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I DOS FATOS
Asplnio, funcionrio pblico estadual, no horrio de expediente, solicitou a Tarso
a quantia de R$ 2.000,00, em espcie, como condio para extraviar autos de processo
criminal, momento em que foi preso em flagrante, ainda que antes de efetivar a conduta.
autos.
II DOS FUNDAMENTOS
Estabelece o art. 5, inciso LXV, da Constituio Federal que a priso ilegal ser
imediatamente relaxada pela autoridade judiciria.
Infere-se do referido dispositivo legal que a liberdade a regra, enquanto a priso,
a exceo, o que vem de encontro ao princpio constitucional da presuno de inocncia.
Diante da exposio dos fatos tem-se que a requerente faz jus concesso do
relaxamento de priso, posto ter sido restringido ilegalmente em sua liberdade.
O delito previsto da narrativa dos fatos coaduna-se com o tipo penal descrito no
art. 317, do Cdigo Penal, j que lhe foi imputado como fato criminoso a solicitao direta,
valendo-se da sua qualidade de funcionrio pblico, de vantagem indevida para que
extraviasse autos criminais ou sequer recebesse a vantagem solicitada.
No entanto, o flagrante deu-se antes prtica da conduta descrita no ncleo do tipo,
no iniciando o agente a fase executria do delito, razo pela qual no h que como lhe
ser imputada a conduta criminosa.
Tem-se, ademais, que o suplicante primrio, portador de bons antecedentes e
no oferece maiores riscos sociedade, comprometendo-se, desde j, a comparecer a
juzo, pelo que no h motivo para a decretao da custdia cautelar.
III DO PEDIDO
Assim, no estando caracterizados os motivos justificadores da priso cautelar,
requer a Vossa Excelncia determinar o relaxamento da priso, colocando-se o indiciado
em liberdade, mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo, quando
intimado, expedindo o alvar de soltura.
Termos em que, ouvido previamente o ilustre representante do Ministrio Pblico,
Pede deferimento.
Nome da cidade, data.
Defensor Pblico
Querelante