com 36%
de par­ti­ci­pa­ção no mer­ca­do,
tam­bém mo­di­fi­cou re­cen­te­men­te
as em­ba­la­gens de seus pro­du­tos,
fa­ci­li­tan­do a iden­ti­fi­ca­ção da
uti­li­li­da­de de cada um de­les.
A agên­cia nova-ior­qui­na Lan­dor
As­so­cia­tes foi a res­pon­sá­vel pela
mu­dan­ça, ocor­ri­da no fi­nal do
ano pas­sa­do. Se­gun­do a em­pre­sa,
o au­men­to das lo­jas de
auto-ser­vi­ço criou a ne­ces­si­da­de
de ofe­re­cer ao con­su­mi­dor
o maior nú­me­ro de in­for­ma­ções
pos­sí­vel. As em­ba­la­gens
re­de­se­nha­das pela Lan­dor tra­zem
em por­tu­guês, es­pa­nhol e in­glês o
nome do pro­du­to, seus prin­ci­pais
atri­bu­tos, a que fa­mí­lia de
pro­du­tos per­ten­ce e suas
possíveis uti­li­da­des.
Para au­men­tar suas ven­das, a
em­pre­sa tem tra­ba­lha­do próximo
aos lo­jis­tas, se­jam eles de
pe­que­no, mé­dio ou gran­de por­te,
dentro do mais puro conceito de
estratégia de relacionamento
com o cliente.
O Pro­je­to Mer­chan­di­sing,
de­sen­vol­vi­do pela em­pre­sa, foi
cria­do para ga­ran­tir me­lhor
ex­po­si­ção da mer­ca­do­ria no
pon­to-de-ven­da, maior pro­du­ti­vi­
da­de dos fun­cio­ná­rios e giro
mais rápido de pro­du­tos.
DESIGN

casa repletaEvento da Abre esgota reservas

a
I Se­ma­na Abre do ting e de con­so­li­da­ção de
Design de Em­ba­la­ ima­gem de mar­ca”, observa
gem, pro­gra­ma­da Luciana.
para 24 a 27 de agos­ A ri­gor, a I Se­ma­na Abre
to na Casa Rho­dia, em São do De­sign de Em­ba­la­gem se
Pau­lo, é o que se pode cha­mar de en­qua­dra nos in­te­res­ses do pró­prio
su­ces­so an­te­ci­pa­do. Pou­co de­pois go­ver­no fe­de­ral, que em 1995,
de anun­cia­do, em ju­nho, co­me­çou criou o Pro­gra­ma Bra­si­lei­ro de
a re­ce­ber ade­sões de to­das as De­sign (PBD), vin­cu­la­do ao Mi­nis­
re­giões do país para as pa­les­tras. té­rio do De­sen­vol­vi­men­to, da
Se­gun­do a coor­de­na­do­ra do In­dús­tria e do Co­mér­cio. O PBD
even­to, Lu­cia­na Pel­le­gri­no, da visa ao apri­mo­ra­men­to do de­sign
As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Em­ba­la­ dos pro­du­tos na­cio­nais, como
gem (Abre), no fi­nal de ju­lho as instrumento para im­ple­men­tar a
re­ser­vas estavam quase es­go­ta­das. ex­por­ta­ção. A coor­de­na­do­ra ge­ral
“A pro­cu­ra in­ten­sa evi­den­cia que subs­ti­tu­ta do pro­gra­ma, Ana Pra­ta
o mer­ca­do está em bus­ca de in­for­ Gi­rão, participará do evento.
ma­ções so­bre a área de de­sign”, EmbalagemMarca fará, além
ela con­si­de­ra. “Cada vez mais, o da co­ber­tu­ra nor­mal da Semana,
de­sign de em­ba­la­gem está sen­do um Do­cu­men­to Es­pe­cial e a co­ber­
en­ca­ra­do pe­las em­pre­sas como tu­ra on-line dos tra­ba­lhos, em
uma efe­ti­va fer­ra­men­ta de mar­ke­ www.em­ba­la­gem­mar­ca.com.br.

Programa
Dia 24, ter­ça-fei­ra vés do de­sign.”
9 ho­ras – Aber­tu­ra • Luís Madi, coor­de­na­dor do ITAL/Ce­tea
• Ana Pra­ta Gi­rão, coor­de­na­do­ra ge­ral
subs­ti­tu­ta do Pro­gra­ma Bra­si­lei­ro de Dia 26, quin­ta-fei­ra
De­sign do Mi­nis­té­rio do De­sen­vol­vi­ 9 ho­ras – “A in­fluên­cia da pes­qui­sa no
men­to, da In­dús­tria e do Co­mér­cio des­ ign de em­ba­la­gem.”
9h15 – “A leg ­ isl­ aç
­ ão bras ­ il­ eir
­ a de • Nel­som Ma­ran­go­ni, di­re­tor pre­si­den­
emb­ al­ ag­ em.” te da Re­search In­ter­na­tio­nal
• Ma­ria Ce­cí­lia Nu­nes, pes­qui­sa­­­do­ra 15 hor ­ as – “A emb ­ al­ ag­ em que vend ­ e.”
cien­tí­fi­ca do Ins­ti­tu­to Adol­fo Lutz • Vic­tor Ma­yer­freund, di­re­tor co­mer­
15 hor ­ as – “Quem deve inv­ est­ ir no des­ ign cial da Cho­co­la­tes Ga­ro­to
de emb ­ al­ ag
­ em: Os lim ­ it­ es do forn ­ ec­ ed
­ or Dia 27, sex­ta-fei­ra
e as nec ­ ess­ id
­ ad­ es do merc ­ ad­ o.” 9 hor ­ as – “Como cons ­ eg­ uir o
• Ser­gio Ha­ber­feld, pre­si­den­te da mel­ hor des ­ ign de emb ­ al­ ag­ em para
ABRE, da Ula­de (União La­tino-Ame­ri­ a sua emp ­ res ­ a.”
ca­na de Em­ba­la­gem) e da WPO (World • Ra­fael Sam­paio, vice-pre­si­den­te da
Pac­ka­ging Or­ga­ni­za­tion) ABA (As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Anun­
Dia 25, quin­ta-fei­ra cian­tes.)
10 hor ­ as – “O des ­ ign imp ­ ort­ ad ­ o func ­ io­ 15 hor ­ as – “A imp ­ ort­ ânc ­ ia do des
­ ign na
na no Bras ­ il?” emb­ al­ ag
­ em para exp ­ ort­ aç ­ ão.”
• José Pas­sos – di­re­tor de mar­ke­ting • João Car­los Ba­sí­lio da Sil­va, pre­si­
da Pull­man den­te do Sin­di­ca­to das In­dús­trias de
15 hor ­ as – “Como max ­ im
­ iz­ ar os res ­ ult­ a­ Per­fu­ma­ria e Ar­ti­gos de Tou­ca­dor no
dos da tecn ­ ol­ og­ ia de emb ­ al­ ag­ em atra­ Es­ta­do de São Pau­lo
DESIGN

o poder de sedução da
tradição
A história de três produtos que mudam
sempre para permanecer sempre iguais
Adé­lia Bor­ges

se­du­tor. Para as em­pre­sas que as


no bombom, apelo visual
pos­suem, re­pre­sen­tam ver­da­dei­ros
pa­tri­mô­nios vi­suais que se tra­du­
zem em mui­to di­nhei­ro, pois pas­ O pri­mei­ro bom­bom bra­si­lei­ro
sam sig­nos de con­fia­bi­li­da­de. sur­giu em 1938, com um ta­ma­nho
Emb ­ al­ ag ­ em­Marc ­ a fez um me­nor do que o atual e uma em­ba­
le­van­ta­men­to de al­gu­mas de nos­ la­gem tos­ca, sim­ples­men­te em­bru­
sas em­ba­la­gens an­ti­gas e de suas lha­do em pa­pel es­ta­nho ver­me­lho
his­tó­rias. Ve­ri­fi­cou que, em mui­tos e re­co­ber­to com ce­lo­fa­ne trans­pa­
ca­sos, elas têm na ver­da­de so­fri­do ren­te. Como ró­tu­lo, um selo pre­to
di­ver­sas mo­di­fi­ca­ções ao lon­go do cen­tral con­ti­nha o nome do pro­du­
tem­po, mas tão su­tis que pas­sam to e o de­se­nho de um vio­lão. Era
de­sa­per­ce­bi­das aos olhos do con­ ven­di­do por qui­lo, só em bom­bo­

o
su­mi­dor. Às ve­zes é uma le­tra que nières, e con­su­mi­do por mu­lhe­res.
se in­cli­na, ou um splash que é Buscando agre­gar o pú­bli­co
acres­cen­ta­do. Ou­tras ve­zes as mas­cu­li­no, em 1942 a Lac­ta in­tro­
ca­sal dan­çan­do em rou­ mu­dan­ças são téc­ni­cas, en­vol­ven­ du­ziu al­gu­mas mo­di­fi­ca­ções:
pa de bai­le, en­vol­to por do ti­pos de im­pres­são ou o tipo de au­men­tou o ta­ma­nho do bom­bom,
no­tas mu­si­cais e de­no­ ma­te­rial uti­li­za­do. de­ci­diu pas­sar a ven­dê-lo por uni­
tan­do um cli­ma ro­mân­ “É mais ou me­nos como o Fus­ da­de e am­pliou sua dis­tri­bui­ção
ti­co. A jo­vem em tra­jes tí­pi­cos de ca”, com­pa­ra Au­res­ne­de Ste­phan, para ba­res, ar­ma­zéns e ou­tros
lei­tei­ra, lem­bran­do a in­ge­nui­da­de pro­fes­sor de de­sign. “Des­de que lo­cais mais po­pu­la­res. Para atin­gir
do cam­po, a pu­re­za. A deu­sa foi de­se­nha­do pelo Fer­di­nand esse alvo, o ce­lo­fa­ne dei­xou de ser
Mi­ner­va se­gu­ran­do uma ân­co­ra, Pors­che até o mo­de­lo que ain­da trans­pa­ren­te e pas­sou a ser cor
sím­bo­lo de se­gu­ran­ça e com­pro­ hoje é pro­du­zi­do no Mé­xi­co, vá­rias ma­ra­vi­lha, nome ex­traí­do de uma
mis­so. To­das es­sas ima­gens têm mu­dan­ças ocor­re­ram, mas a es­tru­ flor.
al­gu­mas boas dé­ca­das de vida. tu­ra bá­si­ca foi man­ti­da.” Pro­du­tos O vio­lão e o nome do bom­bom
Mas, lon­ge de pa­re­cer an­ti­qua­das, e em­ba­la­gens clás­si­cos, na ver­da­ pas­sa­ram a ser gra­va­dos no ce­lo­fa­
têm o char­me dos pro­du­tos clás­si­ de, mu­dam para per­ma­ne­cer iguais ne cor de ma­ra­vi­lha, e ao seu lado
cos. – e ter o mes­mo ape­lo de sem­pre. foi in­tro­du­zi­da a fi­gu­ra de um
Num mun­do de tan­tas mu­dan­ Não o ape­lo da nos­tal­gia, das coi­ ca­sal dan­çan­do em tra­je de gala –
ças, e tão ace­le­ra­das, com ima­gens sas pa­ra­das no tem­po. Mas aque­la com a in­cor­po­ra­ção, por­tan­to, de
fu­ga­zes e pas­sa­gei­ras, elas tra­zem ca­rac­te­rís­ti­ca tão per­se­gui­da e di­fí­ uma fi­gu­ra mas­cu­li­na. Nas bor­das
ao con­su­mi­dor o con­for­to do cil de “fa­bri­car” que é fa­lar ao fo­ram im­pres­sas al­gu­mas no­tas
co­nhe­ci­do, mas nem por isso me­nos co­ra­ção do con­su­mi­dor, me­xer mu­si­cais ex­traí­das de uma val­sa do
com a sua me­mó­ria afe­ti­va. com­po­si­tor Jo­hann Strauss. O pro­
22 – embalagemmarca • ago 99
du­to ga­nhou, ain­da em 1942, uma selo e na rou­pa dos dan­ça­ri­nos e
cam­pa­nha pu­bli­ci­tá­ria que su­ge­ria: com a in­tro­du­ção de ou­tros
“Sa­bo­reie um bom­bom com a sua ins­tru­men­tos mu­si­cais. A
na­mo­ra­da”. re­cei­ta tam­bém con­ti­nua a
Na embalagem, “atração
A em­ba­la­gem no tom for­te da mes­ma – um wa­fer re­chea­do
que gera um desejo,
ma­ra­vi­lha tor­nou-se a mar­ca re­gis­ com mas­sa e pe­da­ci­nhos de atingindo o inconsciente”
tra­da do So­nho de Val­sa e “foi fun­ cas­ta­nha de caju, co­ber­to com duas
do no ro­mân­ti­co co­ra­ção bra­si­lei­ ca­ma­das de cho­co­la­te. atra­ção, que gera um de­se­jo, atin­
ro”, se­gun­do a pro­fes­so­ra An­dréa A fe­liz com­bi­na­ção de con­teú­ gin­do o in­cons­cien­te. Nes­se es­tu­do
de Sou­za Al­mei­da, que fez do caso do e con­ti­nen­te fez do So­nho de de caso es­pe­cí­fi­co, a se­du­ção efe­ti­
tema de sua tese de pós-gra­dua­ção. Val­sa um ver­da­dei­ro fe­ti­che, an­sia­ va-se atra­vés de um cli­ma que
A dis­ser­ta­ção de mes­tra­do foi do por mui­tos bra­si­lei­ros que en­vol­ve toda a em­ba­la­gem.”
de­sen­vol­vi­da na Uni­ver­si­da­de mo­ram no ex­te­rior, e um pro­du­to Se nes­se meio tem­po a Lac­ta
Mac­ken­zie, em 1998. O tí­tu­lo não mui­to bem su­ce­di­do co­mer­cial­ mu­dou de mãos, com­pra­da em
dei­xa dú­vi­das: “A se­du­ção da men­te, dei­xan­do bem atrás o Se­du­ 1996 pela mul­ti­na­cio­nal Phi­lip
co­mu­ni­ca­ção vi­sual: Em­ba­la­gem ção, da Nes­tlé, e o Se­re­na­ta do Mor­ris, o que não se al­te­rou foi a
do bom­bom So­nho de Val­sa”. Amor, da Ga­ro­to, seus con­cor­ren­ com­preen­são do po­der de atra­ção
An­dréa apu­rou que, de 1942 tes mais di­re­tos. des­sa an­ti­ga em­ba­la­gem, com seu
para cá, a em­ba­la­gem do So­nho de A pro­fes­so­ra ar­re­ma­ta: “A em­ba­ cli­ma ro­mân­ti­co ago­ra acen­tua­do
Val­sa per­ma­ne­ceu pra­ti­ca­men­te la­gem se­duz à me­di­da que cha­ma pelo slo­gan cria­do pela agên­cia
inal­te­ra­da, ape­nas com su­tis aten­ção do con­su­mi­dor. Atra­vés de Full Jazz: “So­nho de Val­sa. O
mu­dan­ças no for­ma­to das le­tras no um ape­lo vi­sual, ela pro­vo­ca uma amor tem esse sa­bor.”

a moça de sempre, desde a virada do século passado

No dia 22 de ja­nei­ro de 1890, um milk”, se­cun­da­do pela ex­pres­são e as co­res do ró­tu­lo são as mes­
dis­cre­to clas­si­fi­ca­do pu­bli­ca­do no “milk­maid brand”, uma tra­du­ção mas.
jornal O Es­ta­do de S. Pau­lo anun­ para o in­glês de La Lai­tiè­re, ou No iní­cio, o ró­tu­lo era todo em
cia­va a che­ga­da de um novo pro­ ven­de­do­ra de lei­te, com que o pro­ in­glês, sem qual­quer preo­cu­pa­ção
du­to para ven­da “a va­re­jo e em du­to ti­nha nas­ci­do na Suí­ça. No de adap­ta­ção ao pú­bli­co bra­si­lei­ro.
gros­so” na Dro­ga­ria São Pau­lo, na cen­tro do ró­tu­lo, em des­ta­que, Mui­tas pes­soas, con­tu­do, ti­nham
Rua São Ben­to. Era o lei­te con­den­ destacava-se o de­se­nho de uma di­fi­cul­da­de de pro­nun­ciar o nome e
sa­do da Nes­tlé, um óti­mo ali­men­to jo­vem suí­ça em tra­jes tí­pi­cos de co­me­ça­ram a cha­má-lo es­pon­ta­
para as “crean­ças”. O ró­tu­lo tra­zia lei­tei­ra, com um bal­de de lei­te na nea­men­te de “lei­te da moça”. A
gran­de a ins­cri­ção “con­den­sed ca­be­ça e ou­tro numa das mãos. de­no­mi­na­ção po­pu­lar foi ofi­cia­li­
Mais de um sé­cu­lo de­pois, mui­ za­da em 1921, quan­do a Nes­tlé
ta coi­sa mu­dou no país e no pa­drão co­me­çou a pro­du­zir o lei­te con­den­
ali­men­tar dos bra­si­lei­ros, mas o sa­do na re­cém-inau­gu­ra­da fá­bri­ca
Os signos lei­te con­den­sa­do con­ti­nua com a de Ara­ras, no in­te­rior de São Pau­
básicos da
marca, de 1890, mes­ma ima­gem da vi­ra­da do sé­cu­ lo.
resistem à lo – a jo­vem com ar de cam­po­ne­sa De lá para cá, man­te­ve-se in­tac­ta
mudança é até hoje o íco­ne prin­ci­pal do pro­ a es­tru­tu­ra bá­si­ca da em­ba­la­gem,
ao longo
dos anos
du­to, o for­ma­to da lata não mu­dou em­bo­ra vá­rias atua­li­za­ções te­nham

ago 99 • embalagemmarca – 23
Mudanças muito sutis, até chegar Nes­tlé pro­gres­si­va­men­te lan­çou
ao design atual, à direita des­do­bra­men­tos do pro­du­to, como
a ver­são com cho­co­la­te ou com
café, a li­nha Lei­te Moça Fes­ta, a
ver­são com lei­te des­na­ta­do.
Em ne­nhum mo­men­to em mais
de um século, con­tu­do, a empresa
abriu mão dos sig­nos bá­si­cos que
fa­zem do Lei­te Moça um dos pro­
du­tos de maior con­fia­bi­li­da­de no
sido fei­tas. É pre­ci­so ter a pa­ciên­cia sa­do açu­ca­ra­do, po­si­ção em que se mer­ca­do bra­si­lei­ro, de­ten­tor de
de um vi­cia­do no jogo dos sete er­ros con­ser­va firme ain­da hoje. uma fatia de aproximadamente
para de­tec­tar as al­te­ra­ções, es­pe­cial­ Aten­ta a es­ses no­vos usos, a 60% de seu segmento.
men­te quan­do não se dis­põe de uma
co­le­ção se­qüen­cial das la­tas. Elas
fo­ram mui­to su­tis. Vá­rias mu­dan­ças minancora, um desejo e um compromisso
se re­fe­ri­ram à dia­gra­ma­ção e à hie­
rar­qui­za­ção das in­for­ma­ções em tex­ A po­ma­da Mi­nan­co­ra foi for­mu­la­ de­fe­sa do con­su­mi­dor. Tor­nou-se
to e vi­suais. Pro­gres­si­va­men­te a pa­la­ da pela pri­mei­ra vez em 1915, pelo obri­ga­tó­rio in­for­mar a for­mu­la­ção,
vra Moça foi ad­qui­rin­do um peso quí­mi­co e far­ma­cêu­ti­co Eduar­do modo de ar­ma­ze­na­men­to, quí­mi­co
maior e na úl­ti­ma mu­dan­ça, nos anos Gon­çal­ves, um imi­gran­te por­tu­ res­pon­sá­vel etc. Já a eti­que­ta la­te­
90, co­me­çou a ser impressa na dia­go­ guês, ta­ta­ra­vô da ge­ra­ção hoje à ral tem o có­di­go de bar­ras, e usa
nal. A for­ma como a em­pre­sa as­si­na fren­te da em­pre­sa. O nome do pro­ tin­ta rea­ti­va a par­tir da nova le­gis­
o pro­du­to foi se al­te­ran­do. Se no iní­ du­to é uma jun­ção en­tre Mi­ner­va, a la­ção de pre­ven­ção de frau­des”.
cio ela vi­nha num qui­lo­mé­tri­co “Nes­ deu­sa da sa­be­do­ria, e ân­co­ra, que As al­te­ra­ções fo­ram mui­to su­tis.
tlé & An­glo-Swiss Con­den­sed Milk sim­bo­li­za­ria o de­se­jo e o com­pro­ Fo­lhean­do exem­pla­res dos anos 20
Co”, na fren­te da lata, aos pou­cos foi mis­so do imi­gran­te de fi­xar-se com da Re­vis­ta da Se­ma­na, com anún­
in­cor­po­ran­do ape­nas o lo­go­ti­po Nes­ a fa­mí­lia no Bra­sil – em Join­vil­le, cios, Bueno cons­ta­ta que a le­tra
tlé e o sig­no do ni­nho com pás­sa­ros, in­te­rior de San­ta Ca­ta­ri­na, onde usa­da no lo­go­ti­po fi­cou li­gei­ra­
que tam­bém vem mu­dan­do na mes­ ain­da fica a sede. O lo­go­ti­po é o men­te mais en­cor­pa­da, mas não
ma toa­da – li­gei­ra e su­til­men­te. “re­tra­to” des­sa fi­lo­so­fia, e per­ma­ sabe di­zer quem se res­pon­sa­bi­li­zou
O Lei­te Moça foi con­ce­bi­do ne­ce in­to­ca­do des­de en­tão, sem por isso. A al­te­ra­ção mais sig­ni­fi­
para uso ape­nas como be­bi­da. Com que haja re­gis­tros de seu au­tor. ca­ti­va foi no ma­te­rial usa­do na
a sim­ples adi­ção de água, ob­ti­nha- A em­ba­la­gem es­co­lhi­da para a em­ba­la­gem. As fo­lhas de flan­dres
se o lei­te in­te­gral, já ado­ça­do. A po­ma­da foi uma la­ti­nha re­don­da. do pro­je­to ori­gi­nal fo­ram subs­ti­tuí­
van­ta­gem era o fato de não es­tra­gar Des­de o iní­cio ela es­tam­pa o lo­go­ das em 1993 por plás­ti­co. “Há pou­
mes­mo se guar­da­do du­ran­te me­ses, ti­po em sua par­te fron­tal. As cos for­ne­ce­do­res de la­ti­nhas para
uma proprieda­de im­por­tan­te em mu­dan­ças se li­mi­ta­ram à par­te pos­ cos­mé­ti­cos e me­di­ca­men­tos no
pe­río­dos de es­cas­sez de lei­te. Ele te­rior e la­te­rais da em­ba­la­gem. país e elas são ca­ras”, ele explica.
so­bre­vi­veu à in­tro­du­ção da ge­la­ Se­gun­do Laury Bue­no, ge­ren­te de “O sis­te­ma de cor­te e re­pu­xo é
dei­ra e de ou­tros sis­te­mas de con­ mar­ke­ting, “as mu­dan­ças aten­de­ meio ul­tra­pas­sa­do, e a ca­deia pro­
ser­va­ção por­que pas­sou a ser usa­do ram a exi­gên­cias le­gais, por exem­ du­ti­va mais com­ple­xa”, diz. “Já
não mais como be­bi­da, mas como plo as de­ter­mi­na­ções do có­di­go de em plás­ti­co, uma vez que você
in­gre­dien­te de uma in­fi­ni­da­de de in­ves­te nos mol­des e se tor­na pro­
do­ces. Tal­vez ne­nhum ou­tro produ­ Mudanças prie­tá­rio de­les, pode op­tar por N
to de consumo te­nha se tor­na­do um só na parte for­ne­ce­do­res. Há mi­lhões de fa­bri­
in­gre­dien­te tão ti­pi­ca­men­te bra­si­ posterior e can­tes de plás­ti­co no país. A ga­ran­
nas laterais
lei­ro como ele, in­dis­pen­sá­vel em tia do for­ne­ci­men­to é mui­to
“do­ces de fes­ta” como o bri­ga­dei­ro maior.” Para Bue­no, o
e em so­bre­me­sas como o pu­dim de con­su­mi­dor viu o plás­
lei­te, a pon­to de o Bra­sil ter se tor­ ti­co como “um so­pro
na­do, há al­gu­mas dé­ca­das, o maior de mo­der­ni­da­de” num
mer­ca­do mun­dial de lei­te con­den­ pro­du­to tra­di­cio­nal.

24 – embalagemmarca • ago 99
ANÁLISE

uma
especialista
na fce pharma
Jacqueline Belliboni, da
Hi Design, analisa a feira para EmbalagemMarca

s e exis­te um fa­tor bar­ran­do o


de­sen­vol­vi­men­to de em­ba­
la­gens di­fe­ren­cia­das para o
mun­do dos pro­du­tos far­
ma­cêu­ti­cos e dos me­di­ca­men­tos
ele se cha­ma con­ser­va­do­ris­mo.
Ao per­cor­rer os vá­rios cor­re­do­res
da tar­ja ver­me­lha (que
pas­sou de 1/3 para 1/10
da me­di­da do car­tu­cho).
En­f im tra­t a-se
mu­dan­ças que po­de­ría­
mos ca­rac­te­ri­zar como
“ma­quia­gem”.
de

da FCE Phar­ma – Ex­po­si­ção de Ou­tro as­pec­to que


For­ne­ce­do­res para a In­dús­tria Far­ se­gu­ra o de­sen­vol­vi­men­to
ma­cêu­ti­ca, rea­li­za­da pela Mil­ler de no­vas em­ba­la­gens é a
Free­man no pe­río­do de 6 a 8 de pró­pria na­tu­re­za dos pro­
ju­lho, no Expo Cen­ter Nor­te, em du­tos em ques­tão. Nor­mal­
São Pau­lo, fi­cou cla­ro que os men­te a apro­va­ção de um
fa­bri­can­tes de em­ba­la­gem es­tão re­mé­dio pres­su­põe uma
sen­do re­qui­si­ta­dos para aten­der sé­rie de tes­tes. No caso de
ape­nas al­gu­mas pe­que­nas mu­dan­ suas em­ba­la­gens a mes­ma
ças im­pos­tas pela lei 9.787 com exi­gên­cia é apli­ca­da: são
revogação prevista para o dia 10 ne­ces­sá­rios vá­rios tes­tes A ro­tu­la­do­ra ro­ta­ti­va Au­to­col foi es­pe­cial­men­te
de agos­to e que afe­ta di­re­ta­men­te de es­ta­bi­li­da­de, prin­ci­pal­ adap­ta­da para pro­du­tos far­ma­cêu­ti­cos, ro­dan­do a
ve­lo­ci­da­des en­tre 1 000 a 32 000 em­ba­la­gens/hora
al­guns as­pec­tos da em­ba­la­gem men­te de ma­te­riais, para
para es­tes pro­du­tos. ga­ran­tir que uma nova gi­co ain­da bem re­du­zi­do. Este foi
A maio­ria des­tes as­pec­tos re­fe­ em­ba­la­gem não rea­gi­rá com a subs­ o caso da ro­tu­la­do­ra da Kro­nes, a
re-se ao vi­sual da em­ba­la­gem tân­cia me­di­ca­men­to­sa ou vice-ver­sa. Au­to­col, es­pe­cial­men­te adap­ta­da
como o ta­ma­nho do nome ge­né­ri­ Mes­mo as­sim, ao an­dar na FCE para aten­der às ne­ces­si­da­des dos
co do pro­du­to em re­la­ção ao seu Phar­ma com olhos de ga­rim­pei­ra la­bo­ra­tó­rios. Além do da­ta­dor ou
fotos: divulgação

nome co­mer­cial; uso de có­di­go de do mun­do da em­ba­la­gem, pude co­di­fi­ca­dor a la­ser ou por jato de
bar­ras; im­pres­são com tin­ta rea­ti­ des­co­brir má­qui­nas e em­ba­la­gens tin­ta, a Au­to­col pode apli­car, au­to­
va; uso de la­cre ou selo de se­gu­ que, se não são ab­so­lu­ta­men­te ma­ti­ca­men­te, ró­tu­los auto-ade­si­
ran­ça em car­tu­chos; e o ta­ma­nho no­vi­da­de, têm seu uso mer­ca­do­ló­ vos ou slee­ve (tipo man­ga).

26 – embalagemmarca • ago 99
O mes­mo equi­pa­men­to pode ser dent”.
for­ne­ci­do com um dis­po­si­ti­vo mais Pa­ra­le­la­men­te à Fei­ra foi rea­li­
re­cen­te: um apli­ca­dor de bu­las com za­do o 4º Fó­rum Exe­cu­ti­vo de
ade­si­vo a quen­te. Todo o equi­pa­ Ne­gó­cios na Área Far­ma­cêu­ti­ca.
men­to foi pro­je­ta­do den­tro do con­ De to­das as dis­cus­sões le­va­das a
cei­to mo­du­lar, por­tan­to, cada cabo, a que mais des­per­tou a aten­
má­qui­na pode ser con­fi­gu­ra­da de ção dos par­ti­ci­pan­tes foi a re­la­ti­va
A nova
for­ma in­di­vi­dual, tra­ba­lhan­do com aos me­di­ca­men­tos ge­né­ri­cos. Nes­
ro­tu­la­do­ra da
até cin­co con­jun­tos di­fe­ren­tes de Bauch & Cam­pos te con­tex­to, con­vi­ve­riam quatro
ro­tu­la­gem. O equi­pa­men­to é ade­ é ideal para ca­te­go­rias de me­di­ca­men­tos –
quado também para a ro­tu­la­gem de car­tu­chos
mon­ta­dos ou
re­ fe­rên­cia, si­mi­la­res, bô­nus e
em­ba­la­gens bem pe­que­nas, como des­mon­ta­dos ge­ né­ri­co in­ter­cam­biá­vel.
fras­cos para co­lí­rio. A em­ba­la­gem tam­bém tem um
A Au­to­col pode ser com­ple­ pa­pel fun­da­men­tal nos me­di­ca­
men­ta­da com uma che­ca­do­ra para lí­qui­dos que ga­ran­te uma men­tos do tipo OTC (out of the
Check­mat que, atra­vés de uma do­sa­gem mais do que pre­ci­sa. coun­ter), ven­di­dos sem pres­cri­ção
câ­ma­ra, ins­pe­cio­na se os ró­tu­los To­dos os sis­te­mas da em­pre­sa mé­di­ca. Da­dos da As­so­cia­ção
fo­ram apli­ca­dos cor­re­ta­men­te e ba­seiam-se no con­cei­to de do­sa­ Bra­si­lei­ra da In­dús­tria de Pro­du­
vi­sua­li­za, in­clu­si­ve, seus sím­bo­los gem vo­lu­mé­tri­ca e seu ca­rá­ter tos para a Saú­de in­di­cam que no
e de­se­nhos. De­pen­den­do do ta­ma­ me­câ­ni­co pos­si­bi­li­ta a apli­ca­ção Bra­sil exis­tem hoje ape­nas de­ze­
nho dos ró­tu­los a ve­lo­ci­da­de da na­sal, tó­pi­ca, oral, trans­cu­tâ­nea ou no­ve cate­go­rias de pro­du­tos OTC.
Au­to­col pode va­riar de 1 000 a su­blin­gual de sus­pen­sões, so­lu­ No caso de um au­men­to nes­ta par­
32 000 em­ba­la­gens/hora; o diâ­me­ ções e for­mu­la­ções de alta vis­co­ ti­ci­pa­ção, os de­sig­ners de em­ba­la­
tro dos ró­tu­los pode ter en­tre 15 e si­da­de e à base de pós. gem de­ve­riam fi­car aler­tas pois é
125 mm e 40 e 350 mm de al­tu­ra . cer­to que o nú­me­ro de con­sul­tas
Ou­tra no­vi­da­de em ro­tu­la­gem Veículo de informações para se re­fa­zer ró­tu­los cres­ce­rá de
fi­cou por con­ta da Bauch & Cam­ Uma em­pre­sa fa­bri­can­te de fras­ for­ma sig­ni­fi­ca­ti­va. E es­tes ró­tu­
pos, que apre­sen­tou uma nova cos plás­ti­cos que pre­fe­riu não ser los de­ve­rão ser es­pe­cial­men­te ela­
má­qui­na es­pe­cí­fi­ca para o tra­ba­ iden­ti­fi­ca­da mas que ex­pu­nha na bo­ra­dos a fim de con­ter o maior
lho com cai­xas de car­tão mon­ta­ fei­ra, ga­ran­tiu que até o fi­nal des­te nú­me­ro de in­for­ma­ções pos­sí­veis
das ou des­mon­ta­das. A mes­ma ano es­ta­rá apre­sen­tan­do ao mer­ca­ para o con­su­mi­dor.
em­pre­sa apre­sen­tou uma ou­tra do bra­si­lei­ro um fras­co plás­ti­co Al­guns es­pe­cia­lis­tas che­gam
má­qui­na, tida como no­vi­da­de, pa­drão (po­lie­ti­le­no) com tam­pa a apos­tar que a boa em­ba­la­gem
para a apli­ca­ção de la­cres em car­ la­cre. Isto vem ao en­con­tro de po­de­rá ser o fa­tor de su­ces­so dos
tu­chos (se­guin­do a exi­gên­cia da ou­tra ten­dên­cia for­ta­le­ci­da na FCE OTC e o iní­cio de uma era onde
nova lei, con­for­me co­men­tei aci­ Phar­ma: a preo­cu­pa­ção em se as pes­soas ten­ta­rão pri­mei­ro
ma). de­sen­vol­ver em­ba­la­gens cada vez me­di­car-se, com cons­ciên­cia e
Na área de bi­cos e tam­pas, a mais “child proof” e “tam­per evi­ in­for­ma­ções su­fi­cien­tes e sé­rias,
gran­de ve­de­te da FCE an­tes de pro­cu­rar um
Phar­ma fo­ram os dis­po­si­ mé­di­co. Tra­ta-se da
ti­vos apre­sen­ta­dos pela auto-me­di­ca­ção res­pon­
ale­mã Pfeif­fer. A em­pre­sa sá­vel que se­gun­do a
mos­trou uma sé­rie de Or­ga­ni­za­ção Mun­dial
no­vi­da­des se­guin­do os de Saú­de só será pos­sí­
con­cei­tos de uni e bi­do­se. vel quan­do “po­lí­ti­cas
En­tre eles, des­ta­que para de saú­de efi­cien­tes per­
o sis­te­ma de bi­do­se para mi­ti­rem aos ci­da­dãos
pro­du­tos em pó, que com­ fa­zer es­co­lhas com
bi­na má­xi­ma pro­te­ção ao in­for­ma­ções su­fi­cien­
pro­du­to com fa­ci­li­da­de tes”. E qual será o gran­
na apli­ca­ção. Ou­tra no­vi­ de veí­cu­lo des­tas in­for­
Este sis­te­ma bi­do­se (à esquerda) foi es­pe­cial­men­te de­sen­vol­vi­
da­de foi a se­gun­da ge­ra­ do para a apli­ca­ção de me­di­ca­men­tos em pó . O novo sis­te­ma ma­ções? A em­ba­la­gem,
ção do sis­te­ma uni­do­se uni­do­se (à direita) para lí­qui­dos é es­te­ri­li­zá­vel. é cla­ro.

ago 99 • embalagemmarca – 27
CASE

No supermercado,
para saber qual
a função do copo, diferença na
gôndola
o consumidor
olha para dentro
dele e vê que
bebida contém

a Cis­p er Uti­l i­d a­d es


Do­més­ti­cas per­ce­beu
que os con­su­mi­do­res
de seus pro­du­tos pas­
sa­vam, mui­tas ve­zes, por si­tua­
ções cons­tran­ge­do­ras no ato da
com­pra. “O bra­si­lei­ro não sa­bia o
As antigas embalagens
dos copos de chope da
Cisper eram apenas
protetoras e informativas.
Com uma foto da
bebida entre eles, sua
finalidade se tornou clara
para o consumidor

copo cer­to para cada tipo de be­bi­


da”, con­ta Thel­ma Ro­dri­gues,
ge­ren­te de mar­ke­ting da di­vi­são.
andré godoy

“Eles ne­ces­si­ta­vam de mais in­for­


divulgação

ma­ções a res­pei­to dos pro­du­tos.


As em­ba­la­gens que usá­va­mos não
con­tri­buíam para es­cla­re­cer pos­sí­
veis dú­vi­das.” Para re­sol­ver o pro­ “A em­ba­la­gem an­ti­ga era ape­ York, pelo de­sign da em­ba­la­gem
ble­ma, de­tec­ta­do há cin­co anos, a nas pro­te­to­ra e in­for­ma­ti­va”, diz dos Co­pos para Chopp Pil­se­ner.
Cis­­per con­tra­tou a agên­cia Dil An­­to­nio Mu­niz Si­mas, di­re­tor- “A em­ba­la­gem tem de du­rar um
De­sign para ela­bo­rar uma nova pre­­si­den­te da Dil. “Apro­vei­ta­mos cer­to pe­río­do”, lem­bra Mu­niz
luva, um car­rier six-pack car­to­na­ a opor­tu­ni­da­de para nos co­mu­ni­ Si­mas. Essa cer­ta­men­te fun­cio­
do, para sua li­nha de Co­pos para car me­lhor com o con­su­mi­dor”, nou. Até hoje a Cis­per uti­li­za a
Chopp Pil­se­ner. O re­sul­ta­do foi ele ex­pli­ca. “A trans­pa­rên­cia e a mes­ma luva para seus co­pos.
tão bom que se es­ten­deu a ou­tras ima­­gem mos­tra­vam a fi­na­li­da­de A vi­dra­ria apro­vei­tou o êxi­to da
li­nhas de pro­du­tos da em­pre­sa. do copo.” idéia para lan­çar no­vos pro­du­tos
Thel­ma Ro­dri­gues, ge­ren­te de uti­li­zan­do o mes­mo con­cei­to na
Problema resolvido mar­ke­ting da Cis­per Uti­li­da­des em­ba­la­gem e re­for­mu­lar as lu­vas
A so­lu­ção en­con­tra­da foi mui­to Do­més­ti­cas, lem­bra que, des­sa de ou­tros itens de seu ca­tá­lo­go,
cria­ti­va. A luva de­se­nha­da pela for­ma, foi fei­to o link com a uti­li­ como as li­nhas Bis­trô Água, Vi­nho
Dil pos­sui em um dos seus la­dos za­ção do pro­du­to. Ape­sar de não Tin­to, Vi­nho Bran­co, Ma­nhat­tan
três aber­tu­ras, de modo que três di­vul­gar o vo­lu­me de ven­das do Rocks, Long Drink e Chopp Pil­se­
dos seis co­pos fi­cam ex­pos­tos. pro­du­to an­tes e de­pois da mu­dan­ ner 200ml. “A em­ba­la­gem cum­pre
Uma fo­to­gra­fia de cer­ve­ja co­lo­ca­ ça de em­ba­la­gem, a Cis­per afir­ma uma fun­ção edu­ca­ti­va e pos­si­bi­li­ta
da en­tre as duas fi­lei­ras de co­pos que o su­ces­so foi gran­de. “Te­mos um ga­nho de tem­po ao con­su­mi­dor
dá ao con­su­mi­dor a im­pres­são de cer­te­za de que con­tri­buí­mos mui­ no ato da com­pra, pois ele ra­pi­da­
que es­tão cheios de cho­pe. No to para tor­nar a vida dos nos­sos men­te iden­ti­fi­ca o copo cer­to”, diz
lado opos­to da em­ba­la­gem, que é clien­tes bem mais fá­cil na hora de Thel­ma. No caso, para o con­su­mi­
fe­cha­do, há uma foto do copo com­prar co­pos”, diz Thel­ma. A dor sa­­ber que copo uti­li­zar, bas­ta
cheio, ro­dea­do de quei­jo e ou­tros Dil tam­bém co­lheu fru­tos. Em olhar para den­tro dele na gôn­do­la
pe­tis­cos nor­mal­men­te as­so­cia­dos 1995, re­ce­beu o In­ter­na­tio­nal do su­per­mer­ca­do e ver que be­bi­da
ao con­su­mo da be­bi­da. Brand Pac­ka­ge Award, de Nova “está” lá.

28 – embalagemmarca • ago 99
MARCAS

o próximo passo de
bom bril
Em breve, a lã de
aço vai estar em
embalagem de
BOPP metalizado

f
azer di­fe­ren­te e fa­zer sem­
pre. Esse é o ca­mi­nho que a
Bom­bril, hoje Bom­bril-Ci­
rio, se­guiu ao lon­go de mais
de meio sé­cu­lo de exis­tên­cia
para trans­for­mar a mar­ca
Bom Bril numa das mais
lem­bra­das pe­los bra­si­lei­ros,
se­gun­do o Top of Mind do jor­nal
Fo­lha de S. Pau­lo. Evi­den­te­men­te,
a pro­pa­gan­da e o uso de um am­plo
ar­se­nal mer­ca­do­ló­gi­co fo­ram fun­
da­men­tais para que a ima­gem da
mar­ca se con­so­li­das­se des­sa for­ma.

Peça de co­mu­ni­ca­ção
No en­tan­to, sem dú­vi­da o en­vol­tó­ A embalagem como mídia: 60 milhões de impactos por mês
rio da lã de aço, evo­luin­do sem­pre
em con­so­nân­cia com os avan­ços lo­go­ti­po da in­con­fun­dí­vel em­ba­la­ – ago­ra em aca­ba­men­to mais rico
da arte e da tec­no­lo­gia de em­ba­la­ gem de Bom Bril. – pas­sou a ter fun­ção de mí­dia,
gem, tam­bém teve pa­pel cru­cial Ao fim dos úl­ti­mos cin­co de­cê­ vei­cu­lan­do men­sa­gens pu­bli­ci­tá­
na con­quis­ta de um lu­gar na men­ nios, a em­ba­la­gem da lã de aço rias de ou­tras mar­cas, a 1 cen­ta­vo
te dos con­su­mi­do­res. Pro­va­vel­ acon­di­cio­na­da no en­vol­tó­rio de por uni­da­de. Afi­nal, como lem­bra
men­te, a maio­ria das mi­lhões de co­res ver­me­lha e ama­re­la al­ta­ o ge­ren­te da mar­ca Bom Bril,
con­su­mi­do­ras não deve lem­brar, men­te con­tras­tan­tes tor­nou-se tão Al­fre­do Mot­ta, o es­pa­ço no ver­so
até por­que não ti­nha nas­ci­do, do sin­gu­lar que aca­bou se trans­for­ do pa­co­te re­pre­sen­ta até 60
car­tu­cho de pa­pel-car­tão que man­do numa ex­traor­di­ná­ria peça mi­lhões de im­pac­tos por mês, que
en­vol­via o pro­du­to em sua es­tréia de co­mu­ni­ca­ção. é o vo­lu­me de ven­das do pro­du­to.
no mer­ca­do. Mas di­fi­cil­men­te Tão ex­traor­di­ná­ria, na ver­da­ A cons­ciên­cia des­sa rea­li­da­de
al­gum bra­si­lei­ro dei­xa­rá de re­ter de, que, em nova e ra­di­cal mu­dan­ e sua uti­li­za­ção como ins­tru­men­to
na me­mó­ria a ima­gem oval com ça de seu vi­sual de­pois de vin­te de mar­ke­ting de­sem­bo­cou na já
as duas pa­la­vras que for­mam o anos sem al­te­ra­ções, a em­ba­la­gem dis­cu­ti­dís­si­ma par­ce­ria pro­mo­cio­

30 – embalagemmarca • ago 99
nal “Bom Bril qua­se de gra­ça”
com a Edi­to­ra Glo­bo, com ex­ce­
len­te re­sul­ta­do ime­dia­to: um sal­to
de 82,5% de mar­ket sha­re em
vo­lu­me em se­tem­bro/ou­tu­bro do
ano pas­sa­do para 84,2% em maio/
ju­nho des­te ano. So­men­te no
pe­río­do mar­ço/abril fo­ram ven­di­
das 900 000 uni­da­des de Bom Bril
mais do que no bi­mes­tre ja­nei­ro/
fe­ve­rei­ro.

Ter­cei­ra onda
A de­ci­são de subs­ti­tuir aque­la
em­ba­la­gem sim­ples, de po­lie­ti­le­
no, im­pres­sa em grá­fi­ca pró­pria ao
cus­to de 1 cen­ta­vo, por ou­tra mais
so­fis­ti­ca­da, for­ne­ci­da por um ter­
cei­ro, a Di­xie-Toga, pelo do­bro do
pre­ço, faz par­te de uma es­tra­té­gia
que Mot­ta des­cre­ve como in­se­ri­da
na ter­cei­ra onda do mar­ke­ting, a O futuro envoltório: brilho e sensação de qualidade transmitida
onda do mar­ke­ting sen­so­rial. Isso
tal­vez ex­pli­que por­que foi a Se­ra­ rial o pro­du­to ou ser­vi­ço gera En­tre elas, o ge­ren­te da mar­ca
gi­ni De­sign que de­sen­vol­veu a ex­pe­riên­cia sen­so­rial pra­ze­ro­sa”, Bom Bril cita o bri­lho e a sen­sa­
nova em­ba­la­gem de Bom Bril: seu en­si­na Mot­ta. O foco em­pre­sa­rial ção de qua­li­da­de trans­mi­ti­da.
só­cio-di­re­tor, Lin­coln Se­ra­gi­ni, pas­sa a ser mul­tio­rien­ta­do, e a per­ Mot­ta lem­bra que a fu­tu­ra
foi um dos pio­nei­ros nes­sa abor­ so­na­li­da­de, re­vo­lu­cio­ná­ria. Os em­ba­la­gem, em fase de amos­tras,
da­gem de mar­ke­ting no Bra­sil. exem­plos apre­sen­ta­dos pelo “deve aju­dar mui­to a cla­rear a
“A pri­mei­ra onda foi a do mar­ ge­ren­te da mar­ca Bom Bril para ques­tão do bri­lho, já que es­ta­mos
ke­ting de pro­du­to”, diz o ge­ren­te ilus­trar o caso são a loja Fao fa­lan­do de um pro­du­to cuja fun­
da mar­ca Bom Bril. Nela, ti­nham Schwartz, as ba­ta­tas Prin­gles e, ção é dar bri­lho a pa­ne­las, ta­lhe­res
re­le­vân­cia na de­ci­são de com­pra nes­se ca­mi­nho, o Bom Bril. e ou­tros uten­sí­lios do dia-a-dia”.
so­bre­tu­do os atri­bu­tos do pro­du­to. No em­ba­lo da onda atual e da Um dos ob­je­ti­vos da Bom­bril-
O foco em­pre­sa­rial era vol­ta­do ne­ces­si­da­de de fa­zer a mar­ca evo­ Ci­rio ao lan­çar a em­ba­la­gem me­ta­
para o de­sen­vol­vi­men­to dos pro­ luir e tor­nar-se cada vez mais for­ li­za­da da lã de aço é “dar uma
du­tos, com per­so­na­li­da­de mar­ca­da te, qual será o pró­xi­mo pas­so pre­ sen­sa­ção de prazer ao con­su­mi­
pelo ra­cio­nal. Exem­plos ci­ta­dos vis­to para a em­ba­la­gem da lã de dor”. Com essa es­tra­té­gia, Mot­ta
por Mot­ta: Omo e Com­fort. aço Bom Bril? É a me­ta­li­za­ção, acen­tua, a em­pre­sa re­for­ça a per­
“Na se­gun­da onda pre­do­mi­nou re­ve­la Al­fre­do Mot­ta. “Es­ta­mos cep­ção de va­lor da mar­ca. Isso, ele
o mar­ke­ting de mar­ca, a iden­ti­fi­ nos apro­xi­man­do dos for­ne­ce­do­ afir­ma, “jus­ti­fi­ca o pre­ço que pra­
ca­ção do con­su­mi­dor com a mar­ res de po­li­pro­pi­le­no bi-orien­ta­do ti­ca­mos e as­se­gu­ra para o con­su­
ca”, diz Al­fre­do Mot­ta. Aí o emo­ me­ta­li­za­do”, ele con­ta. “Uma mi­dor que está exer­cen­do a me­lhor
cio­nal tim­bra a per­so­na­li­da­de, em­ba­la­gem pro­du­zi­da com esse op­ção ao com­prar nos­so pro­du­to”.
sen­do exem­plos ex­pres­si­vos o ma­te­rial ofe­re­ce pos­si­bi­li­da­des de A em­ba­la­gem me­ta­li­za­da de Bom
Marl­bo­ro, o Free e a Nike. re­sul­ta­dos ex­ce­len­tes para o nos­so Bril estará nas gôn­do­las “nos pró­
“Na onda do mar­ke­ting sen­so­ pro­du­to, em di­ver­sos as­pec­tos.” xi­mos me­ses”.
MARCAS

a maçã com
marca
registrada
Empresa agrega valor a commodity e
amplia mercado com embalagem inovadora

d
emons­tra­ções da for­ça A em­pre­sa des­co­briu o ca­mi­nho Mô­ni­ca têm por alvo as crian­ças.
da em­ba­la­gem e da para di­fe­ren­ciar seu pro­du­to ao Pri­mei­ro, de­vi­do ao fas­cí­nio que os
mar­ca como fer­ra­men­ ob­ser­var o sur­gi­men­to de cres­cen­te per­so­na­gens exer­cem so­bre elas.
tas de ven­da po­dem ser nú­me­ro de le­gu­mes e ver­du­ras De­pois, pelo ta­ma­nho “in­fan­til”,
ob­ser­va­das a toda hora acon­di­cio­na­dos pron­tos para con­ das fru­tas. “É uma maçã me­nor, de
nos su­per­mer­ca­dos. Um su­mo. “Não adian­ta­va só co­lo­car a va­lor co­mer­cial re­du­zi­do”, con­ta
bom exem­plo são as maçã em um sa­qui­nho ou em iso­ Holtz. “Com a em­ba­la­gem, agre­ga­
Ma­çãs Tur­ma da Mô­ni­ca e Po­mel­ por com fil­me e di­zer que es­ta­va mos va­lor à fru­ta.”
le, da Fis­cher Frai­bur­go, maior em­ba­la­da”, con­ta Mar­ce­lo Holtz, Já a mar­ca Po­mel­le, lan­ça­da
pro­du­to­ra da fru­ta no país. Com o sub-ge­ren­te de ven­das da Fis­cher. cer­ca de seis me­ses de­pois da maçã
uso da­que­les po­de­ro­sos ins­tru­men­ “A idéia era criar uma mar­ca para Tur­ma da Mô­ni­ca, é vol­ta­da para a
tos, a em­pre­sa con­se­guiu sair da um pro­du­to até en­tão tra­ta­do como fa­mí­lia. Mais graú­da, a fru­ta é tam­
vala co­mum das com­mo­di­ties e com­mo­dity.” Afi­nal, se com ar­roz bém acon­di­cio­na­da em em­ba­la­
am­pliar o mer­ca­do. e com fei­jão ti­nha dado cer­to, por gens plás­ti­cas de 1 qui­lo e, como a
Hoje, os dois pro­du­tos es­tão que não com maçã? irmã mais ve­lha, igual­men­te se­le­
con­so­li­da­dos e pre­sen­tes nas gôn­ Foi, en­tão, as­si­na­do um con­tra­to cio­na­da e acon­di­cio­na­da sem con­
do­las das prin­ci­pais re­des de su­per­ de ex­plo­ra­ção da mar­ca com a ta­to ma­nual.
mer­ca­do. Na rea­li­da­de, mais do Mau­rí­cio de Sou­za Produções, do Além de in­for­ma­ções so­bre o
que sim­ples­men­te au­men­tar as pró­ cria­dor dos per­so­na­gens de qua­dri­ pro­du­tor, nú­me­ro de te­le­fo­ne de
prias ven­das, a Fis­cher inau­gu­rou nhos Mô­ni­ca, Ma­ga­li, Ce­bo­li­nha, aten­di­men­to ao con­su­mi­dor e có­di­
uma ten­dên­cia: na es­tei­ra de suas Cas­cão e o ca­chor­ro
Além dos
ma­çãs sur­gi­ram vá­rias ou­tras com Bidu, que pas­sa­ram a sacos, as
mar­ca no mer­ca­do. en­fei­tar uma no­vi­da­de: maçãs têm o
uma em­ba­la­gem de po­li­ apelo visual
A granel das caixas,
pro­pi­le­no para ma­çãs, usadas para
Tudo co­me­çou na Po­mel­le, em­pre­ com peso lí­qui­do de 1 empilhar
sa ad­qui­ri­da pela Fis­cher, de San­ta qui­lo. O saco, impresso
Ca­ta­ri­na, no iní­cio do ano pas­sa­do, em qua­tro co­res, tem
quan­do a di­re­to­ria con­cluiu que uma alça que fa­ci­li­ta o
Fotos: andré godoy

para au­men­tar os lu­cros era pre­ci­so trans­por­te – e a com­pra


agre­gar va­lor às ma­çãs. Não era – pelo con­su­mi­dor.
fá­cil, pois se tra­ta­va de um item Lan­ça­das em 1995,
co­mer­cia­li­za­do a gra­nel. as Ma­çãs Tur­ma da

32 – embalagemmarca • ago 99
go de bar­ras, pre­sen­tes nas em­ba­la­ dor fica sa­ben­do qual é a ori­gem.”
gens dos dois pro­du­tos, o saco de As van­ta­gens lo­gís­ti­cas do sis­
po­li­pro­pi­le­no da Po­mel­le traz te­ma de em­ba­la­gem das ma­çãs
in­for­ma­ções so­bre o va­lor nu­tri­cio­ com mar­ca re­pre­sen­tam ou­tro atra­
nal da maçã. O de­sign das em­ba­la­ ti­vo para o va­re­jis­ta. “Há me­nos
gens é de­sen­vol­vi­do pela pró­pria per­das e o ma­nu­seio é mui­to mais
Fis­cher, em par­ce­ria com a Mau­rí­ fá­cil”, afir­ma o sub-ge­ren­te de ven­
cio de Sou­za Produções, no caso das da Fis­cher. As ma­çãs em­ba­la­
das Ma­çãs Tur­ma da Mô­ni­ca. das con­ti­nuam a ser ven­di­das em
cai­xas de 18 qui­los, ou seja, com
No norte e no sul de­zoi­to sa­cos de 1 qui­lo por cai­xa
A cria­ção da maçã com mar­ca e de pa­pe­lão on­du­la­do, pa­le­ti­zá­vel e
em­ba­la­gem aju­dou a em­pre­sa a com boa apre­sen­ta­ção.
ex­pan­dir seu mer­ca­do. His­to­ri­ca­ Nas duas mar­cas as cai­xas de
men­te, os con­su­mi­do­res do sul do trans­por­te são de­co­ra­das, com as
país da­vam pre­fe­rên­cia a fru­tas res­pec­ti­vas lo­go­mar­cas, lo­go­ti­po
graú­das, mas isso não im­pe­diu o da em­pre­sa e per­so­na­gens de Mau­
su­ces­so das Ma­çãs Tur­ma da Mô­ni­ rí­cio de Sou­za, no caso es­pe­cí­fi­co.
ca na re­gião. “Com as fru­tas em­ba­ A cai­xa é uti­li­za­da como dis­play,
la­das, ti­ve­mos a chan­ce de pe­ne­trar ou­tra ten­dên­cia cada vez mais
no mer­ca­do do sul com um fru­ta ob­ser­va­da nas gran­des re­des de
me­nor, ga­nhan­do ca­nais de dis­tri­ auto-ser­vi­ço. “Res­pon­de­mos ao
bui­ção”, diz Wil­son Pas­sos, ge­ren­ que nos­sos clien­tes, os su­per­mer­
te de ven­das da Fis­cher. “Para ca­dos, exi­gem”, ex­pli­ca Pas­sos.
aque­le con­su­mi­dor, ven­de­mos O gros­so do fa­tu­ra­men­to da
Maçãs Tur­ma da Mô­ni­ca, não uma Fis­cher, po­rém, con­ti­nua sen­do
maçã miú­da”, com­ple­ta Holtz. O man­ti­do pe­las ven­das com­mo­di­ti­
mes­mo ocor­reu nas re­giões Nor­te e za­das. A cada ano, a em­pre­sa pro­
Nor­des­te. Lá, os con­su­mi­do­res pre­ duz cer­ca de 100 000 to­ne­la­das da
fe­riam ma­çãs me­no­res. Hoje, eles fru­ta; so­men­te 10%, em mé­dia, são
tam­bém con­so­mem ma­çãs mais acon­di­cio­na­dos em sa­cos plás­ti­cos.
graú­das – mais exa­ta­men­te, da Os ou­tros 90% ain­da são dis­tri­buí­
mar­ca Po­mel­le. dos em ban­de­jas acon­di­cio­na­das
Para ga­nhar efi­cá­cia, a Fis­cher em cai­xas de pa­pe­lão on­du­la­do de
cen­tra­li­zou a co­mer­cia­li­za­ção. As 18 qui­los. Em 1986, foi a pri­mei­ra
ma­çãs das duas mar­cas não pas­sam pro­du­to­ra bra­si­lei­ra a ex­por­tar
por en­tre­pos­tos de fru­tas e ver­du­ maçã. As fru­tas acon­di­cio­na­das em
ras. A em­pre­sa criou uma equi­pe sa­cos, no en­tan­to, só são dis­tri­buí­
especial de ven­das para ne­go­ciar das no mer­ca­do in­ter­no.
di­re­ta­men­te com os su­per­mer­ca­ O su­ces­so dos dois pro­du­tos
dos. Para com­ple­tar, pro­mo­to­ras da le­vou a Fischer, além de con­quis­tar
em­pre­sa cha­mam a aten­ção dos mer­ca­do e au­men­tar ven­das, a
con­su­mi­do­res nos pon­tos-de-ven­ ga­nhar, em 1997, o Top de Mar­ke­
da, dis­tri­buin­do fo­lhe­tos com in­for­ ting, con­ce­di­do pela ADVB –
ma­ções so­bre o pro­du­to e re­cei­tas As­so­cia­ção dos Di­ri­gen­tes de Ven­
que in­cluem des­de do­ces até um das do Bra­sil. Hoje, a em­pre­sa se
cu­rio­so ham­búr­guer com maçã. em­pe­nha em di­fun­dir a mar­ca Fis­
Es­ses não são os úni­cos fa­to­res cher, cujo lo­go­ti­po ga­nhou ti­po­lo­
do êxi­to das duas mar­cas. Foi fun­ gia mais mo­der­na, que per­mi­te
da­men­tal tam­bém a qua­li­da­de do maior iden­ti­fi­ca­ção com seus pro­
pro­du­to. “Quan­do se ven­dem fru­ du­tos: o pingo do “i” é uma fru­ta (a
tas já em­ba­la­das, ge­ral­men­te são em­pre­sa é tam­bém gran­de pro­du­
me­lho­res”, diz Holtz. “O con­su­mi­ to­ra de la­ran­ja e de kiwi).
MATERIAIS

migração de
Parte dos comestíveis vai para PET por causa da transparência
óleos
d
ife­ren­tes pes­qui­sas de A Cargill mantém o te-ame­ri­ca­no de in­ves­ti­men­tos
opi­nião so­bre em­ba­la­ óleo de soja em lata Ster­ling Lake, le­vam ao ex­tre­mo.
e em PET; outros
gens de óleos co­mes­tí­ sabores só em PET
De­pois de com­prar a Gra­no­sul, de
veis têm in­di­ca­do que Cu­ri­ti­ba, que de­ti­nha oito mar­cas
boa par­te dos con­su­mi­ de ali­men­tos, a em­pre­sa de­ci­diu
do­res as­so­ciam a trans­ uti­li­zar as duas prin­ci­pais – Ma­ria
pa­rên­cia com qua­li­da­de, além de e Vida – como guar­da-chu­vas de
se­gu­ran­ça, re­pre­sen­ta­da pelo fato di­fe­ren­tes pro­du­tos.
de po­der ver o con­teú­do. As en­que­ O óleo Ma­ria ga­nha sta­tus de
tes mos­tram tam­bém que o con­su­ um­brel­la brand de uma li­nha po­pu­
mi­dor vin­cu­la trans­pa­rên­cia a lar de ali­men­tos, como o Cre­me
luxo e va­lor agre­ga­do. Ma­ria com Azei­te de Oli­va e o
Em con­se­qüên­cia des­sas opi­ Óleo Ma­ria para Co­zi­nhar, com
niões, é cada vez maior o nú­me­ro Azei­te de Oli­va. Com este úl­ti­mo
de óleos co­mes­tí­veis co­mer­cia­li­ pro­du­to, acon­di­cio­na­do ex­clu­si­va­
za­dos em gar­ra­fas de PET. Ine­xis­ men­te em gar­ra­fa de PET de
ten­te há me­nos de dez anos no 900ml, a Vida Ali­men­tos inau­gu­ra
Bra­sil, essa em­ba­la­gem res­pon­deu um seg­men­to ain­da não ex­plo­ra­do
por 11,05% dos 1,972 bi­lhão de da em­pre­sa. Pos­te­rior­men­te, a gar­ no mer­ca­do na­cio­nal. É o dos
li­tros de óleo co­mes­tí­vel co­mer­ ra­fa de PVC foi subs­ti­tuí­da pela de óleos sa­bo­ri­za­dos com as mais
cia­li­za­dos no país em 1997, con­tra PET. A lata, no entanto, con­ti­nua di­ver­sas es­pe­cia­rias, mui­to co­muns
87,39% da lata (*), se­gun­do o sen­do a em­ba­la­gem mais pre­sen­te. na Eu­ro­pa. A op­ção pela gar­ra­fa
Da­ta­mark. A em­pre­sa, es­pe­cia­li­ Ao ado­tar a gar­ra­fa de PET, a de PET é ex­pli­ca­da por Re­gi­nal­do
za­da em in­for­ma­ções e es­tu­dos de Car­gill am­pliou seu uso para as San­tos, ge­ren­te de mar­ke­ting da
mer­ca­do so­bre em­ba­la­gens, es­ti­ ver­sões mi­lho, gi­ras­sol e ca­no­la Marcas
ma que em 1998 essa par­ti­ci­pa­ção da mar­ca Liza, além de soja. Por guarda-chu-
te­nha su­bi­do para apro­xi­ma­da­ ter suas ati­vi­da­des cen­tra­das na va, da Vida
men­te 16%, en­quan­to a lata cai­ria co­mer­cia­li­za­ção de ma­té­rias-pri­
para cer­ca de 82%. mas, o nome Car­gill não é re­co­
Os lan­ça­men­tos se acen­tua­ram nhe­ci­do pelo gran­de pú­bli­co. Por
re­cen­te­men­te. Pio­nei­ra no uso de isso, a em­pre­sa pre­ten­de in­cor­po­
em­ba­la­gens plás­ti­cas para óleos rá-lo aos pou­cos à mar­ca Liza, de
co­mes­tí­veis no Bra­sil, a Car­gill modo que a em­ba­la­gem exer­ça em
inau­gu­rou a al­ter­na­ti­va há doze sua ple­ni­tu­de a fun­ção de su­por­te
anos, com uma gar­ra­fa de PVC de mar­ca.
para o óleo Cla­ris. “Na épo­ca, era a
re­si­na dis­po­ní­vel mais ade­qua­da a A marca ao extremo
essa apli­ca­ção”, ex­pli­ca Vag­ner A uti­li­za­ção da mar­ca como mais
Ro­dri­gues, ge­ren­te de em­ba­la­gens um ins­tru­men­to de ven­da é um
fotos: divulgação

re­cur­so que os no­vos do­nos da


(*) O res­tan­te se di­vi­de en­tre gar­ra­fas de
PVC, com 1,41%, bom­bo­nas de po­li­pro­
mar­ca de óleo Ma­ria, a Vida Ali­
pi­le­no, com 0,04%, e tam­bo­res de aço, men­tos, per­ten­cen­te ao fun­do nor­
com 0,10%.

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em­pre­sa, com a idéia de que “o ros, “o con­su­mi­dor Soya, líder no
con­su­mi­dor per­ce­be su­pe­rio­ri­da­de va­lo­ri­za em­ba­la­ segmento de óleo
no pro­du­to acon­di­cio­na­do em gens trans­pa­ren­ de soja: lata e PET
em­ba­la­gem trans­pa­ren­te”. tes”. De­pois do
Já com a mar­ca Vida, a em­pre­ Soya a Ce­val ado­
sa, que tem por pú­bli­co as clas­ses tou os re­ci­pien­tes
C e D, pre­te­de atin­gir as clas­ses de PET tam­bém
mais al­tas. O nome vai as­si­nar uma para as mar­cas
li­nha de ali­men­tos vol­ta­da para a Sa­la­da e Pri­mor.
saú­de, como cre­mes ve­ge­tais e Tan­to Vag­ner
óleos es­pe­ciais. Den­tre es­tes des­ta­ Ro­dri­gues, da Car­
ca-se o óleo de gi­ras­sol Vida. gill, quanto Ger­
Lí­der de mer­ca­do, o óleo de son Me­dei­ros, da
soja Soya co­me­çou a ser co­mer­ Ce­val, re­co­nhe­
cia­li­za­do pela Ce­val em 1995, em cem que a luz e o
la­tas. Não de­mo­rou, po­rém, para oxi­gê­nio são fa­to­
que ado­tas­se tam­bém a gar­ra­fa de res que re­du­zem a
PET, na qual hoje são en­va­sa­dos vida útil do óleo. re­si­na plás­ti­ca? Pro­va­vel­men­te

andré godoy
25% do vo­lu­me to­tal, in­cluin­do as Am­bos, po­rém, di­zem que o pro­ não. O di­re­tor do Da­ta­mark, Gra­
em­ba­la­gens de 900ml e de 2,7 ble­ma foi con­tor­na­do com a apli­ ham Wal­lis, acre­di­ta que o PET só
li­tros. A em­pre­sa, aliás, foi a pri­ ca­ção de no­vas tec­no­lo­gias de vai subs­ti­tuir a lata e con­ti­nua­rá
mei­ra a lan­çar em gran­de es­ca­la a pro­ces­so e pro­du­to. O ob­je­ti­vo é au­men­tan­do sua par­ti­ci­pa­ção nas
em­ba­la­gem trans­pa­ren­te. dar ao con­su­mi­dor a opor­tu­ni­da­ mar­cas mais ven­di­das, so­bre­tu­do
Se­g un­d o Ger­s on Ru­b ens de de ad­qui­rir o óleo de sua pre­ os cha­ma­dos óleos es­pe­ciais – de
Me­dei­ros, ge­ren­te de pro­du­to da fe­rên­cia na em­ba­la­gem que acre­ ca­no­la, mi­lho e gi­ras­sol.
Ce­val, a pro­por­ção de um quar­to di­ta ser me­lhor, por ser trans­pa­ Por sua vez, em­bo­ra re­co­nhe­
do to­tal no uso do re­ci­pien­te plás­ ren­te (ver o qua­dro). cen­do que o PET “re­pre­sen­ta uma
ti­co deve-se a li­mi­ta­ções da ca­pa­ amea­ça à lata”, Elio Ce­pol­li­na,
ci­da­de pro­du­ti­va. Ele de­fen­de o As reais perspectivas coor­de­na­dor do Pro­la­ta (Pro­gra­ma
uso da gar­ra­fa de PET “por sua A su­ces­são de lan­ça­men­tos e o de Va­lo­ri­za­ção e In­cen­ti­vo ao Uso
pra­ti­ci­da­de, por ser uma ten­dên­cia au­men­to de par­ti­ci­pa­ção do PET da Em­ba­la­gem Me­tá­li­ca), lem­bra
mun­dial, por ser re­sis­ten­te e de no seg­men­to de óleos co­mes­tí­veis que a em­ba­la­gem con­cor­ren­te so­freu
fá­cil em­pi­lha­men­to, o que aju­da in­di­ca­ria uma ir­re­ver­sí­vel ten­dên­ pe­sa­da­men­te os efei­tos da des­va­lo­
no trans­por­te e na es­to­ca­gem do cia de subs­ti­tui­ção da tra­di­cio­nal ri­za­ção cam­bial ocor­ri­da no iní­cio
pro­duto”. Ade­mais, lem­bra Me­dei­ em­ba­la­gem de lata pela gar­ra­fa de do ano. Isso por­que, sen­do pro­du­zi­
do es­sen­cial­men­te com ma­té­ria-pri­
ma im­por­ta­da, o PET te­ria per­di­do
Transparente ou opaca? com­pe­ti­ti­vi­da­de para a lata, que não
im­por­ta in­su­mos bá­si­cos.
A trans­pa­rên­cia da em­ba­la­gem que im­pe­de a pe­ne­tra­ção de luz.
con­tri­bui para que o óleo A en­ge­nhei­ra ex­pli­ca que a
Nem por isso o se­tor está aco­
co­mes­tí­vel seja mais sau­dá­vel, ra­dia­ção da fai­xa ul­tra-vio­le­ta mo­da­do. Ao con­trá­rio, está in­ves­
como acre­di­tam mui­tos con­su­ (UV) da luz pro­vo­ca a oxi­da­ção, tin­do em tec­no­lo­gia, para po­der
mi­do­res? cau­san­do da­nos aos ali­men­tos. ofe­re­cer ao mer­ca­do em­ba­la­gens
Não, se­gun­do a en­ge­nhei­ra “No caso dos óleos, a pro­te­ção mais mo­der­nas e efi­ca­zes. Ce­pol­
agrô­no­ma Djal­va Ma­ria da ideal é a pro­pi­cia­da pela em­ba­la­ li­na cita o exem­plo da Com­pa­nhia
Nó­bre­ga San­ta­na, dou­to­ra em gem de lata ou mes­mo a car­to­ Me­ta­lúr­gi­ca Pra­da, da qual é vice-
Ciên­cia de Ali­men­tos da FEA/ na­da”, diz a doutora Djal­va. Ela pre­si­den­te. A em­pre­sa im­por­tou
Uni­camp, es­pe­cia­lis­ta em óleos põe em dú­vi­da a afir­ma­ção dos da Ale­ma­nha uma li­nha li­to­grá­fi­ca
e gor­du­ras e coor­de­na­do­ra do fa­bri­can­tes de que tec­no­lo­gias au­to­má­ti­ca, com ajus­tes com­pu­ta­
cur­so de En­ge­nha­ria de Ali­men­ de úl­ti­ma ge­ra­ção per­mi­tem que
do­ri­za­dos e o do­bro da ve­lo­ci­da­de
tos da Uni­ver­si­da­de Fe­de­ral a qua­li­da­de e o pra­zo de va­li­da­
das li­nhas con­ven­cio­nais para a
Ru­ral do Rio de Ja­nei­ro. Ela de de óleos ve­ge­tais se­jam os
de­fen­de a em­ba­la­gem opa­ca, mes­mos em lata e em PET.
fa­bri­ca­ção de la­tas de 900ml para
óleo co­mes­tí­vel.

ago 99 • embalagemmarca – 35
MATERIAIS

embalagem do terceiro
milênio
Brilho metálico é uma
tendência também para

e
produtos de massa

stá se tor­nan­do can­sa­ti­ cos e ou­tros de alto va­lor agre­ga­ aca­ba­men­to me­ta­li­za­do, com bri­
vo ou­vir que é cada vez do. Hoje, de for­ma cres­cen­te, os lho.”
mais vi­tal des­ta­car a pa­péis la­mi­na­dos, com bri­lho, A de­ci­são da Proc­ter & Gam­
mar­ca e o pro­du­to no vêm sen­do apli­ca­dos em pro­du­tos ble de uti­li­zar esse tipo de ma­te­
pon­to-de-ven­da, se se qui­ser per­ de mas­sa, de uso cor­ri­quei­ro, rial para seu sa­bão em pó pa­re­ce
ma­ne­cer no mer­ca­do. Tam­bém se como es­pon­jas de aço (ver re­por­ apoiar a opi­nião dos dois for­ne­ce­
re­pe­te sem pa­rar, em se­mi­ná­rios, ta­gem na pá­gi­na 30), be­bi­das do­res do car­tão la­mi­na­do e me­ta­
pa­les­tras, con­fe­rên­cias e ar­ti­gos al­coó­li­cas ba­ra­tas, cre­mes den­tais li­za­do: o pro­du­to é lí­der em ven­
es­cri­tos, que para con­se­guir des­ta­ e até sa­bão em pó. das no mun­do in­tei­ro, ex­ce­to no
que é pre­ci­so ino­var. Tudo isso Bra­sil, onde o pri­mei­ro lu­gar no
pode mes­mo ser re­pe­ti­ti­vo, mas o Sensação de high-tech ran­king é do Omo, da Gessy
fato é que es­sas ver­da­des têm a O exem­plo mais re­cen­te e mais Le­ver. Mas o Ariel che­gou com a
cada dia mais se­gui­do­res. Uma vi­sí­vel des­sa ten­dên­cia tal­vez seja de­ter­mi­na­ção do fa­bri­can­te de
das ino­va­ções que já se trans­for­ma o do Ariel. A cai­xa do sa­bão em avan­çar no mer­ca­do, para o que,
em ten­dên­cia é a de uso de pa­péis pó da Proc­ter & Gam­ble é fei­ta sem dú­vi­da, o aca­ba­men­to da
la­mi­na­dos com bri­lho me­tá­li­co com car­tão du­plex da Su­za­no, o em­ba­la­gem en­tra com enor­me
nas em­ba­la­gens. Bulk, la­mi­na­do e me­ta­li­za­do por for­ça. O bri­lho me­tá­li­co con­tri­bui
Até re­cen­te­men­te, eles eram dois for­ne­ce­do­res, a Má­la­ga Me­ta­ para que a cai­xa do pro­du­to –
uti­li­za­dos ape­nas em ar­ti­gos pre­ li­za­ção, de Osas­co, e a Bra­sil­co­te im­pres­sa em off-set ro­to­gra­va­do,
andré godoy

mium, como be­bi­das aloó­li­cas, In­dús­tria de Pa­péis, de Dia­de­ma, com as co­res bran­ca, ver­de (pre­
vi­nhos, cho­co­la­tes fi­nos, cos­mé­ti­ am­bas no Es­ta­do de São Pau­lo. A do­mi­nan­te) e azul fa­zen­do fun­do
im­pres­são é fei­ta pela Igel, para a mar­ca em ver­me­lho – se
do Rio Gran­de do Sul. des­ta­que nas gôn­do­las dos su­per­
“As em­ba­la­gens com mer­ca­dos. “A be­le­za da em­ba­la­
bri­lho me­tá­li­co são as gem se­duz o con­su­mi­dor”, acha
em­ba­la­gens do ter­cei­ro Elia­na, lem­bran­do que des­de o
mi­lê­nio”, de­fi­ne Ale­jan­ mo­men­to em que foi lan­ça­do o
dro Kie­nitz, di­re­tor da Ariel foi um su­ces­so de ven­das.
Bra­sil­co­te. “A sen­sa­ção Tan­to a ge­ren­te da Má­la­ga
que trans­mi­tem é hi-tech, quan­to o di­re­tor da Bra­sil­co­te res­
fu­tu­ris­ta”, ele diz. Elia­na sal­tam que, além de ofe­re­cer o
Agas­si, ge­ren­te co­mer­cial atra­ti­vo do bri­lho me­tá­li­co, o car­
da Má­la­ga, lem­bra que, tão du­plex da em­ba­la­gem do
nor­mal­men­te, o con­su­mi­ sa­bão em pó Ariel apre­sen­ta a
dor tem sua aten­ção atraí­ van­ta­gem de ser re­ves­ti­do com
da no pon­to-de- ven­da po­liés­ter. As­sim, eli­mi­na-se o pro­
pe­las em­ba­la­gens mais ble­ma da umi­da­de, que nos ca­sos
cha­ma­ti­vas. “Nes­se caso”, de em­ba­la­gens que não con­tam
Ariel, exemplo da ela con­si­de­ra, “ne­nhu­ma com essa pro­te­ção aca­bam cau­
nova tendência em­ba­la­gem é mais ade­ san­do per­das à con­su­mi­do­ra – e
qua­da do que as que têm pre­juí­zos à ima­gem da mar­ca.

36 – embalagemmarca • ago 99
ESTRATÉGIA

diminuir para
Rendimento maior
da produção na área

mais
de alumínio flexível
da Alcan reduz o
número de clientes e
eleva o faturamento ganhar
condições de oferecer
soluções antecipadas.
Nos ter­mos des­se con­
cei­to pri­mor­dial, a Al­can
não tra­ba­lha so­men­te com
alu­mí­nio fle­xí­vel, ma­té­ria-
pri­ma da qual é pro­du­to­ra.
Opera com ou­tros ma­te­
riais, também comoditiza­
dos, como pa­pel, BOPP
(po­li­pro­pi­le­no bi-orien­ta­
do), po­liés­ter e po­lie­ti­le­no,
en­tre ou­tros. Mas, obvia­
mente, o carro-chefe é o
alumínio. “So­mos a em­pre­
sa que me­lhor uti­li­za o alu­
mí­nio como so­lu­ção para o
clien­te”, afir­ma Mar­co
An­to­nio Fer­ra­ro­li, ge­ren­te
da di­vi­são.

Área, não peso


Mui­tas ve­zes, uti­li­zar
me­lhor o alu­mí­nio para
aten­der às ne­ces­si­da­des do
clien­te sig­ni­fi­ca uti­li­zá-lo

a
Em oito anos, as tampas de pote de iogurte ficaram 57% mais leves
me­nos. A re­du­ção de es­pes­
su­ra tem sido uma cons­tan­te no
di­vi­são de alu­mí­nio fle­ ne­ces­si­da­des. Na área de em­ba­la­ seg­men­to de fle­xí­veis. Por isso, a
xí­vel da Al­can tem 40% gens fle­xí­veis isso sig­ni­fi­ca sa­ber em­pre­sa evi­ta re­fe­rir-se a to­ne­la­
de clien­tes a me­nos do com­bi­nar ma­te­riais, so­man­do as das quan­do in­for­ma so­bre sua
que pos­suía em 1992. pro­prie­da­des de cada um de­les. pro­du­ção. O re­fe­ren­cial é área.
Ape­sar dis­so, da­que­le ano até hoje No caso específico da Alcan, cujo “Pro­du­zi­mos mais de 200 mi­lhões
o fa­tu­ra­men­to da em­pre­sa cres­ce produto básico é uma commodity, de me­tros qua­dra­dos de alu­mí­nio
em mé­dia 13% anualmente. Lí­der esse tipo de ação é o que pode ser fle­xí­vel por ano”, pre­fe­re di­zer
no seg­men­to, a Al­can con­se­guiu definitido como uma típica estra­ Fer­ra­ro­li. “A em­ba­la­gem que
isso de ma­nei­ra apa­ren­te­men­te tégia de relacionamento com o en­tre­ga­mos hoje é mais leve que a
fotos: divulgação

sim­ples: pas­sou a tra­ba­lhar mais cliente. No fundo, é simples: pro­du­zi­da cin­co anos atrás”, ele
pró­xi­mo dos clien­tes e, dessa tendo menos clientes, a empresa ex­pli­ca. “Se fa­lar­mos em to­ne­la­
maneira, es­pe­cia­li­zou-se em ofe­ se especializa em atendê-los de das, pas­sa­re­mos a im­pres­são de
re­cer a me­lhor so­lu­ção para suas forma personalizada e ganha que o mer­ca­do não está cres­cen­

38 – embalagemmarca • ago 99
do, quan­do, na ver­da­de, es­ta­mos
ofe­re­cen­do uma em­ba­la­gem com
ren­di­men­to maior.”
Fer­ra­ro­li cita como exem­plo a
tam­pa do pote de io­gur­te. Há oito
anos, a lâmina ti­nha es­pes­su­ra de
40 mi­cra. Hoje, é fei­ta de alu­mí­
nio com 9 mi­cra de es­pes­su­ra,
com­bi­na­do com fil­me de PET de
12 mi­cra. A combinação dos dois
materiais pro­pi­cia re­sis­tên­cia
me­câ­ni­ca. O peso da tam­pa caiu
de 119g/m2 para 53g/m2, ou seja,
fi­cou 57% mais leve.
Em­ba­la­gens para cal­do de ga­li­
nha tam­bém ti­ve­ram ga­nho de
ren­di­men­to, conta Ferraroli. Em
1994, pe­sa­vam 85g/m2. Hoje,
pe­sam 57,6 g/m2, 31% me­nos. No
processo de fabricação anterior
era uti­li­za­do alu­mí­nio de 15 mi­cra,
com­bi­na­do com ver­niz, hot­melt e
pa­pel. Atual­men­te, a es­pes­su­ra do Embalagens de café a vácuo feitas de alumínio flexível: tendência crescente
alu­mí­nio uti­li­za­do caiu pela me­ta­
de, e os de­mais ma­te­riais tam­bém
ti­ve­ram ali­via­men­to. ti­ca e de ali­men­tos, além de ter ali­men­tos. Con­sis­te numa com­bi­
bri­lho, atri­bu­to cada vez mais pre­ na­ção de PET, ade­si­vo, alu­mí­nio
Melhor solução sen­te nas em­ba­la­gens como ins­ fle­xí­vel e po­li­pro­pi­le­no. No Ja­pão,
“A Al­can não pode de­fen­der ape­ tru­men­to capaz de atrair a atenção o con­su­mi­dor já tem a op­ção de
nas o alu­mí­nio”, diz Fer­ra­ro­li. do con­su­mi­dor no pon­to-de-ven­da re­ti­rar o alu­mí­nio da em­ba­la­gem
“Pro­cu­ra­mos en­con­trar a me­lhor (ver re­por­ta­gem na pá­gi­na 34). quan­do qui­ser co­lo­cá-la no for­no
so­lu­ção para o clien­te, que, no O fato é que no­vas ten­dên­cias de mi­croon­das.
caso do io­gur­te, es­ta­va bus­can­do de con­su­mo in­di­cam boas pers­
pec­ti­vas de cres­ci­men­to para o Uma linha só
re­du­ção de cus­tos e me­lho­ria na
aber­tu­ra”, ele con­ta. “Isso foi alu­mí­nio fle­xí­vel. Cada vez mais, No se­tor de pro­du­tos far­ma­cêu­ti­
al­can­ça­do”, afirma o gerente da por exem­plo, vêm sen­do uti­li­za­ cos, a no­vi­da­de mais re­cen­te é o
divisão de flexíveis da Alcan. das em­ba­la­gens de café a vá­cuo blis­ter Alu-alu. Re­cém-lan­ça­do, o
Ape­sar da de­cla­ra­da neu­tra­li­ fei­tas des­se ma­te­rial, em subs­ti­tui­ produto já está con­quis­tan­do mer­
da­de, Fer­ra­ro­li, natural­men­te, ção às tra­di­cio­nais al­mo­fa­das de ca­do: os la­bo­ra­tó­rios Bris­tol e
de­fen­de o alu­mí­nio, base da re­cei­ po­li­pro­pi­le­no. Tam­bém uti­li­za Astra­Ze­ne­ca já o ado­ta­ram, in­for­
ta mun­dial de 8 bi­lhões de dó­la­res em­ba­la­gens de alu­mí­nio fle­xí­vel o ma Fer­ra­ro­li. O blis­ter Alu-alu
da empresa. En­tre os principais seg­men­to de ali­men­tos se­mi­pron­ tem alu­mí­no nas duas fa­ces, ofe­re­
atri­bu­tos do ma­te­rial, ele des­ta­ca tos, no qual a área de so­pas, so­zi­ cen­do pro­te­ção to­tal con­tra a luz,
o de que ofe­re­ce ex­ce­len­te bar­rei­ nha, cres­ceu 171% en­tre 1994 e uma van­ta­gem em re­la­ção ao tra­
ra con­tra luz, oxi­gê­nio e ga­ses. 1997. di­cio­nal, que tem um lado fei­to de
Além dis­so, se­gun­do Ma­ria Ou­tra no­vi­da­de cada vez mais PVC trans­pa­ren­te. Uma van­ta­gem
Inês Mar­tins, da área de de­sen­vol­ pre­sen­te nas gôn­do­las de su­per­ adi­cio­nal lem­bra­da pelo ge­ren­te
vi­men­to da di­vi­são de flexíveis, mer­ca­dos são as chamadas re­tor­ da di­vi­são de fle­xí­veis da Al­can é
“a im­pres­são em alu­mí­nio é mui­to ta­ble pou­ches, para ali­men­tos que no novo blis­ter o en­car­tu­cha­
su­pe­rior à fei­ta em pa­pel”. Ela se­mi­pron­tos. Tra­ta-se de uma men­to e a co­lo­ca­ção da bula
ar­gu­men­ta que o ma­te­rial trans­mi­ em­ba­la­gem her­mé­ti­ca, es­te­ri­li­zá­ po­dem ser fei­tos em uma só li­nha
te as­pec­to de lim­pe­za, mui­to va­lo­ vel, que dis­pen­sa con­ge­la­men­to, de pro­du­ção, re­du­zin­do o em­pre­
ri­za­do pe­las in­dús­trias far­ma­cêu­ re­fri­ge­ra­ção e con­ser­van­tes nos go de mão-de-obra.

ago 99 • embalagemmarca – 39
Display
Mais opções todeschini em cartão
em vinhos
As In­dús­trias To­des­chi­ni têm uma nova
A Casa Cor­de­lier está li­nha de ma­car­rão de gra­no duro. Para este
lan­çan­do dois vi­nhos lan­ça­men­to, a em­pre­sa de­sen­vol­veu em­ba­
sua­ves de mesa, um la­gens car­to­na­das de 500g, com vi­sual
bran­co e um tin­to, “clean”. A li­nha Gra­no Duro da To­des­chi­ni
am­bos com a mar­ca tem qua­tro ti­pos de ma­car­rão: es­pa­
Cas­te­lo. Agora em gue­te, pa­ra­fu­so,
agos­to está colocando pene e gra­va­ta.
no mercado dois
vi­nhos ar­gen­ti­nos com
a mar­ca Gran­ja União,
ad­qui­ri­da da Vi­ní­co­la
Rio­gran­den­se há
dois anos.

guia de coleta seletiva


O Com­pro­mis­so Em­pre­sa­rial para a Re­ci­cla­gem
(Cem­pre) lan­çou o Guia da Co­le­ta Se­le­ti­va de Lixo,
que tem por ob­je­ti­vo es­cla­re­cer dú­vi­das e pro­por
so­lu­ções para cria­ção e ge­ren­cia­men­to de pro­
gra­mas de co­le­ta se­le­ti­va por pre­fei­tu­ras, es­co­las,
con­do­mí­nios, en­tre ou­tros. O guia cus­ta R$ 15,00.
In­for­ma­ções no Cem­pre: (11) 852-5200.
Só a gripe não vai gostar
A Co­ris­ti­na D, an­ti­gri­pal fa­bri­ca­do
pela Sche­ring-Plough, teve a
em­ba­la­gem to­tal­men­te re­for­
mu­la­da pela Es­bo­ço De­sign,
de São Pau­lo. A car­te­la-blis­ter
e a cai­xa-dis­play
ga­nha­ram três fai­
xas co­lo­ri­das, que
re­me­tem às três
ca­ma­das do com­
pri­mi­do.

uma beleza de yakult!


A Ya­kult Cos­me­tics, di­vi­são de ne­gó­cios da
a boa de bico Ya­kult, lan­ça neste mês no mer­ca­do na­cio­nal
mais de 50 itens de cos­mé­ti­cos, como xam­
A Re­fi­na­ções de Mi­lho Bra­sil está lan­çan­do a maio­ne­
pus, de­so­do­ran­tes, ma­quia­gem e pro­du­tos
fotos: divulgação

se Hell­mann’s em em­ba­la­gem bag com bico do­sa­dor,


para tra­ta­men­to da pele. O Bra­sil será o pri­
que per­mi­te de­co­rar os ali­men­tos evi­tan­do des­per­dí­cios.
mei­ro país, de­pois do Ja­pão, a ter pro­du­tos
O in­ves­ti­men­to da RMB para o lan­ça­men­to da nova
da mar­ca para o mer­ca­do de cos­mé­ti­cos.
em­ba­la­gem foi de US$ 1 mi­lhão.

40 – embalagemmarca • ago 99
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Com sabor
vitaminado
A Ba­tá­via está lan­çan­do a Vi­ta­mi­
na de Fru­tas Ba­ta­vo nas ver­sões
“mais ma­mão com maçã e ba­na­
na” e “mais ba­na­na com maçã e
ma­mão”. O pro­du­to é acon­di­cio­
na­do em cai­xas lon­ga-vida de
200ml e 1 li­tro, com de­sign co­lo­ri­
do, com ima­gens de fru­tas, para
cha­mar a aten­ção dos jo­vens.
fotos: divulgação

As crianças vão adorar


A Par­ma­lat está co­lo­can­do no mer­ca­do o
Mo­lho Bar­be­cue com sa­bor de chur­ras­co, Menos irritação
de­sen­vol­vi­do à base de to­ma­te. O mo­lho, que
já é ofe­re­ci­do em re­des de fast-food, ago­ra
A ní­vea está co­lo­can­do no
mer­ca­do bra­si­lei­ro o de­so­
está sen­do ven­di­do para con­su­mo do­més­ti­co.
do­ran­te ae­ros­sol Sen­si­ti­ve,
O pro­du­to é apre­sen­ta­do em bis­na­gas de
im­por­ta­do da Ale­ma­nha,
400g e sa­chês de 10g.
sem ál­cool e sem co­ran­tes.
Se­gun­do a em­pre­sa, as
chan­ces de ir­ri­ta­bi­li­da­de da
pele sem es­ses com­po­nen­
tes são mui­to me­no­res. O
Novo Dreher pro­du­to está sen­do lan­ça­do
em duas ver­sões: Re­gu­lar e
O con­su­mi­dor do co­nha­que For Men.
Dre­her, fa­bri­ca­do pela Uni­
ted Dis­til­lers & Vint­ners
(UDV), tem nova op­ção de
em­ba­la­gem. A be­bi­da está
de cara nova: em­ba­la­gem
doy pack de 150ml, fa­bri­ca­
da em ma­te­rial me­ta­li­za­do
fle­xí­vel, com base es­tru­tu­ra­
da, o que per­mi­te co­lo­car o
pro­du­to em pé. A es­ti­ma­ti­va
da UDV é de que a nova
em­ba­la­gem fi­que com 10%
do vo­lu­me to­tal de pro­du­
ção do Dre­her.

42 – embalagemmarca • ago 99
Display
bom gosto com tradição
A tra­di­cio­nal fa­bri­can­te de do­ces
Co­lom­bo, mais co­nhe­ci­da pela ge­léia
de mo­co­tó, está re­for­mu­lan­do a mar­
ca e as em­ba­la­gens. O tra­ba­lho fi­cou
a car­go da M De­sign, que uni­fi­cou a
iden­ti­da­de vi­sual da mar­ca. A Ge­léia
de Mo­co­tó Co­lom­bo, car­ro che­fe da
em­pre­sa, con­ti­nua nos co­pos de vi­dro,
mas ga­nhou em­ba­la­gens Te­tra Pak.

fotos: divulgação
Nas cai­xi­nhas, onde o pro­du­to não
pode ser vi­sua­li­za­do, os sa­bo­res fram­
boe­sa, mo­ran­go, na­tu­ral, vi­ta­mi­na­da
e tut­ti-frut­ti, fo­ram apli­ca­das ilus­tra­

Tudo azul ções de uma co­lher com a ge­léia. Na


li­nha de Do­ces em Mas­sa Diet, com­
A Bom­bril-Ci­rio está lan­çan­do o pos­ta por mar­me­la­da, goia­ba­da e
de­sin­fe­tan­te Pi­nho Bril Ma­ri­ne, com doce de pês­se­go, as la­tas ga­nha­ram
po­der ger­mi­ci­da e bac­te­ri­ci­da. O lí­qui­do de­ta­lhes de fru­tas e flo­res que im­pri­
cha­ma a aten­ção por ser azul e vem mem um ca­rá­ter fino à em­ba­la­gem.
acon­di­cio­na­do em em­ba­la­gem PET
trans­pa­ren­te de 500ml e 1 li­tro.
Estojo chic
Pro­du­zi­do pela Al­lied Do­mecq Bra­sil, o tra­di­cio­nal brandy Do­mecq
menos 14 t de lixo está mu­dan­do o vi­sual. A em­pre­sa in­ves­tiu R$ 400 mil no lan­ça­men­to
de uma nova em­ba­la­gem para a be­bi­da. O brandy vem ago­ra em
A Pa­nam­co Bra­sil, maior fa­bri­can­te
novo es­to­jo, que va­lo­ri­za a
de Coca-Cola no país, já re­cu­pe­rou
mar­ca atra­vés de ele­men­tos
9,7 t de alu­mí­nio e 4,7 t de PET des­de
grá­fi­cos. A lo­go­mar­ca Do­mecq
que ins­ta­lou seu pri­mei­ro pos­to de
ga­nhou efei­to em alto re­le­vo,
com­pra de em­ba­la­gens des­car­táveis
ge­ran­do maior im­pac­to nas
na cidade de São Paulo, em fevereiro
gôn­do­las. O novo lay-out for­
último. Hoje, com dois postos, a
ma um mo­sai­co quan­do as
empresa pensa em ou­tros no in­te­rior
em­ba­la­gens fi­cam agru­pa­das.
e no li­to­ral do Es­ta­do. O pro­je­to
“Coca-Cola Reciclou, Ganhou” é
uma parceria com a Al­can, com a
Plas­ti­pack e com a Amplitude.

valorizando o produto pela embalagem


A In­dús­tria de Be­bi­das Pa­ris es­co­lheu a da cor azul, e o con­tra-ró­tu­lo, de­sen­vol­
gar­ra­fa de vi­dro per­so­na­li­za­da para vi­dos pela WB2, de São Pau­lo, lem­
des­ta­car o Co­nha­que Nau­ti­lus para o bram uma car­ta náu­ti­ca (o nome Nau­
con­su­mi­dor. “Es­ta­mos va­lo­ri­zan­do nos­ ti­lus vem de uma con­cha que exis­te
so pro­du­to pela em­ba­la­gem”, afir­ma há mi­lha­res de anos, que emer­ge e
Car­los Sér­gio de Abreu, ge­ren­te de sub­mer­ge uti­li­zan­do ape­nas a água.
mar­ke­ting da IBP. A em­ba­la­gem de Foi daí que nas­ceu o prin­cí­pio do sub­
970ml do co­nha­que de gen­gi­bre tem ma­ri­no. O Nau­ti­lus, das “20.000
um ti­mão de na­vio em alto re­le­vo. O Lé­guas Sub­ma­ri­nas”, de Jú­lio Ver­ne,
ró­tu­lo, me­ta­li­za­do e com pre­do­mi­nân­cia re­ce­beu o nome pelo mes­mo mo­ti­vo).

44 – embalagemmarca • ago 99
Display
Tempero caseiro flexibilidade e
A Aji­no­mo­to In­te­ra­me­ri­ca­na
eficiencia
está am­plian­do sua li­nha de
tem­pe­ros com o “Re­cei­ta de A em­pre­sa ca­na­den­se Naya Inc., que
Casa”, em­ba­la­do em po­tes comercializa a água mi­ne­ral Naya na
plás­ti­cos trans­pa­ren­tes de 450g Amé­ri­ca do Nor­te e em par­tes da Ásia e
e tam­pa de ros­ca. A em­pre­sa da Eu­ro­pa, faz da qua­li­da­de de seus pro­
de­mo­rou dois anos para de­sen­ du­tos uma de suas prin­ci­pais ban­dei­ras.
vol­ver o tem­pe­ro em pas­ta, uti­ Como acon­te­ce com as ou­tras eta­pas do
li­zan­do vá­rias pes­qui­sas de pro­ces­so, a co­di­fi­ca­ção a jato de tin­ta
mer­ca­do. O pro­du­to che­ga ao das gar­ra­fas de PET é ob­je­to de aten­ção
mer­ca­do em duas ver­sões, com es­pe­cial por par­te da em­pre­sa.
e sem pi­men­ta, e é dis­tri­buí­do “Uma gar­ra­fa da Naya não sai da fá­bri­ca
ape­nas no Es­ta­do de São Pau­lo. sem ter o có­di­go de pro­du­ção e a data de
va­li­da­de im­pres­sos nela”, diz Ser­ge Al­lai­
re, di­re­tor da em­pre­sa. “Te­mos de se­guir
al­gu­mas exi­gên­cias le­gais e dos con­su­
mi­do­res, es­pe­cial­men­te nas gar­ra­fas ven­
di­das para os Es­ta­dos Uni­dos, mas usa­
energia pura mos a co­di­fi­ca­ção tam­bém por ques­tões
in­ter­nas de ras­trea­bi­li­da­de”, ele ex­pli­ca.
Com fór­mu­la da Áus­ “Com os có­di­gos das li­nhas de pro­du­ção
tria e pro­du­zi­da nos e a hora do en­gar­ra­fa­men­to re­gis­tra­dos
Es­ta­dos Uni­dos, a be­bi­ tor­na-se mais fá­cil des­co­brir as pos­sí­veis
da ener­gé­ti­ca Blue cau­sas de even­tuais pro­ble­mas.”
Energy tem dois in­gre­ No pri­mei­ro se­mes­tre de 1999, a Naya
dien­tes bra­si­lei­rís­si­mos: subs­ti­tuiu seus co­di­fi­ca­do­res por im­pres­

Diferenciação a em­ba­la­gem e a mar­


ca, cria­das pela Lo
so­ras S4 Plus Hi-P65 1.2M, da Ima­je, que

pela tampa
têm o ca­be­ço­te e o ga­bi­ne­te blin­da­dos
Schia­vo De­sign Group. em cai­xa pres­su­ri­za­da de aço ino­xi­dá­vel,
As em­ba­la­gens de xam­pus e con­di­ A lata tem a pre­do­mi­ com pro­te­ção IP65 con­tra água e poei­ra.
cio­na­do­res Seda es­tão com for­ma­ nân­cia da cor azul, com Para a Naya, que tem três li­nhas de pro­
to mais ar­re­don­da­do e com tam­pa di­ze­res em ver­me­lho e du­ção tra­ba­lhan­do 24 ho­ras por dia, sete
mais re­sis­ten­te. O ró­tu­lo tem maior bran­co. O pro­du­to é dias por se­ma­na, a con­fia­bi­li­da­de do
de­fi­ni­ção do de­se­nho de fun­do e o en­con­tra­do em São equi­pa­men­to e as ca­rac­te­rís­ti­cas de pro­
con­tra-ró­tu­lo re­ce­beu ilus­tra­ções Pau­lo (ca­pi­tal e in­te­rior) te­ção são fun­da­men­tais, na me­di­da em
de fios de ca­be­lo e in­for­ma­ções e no nor­des­te, mas há que per­mi­tem a la­va­gem do co­di­fi­ca­dor
mais di­dá­ti­cas so­bre o uso do pro­ pla­nos de in­ten­si­fi­car a du­ran­te a ope­ra­ção. Além dis­so, co­lo­ca­
du­to. A tam­pa tem for­ma­to ar­re­don­ dis­tri­bui­ção, com a dos so­bre uma base mó­vel, os co­di­fi­ca­
da­do para o xam­pu e qua­dra­do cons­tru­ção de uma do­res po­dem ser trans­por­ta­dos fa­cil­men­
para o con­di­cio­na­dor, fa­ci­li­tan­do a fá­bri­ca de re­fri­ge­ran­tes te de uma li­nha a ou­tra, o que au­men­ta a
di­fe­ren­cia­ção en­tre os pro­du­tos. ener­gé­ti­cos no Bra­sil fle­xi­bi­li­da­de e a efi­ciên­cia do pro­ces­so.
até o fim do ano.
EVENTOS

• Aluminium South America’99 mé­dia de ex­pan­são no mun­do gira bro em Chi­ca­go, EUA. Maiores
– A maior e mais tra­di­cio­nal fei­ra em tor­no de 6%. In­for­ma­ções: in­for­ma­ções: tel. (11) 5181-4088.
do se­tor, será rea­li­za­da pela pri­ telefone (11) 5505-7272, ra­mal
mei­ra vez este ano no Bra­sil de 1º 707, fax (11) 5505-7872 ou e-mail • In­ter­phex South Ame­ri­ca – de
a 3 de se­tem­bro no Cen­tro Têx­til info@ree­dex­po.com.br. 19 a 21 de ou­tu­bro no In­ter­na­tio­
– In­ter­na­tio­nal Tra­de Mart, em São nal Tra­de Mart, em São Pau­lo.
Pau­lo. A úl­ti­ma edi­ção da fei­ra, • Cosmoprof Cosmética – Será Fei­ra des­ti­na­da à in­dús­tria far­ma­
rea­li­za­da em Es­sen, na Ale­ma­nha, realizada de 10 a 13 de setembro cêu­ti­ca. Vai mos­trar as mais
em se­tem­bro do ano pas­sa­do, no Parque Anhembi (São Paulo, re­cen­tes ino­va­ções tec­no­ló­gi­cas
con­tou com a par­ti­ci­pa­ção de 347 SP) a Cosmoprof Cosmética, feira do se­tor, que mo­vi­men­ta US$ 10
ex­po­si­to­res de 27 paí­ses. Para a que abrange setores que vão de bi­lhões por ano. É co­li­ga­da às fei­
edi­ção bra­si­lei­ra do even­to, 43 matérias-primas e embalagens ras In­ter­phex (EUA), In­ter­phex
em­pre­sas (14 bra­si­lei­ras e 29 aos nomes mais conhecidos de West (EUA), In­ter­phex Eu­ro­pa,
es­tran­gei­ras) já con­fir­ma­ram a par­ produtos nas áreas de cosmé­ In­ter­phex Rei­no Uni­do, In­ter­phex
ti­ci­pa­ção. Pa­ra­le­la­men­te à fei­ra vai ticos e perfumes, com expositores Ja­pão e In­ter­phex Cin­ga­pu­ra.
acon­te­cer o V Se­mi­ná­rio In­ter­na­ de diversos países. Informações In­for­ma­ções: tel. (11) 5505-7272,
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ago 99 • embalagemmarca – 49
Almanaque
Mercosul O futuro que já foi...
Du­ran­te o sé­cu­lo XIX, a erva- Há pou­co mais de dez anos, as tam­
mate, na­tu­ral da ba­cia dos rios pas de ros­ca fei­tas de alu­mí­nio, para
Pa­ra­guai e Pa­ra­ná, fez a for­tu­na re­fri­ge­ran­tes acon­di­cio­na­dos em gar­
dos gran­des fa­zen­dei­ros da re­gião ra­fas one-way, eram sau­da­das como
sul do Bra­sil. Era ex­plo­ra­da no uma ex­traor­di­ná­ria ino­va­ção no mer­
Pa­ra­ná, no Mato Gros­so, em San­ta ca­do. Um ano de­pois ha­viam sido
Ca­ta­ri­na e no Rio Gran­de do Sul. subs­ti­tuí­das de­fi­ni­ti­va­men­te pe­las
Em 1919, o Bra­sil ex­por­ta­va 90 tam­pas plás­ti­cas.
200 to­ne­la­das do pro­du­to. O prin­
ci­pal com­pra­dor era a Ar­gen­ti­na, ... e o que não chega
que a par­tir dos anos 20 se tor­nou
pro­du­to­ra, e ex­por­ta­do­ra. O Uru­ Em 1988 fa­la­va-se que dei­xa­ra de ser
guai tam­bém pas­sou a pro­du­zir. As mito a his­tó­ria da lata que gela sem
ex­por­ta­ções pa­ra­ram e o Bra­sil pre­ci­sar ir ao re­fri­ge­ra­dor. No­tí­cias
che­gou a im­por­tar dos dois paí­ses. di­ziam que, já uti­li­za­da no Ja­pão pela
As em­ba­la­gens de trans­por­te eram Gek­kei­kan, para acon­di­cio­nar sa­quê,
bar­ri­cas de ma­dei­ra, com ró­tu­los em bre­ve a no­vi­da­de to­ma­ria con­ta
de pa­pel com vi­sual ca­pri­cha­do, dos EUA e, de­pois, do mun­do. Des­de
im­pres­sos em qua­dri­cro­mia. en­tão não se fala mais nis­so.

Tecnologia síria
Duro de mudar
Da­tam de 1500 a. C., na Ba­bi­lô­nia,
os pri­mei­ros re­gis­tros da mol­da­gem A em­ba­la­gem
de fras­cos de vi­dro. De­mo­ra­ria mais do Fer­men­to em
de 1 400 anos para que fos­se in­tro­ Pó Ro­yal en­car­na
du­zi­do no pro­ces­so de fa­bri­ca­ção um au­tên­ti­co
um im­por­tan­te avan­ço téc­ni­co, a mo­de­lo de re­sis­
“cana de as­so­pro”. In­ven­ta­do na tên­cia a mu­dan­ças.
Sí­ria, por vol­ta do ano 100 a. C., O ró­tu­lo da la­ti­nha
esse ins­tru­men­to pos­si­bi­li­tou a mul­ ci­lín­dri­ca man­tém-
tiplicação da pro­du­ção de ob­je­tos de se pra­ti­ca­men­te
vi­dro. É uti­li­za­do até hoje em em­ba­ igual ao que era no fi­nal do sé­cu­lo pas­sa­do,
la­gens e ou­tros ar­ti­gos de vi­dro pro­ a não ser pelo fato de que o pro­du­to en­tão
duzidos de forma semi-artesanal. se cha­ma­va Real Fer­men­to In­glez.

Você sabia?
• A en­tre­ga do­mi­ci­liar de lei­te, em gar­ra­fas de vi­dro fe­cha­das,
foi in­ven­ta­da em 1884, nos Es­ta­dos Uni­dos, por um ho­mem
de so­bre­no­me That­cher.
• Diz a len­da que a Coca-Coca foi in­ven­ta­da por aca­so, na
far­má­cia Ja­cob’s, em Atlanta (EUA), quan­do o far­ma­cêu­ti­co aci­
den­tal­men­te mis­tu­rou xa­ro­pe açu­ca­ra­do com água ga­so­sa, em
vez de usar água sem gás. Foi em 1886. Du­ran­te oito anos foi
ven­di­da a gra­nel. Só em 1894 pas­sou a ser en­gar­ra­fa­da.

50 – embalagemmarca • ago 99

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