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Os Modelos de Comunicação

Uma infinidade de estudos procura explicar como acontece a “interacção social


através de mensagens” ou seja, a comunicação entre pessoas.
Estando a comunicação presente em todas as áreas epistemológicas, existem
modelos de comunicação oriundos de ciências diversas.

Modelo de Base Linear de Lasswell

Toda a investigação que está interligada com a comunicação foi marcada por
um artigo onde se descreve o acto de comunicar, publicado em 1948 pelo
americano Harold Lasswell. Este mesmo artigo dividia o acto da comunicação
em 5 partes, sendo cada parte representada por um elemento. Segundo
Lasswell descrever o processo de comunicação é seguir um trajecto
unidireccional, é responder as seguintes questões: a quem, diz o quê, por que
canal, a quem e com que efeito. Quem, diz respeito ao emissor, aos factores
que dão início e orientam o acto; Diz o quê, é a mensagem, aqui integra-se
uma análise do conteúdo; por que canal, é o meio, com esta pergunta e
através de uma análise dos meios ficamos a saber se são meios interpessoais
ou de massas; a quem, são as pessoas atingidas por esses meios, esta
pergunta envolve uma análise da “audiência”; e por último, com que efeito, diz
respeito ao impacto exercido pela mensagem sobre a “audiência”.

E sq ue ma li n e ar d a comu n i caç ão de Lassw e l l

COM QUE
QUEM
DIZ O QUÊ ATRAVÉS A QUEM EFEITO
DE
emissor mensagem medium receptor
impacto
• É um esquema basicamente descritivo e a finalidade é estabelecer a
análise dos actos comunicativos.

Baseia-se em três premissas consistentes:

• É um processo assimétrico, com um emissor activo que produz o estímulo


para um público (receptores) passivo;

• É um processo comunicativo intencional, tendo por objectivo obter um


determinado efeito observável e susceptível de ser avaliado;

• É um processo em que os papéis do emissor e do receptor surgem


isolados, independentemente das relações sociais, culturais e situacionais em
que se realiza o acto comunicativo.
Modelo Linear de Shannon e Weaver

Quase na mesma altura que Lasswell apresentou as cinco perguntas, os


teóricos Shannon e Weaver surgem com novos estudos, sendo estes
influenciados pelo primeiro.

A teoria destes é essencialmente matemática, esta vai permitir estudar a


quantidade de informação que uma mensagem é detentora e a capacidade de
transmissão de um determinado canal.

O modelo de Shannon e Weaver é também um modelo linear, constituído por


seis elementos, estes foram inicialmente gerados para apresentar aspectos
técnicos das telecomunicações mas posteriormente foram alargados às
ciências sociais e humanas.

Segundo esta teoria matemática a comunicação estabelece-se perante uma


fonte de informação sendo esta o momento da produção da mensagem, esta
mensagem é transformada pelo transmissor para posteriormente prosseguir
com o envio dessa mensagem por um canal, aqui surge um novo termo a
fonte de ruído, esta não é desejada pela fonte, pois vai distorcer a mensagem.
De seguida a mensagem é enviada para o receptor, este recebe o sinal
transmitido pela fonte para poder alcançar o ponto de achegada, o destino.

No que concerne o modelo de base linear, o cientista Lasswell é um dos


autores mais representativos desta corrente, uma vez que influenciou os
estudos relacionados com o fenómeno da comunicação. Este apresenta a
comunicação como a transmissão de mensagens entre dois pontos (emissor e
receptor) e num único sentido. Em 1948, Lasswel considera que uma forma
adequada para se descrever um acto de comunicação consiste em responder
às seguintes questões:

• Quem? (Emissor), Diz o quê? (Mensagem), Por que canal? (Meio), A quem?
(Receptor), Com que efeito? (Efeito).

Este esquema tem como objectivo estabelecer a análise dos processos de


comunicação de massa .

Praticamente ao mesmo tempo que Lasswel, surge o modelo de Shannon e


Weaver em 1949, sendo também como que um exemplo para outros modelos
comunicativos.

Este modelo foi concebido, como modelo matemático, para permitir a


transmissão de um conjunto de informações quantificáveis de um lugar para
outro.
• Origem; Transmissor; Mensagem; Sinal; Canal; Sinal; Receptor; Mensagem;
Destino

Este esquema, de seis elementos, descreve a comunicação como um processo


linear e unidireccional.

Esquema de Schramm

• Campo experiencial comum

• (alargamento da noção de codificação e de descodificação)

• Influência exercida mutuamente entre os participantes através da


retroacção (feed-back).

transceiver

"
transmetter " e de "receiver ",

ambivalência do homem comunicante


emissor e de receptor

Emerec
"
émetteu r-récepteur ".

Modelos de Base Cibernética

Norbert Wiener, criador da Cibernética, define-a como a consciência


tecnológica do homem, ou seja, a crescente necessidade de criação de
máquinas que imitem o comportamento do ser humano, podendo abordar
áreas de conhecimento tão vastas como a filosofia, a sociologia, entre
outros. O seu livro Cibernética e Sociedade surge como uma espécie de
resposta à crítica da Cibernética como «desumanização do homem»,
segundo o próprio autor. É certo que o ser humano tem tendência para a
desorganização, a entropia, bem como, em princípio, todos os sistemas
fechados, que tendem a deteriorar-se, passando para um estado de maior
probabilidade, de caos. Porém, podem também ser considerados sistemas
que, apesar de limitada e temporária, podem tender para a organização: eis
o contexto em que se desenvolve a Cibernética. A palavra «Cibernética»,
segundo Wiener, advém do termo «kubernetes», o equivalente grego de
piloto. Ora, sendo o «piloto» aquele que comunica e controla, transmite uma
mensagem cuja informação é apenas acessível por ele, da mesma maneira
que, quando recebe uma mensagem, apenas o emissor dela pode aceder-
lhe na totalidade. Daí a necessidade de controlo, comando em relação em
relação a alguém, que responde à mensagem que o «piloto» envia, de
maneira a que este saiba se ela foi entendida e cumprida. Assim, para
Wiener, toda a sociedade deveria girar à volta desta ideia, e ser entendida
através do estudo das mensagens e facilidades de comunicação entre o
homem e o homem, o homem e a máquina, e a máquina e a máquina. De
facto, dar uma ordem de controlo a uma máquina não difere muito de fazê-
lo, actualmente, com um ser humano, na medida em que, em ambos os
casos, tratando-se de um mecanismo cibernético, há a consciência da
ordem emitida e do sinal de volta que o receptor envia, para que se saiba se
a ordem foi entendida. Clarificando esta ideia de mecanismo cibernético, é
aquele que altera o seu comportamento face a uma informação do exterior,
auto-regulando a sua acção.

Os modelos cibernéticos integram o feedback e a retroacção como elementos


reguladores da circularidade da informação. Norber Wiener, autor deste
modelo, considera a base cibernética como uma área interdisciplinar que
abrange “todo o campo da teoria do controlo e comunicação, na máquina ou no
animal”.
Relativamente aos modelos de comunicação interpessoal verifica-se que estes
se inspiram nos modelos de base cibernética, uma vez que a interacção é face-
a-face.
Por sua vez, o modelo de comunicação interpessoal de Schramm dá uma nova
dimensão aos modelos lineares, com o alargamento das noções de codificação
e descodificação. O processo de comunicação é interminável, não se sabe
onde começa nem quando acaba a corrente de informação.

No modelo circular de Jean Cloutier, a sua popularidade é atingida através da


sua obra "A Era de EMEREC", onde o "homo communicans" se encontra
alternadamente em cada um dos pólos de comunicação e, até mesmo, em
ambos os pólos simultaneamente. O processo de comunicação não é linear,
mas sim concêntrico, uma vez que o seu ponto de partida é sempre o seu
ponto de chegada.

- EMEREC personifica o carácter de emissor e receptor de cada pessoa.


- A LINGUAGEM E A MENSAGEM são duas noções indissociáveis, pois é a
linguagem que permite incarnar a mensagem.
- O MEDIUM é o intermediário que permite transpor as mensagens no espaço
e no tempo.
Norbert Wiener (década de 40)

área interdisciplinar

"que abrange todo o campo da teoria do controle e comunicação, na

máquina ou no animal"

Os conceitos de controle, regulação e feed-back

relacionam-se com a essência da TGS

fornecem uma explicação concreta para as qualidades do sistema

- como totalidade,

O esquema de Schramm marca a passagem para os esquemas


cibernéticos.

Couffignal denomina esta corrente comunicativa de "cadeia reflexa”:

"de acordo com as respostas (dos formandos) o formador


pode modificar o resto da lição, para a fazer
Mais adequada às ditas respostas, procurando sempre que os
formandos possam aprender os conhecimentos que se transmitem”
Jean Cloutier

• o autor mais representativo desta corrente comunicativa,


• "A Era de EMEREC".
• o "homo communicans" situa-se alternadamente em cada um
dos pólos da comunicação e, até mesmo, em ambos os pólos
simultaneamente.
O processo de comunicação não é linear, mas concêntrico.

• o seu ponto de partida é sempre o seu ponto de chegada,
• o feed-back "não é um elemento acrescentado e supérfluo,
mas inerente ao ciclo da informação.

CLOUTIER, Jean A Era do Emerec ou a


(1975).
Comunicação Audio-scripto-visual na hora dos self-
media. Lisboa: I.T.E.

CLOUTIER, Jean (2001). Petit traité de communication.


EMEREC à l’heure des Technologies Numériques.
Montréal: Ed. Carte blanche.
Esquema cibernético de Cloutier

O Emerec

- personifica o carácter de emissor e receptor do homo


communicans.

- A linguagem e a mensagem duas noções indissociáveis,


a linguagem permite incarnar a mensagem.


distinção entre as linguagens base (audio, visual e scripto),
• linguagens sintéticas (audiovisual e scriptovisual) que
implicam a fusão

linguagem polissintética (audio-scripto-visual), resultante da
• mantém a expressão "audiovisual" para caracterizar a
linguagem que

• alia
cria a imagem emscriptovisual
expressão movimento para
ao som e concilia
qualificar o espaço eque
a linguagem o
abrange

todos
• cria a os modos de
expressão comunicação gráfica
audio-scripto-visual, com origem
aplicando-a na fusão
ao tipo de

comunicação polissintética pela aglutinação de diversas


linguagens
Áudio

Audiovisual

Audio-Scripto - Visual
Ling. Base Scripto

Scriptovisual

Visual

O Medium


intermediário que permite transpor as mensagens no
tempo e
• Aplica a perspectiva cibernética ao funcionamento dos
media.

Os media emitem, recebem, transmitem, conservam e


• Utiliza um duplo sistema para classificar os media: em
função

da linguagem
• Distingue e em
media de função
massa edaself-media,
natureza de tratamento e
repartindo-os
por cada

uma das seis linguagens: audio, visual, scripto,


audiovisual,
Classificação dos media

Natureza

Mensagem
Self-media

Group-media

Mass-media

Net-media

Valorização educativa dos esquemas cibernéticos

• O feed-backé o factor que distingue informar de comunicar


• Procurar o feed-back, "é procurar a relação, é considerar o
receptor como uma realidade autónoma, é estabelecer a
comunicação.
• Desenha-se um novo papel para o formador "deixa de ser o
sábio emissor que transmite a sua ciência aos formandos, por
sua vez receptores quase passivos. Ambos, formador e
formandos, andam à descoberta do saber, desempenhando
papéis diferentes”

A aplicação da noção de feed-back aos media permite distinguir
• Nesta procura da descoberta, a integração dos media constitui
uma estratégia adequada para proporcionar

– a aquisição e a compreensão do saber, tarefa mais facilitada


se os utilizadores têm possibilidade de estabelecer
interactividade com os media.
Modelos da Comunicação de Massas

O modelo de comunicação de massas encontra-se incluído nos modelos de


base cibernética, visto que os meios de comunicação vão buscar a sua
inspiração aos princípios da retroacção.

O modelo da comunicação de massas de Shramm assenta essencialmente no


seu modelo base, que também deu origem a um modelo de comunicação
interpessoal. Porém, verificam-se algumas alterações, na medida que o
emissor ou a fonte é colectivo. Ou seja, são ao mesmo tempo, o organismo,
por exemplo um jornal, e os mediadores que dele fazem parte, tendo em conta
sempre o feedback ou a retroacção.

As mensagens transmitidas são múltiplas, mas idênticas, ampliando-se a


mensagem original que é dirigida para um grande número de receptores, em
que cada indivíduo a irá descodificar, interpretar e reagir.

Modelos Culturais/Culturológicos/Socioculturais

Os esquemas culturulógicos focam a sua atenção na análise da cultura de


massa e no processo dialéctico que se estabelece entre o criador-produtor-
consumidor, bem como analisar o papel dos mass media no processo da
sociodinâmica da cultura. Os principais nomes desta corrente são Edgar Morin
e Abraham Moles.

Segundo Edgar Morin, o objecto de análise da cultura de massa está


estreitamente ligado à sua natureza de produto industrial e ao seu ritmo de
consumo quotidiano, ou seja, a cultura de massa é o produto de um processo
dialéctico entre criação-produção-consumo, no qual a produção assume uma
posição de charneira.

Abraham Moles procura unificar os campos da cultura e os meios de


comunicação de massa através de um enfoque cibernético. Ao contrário de
Morin, o autor afirma que todo o fenómeno da cultura está baseado numa
sociodinâmica cujos canais são os meios de comunicação, considerando a
cultura como um ciclo sociocultural cujo centro é a estrutura da comunicação
de massa.

O esquema por si apresentado é constituído por quatro elementos: o macro-


meio, o micro-meio, o criador e os mass media. O indivíduo criador exerce a
sua acção produzindo ideias ou novas criações que se incorporam na cultura
de massa passando por duas etapas, o macro-meio e o micro-meio. O cariz
cibernético do esquema de Moles resulta da retroacção constante entre os
seus quatro elementos fundamentais.

As pesquisas sobre os mass-media

diversidade de modelos comunicativos

• oito "momentos" de investigação:

- a teoria hipodérmica

- a teoria ligada à abordagem empiríco-experimental

- a teoria que deriva da pesquisa empírica de campo (ou

dos efeitos limitados)

- a teoria de base estrutural-funcionalista

- a teoria crítica dos mass media

- a teoria culturológica

Esquemas culturológicos

Preocupações com a cultura de massa, distinguindo:

• os seus elementos antropológicos mais relevantes


• a relação entre o consumidor e o objecto do consumo.

Os investigadores franceses:

• Edgar Morin, Pierre Schaeffer e Abraham Moles


Trabalho efectuado pela aluna Maria Celina Lopes
Rodrigues

Disciplina Teorias e Modelos de Comunicação

Curso Pós-graduação TIC Almada, nº A5801

Janeiro 2010

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